Vinho uma obra de arte a cada taça...
Vinho e uma arte ele tem que ser respeitado como se respeita a uma mulher tem que ser valorizado como se valoriza uma mulher tem que ser guardado no lugar certo como se guarda uma mulher tem que ser bebido como se beija uma mulher e se você fizer tudo isso e um pouco mais você vai perceber o enorme prazer de ter tido paciência e respeito por esse que e uma experiência única, pois vinhos são como as mulheres se bem tratados se mostram com enorme formosura e elegância.
domingo, 6 de maio de 2018
O tamanho da taça de vinho estimula o alcoolismo?
Segundo novo estudo, o tamanho atual da taça de vinho é sete vez maior em relação ao que se utilizava no século 18
Só entre 1960 e 1980 o volume das taças quadruplicou: mudança que pode ter incentivado o consumo do álcool. (Istock/Getty Images)
Nos últimos 300 anos, as taças de vinho aumentaram sete vezes de tamanho, de uma capacidade média de 66 ml, no início dos anos 1700, para quase meio litro, hoje em dia.
Segundo um novo estudo, publicado na edição de Natal do periódico científico The BMJ, só entre 1960 e 1980 o volume das taças quadruplicou – uma mudança que pode ter incentivado um consumo do álcool muito além dos limites saudáveis.
O estudo
Pesquisadores da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, analisaram as mudanças na capacidade das taças de vinho no Reino Unido desde a era georgiana através de arquivos de museus e catálogos de lojas, inclusive as lojas on-line. Para identificar o volume dos modelos antigos e mais raros, eles mediram manualmente, com água, a capacidade de cada peça.
Depois de analisarem mais de 400 taças de vinho, os pesquisadores descobriram que, em 1700, uma taça típica da época poderia conter, em média, 66 mililitros de líquido. Em 2017, no entanto, o volume das taças aumentou em 449 mililitros. No começo dos anos 2000, esse aumento foi de 417 mililitros.
Consumo alterado
“As taças tornaram-se um receptáculo comum para o vinho por volta dos anos 1700, devido ao desenvolvimento de produtos de vidro de cristal, maiores e mais resistentes, no final do século”, disse Zorana Zupan, uma das pesquisadoras.
“Desde 1990, o tamanho das taças aumentou drasticamente. Se isso levou ao aumento do consumo de vinho, não podemos dizer com certeza, mas há 300 anos, uma taça comum tinha cerca de metade da medida atual.”
De acordo com o estudo, o álcool é o quinto maior fator de risco para mortalidade em países de alta renda. No Reino Unido, a quantidade de vinho consumida têm aumentado em resposta a fatores econômicos, legais e sociais. Essa tendência também foi atribuída à propaganda e às leis associadas à liberação de bebidas alcoólicas e, consequentemente, de produtos relacionados.
Questão cultural
Essa mudança, entretanto, pode estar relacionada a questões técnicas, como a própria produção em larga escala do vidro, que se tornou mais barata ao longo dos anos.
Segundo a principal autora do estudo, Dame Theresa Marteau, diretora de pesquisas em comportamento da instituição, a razão por trás dessa transformação pode ser mais uma questão cultural associada à acessibilidade e disponibilidade do vidro e às indústrias, que passaram a produzir taças maiores.
Além disso, segundo a pesquisadora, taças maiores podem não estar tão relacionadas a capacidade de volume, mas, sim, à liberação do aroma do vinho.
Pesquisas anteriores já sugeriram que o tamanho dos copos utilizados pode influenciar no tamanho da dose –assim como, na alimentação, pratos maiores podem estimular a escolha de porções maiores. Nenhum estudo conseguiu provar uma relação de causa e efeito. Trabalhos mostram que a comercialização do vinho também aumentou desde a década de 1990.
sábado, 5 de maio de 2018
Tipos de vinhos para servir com peixes e frutos do mar
Para fazer a harmonização deve-se levar em conta a preparação, molho e tempero
O Brasil tem uma enorme costa oceânica, são mais de 8 mil quilômetros que se estendem de norte a sul, em mares de águas quentes e frias, garantindo uma variedade de frutos do mar imensa, em preparações não somente regionais, mas também nas tradições francesa, italiana, japonesa e espanhola.
Dessa forma, combinar peixes e crustáceos com vinhos é um desafio divertido, que pode ser vencido se deixarmos de lado as caipirinhas e a cerveja e abraçarmos os belos espumantes, rosés e brancos disponíveis no mercado.
BASE E COBERTURA
Um dos grandes desafios da harmonização é fazer com que tanto a comida quanto a bebida sejam valorizadas, assim é essencial considerar não apenas o peixe ou crustáceo que será comido, mas principalmente a sua preparação, seu tempero e seu molho, pois muitos frutos do mar têm sabor delicado e sutil e é a preparação que lhes diferencia.
É assim que aquela velha premissa de "peixe com vinho branco" é abalada, principalmente por quem realmente quer experimentar a riqueza dos animais do mar acompanhadas dos frutos fermentados da videira.
A regra "peixe com vinho branco" é sempre uma boa pedida, mas vinhos rosés também podem combinar
A regra "peixe com vinho branco" é sempre uma boa pedida, mas vinhos rosés também podem combinar
A sommeliére Eliana Araújo, que trabalha também em Trancoso, na Bahia, dá algumas dicas diretamente da areia da praia: "O frescor dos espumantes é uma boa saída quando aparecem em nossa culinária do norte e nordeste as especiarias, as pimentas, o dendê e o leite de coco", e acrescenta que, nesses pratos, o cozimento reforça os temperos, portanto a acidez dos espumantes pode valorizar essas receitas tão intensas, permitindo ao paladar que fique limpo para a próxima garfada.
A paella, assim como o bacalhau, é um prato intenso, que pede vinhos mais encorpados
Mas, para a moqueca de peixe, especificamente, uma boa combinação são os vinhos brancos secos, pouco alcoólicos, de países frios, como a Nova Zelândia, o Chile e o Uruguai: "Sauvignon Blanc, Riesling e Chenin Blanc desses países serão bons para enfrentar a untuosidade de todos os ingredientes fortes e intensos como dendê, coentro, coco, pimentão, alho, cebola, nesse grande caldeirão de sabores e aromas", completa Eliana.
Nas técnicas de harmonização existem algumas poucas regras de ouro, principalmente quando ingredientes de difícil combinação estão em primeiro plano. Um bom exemplo disso são os peixes delicados preparados com alcaparras ou azeitonas; eles pedem um vinho muito específico, o espanhol fortificado Jerez, o vinho ideal para pratos em que o sal se sobrepõe a tudo.
SIMPLICIDADE
Poucas coisas na vida são mais agradáveis do que sentar-se na beira do mar, sentir a brisa no corpo e saborear um aperitivo. Para essas coisas simples, como camarões fritos, ostras e pequenos peixes empanados, uma boa combinação são os frescos e aromáticos Sauvignon Blancs e os Chardonnays sem madeira. O Brasil já tem bons representantes da Sauvignon, mas o Chile continua sendo o país com a
melhor relação custo x benefício para essa uva. E se não temos nenhum problema para levarmos uma bolsa térmica para a praia, não há motivos para que nela não esteja também uma boa garrafa de vinho branco, daqueles com tampa de rosca para facilitar o consumo.
Outra excelente pedida para acompanhar peixes são os vinhos rosés. A sommeliére Eliana indica os da região francesa da Provence, que também fica perto da costa mediterrânea do país, e acompanham bem pratos temperados, mas em preparações mais tradicionais, como a caldeirada, os peixes na brasa e até a popularíssima casquinha de siri (que também faz excelente par com um Chardonnay que tenha passado por barrica).
UMA TAÇA DE SOFISTICAÇÃO
Talvez a maior dificuldade nas combinações de vinhos e peixes seja o fato de que os brasileiros conhecem pouco os vinhos brancos, assim ficam com a impressão de que todos são leves e de sabor delicado.
Um bom espumante Brut certamente combinará com o salmão cru dos sashimis, e vários pratos japoneses
Isso não é verdade. Um bom exemplo é o dos molhos brancos (com base de leite e manteiga) que são parceiros íntimos dos vinhos com a uva Chardonnay e, nesse caso, podem acompanhar os crustáceos, como a lagosta, os lagostins e os risotos com camarão. Sua acidez e untuosidade serão perfeitas com esses ingredientes, assim, quanto mais pesado for o prato, escolha Chardonnays mais encorpados, em geral do Velho Mundo e com passagem por madeira.
Até mesmo as massas com frutos do mar apreciam a companhia de vinhos refrescantes e com aromas sedutores, como os da uva Gewürztraminer e alguns portugueses como, por exemplo, da uva Arinto.
Uma combinação muito tradicional é a das sardinhas na brasa ou em escabeche que devem ser servidas com um Vinho Verde português, fresco e com boa acidez. A quantidade de mineral presente nesse peixe é de muito difícil combinação com praticamente qualquer outro vinho. A sommeliére carioca Deise Novakoswki, no entanto, sugere uma inovação, um italiano Soave Classico, produzido no norte do país.
O salmão, que não é pescado por aqui, se popularizou no Brasil através da culinária japonesa e acabou conquistando paladares, fazendo dele presença constante em muitos cardápios. Quando servido cru, em sashimis, pede a combinação de um espumante Brut, que deverá acompanhar bem todos os pratos da culinária japonesa, inclusive os famosos temakis.
Mas, se for cozido, assado ou grelhado, o salmão fará bom par com um rosé de boa estrutura, de Portugal ou até mesmo da Espanha, e com um tinto leve do Novo Mundo, como um Pinot Noir e até um Syrah.
quarta-feira, 11 de abril de 2018
Entenda a diferença entre vinhos finos e vinhos de mesa ...
As duas nomenclaturas são de fundamental importância para o amante do vinho
Para entender a diferença entre vinho de mesa e vinho fino é necessário saber um pouco sobre a planta produtora da uva. A videira pertence ao gênero Vitis, que possui mais de quarenta espécies, entre as quais a Vitis vinifera, que, por sua vez, conta com mais de cinco mil variedades, como as famosas Cabernet Sauvignon, Merlot, Chardonnay. Existem ainda outras espécies, como a Vitis labrusca, Vitis rupestris, Vitis riparia e Vitis bourquina. Estas, chamadas de uvas de mesa (também conhecidas como uvas americanas), são mais adequadas para o consumo direto e para produção de sucos e uvas passas, mas também são capazes de produzir vinho, embora de qualidade inferior em relação aos produzidos com uvas Vitis vinifera (também chamadas de uvas finas). Disparidade causada pela sua diferença estrutural - a espécie Vitis vinifera é menor e tem casca mais grossa e densa.
Entenda o rótulo
Sendo assim, os termos "Vinho de Mesa" e "Vinho Fino" têm o papel de distinguir essas bebidas em duas categorias: os feitos a partir de uvas da espécie Vitis vinifera e os feitos com outras espécies. Sem saber a diferença entre eles, o consumidor pode acabar adquirindo produtos que não correspondem às suas expectativas.
Se em um rótulo ou contrarrótulo de vinho constar a denominação "Vinho Fino", quer dizer que a bebida é composta exclusivamente de uvas de melhor qualidade. E mesmo que venha escrito "Vinho de Mesa Fino", a bebida será completamente elaborada a partir de uvas Vitis vinifera, ainda que conste a palavra "Mesa" no rótulo. Assim, vinhos em cujo rótulo consta apenas o termo "Vinho de Mesa" é que serão elaborados com uvas americanas.
CURIOSIDADE
Segundo levantamentos, acredita-se que o consumo de vinho no Brasil gira em torno 3 litros per capita por ano, sendo que somente 0,75 litros correspondem ao consumo de vinhos produzidos com uvas viníferas. No entanto, gradualmente o
consumo de vinho de mesa tem diminuído ano após ano, enquanto que o consumo de vinho fino tem aumentado em igual proporção.
Por que diferenciar?
Essa distinção tornou-se necessária no Brasil, já que o país, por fatores econômicos ou culturais, é um dos poucos que permite a produção de vinhos com uvas americanas.
Isso se dá, porque durante nossa colonização as cepas da espécie de Vitis vinifera tiveram dificuldades para serem cultivadas, causando a prevalência da cultura de uvas de outras espécies, principalmente as tintas americanas Isabel e Concord e a branca Niagara.
Características
O vinho produzido a partir das uvas americanas, ou de mesa, tem aromas rústicos e paladar muito intenso, mas caiu no gosto popular do brasileiro pelo simples hábito de ser tomado em quantidade e pelo preço mais barato, e não propriamente pelas suas qualidades. Esse padrão cultural do brasileiro foi determinante para a criação de regras para distinguir os vinhos feitos a partir de uvas viníferas - finos - e os feitos a partir de uvas americanas - de mesa.
No que diz respeito à qualidade dos dois, aliás, a vantagem dos finos em relação aos de mesa é grande. Os primeiros são, em geral, límpidos e brilhantes, lembrando frutas, notas florais e uma infinidade de outras percepções (tanto no olfato quanto no paladar), enquanto os segundos costumam ser opacos, com aromas fortes e sabores simples.
Assim, antes de comprar sua garrafa de vinho, leia com atenção todas as informações do rótulo para se certificar de que você está escolhendo realmente o tipo de vinho que procura, lembrando-se sempre que no mundo do vinho experimentar é o caminho mais curto para descobrir o que se gosta. Tente algo novo, junte os amigos e descubra. A certeza é uma só, vai ser muito divertido e prazeroso.
Momento de celebração,.....
vinho brasileiro começa uma nova e positiva fase, comemorando conquistas e encarando desafios
As mais de 700 pessoas que participaram no dia 26 de setembro da 17a edição da Avaliação Nacional de Vinhos, na cidade de Bento Gonçalves no Rio Grande do Sul, testemunharam um momento muito especial para o vinho brasileiro.
Não somente porque a Avaliação Nacional de Vinhos se firma como o mais importante evento do calendário da indústria vitivinícola, mas por conta das surpresas que a Associação Brasileira de Enologia preparou para os degustadores.
Ao final da prova das 16 amostras mais representativas da safra de 2009 - comentadas por especialistas como o Master Sommelier, Dirceu Vianna Junior, o enólogo chileno, Sérgio Correa, e o publisher de ADEGA, Christian Burgos, entre outros -, foram entregues os Troféu Vitis nas categorias Enológico e Amigo do Vinho Brasileiro ao engenheiro agrônomo Edual João Garbin e ao jornalista Jorge Carrara, respectivamente.
Mas a grande surpresa ainda estava por acontecer. Com as luzes do enorme salão praticamente apagadas, uma soprano entrou cantando e em sua mão encontrava-se uma taça de espumante, de modelo diferenciado. Essa taça, que foi sendo entregue a todos os participantes pelos alunos do curso técnico de enologia que fazem o serviço dos vinhos no evento, é a nova "Taça do Espumante Brasileiro" (foto de abertura).
Criação detalhada
Desenvolvida através de uma parceria entre a ABE, a Embrapa e a Cristallerie Strauss, seu processo de criação reuniu especialistas em espumantes nacionais e etapas que incluíram a seleção visual de 26 modelos já existentes, seguida da avaliação de funcionalidade dos seis modelos mais votados (em laboratório todas passaram por uma prova de degustação a fim de adequar sua funcionalidade).
Por fim, duas taças se destacaram e sofreram pequenos ajustes nas dimensões de altura e diâmetro de bojo, seguindo critérios técnicos da cristaleria e dos enólogos degustadores. Com todos os critérios definidos, a nova taça foi feita pela cristaleria e enviada para a diretoria da Associação Brasileira de Enologia para a confirmação de sua adequação às características dos espumantes brasileiros.
As pessoas que apreciam vinhos sabem que uma taça adequada faz diferença no momento de degustar um produto, exercendo um efeito importante na percepção da qualidade de um vinho.
Assim, a nova taça objetiva valorizar as qualidades de cor, aroma e paladar do espumante nacional, aliando originalidade, qualidade estética e favorecendo a percepção do perláge, da efervescência, a dispersão dos aromas e o paladar. Tudo isso por conta de uma característica importante de nossos espumantes, um maior frutado nos aromas e maior vivacidade na boca.
Vendas em crescimento
Os espumantes elaborados no Rio Grande do Sul perceberam um aumento de comercialização de 20% entre janeiro e agosto de 2009 em relação ao mesmo período do ano passado, sendo que os do tipo Moscatel (que é, em geral, a porta de entrada para o consumo de vinhos finos) tiveram um aumento de 35,5% no mesmo período.
A indústria vitivinícola nacional está ciente das possibilidades do mercado para seu vinho mais emblemático e antecipa um final de ano lucrativo. "Já estamos em processo de engarrafamento de alguns de nossos espumantes que precisarão viajar para outros estados e países, e estamos usando toda nossa capacidade", revela Maurício Salton, gerente de planejamento da empresa que tem seu sobrenome.
A grande surpresa da Salton, no entanto, não estará no mercado antes de maio do ano que vem, um espumante diferenciado, para comemorar os 100 anos da empresa
Um grupo de jornalistas brasileiros, entre eles esta repórter, pôde degustar em primeira mão o produto na sede de Tuiuty no final de setembro e, mesmo sem estar finalizado, a qualidade já é perceptível.
O que fica claro é que, quatro anos depois da safra de 2005 (a mais consistente da década), os produtores brasileiros estão encontrando o equilíbrio entre tecnologia, mercado, artesania e qualidade - que pode finalmente levar a indústria nacional a um lugar de maior destaque interno e externo - e esse equilíbrio vem aos poucos, revertendo em vendas.
Pelo ar....
Em meio à principal estrada do vale de Colchagua, a Viña Estampa dá um toque de modernidade com sua bodega de aço, cimento e teto curvo
Um milagre de uma "estampa" (conhecida no Brasil como santinho - aquele papelzinho com a imagem de um santo e uma oração no verso) voadora, fato ocorrido em Santiago do Chile no século XVIII, foi a razão do nome da Viña Estampa - localizada no km 45 da principal estrada do vale de Colchagua, a "Carretera del Vino" (Rodovia do vinho).
Reza a lenda que um caixeiro viajante estava oferecendo santinhos para os passantes na Plaza de Armas, na capital do país. De repente, ele percebeu que uma "estampa" com Nossa Senhora de Carmen estava voando milagrosamente sobre sua cabeça.
Depois de meia hora de vôo diante de uma grande multidão aturdida, a imagem foi de uma lado para o outro da praça, atravessando o rio Mapocho, até pousar aos pés de uma mulher que lecionava o catecismo a seus filhos. No local, foi erguida uma igreja chamada de "La Estampa Voladora de Nuestra Señora del Carmen" em homenagem ao milagre.
Pouco depois, Don Manuel González Dieguez, imigrante espanhol, comprou um moinho de trigo - para fabricar farinha - que ficava próximo à igreja, batizando- o de "Molino La Estampa". Assim começou a história da família González, hoje González-Ortiz, cuja experiência com os moinhos se transplantou para outras áreas de tecnologia de alimentos e alcançou o vinho mais recentemente.
Fotos: Divulgação
Modernidade
Assim, eles construíram a Viña Estampa, dita como sendo a primeira bodega dedicada à produção de vinhos de assemblagem no Chile.
O projeto vanguardista começou a ser feito em 1999, a pedido da família, que já possuía, desde 1995, as vinhas de 200 hectares na região.
Os González-Ortiz queriam criar uma imagem forte para a empresa, algo que ficasse marcado na mente das pessoas, que serviria também para ficar gravado no rótulo de seus vinhos.
Foi aí que os arquitetos Claudio Blanco e Lorena Andrade (marido e mulher, donos de um escritório de arquitetura) - que já haviam ajudado a desenvolver o projeto da belíssima bodega de Haras de Pirque (cujo edifício é em forma de ferradura, retratado na Enoarquitetura da edição 19 de ADEGA), no vale do Maipo - assumiram o desafio de criar algo moderno e funcional.
Para isso, eles tiveram que trabalhar junto com o enólogo, que os aconselhou sobre como tratar a parte tecnológica da vinificação. O resultado espetacular - com um desenho do teto ondulado e uma claridade sem igual - viu-se em 2001, quando a obra ficou pronta.
Os arquitetos, influenciados pelas novas tendências da "indústria" (ou seja, neste caso o processo de fabricação do vinho), queriam que tudo ficasse à mostra dos visitantes. Esta é a tendência atual em todos os lugares: mostrar, não esconder
O mito da acidez dos azeites....
O que realmente significa a graduação de acidez de um óleo de oliva?
Um suco oleoso. É assim que podemos chamar um azeite de oliva de qualidade, obtido a partir de um fruto fresco, em boas condições de maturação, evitando qualquer tipo de manipulação ou tratamento que venha a alterar a natureza química de seus componentes. Por isso, pode-se considerar um suco, e de polpa, como outros tantos, da polpa da oliva prensada, alcançando porcentagens que vão de 15% a 25%.
O nosso suco dourado, assim como a laranjada, rica em vitamina C, também possui seus componentes químicos. Ele é composto por ácidos graxos, vitaminas, alguns componentes voláteis e outros hidrossolúveis, além de microscópicos pedaços do fruto.
Existem dois principais grupos de componentes no azeite de oliva: os triglicerídeos, ácidos graxos, que representam entre 98,5% e 99,5% do total de componentes; e os componentes voláteis, hidrocarbonetos, antioxidantes e alcoóis, que são os responsáveis por nosso prazer, ou seja, pelas características organolépticas do óleo.
O principal ácido graxo encontrado no azeite de oliva é o ácido oleico, monoinsaturado, constituindo mais de 80% do total. Ele é responsável pela formação das lipoproteínas de alta densidade (HDL - high density lipoproteins), que transportam uma parte importante do colesterol dos vasos até o fígado, para ser eliminado.
Além disso, há ácidos poliinsaturados, como o linoleico - que pertence a série ômega-6 -, e o linolênico - pertencente à série omega-3 -, que possuem proporção entre 5% e 10%. Eles desempenham funções essenciais no corpo. O restante da composição dos azeites é de ácidos saturados.
Lembrando que, quanto maior o índice de insaturação, maior será a instabilidade do óleo, danificando-se com facilidade. Daí os outros óleos, extraídos de sementes, terem uma instabilidade muito maior, porque possuem altos índices de poliinsaturados.
Divulgação
Qualidade do óleo de Oliva
Para se conhecer a qualidade de um azeite de oliva extra virgem em geral são aplicados alguns critérios, que se definem por parâmetros químicos.
O primeiro é seu grau de acidez, que não se refere ao sentido que a palavra ácido possui normalmente. Em termos químicos, acidez se refere à proporção de ácidos graxos livres em relação ao ácido oleico presente no azeite, sendo esta expressa em graus (não podendo ser superior a 2% no óleo destinado ao consumo humano). Esta proporção de ácidos livres diante do ácido oleico é a consequência do mal estado dos frutos, mal tratamento ou ainda da má conservação, não tendo absolutamente nada a ver com seu sabor. O azeite extravirgem, por exemplo, deve ter, no máximo, 0,8% de acidez livre em relação ao total de ácido oleico segundo as normas internacionais. E, por poder apresentar variação dentro deste limite, isso também não significa que um azeite com 0,1% será melhor do que um com 0,8%.
O segundo parâmetro qualitativo nos óleos de oliva é o índice de peróxidos, que determinam a oxidação inicial do azeite e a deterioração que podem ter sofrido os antioxidantes, os polifenóis, por exemplo. Já o terceiro, trata-se da absorção de ultravioleta, que deve ser inferior a 0,25%, e é utilizado para detectar os componentes anormais do azeite. Esses três parâmetros não possuem relação direta com a intensidade de sabor, e um azeite de oliva extravirgem de baixa acidez não é um azeite de pouco sabor.
Além disso, vale lembrar que a cor do óleo não serve de referência para a sua qualidade. Ser mais amarelo, ou mais esverdeado, ou mais brilhante, não significa que há problemas, mas que talvez as azeitonas colhidas estejam mais verdes ou mais maduras. Esse fator é tão irrelevante que, nas degustações à cegas, os copos são opacos, para que o avaliador não se deixe levar por este aspecto "estético".
E é por isso que, além das análises químicas, também é realizada a análise sensorial, a qual já estamos ficando mais familiarizados, pois é a parte que mais gostamos, a degustação. Esta nos permite identificar, a partir de nossos sentidos, as características organolépticas do óleo, que nascem com ele, no campo, no seu terroir. Então, degustemos!
CLASSIFICAÇÃO DOS AZEITES
São considerados azeites extravirgens aqueles cuja acidez é menor do que 0,8% e que apresentaram atributos positivos suficientes em testes sensoriais. São produtos de alta qualidade gastronômica e no dia-a-dia são utilizados para finalização de pratos ou saladas. Industrialmente podem ser misturados com outros tipos de azeite.
Os azeites de oliva com acidez entre 0,8% e 2% são conhecidos como azeite de oliva virgem. Na sua comercialização podem receber o epíteto fino. Seu principal uso é o culinário e, quando usados industrialmente, são mesclados com outros tipos de azeite.
Os azeites com acidez maior do que 2% denominam-se azeite de oliva virgem lampante. Destinam exclusivamente para uso industrial na mistura com outros azeites de oliva.
Azeites que superam o grau de acidez de 2%, ou que por problemas climáticos ou de processo apresentam defeitos sensoriais, são destinados ao refino. O refino não modifica a estrutura química do azeite de oliva e elimina os seus defeitos resultando em um produto com acidez não superior a 0,3%. O azeite refinado não é vendido aos consumidores e destina-se exclusivamente à utilização industrial, ou seja, são misturados com outros azeites de oliva.
A mistura de azeite refinado com azeites de oliva virgens (extra, fino ou lampante) recebe a denominação genérica azeite de oliva. O grau de acidez final não pode superar 1%. Essa limitação modula a utilização dos azeites virgens na produção do azeite de oliva. Ou seja, para atendê-la, os fabricantes se obrigam a utilizar mais azeites de oliva extravirgem (ou fino) do que o lampante na elaboração do azeite de oliva. A principal utilização do azeite de oliva é culinária.
ASOLIVA - Asociacón Española de La Industria y el Comercio Del Aceite de Oliva Español, entidade privada, sem fins lucrativos, existente desde 1928, cujo objetivo é promover a exportação de azeite de oliva espanhol
O valor de uma medalha.....
Estudo revela a porcentagem de aumento de preço de um vinho que ganha medalha em um concurso
Para que serve uma medalha em um concurso de vinho? Muitos consumidores não ligam para isso, assim como muitos produtores. No entanto, um estudo publicado no site da American Association of Wine Economists (AAWE) revela que os produtores podem aumentar seus preços em 13% se ganharem uma medalha em um concurso de vinhos.
Bernard Magrez arremata mais uma propriedade em Bordeaux ,...
Saiba tudo sobre a nova aquisição do milionário que colecionas vinícolas pelo mundo
Você sonha em ter um château em Bordeaux? Ou talvez uma quinta em Portugal? Ou ainda uma finca na Argentina? Califórnia? Chile? Uruguai? Espanha? Marrocos talvez? Pois o milionário Bernard Magrez, dono de cerca de 40 propriedades vitivinícolas ao redor do planeta, adquiriu mais uma.
Recentemente, ele comprou o Château Le Sartre, em Pessac- Léognan, que agora se soma a outras 15 que ele já possuía em Bordeaux anteriormente, entre elas, Château Pape Clément, Clos Haut-Peyraguey, Château Fombrauge e Château La Tour Carnet.
Embora Château Le Sartre não seja um Cru Classé, Magrez afirmou que a compra era “uma oportunidade única” para expandir seu portfólio. Le Sartre ca perto do Château de Fieuzal e a leste do Domaine de Chevalier, conta com a 33 hectares, sendo 23 de uvas tintas e 10 de brancas.
O château era de propriedade de Marie-José Leriche, irmã de Antony Perrin, do Château Carbonnieux, que lhe transferiu o domínio em 2005 antes de sua morte em 2008. O Grupo Bernard Magrez não divulgou o preço de compra.
Nova denominação na Borgonha...
Som da bolha revela qualidade do espumante....
Cientistas acreditam que você pode “ouvir” a diferença entre os espumantes
Da redação em 19 de Março de 2018 às 11:10
De acordo com um estudo da Universidade do Texas publicado no Science Daily, o som das borbulhas dos espumantes pode ser usado como medida de qualidade do vinho. Segundo eles, tanto o número como o tamanho das bolhas em um espumante são normalmente indicadores de qualidade. Borbulhas nas e frequentes costumam ser exaltadas enquanto as bolhas grandes e infrequentes são consideradas piores.
“O objetivo do projeto é estudar os sons que as bolhas fazem e ver o que podemos inferir sobre isso. As bolhas são muito ressonantes. Elas basicamente soam como sinos, e a frequência desse som depende, em parte, do tamanho das bolhas. Existe uma noção bem conhecida que a qualidade de um vinho espumante está correlacionada com o tamanho de suas bolhas e estamos investigando se a distribuição do tamanho de uma bolha de um vinho espumante pode ser obtida a partir de medições acústicas simples”, revelou Kyle S. Spratt, autor do estudo com Kevin M. Lee e Preston S. Wilson.
A equipe mediu a acústica de Champagne usando um hidrófono, um instrumento usado para gravar som debaixo d’água. No entanto, quando usado em bebidas carbonatadas, os sons gravados pelo hidrófono cam distorcidos, pois as bolhas se formam no próprio dispositivo. Para impedir que isso acontecesse, os cientistas usaram “um hidrófono muito pequeno”.
Eles também descobriram que a taça impactou nos resultados. “Uma taça de vinho também é um objeto ressonante, de modo que outro desa o para nós era garantir que as características do próprio vidro não estivessem prejudicando nossas medições”, revelou Spratt.
A equipe acredita que suas descobertas podem ser úteis em testes de garantia de qualidade de espumantes, bem como outras bebidas carbonatadas. Eles disseram que existe a possibilidade de que a medição do som das bolhas possa sinalizar possíveis falhas ou problemas que não são detectáveis pelo gosto apenas. “A aplicação direta seria como uma ferramenta simples que poderia ser usada para monitorar a distribuição do tamanho da bolha em espumantes”, apontou Spratt.
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