Vinho e uma arte ele tem que ser respeitado como se respeita a uma mulher tem que ser valorizado como se valoriza uma mulher tem que ser guardado no lugar certo como se guarda uma mulher tem que ser bebido como se beija uma mulher e se você fizer tudo isso e um pouco mais você vai perceber o enorme prazer de ter tido paciência e respeito por esse que e uma experiência única, pois vinhos são como as mulheres se bem tratados se mostram com enorme formosura e elegância.
sábado, 15 de março de 2014
Vinho Rosso divide opiniões de especialistas,.....
Talvez seja porque é o segundo vinho da região, feito a partir de uvas que, por uma razão ou outra, acabaram não sendo classificadas como as melhores; ou quem sabe por causa do status do Brunello di Montalcino, isto é, os vinhos de Montalcino, envolvidos em uma névoa de escândalo por vários anos, o que o tornou difícil de assimilar.
Qualquer que seja a razão, a verdade é que o Rosso di Montalcino não é muito respeitado.
Isso ficou bem evidente na degustação de vinte garrafas de safras lançadas recentemente. Eu gostei muito de todas e encontrei nos melhores exemplares expressões adoráveis da uva sangiovese que, como o Brunello, é a única uva permitida legalmente na produção do vinho. Os outros integrantes do painel, entretanto, não se convenceram.
— Acho que o Chianti dá de dez nestes aqui —disse o restaurateur Chris Cannon.
Os outros não foram tão explícitos, mas também não se animaram.
— Não fiquei entusiasmado, não — afirmou Levi Dalton, sommelier, crítico e apresentador do podcast "I'll Drink to That".
Florence Fabricant admitiu que eles são agradáveis.
— Mas muito poucos me impressionaram — disparou.
Sendo o único entusiasta do grupo, permitam-me então justificar a minha posição.
Para começar, o que é o Rosso di Montalcino? Simplificando, é uma categoria de vinho que pretendia facilitar a vida dos produtores do Brunello, que têm que manter a bebida pelo menos dois anos em barris e mais dois em garrafas antes de comercializá-los. É um investimento substancial. Já para o Rosso di Montalcino bastava pelo menos um ano, incluindo seis meses em barril de carvalho.
Então, qual é o problema? Talvez a natureza inerente a sangiovese cultivada em Montalcino, geralmente mais substanciosa e mais concentrada que a das zonas do Chianti. Como resultado, os bons Chiantis, nos quais a sangiovese têm um papel dominante mais não único, são mais delicados e possuem uma textura mais sofisticada. Os Montalcinos são mais densos e poderosos, sendo que os melhores combinam força e elegância.
Os vinhos, como observou Levi, podem ser inconsistentes (como também os Chianti); assim, é necessário definir tanto o estilo preferido como os produtores que se destacam.
Já em questão do valor, a questão é mais complexa.
O nosso vinho número 1, o LaTorre 2011, profundo, puro e focado, foi também o melhor em termos de preço, US$30; nada mal quando o Brunello pode chegar a US$50 ou US$60. De fato, o custo/benefício é excelente considerando-se a qualidade do vinho, mas não é barato.
A diferença é ainda mais gritante no caso da garrafa número 2, o Poggio di Sotto 2008, o mais antigo da leva. Eu acho que Poggio di Sotto é um dos melhores produtores de Montalcino que há. Seus vinhos são marcados pelo poder, finesse e pureza e seus Rossos envelhecem bem mais que o mínimo exigido antes de entrarem no mercado: dois anos em grandes barris de carvalho e seis meses em garrafas.
O 2008 é delicado, belo e delicioso, mas custa US$82, de longe o rótulo mais caro da degustação, ao lado do Rosso da Biondi-Santi, talvez o melhor produtor da leva, mas cujo vinho infelizmente não fez parte da degustação.
Com isso chegamos à questão do valor e do posicionamento do Rosso di Montalcino, como os marqueteiros gostam de dizer, como um "Baby Brunello". É um termo de responsabilidade, que sugere que se esteja adquirindo um Brunello a um preço mais baixo, o que não é o caso. Melhor encarar o Rosso simplesmente como uma introdução ao estilo do produtor. Pessoalmente eu investi nos Rossos Poggio di Sotto porque adoro o estilo, embora não possa arcar com o Brunello, cujo preço mínimo fica em torno de US$140/garrafa.
Nossos vinhos preferidos ficaram do lado mais austero do espectro; em terceiro, por exemplo, o Conti Costanti 2010 é bem estruturado, mas profundo e substancioso. Sem dúvida ficaria ainda melhor se envelhecido. O mesmo vale para o Fattoria dei Barbi 2011, rico, tânico, picante e com aroma de couro. Outros Rossos que exibiram estilo mais maduro e imediatamente acessíveis incluem o equilibrado Poggio Antico 2011, o denso e levemente adocicado Valdicava 2011 e o expressivo e perfumado Lisini 2011.
Embora o objetivo de nossas degustações seja o de fazer uma boa mostra da denominação, elas não são completas. Eu não hesitaria em procurar produtores como Il Paradiso di Manfredi, Mastrojanni e Gianni Brunelli.
Para concluir, a minha posição em relação ao Rosso di Montalcino é: depende muito do gosto do freguês. Eu sou fã da sangiovese em todas as suas manifestações toscanas e, sem dúvida, tenho sempre um lugar reservado para o Rosso na minha mesa.
Relatório da degustação: Rosso di Montalcino.
Melhores opções custo/benefício
3 estrelas : La Torre Rosso di Montalcino 2011, US$30
Sabor profundo e prolongado de frutas vermelhas e terra; ficaria ainda melhor com mais um anos ou dois de envelhecimento. (Rosenthal Wine Merchant, Nova York)
3 estrelas: Poggio di Sotto Rosso di Montalcino 2008, US$82
Sutil, discreto e delicado, com uma combinação adorável de sabores de cereja doce e ácida. (Kermit Lynch Wine Merchant, Berkeley, Califórnia)
3 estrelas: Conti Costanti Rosso di Montalcino 2010, US$45
Bem acabado e estruturado, profundo e com presença; precisa de mais tempo. (Empson USA, Alexandria, Virgínia)
2,5 estrelas: Fattoria dei Barbi Rosso di Montalcino 2011, US$23
Tânico e marcante, com sabores picantes de fruta escura e couro. (Frederick Wildman & Sons, Nova York)
2,5 estrelas: Poggio Antico Rosso di Montalcino 2011, US$37
Equilibrado e cheio de vida, com sabor puro e prolongado de cereja. (The Sorting Table, Napa, Califórnia)
2,5 estrelas: Valdicava Rosso di Montalcino 2011, US$34
Denso, mas cheio de vida, com sabor adocicado de frutas vermelhas. (Vinifera, Ronkonkoma, Nova York)
2,5 estrelas: Talenti Rosso di Montalcino 2010, US$23
Delicado e elegante, com sabores terrosos e marcantes de cereja e erva-doce. (HP Selections, Nova York)
2,5 estrelas: Lisini Rosso di Montalcino 2011, US$33
Intenso e expressivo, com aromas ricos e poderosos de fruta doce. (Soilair Selection, Nova York)
2 estrelas: Cerbaiona Rosso di Montalcino 2010, US $51
Jovem e tânico, com sabores de pura fruta; precisa de mais tempo. (The Rare Wine Co., Vinesburg, Califórnia)
2 estrelas: Uccelliera Rosso di Montalcino 2011, US$22
Rico e ao mesmo tempo focado, com sabor marcante de fruta e um toque de carvalho. (Marc de Grazia Selections, Winston-Salem, Carolina do Norte)
O que as estrelas significam
A avaliação, até quatro estrelas, reflete a reação do painel aos vinhos, que foram saboreados com os rótulos cobertos. A seleção feita geralmente é encontrada nas boas lojas do ramo, em restaurantes e pela internet. Os preços são os praticados na região de Nova York. Coordenador da degustação: Bernard Kirsch.
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