segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Diferença entre Denominação de Origem e Indicação de Procedência.....

Você já deve ter lido em algum lugar que o verdadeiro champanhe só é produzido na região de mesmo nome que fica no nordeste da França, e que, da mesma forma, o famoso vinho do Porto só é original quando vem da Região Demarcada do Douro em Portugal; mas você sabe o porquê dessas duas regiões serem as únicas no mundo que podem produzir e comercializar suas respectivas bebidas?
Em todo o mundo, para evitar falsificações, controlar a produção e garantir as qualidades de uma bebida genuína, os países com um mercado vitivinicultor desenvolvido foram criando ao longo do tempo leis que certificam que certos vinhos têm origem definida e que suas características, únicas no mercado, correspondam exatamente à produção de uma região especifica.
As formas mais comuns no mercado dos vinhos para identificar a origem de cada bebida são as chamadas Denominação de Origem e a Indicação de Procedência, que normalmente estão discriminadas nos seus rótulos. De maneira geral, elas também servem para classificar a indicação geográfica dos vinhos, garantindo a procedência e exclusividade do produto para o consumidor.
Apesar de servirem a um mesmo proposito, elas conservam algumas diferenças básicas entre si. Um comparativo rápido pode demonstrar isso:
Indicação de Procedência Diferença entre Denominação de Origem e Indicação de Procedência Selos IGP da França e Itália • Remete ao nome do país, cidade, região ou localidade que tenha estabelecido uma ótima reputação como centro produtor do vinho;
• Não se relaciona com a reunião de fatores locais que integram características geológicas, fisiográficas ou humanas; • Somente a fama do local como grande produtora de vinho é levada em consideração.
Denominação de Origem Diferença entre Denominação de Origem e Indicação de Procedência Selos DOC da França e Itália • Remete ao nome do país, cidade, região ou localidade onde o vinho foi produzido, com a diferença que suas características e qualidade são próprias e exclusivas daquele centro produtor; • Relaciona-se com a reunião de características naturais e humanas encontradas essencialmente naquele meio; • É mais detalhista e rigorosa quanto ao controle da qualidade, estilo e sabor do vinho elaborado em determinada região.
Em resumo, a Indicação de Procedência é um conceito desenvolvido a partir da excelência e especialização de uma determinada região na produção de vinhos que não esteja condicionada a fatores climáticos, geológicos ou humanos – a sua notoriedade no desenvolvimento dessa produção é mais relevante. A Denominação de Origem, por outro lado, relaciona-se tão somente com as características especificas daquela região, sejam elas naturais ou humanas – há a necessidade de preenchimento de vários requisitos de qualidade que garantam a originalidade do vinho.
Os vinhos com Denominação de Origem passam por uma inspeção de qualidade mais exigente do que aqueles com Indicação de Procedência, devido às suas características mais especificas, de maneira a impedir produtores não estabelecidos na região determinada pela lei a elaborar e comercializar determinado vinho de produzir bebidas que não atendem às características definidas pela Denominação e comercializa-las como se fossem daquela região.
Ambos os tipos de vinhos, porém, por serem certificados pela legislação do seu país de origem, tem suas qualidades protegidas e são garantidos para que os consumidores percebam a distinção e virtudes de cada uma dessas bebidas.

África do Sul, o paraíso do vinho na África........

Para aqueles que não estão atualizados sobre o que acontece no universo vinícola, a associação entre África do Sul e vinho pode parecer algo inusitado. A terra que deu Nelson Mandela ao mundo, no entanto, é um dos principais e mais antigos polos vitivinicultores quando o assunto é a produção de vinhos em países fora da Europa.
Com vinhos que reúnem a tradição das bebidas do Velho Mundo com o estilo moderno do Novo Mundo, a produção da África do Sul é cada vez mais reconhecida internacionalmente e suas vinícolas desfrutam de grande prestígio perante o público amante da bebida dos deuses.
História A história da vinicultura na África do Sul tem início, ainda que sem consistência, na metade do século XVII, quando colonos holandeses se instalaram na região de Table Bay, plantando vinhas importadas da França e Espanha. O primeiro vinho da produção sul-africana ganhou vida em 1659.
Ao longo do tempo, plantações foram sendo espalhadas por outras regiões do país; Constantia foi a principal delas, elaborando vinhos com nível elevado de qualidade e tornando famosa a produção da África do Sul ao redor do mundo em todo o século XVIII, data do estabelecimento total da indústria vinícola no país.
As primeiras videiras da África do Sul foram plantadas em 1655 por Jan van Riebeeck, primeiro governador do Cabo.
Além do desenvolvimento interno, um fator histórico externo contribuiu para que a produção de vinhos na África do Sul florescesse substancialmente no inicio do século XXVIII: quando eclodiram as Guerras Napoleônicas, o comercio de vinhos franceses para a Inglaterra foi totalmente interrompido, abrindo uma brecha para que a crescente indústria sul-africana ocupasse parte desse mercado com seus vinhos.
Já no século XIX, a produção começou a diminuir, especialmente com a ocorrência de pragas nos vinhedos do país e por causa das guerras que acometeram a África do Sul nessa época. No início do século XX, no entanto, houve uma retomada da vitivinicultura, com medidas cujos efeitos perduram até hoje, como a criação de associações e cooperativas que ajudaram a revigorar a produção de vinhos no país.
Produção Atualmente a produção de vinhos na África do Sul é bastante respeitada e apreciada no mercado internacional. O país é o nono produtor da bebida no mundo. Os números impressionam: são mais de 4.500 produtores, cerca de 340 vinícolas e 100 mil hectares de vinhedos plantados. A indústria emprega cerca de 250 mil pessoas.
O diferencial do país no universo vinícola é a diversidade de estilos de vinhos que entrega ao mercado consumidor. As muitas variedades de uva cultivadas e o clima, normalmente temperado com verões aprazíveis e invernos frios, mas que se diferencia de região para região, dão aos vinhos produzidos na África do Sul um amplo leque dos mais distintos aromas e sabores.
África do Sul, o paraíso do vinho na África A uva Pinotage é a mais famosa do país, mas na verdade, atualmente não é a mais produzida, perdendo pra tradicional Cabernet Sauvignon.
As castas tintas mais comuns são: Cabernet Sauvignon, Merlot, Pinotage, Pinot Noir, Shiraz. As principais brancas são: Chardonnay, Chenin Blanc (Steen), Sauvignon Blanc, Sémillon. Outras, como a Riesling, Colombrad, Gewürztraminer, Pinot Gris, e Viognier, também são cultivadas em terras sul-africanas. Mas a uva característica do país é Pinotage, um cruzamento raro e bem sucedido de duas variedades diferentes: a Pinot Noir e a Hermitage. Para se ter uma ideia da importância da Pinotage na África do Sul, mais de 20% dos vinhos tintos do país são produzidos com esta variedade. Ela resulta um vinho rico, complexo e cheio de especiaria.
A Pinotage foi uma criação de laboratório de Abraham Izak Perold, primeiro professor de Vitivicultura na Stellenbosch University, na África do Sul, em 1925.
Regiões Desde 1973, as regiões vitivinicultoras da África do Sul foram divididas oficialmente em distritos e bairros. São cinco as regiões: Coast, Olifants River, Boberg, Breede River Valley, e Klein Karoo. A Cidade do Cabo, uma das principais do país, funciona como porta de entrada para estas regiões, que se alongam por várias cidades em torno.
O enoturismo é bastante apreciado pelos amantes do vinho. O país oferece roteiros variados que contemplam as suas cinco regiões vinícolas; um dos mais interessantes é a Rota 62 – a mais longa rota produtora de vinho do mundo -, que passa por muitas cidades produtoras e que cujo trajeto pode ser feito tranquilamente de carro.

Os componentes do vinho......

Qualquer pessoa já ouviu a máxima popular de que uma taça de vinho por dia é uma ótima maneira de se manter saudável. Mas você sabe o que há de mito e o que há de verdade nesta afirmação?
O conteúdo energético do vinho se deve ao nível de açúcar e ao etanol, cerca de 7 kcal/g, e ainda cerca de 9 kcal/g de lipídios e 4 kcal/g de carboidratos.
Os componentes do vinho O vinho tinto, pela forma que é produzido, tem elementos diferentes do vinho branco. Quanto às vitaminas, o vinho contém quantidades razoáveis destes compostos, sendo as principais as vitaminas A, C e algumas do complexo B, como a B1, a B2 e a B12; possui ainda potássio e ferro. Porém, é preciso lembrar que, quando o vinho é consumido, essas vitaminas e minerais não absorvidos completamente pelo organismo.
O vinho possui substâncias chamadas polifenóis, antioxidantes naturais, que também exercem função de antibiótico e que são encontrados em diversos alimentos comprovadamente benéficos à saúde. O mais importante desses polifenóis é o resveratrol, que possui um ótimo aliado no combate e prevenção de doenças cardiovasculares.
No geral, os vinhos tintos e brancos contem quantidades diferentes de elementos. Os polifenóis, por exemplo, estão presentes em maior quantidade nos vinhos tintos (1000- 4000 mg/L) do que nos vinhos brancos (200-300 mg/L). Isso se deve a vários fatores, um deles é maneira como são elaborados cada tipo de vinhos – na fabricação dos tintos, as uvas são esmagadas com o bagaço, casca e sementes.
Os componentes do vinho Consumido moderadamente, o vinho pode fazer parte de uma alimentação saudável. O vinho possui componentes que ajudam a prevenir e a combater certos tipos de doenças, mas esses só podem atuar de maneira benéfica para à saúde humana quando associados a outras muitas variáveis, como por exemplo, uma alimentação regulada, a prática de exercícios físicos e, especialmente, ao consumo moderado da bebida.

Viticultor e vinicultor: o que faz cada um,........

É muito comum deparar-se com termos como a viticultura e a vinicultura em textos sobre a bebida dos deuses. A confusão gerada pela semelhança dos termos também é inevitável. Mas com um pouco de atenção, é fácil distinguir bem os dois conceitos. Assim como é fácil saber qual a função de cada profissional que trabalha nessas duas áreas, que apesar de distintas, se complementam; e quais são as responsabilidades de cada um delas na fabricação do vinho que você bebe.
Para entender melhor as diferenças entre viticultor e vinicultor, é preciso atentar um instante para o termo vitivinicultura. Sendo uma união das palavras viticultura e vinicultura, ambas representando conceitos diferentes, vitivinicultura forma um terceiro conceito muito mais abrangente.
A viticultura é a ciência que estuda o cultivo da uva, que poderá ser destinada para diversos fins como o consumo in natura, para a produção de suco, para a produção de uva passa ou para a elaboração de vinhos. Á ciência cujo objetivo é elaboração dos vinhos em si, dá-se o nome de vinicultura. Quando juntas, as duas palavras dão um significado completo de toda a produção vinícola: ou seja, a vitivinicultura é nada mais que a atividade econômica que se baseia no cultivo das uvas e na sua potencial utilização para a fabricação de vinhos.
Segundo pesquisas científicas, a evidência mais antiga de viticultura (cultivo de uvas) data de 7mil anos atrás, já a elaboração de vinhos foi realizada com sucesso há pelo menos 4 mil anos antes de cristo.
Viticultor e vinicultor: o que faz cada um O viticultor é responsável pela plantação, cultivo e colheita da uva A partir disso, fica fácil entender a diferença entre o trabalho do viticultor e do vinicultor. De maneira didática:
– O viticultor é responsável pela plantação, cultivo e colheita da uva – o seu universo se restringe a conhecer e preparar o solo para as plantações da uva, estudar e pôr em práticas técnicas de irrigação, saber qual a melhor forma de cultivo de cada variedade e colher de maneira menos agressiva possível as frutas.
Viticultor e vinicultor: o que faz cada um O vinicultor é o responsável por transformar a uva em vinho. - O vinicultor, por sua vez, exerce sua função no exato momento em que se encerra o trabalho do viticultor – a colheita das frutas. É ele quem dá a destinação vinícola para as uvas, ou seja, é ele o responsável por transformar a uva em vinho. O seu trabalho engloba todas as etapas de elaboração do vinho a partir do momento em que as uvas são colhidas, do seu transporte ao engarrafamento do produto final, e sua consequente comercialização.
É importante dizer que em muitos lugares onde se produz vinho, esses dois tipos de trabalhos são feitos concomitantemente – muitas vinícolas e bodegas exercem tanto a função viticultora quanto vinicultora. Isso exige uma estrutura maior e qualificação específica dos funcionários para que exerçam a função exata em cada processo. Existem também lugares que apenas cultivam uvas, portanto, viticultores, e outros que apenas elaboram vinhos, isto é, vinicultores.
O que se nota com tudo isso é que ambos os profissionais são essenciais para a fabricação de um bom vinho. Sem o trabalho do viticultor não há uva para a produção de vinhos e sem o trabalho do vinicultor a uva não pode ser transformada em vinho.
No Brasil, o mercado para ambas as profissões tem crescido exponencialmente desde os anos 1960, quando a vitivinicultura no país desenvolveu-se com maior força. Muitas escolas técnicas e até faculdades formam profissionais das duas áreas.

Chile: um destino vinícola exuberante......

Frio aconchegante no inverno, verão com calor ameno, deserto, belas praias e a majestosa Cordilheira dos Andes aos seus pés, assim é o Chile, um país em que o clima com estações definidas e a beleza exuberante das paisagens são mais que convidativas. Os atrativos naturais do Chile são muitos, mas felizmente eles não param por aí.
O Chile é sem dúvida um dos países latino americanos onde a vitivinicultura se estabeleceu com grande força, e, por isso, é um dos principais destinos turísticos para os amantes do vinho. Desta maneira, o enoturismo se constitui uma das principais atividades econômicas do país andino. Sua Rota de Vinhos, que passa pelas principais regiões produtoras e suas melhores vinícolas, oferece conforto, ótima estrutura, bom acesso e sofisticação aos seus visitantes.
Segundo números oficiais do governo chileno em 2013, o turismo relacionado ao vinho cresceu em ritmo acelerado no país nos últimos três anos, em média 12% em cada temporada. Ainda de acordo com esses números, 80% dos visitantes são estrangeiros, sendo os brasileiros o maior grupo dentre eles. Não poderia ser diferente, afinal, grande parte dos vinhos no mercado brasileiro são do Chile.
As regiões vitivinicultoras O Chile é divido em 13 regiões, muitas delas produtoras de vinhos, mas só por volta de 80 vinhas são abertas à visitação. Elas estão espalhadas principalmente pelas regiões de Maipo, Colchagua, Casablanca e Central. Dentre estas, Maipo é a mais próxima de Santiago e Colchagua é a mais distante ficando a 178 km da capital do país.
As vinícolas As vinícolas que fazem parte da Rota do Vinho no Chile são reconhecidas e premiadas internacionalmente.
A mais conhecida delas, a “Concha Y Toro” foi fundada em 1873, ela se localiza no Vale do Maipo. Outras vinícolas do Maipo também tem seu charme e oferecem aos ‘enoturistas’ uma infinidade de programas relacionados aos seus vinhos.
Chile: um destino vinícola exuberante Nas visitas a vinícolas, os turistas aprendem mais sobre o vinho. A imponente e histórica Santa Carolina se destaca quando se fala em vinhos caros e de alta estirpe. Com várias sedes espalhadas pelo Chile, esta vinícola foi fundada em 1875 na região central do país. A sua sede próxima a Santiago sofreu bastante com o terremoto de 2010, mas ela passou por uma reconstrução completa e hoje se encontra em pleno funcionamento e aberta aos visitantes.
A região de Casablanca abriga as vinícolas que melhor produzem o vinho branco chileno. Um vale que fica perto do Mar, e que, por suas condições climáticas, são perfeitas para a elaboração de vinhos com frescor e jovialidade. Destacam-se as vinícolas Matetic e a Casa Marin.
Ao sul do país, no Vale Colchagua, os tintos é que são as estrelas – cerca de 90% da produção do vale é de castas tintas; Colchagua, por sua vez, possui cerca de 20% das vinhas do Chile. Foi primeiro circuito turístico do vinho criado no Chile, no ano 1996, por 12 das quase 30 vinícolas da região na época. As vinhas Casa Silva e Viu Manent são muito visitadas.
As atrações Se você pensa que apenas degustações e eventos relacionados à gastronomia são as principais atrações do ‘enoturismo’ no Chile, você está levemente enganado. A Rota do Vinho no Chile se destaca na América do Sul por sua singularidade.
Chile: um destino vinícola exuberante O enoturismo não se restringe às visitações tradicionais a vinicolas, tendo passeios diferentes como o cicloturismo. Além de conhecer as vinícolas, suas estruturas, vinhedos e processo de produção, e experimentar suas principais bebidas e refeições preparadas especialmente para acompanhá-las, o ‘enoturista’ têm a opção de conhecer a história e lendas do vinho no Chile, que são muitas, em museus dentro dos limites das próprias bodegas.
As paisagens exuberantes do país podem ser desfrutadas em passeios guiados. Os hotéis das regiões oferecem serviços de primeira linha a preços justos. As ligações terrestres entre as vinícolas de cada região estão em ótimas condições e são acessíveis a qualquer visitante.
Um roteiro que combina história, belezas naturais, passeios particulares a cavalo e até aulas de ioga – uma ótima opção para os turistas amantes do vinho que querem sair do óbvio.

Uva Merlot: quando a popularidade encontrou a elegância....

Por um longo período na história dos vinhos, a Merlot ficou conhecida pejorativamente como a “outra tinta de Bordeaux”, região de sua origem e cuja estrela principal era a Cabernet Sauvignon. Esse panorama começou a mudar no final do século XX – atualmente ela é uma das castas de maior sucesso no mundo, sendo cultivada em diversos países vitivinicultores.
Por estar adaptada a diversos terroirs, a Merlot gera discussão especialmente no tocante ao seu cultivo, maturação e colheita. Alguns enólogos acham que esta variedade deve ser colhida o mais tarde possível, pois assim ela conservará os açucares e a maturação fenólica de forma mais concertada. Outros, ao contrário, dizem que a uva deve ser colhida jovem, ou melhor, no seu ponto ideal, para não prejudicar a sua acidez e nem deixar que seus aromas frutados sejam destacados ao ponto de tornar os vinhos desta casta pesados, sem frescor e elegância.
História Pesquisas revelam que a Merlot descende da casta Cabernet Franc, também francesa, sendo meia-irmã das não menos famosas Carmenère e da Cabernet Sauvignon. Apesar de seu prestígio ter se espalhado pelo mundo apenas na década de 1980, a Merlot tem cultivo documentado há século atrás. A primeira referência à uva que se tem notícia data de 1784, no seu país de origem: a França.
A sua designação, Merlot, deriva de Merle – nome dado a um pássaro na França que, assim como a uva, ostenta uma coloração escura e profunda.
No século XIX foi muito cultivada na região de Médoc, que fica à margem esquerda do rio Gironde. Tem seu nome mencionado em diversas ocasiões na Itália e Suíça já na virada para o século XX, mas ganha notoriedade mesmo quando entra no Novo Mundo em 1990, tornando-se a uva mais popular nos Estados Unidos.
Cultivo
A França continua sendo o maior cultivador desta casta, com aproximadamente dois terços da sua produção mundial. Bordeaux, com 56% de seus vinhedos cobertos de Merlot, é a principal produtora; sobretudo na sua margem direita, onde a uva domina as plantações das regiões de St. Émilion e Pomerol.
Em 2004, na França, registrou-se o total de 115 mil hectares de vinhedos cultivados com a Merlot.
Outros países como Itália (onde a Merlot é a quinta casta mais plantada), Estados Unidos (na Califórnia, principalmente), Argentina, Chile, Austrália, Canadá e África do Sul cultivam a Merlot de forma significativa. Denotando seu prestígio, popularidade e fácil adaptação em diversas partes do globo.
Características É uma casta que amadurece rapidamente. Adapta-se muito bem a climas mais frios e lugares com solos áridos, argilosos e até rochosos. As características gerais da Merlot são:
> Cachos com tamanhos médios;
> Coloração azul violácea profunda;
> Pele bastante fina;
> Baixo nível de tanino e acidez;
> Grande concentração de açúcar e álcool;
> Aromática e suave.
A uva ficou muito conhecida nos Estados Unidos por causa do filme hollywoodiano Sideways.
Quanto aos aromas, destacam-se os de frutas pretas como ameixa e jabuticaba; os de ervas como alecrim e orégano; e os de especiarias como canela e noz-moscada. Pode apresentar outros aromas, como caramelo, baunilha e café, quando seus vinhos estagiam em madeira.
Na boca, normalmente apresenta textura macia e bastante aveludada. Seus taninos também são macios. Acidez e álcool em níveis equilibrados. O uso de carvalho pode acrescentar sabor especial à uva, mas também pode diminuir sua elegância.
Vinhos Uva Merlot: quando a popularidade encontrou a elegância A cor do vinho Merlot A Merlot resulta vinhos de acordo com o lugar onde foi cultivada e maneira como foi colhida.
Quando colhida o mais tarde possível, a intensidade de cor e a concentração dos aromas frutados são muito maiores; os taninos maduros combinam com o bom corpo e com sua graduação alcoólica presente. O estagio em barricas de carvalho francês completam o processo, que é o mais comum no Novo Mundo.
Quando colhida no seu ponto ideal de maturação, que geralmente é mais cedo que outras uvas, a Merlot resulta vinhos com corpo médio e nível de álcool baixo; sua acidez, entretanto, aumenta, assim com como os aromas de frutas vermelhas maduras – assim são os vinhos franceses da Merlot.

Vitela assada com cogumelos....

Para harmonizar: Viña casa blanca Cabernet Sauvignon
INGREDIENTES
1 Kg de alcatra de vitela
3 cogumelos médios
3 batatas médias
30 g queijo parmesão, ralado
Salsa
Vinho branco
Azeite extra virgem
Sal e pimenta
1 dente de alho
MODO DE PREPARO
Limpar, lavar e cortar os cogumelos; descasque e corte as batatas. Cozinhar em vapor as batatas durante 5 minutos. Dourar os cogumelos e o dente de alho no azeite numa temperatura elevada. Depois de alguns minutos, adicionar as batatas, misturar e temperar com sal e pimenta. Cobrir a alcatra de vitela com uma folha de película aderente e bater levemente com um martelo de carne, temperar com sal e pimenta e cobrir com os cogumelos e as batatas. Polvilhar com o queijo e enrole-a (pode usar um fio de cozinha à volta do naco de vitela para mantê-la unida aos ingredientes). Colocar o assado num prato próprio para o forno, espalhar generosamente azeite em cima e temperar ligeiramente com sal e pimenta. Em seguida, assar no forno a 180º durante 80/90 minutos. Virar com frequência nos primeiros minutos para que doure uniformemente; regar com o vinho branco. Regar com o molho do refogado e cobrir com uma folha de papel de alumínio.Depois de cozinhar, deixar na folha a marinar por dez minutos antes de servir com espinafre amanteigado.

Robalo ao forno assado com batatas....

Para harmonizar: Viña La celia Cabernet Franc INGREDIENTES
1/2 xícara(s) de café de azeite
Suco de um limão
1 colher(es) de chá de mostarda
Sal e pimenta a gosto
1 quilo(s) de robalo em postas
300 grama(s) tomate cereja
1 xícara(s) de chá de azeitona portuguesa
Ramos de alecrim
300 grama(s) de mini cebola
500 grama(s) de batatas pequenas
MODO DE PREPARO
Misture o azeite, o limão e a mostarda. Em um recipiente, coloque o robalo para marinar 20 minutos nessa mistura. Para preparar ao forno, coloque o robalo num refratário com as cebolas, as batatas, os tomates e as azeitonas e tempere tudo com sal, pimenta e alecrim. Deixe assar por 20 minutos em fogo alto. Ou até dourar na parte de cima do peixe. Coloque os acompanhamentos no refratário, regue com azeite, tempere com alecrim, sal e pimenta e asse no forno convencional até que fiquem macios. Sirva.

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

EME 2007 – A GRAÇA DA RIOJA!.....

Uma bela expressão da Rioja!
Nesta semana vamos degustar os vinhos das uvas incomuns que comentamos ao longo do mês. A Graciano, casta com a qual é elaborado este nosso EME, não foi comentada ao longo deste mês, mas eu buscava um ponto de partida para a semana e esta garrafa me sorriu apresentando-se para o serviço.
Escolha feita!
Durante a semana de degustação dos riojas (relembre aqui), nós comentamos brevemente sobre a Graciano (aqui). Casta com pequena extensão de vinhedos, praticamente ( se não totalmente) restritos à Rioja, são raros os vinhos varietais de Graciano.
Os bodegueiros locais costumam dizer que “a Graciano é a graça da Rioja“!
Ao provar este EME, pudemos entender um pouquinho desta devoção. Um vinho cheio de carater e elegância, com uma paleta de aromas de muita finesse e uma redondez no paladar que impressionam. Sua permanência é longuíssima.
Uma curiosidade da sua elaboração é o blend de carvalhos usados nas barricas durante o período de afinamento. Nada menos do que 5 procedências distintas de carvalho foram utilizadas. Além dos tradicionais carvalhos francês e americano, vieram do leste europeu o romeno e o húngaro e da Ásia, o carvalho chinês (não me recordo de ter provado outro vinho estagiado em carvalho chinês).
De qualquer forma, é importante ressaltar que o carvalho somente se destaca por esta curiosidade. Na prova do vinho, apresenta-se muito bem integrado e sem encobrir as contribuições da fruta.
Optamos por acompanhá-lo de um T-Bone, muito bem grelhado no Templo da Carne – Marcos Bassi (um dos melhores lugares de São Paulo para se comer uma boa carne), e ficou espetacular!
Acompanha a partir de quarta-feira a degustação dos demais vinhos destas castas “incomuns” e saiba por que deixaremos a branca Marsanne para o final!
odegas Casado Morales – Rioja – Espanha
100% Graciano Amadurecido por 11 meses em barricas novas de carvalho francês, americano, romeno, húngaro, chinês e 4 meses em garrafa com contínuos controles. 13,8% vol álc
Harmonização: Cortes altos de carne, grelhados ao ponto. Carré suíno.
Guarda: Em ótimo momento para o consumo. Deve evoluir ainda um pouco mais pelos próximos 3 anos. Bem adegado, durará até uns 8 anos.

DEGUSTAÇÕES, DEGUSTANDO CASTAS INCOMUNS, OUTRAS CASTAS TINTAS, TINTO.....

ORZADA CARIGNAN 2006 – RESGATADO!
Rubi de reflexos violáceos. Denso e brilhante. Um gostoso alcaçuz nos dá as boas vindas no nariz, seguido por frutos negros e vermelhos (amora e cereja, mais intensamente), funghi, tostados e cedro. Encorpado. Acidez bem destacada que gera bom frescor. Taninos firmes. Um vinho “para se mastigar”. Passa redondo pelo palato e termina com amora temperada por uma intrigante nota de pimenta rosa. Fim de boca longo.
Novo!
Como é bom ser surpreendido por algo novo. A “moda” da Carignan no Chile não é nova. Na verdade, nos últimos tempos até perdeu intensidade na mídia, uma vez que a sua qualidade já se consolidou. Para mim, no entanto, é novo, uma vez que não a tinha provado ainda.
Moda?
Resgate é um termo que define melhor.
A Carignan chegou ao Chile junto com os primeiros imigrantes espanhóis, provavelmente lá pelo século XVI. Desde o início do século XX, considerando episódios locais (como um grande terremoto ocorrido no ano 1939) e as condições macroeconômicas nada fáceis, vividas na primeira metade deste século, o governo local incentivou o seu replantio. A ideia era que seu vigor a fizesse prosperar após o plantio e que aportasse maior estrutura e cor (relembre aqui as caraterísticas desta uva) aos vinhos locais, alavancando desta forma o consumo a partir de uma melhora de qualidade.
Com isto, o Vale del Maule, principalmente, construiu uma extensão significativa de vinhedos desta casta.
Mais tarde, meados dos anos 2000 – mais ou menos na virada do milênio; após consolidar os seus Cabernets e “reincluir” a Carménère no cenário vitivinícola mundial, alguns bodegueiros, ávidos por reencontrar um vinho de raiz, voltaram a destacar a Carignan em seus vinhos. Seja de forma varietal, ou em cortes em que ela fosse majoritária.
E o resultado empolgou!
Não apenas estes bodegueiros ficaram satisfeitos, mas o mercado consumidor também. Foi necessário compreender que não dava mais para rotular o vinho chileno de maneira simplista. Algo novo veio para deixar boas impressões mundo afora.
Um movimento que começou de maneira informal e descentralizado, tomou corpo e por volta do ano 2010, após muito trabalho, estes bodegueiros entusiastas da Carignan do Maule se reuniram formalmente, criando uma associação para a promoção destes vinhos e a mais longo prazo, a estruturação e implantação de uma Denominação de Origem específica. Nasceu, assim, a Vigno, que conta hoje com 15 vinícolas associadas, entre elas, a Odfjell que elabora o nosso vinho de hoje.
Depois da história da Carignan… A história desta nossa garrafa!
2010 é a safra corrente, disponível no importador (World Wine), mas esta garrafa do 2006 estava na adega, comprada há 3 anos, aguardando um bom momento. Quando a comprei, vivíamos um momento de intensa divulgação da Carignan e eu fui no embalo. Levei para casa e aguardei uma boa ocasião.
Mas passou tempo demais… Tempo demais para vivenciar esta experiência tão agradável.
Um vinho ainda cheio de fruta e vigor, com bons anos de crescimento pela frente, mas pronto e instigante. Gastronômico, alternou-se com o EME (aqui) na companhia do T-Bone do Bassi, e fechou a noite. –> Neste ponto preciso dizer que, apesar de não ter provado, imagino que o 2010 pode estar ainda muito jovem e excessivamente vigoroso. Nada, porém, que a companhia de uma carne vermelha grelhada (costela, fraldinha, alcatra) não seja capaz de amenizar.
Odfjell – Valle del Maule – Chile
100% Carignan Estagia por pelo menos 12 meses em uma mescla de barricas de carvalho de origens francesa e americana 14% vol álc
Harmonização: Carne vermelha grelhada, caça, cozidos de sabor intenso.
Guarda: 2006 já está pronto para o consumo, mas ainda ganhará com a guarda pelos próximos 3-5 anos. Tem estrutura para se manter, bem adegado, por até 10 anos mais.

REPASSE – MAIOR LEILÃO DO NOVO MUNDO, NEDERBURG AUCTION TEM RECORDE DE VENDAS....

Maior leilão do novo mundo Nederburg Auction tem recorde de vendas
O maior leilão anual de vinhos do Novo Mundo, o Nederburg Auction, teve um aumento de vendas de 68,5% em relação ao ano anterior. Os pregões foram divididos em 7 categorias: Noble late Harvest, Semi-Sweet White, Port, Red, Cap Classic Sparkling, Fortfield e Dry White. O recorde de preço médio por litro foi de R(Rands) 597.36 (R$ 128,00) e total de vendas foi de R 7 milhões (R$ 1,5 milhão) durante dois dias do evento.
A participação da Nederburg no leilão foi de grande destaque. A vinícola que é a mais premiada da África do Sul e coleciona troféus, medalhas e prêmios – obtidos em competições nacionais e internacionais – vendeu alguns de seus vinhos por valores históricos. Por exemplo, o lote – 12 garrafas de 375 ml – do vinho Nederburg Edelkeur 1979 foi vendido por R 6,444 (R$ 1.380), maior valor pago por rótulos na categoria Noble late Harvest.
O resultado no leilão atesta a qualidade e excelência dos vinhos Nederburg. A vinícola acumula prêmios de Melhor Produtor da África do Sul, concedidos pela International Wine and Spirit Competition, (IWSC) e de Vinícola do Ano concedidos pelo renomado Guia Platter’s da África do Sul.
Durante o Nederburg Auction também aconteceu um leilão beneficente. Diversas vinícolas doaram rótulos para o pregão de caridade que foi um sucesso. Liderado pelo enólogo Ken Forrester o evento social arrecadou R 209 (R$ 45 mil) para os beneficiários: Fundação Hope Through Action e o Centro Breytenbach. Entre os principais lotes vendidos no leilão, está o do Nederburg Cabernet Sauvignon Vintage 1975, vendido por R 47 500 (R$ 10.110).
O desempenho alcançado proporcionou uma plataforma de expansão nacional e internacional dos vinhos sul-africanos. Além de revelar ao mundo o potencial como indústria e a qualidade dos vinhos da região. A Nederburg se mantém como a principal referência entre as vinícolas da África do Sul e o sucesso de vendas no leilão atesta a sua importância na região e fortalece o seu posicionamento de promover o vinho local, divulgar os avanços do país na área.
Sobre a Distell
A Distell, empresa Sul-Africana de bebidas alcoólicas, foi criada no ano 2000 e é resultado da fusão entre duas tradicionais empresas, a Stellenbosch Farmers’ Winery (SFW – fundada em 1925) e a Distillers Corporation (fundada em 1945).
Hoje detém mais de 100 marcas distribuídas entre as categorias vinho, licor, conhaque, brandy, uísque, entre outras, e é a líder em produção e vendas de vinhos, cidras e bebidas prontas (RTD – ready to drink). Seu tradicional licor Amarula está presente no Brasil desde 1994. A empresa instalou um escritório próprio no Brasil desde sua origem como Distell, no ano 2000. Os vinhos Nederburg estão presentes no Brasil desde 2007.

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Merlot Documento D.O - Dom Cândido.....

Castas: Merlot 100% EAN 13 - 78967768.0001-1 Graduação Alcoólica: 12,5 %vol
Vindima:
Tipo: Manual Transportada em caixas pásticas de 20 kg .
Data: Mês de Março.
Produção: 5.000 kgha
Local: Vale dos Vinhedos - Serra Gaúcha - RS - Brasil
Vinificação:
Esmagamento: Desengace com esmagamento e adição de SO2 e enzimas Tanque de Fermentação: Aço inoxidável. Fermentação Alcoólica: Adição de levedura selecionada e temperatura de 25 a 28ºC. Fermentação Malolática: Sim
Amadurecimento e Estabilização: Amadurecimento: Amadurece em barris de carvalho por nove meses. Após, envelhece na garrafa. Estabilização pelo frio: Sim
Análise Sensorial: Vinificação: Esmagamento: Desengace com esmagamento e adição de SO2 e enzimas Tanque de Fermentação: Aço inoxidável. Fermentação Alcoólica: Adição de levedura selecionada e temperatura de 25 a 28ºC. Fermentação Malolática: Sim
Amadurecimento e Estabilização: Amadurecimento: Amadurece em barris de carvalho por nove meses. Após, envelhece na garrafa. Estabilização pelo frio: Sim
Análise Sensorial:

Terragnolo Merlot D.O 2009....

Variedade: Merlot safra 2009
Vinhedo: Vale dos Vinhedos lote n 14
Idade das Videiras: 10 anos
Densidade: 3.000 plantas ha
Produção: 1,5 kg plantas
Altitude:742 metros acima do nível do mar
Solo:bastante pedregoso com 15% de inclinação leste-oeste
Colheita: manual
Fermentação: grãos inteiros , em cubas de aço inoxidável.
Armazenagem: 18 meses em barricas de carvalho Frances.
Engarrafamento:sem filtrar
Dados analáticos: álcool:14%
Notas de degustação:
Vinho de perfil definido de cor vermelho rubi intenso, aromas de frutas vermelhas pequenas, com toque de especiarias, bem equilibrado, vinho excelente estrutura.dos os mapas e antes estava como Mapas e Distâncias)

Vinícolas da Serra Gaúcha propõem jeito diferente de degustar vinhos.....

Serra Gaúcha é a maior produtora de vinho do país. Há opção de degustação às cegas e jantar romântico.
O passeio é pelas vinícolas, que propõem um jeito diferente de degustar os vinhos.' Na Serra Gaúcha, faz frio abaixo de 0ºC e dificilmente passa dos 20ºC. Nas estradas de Flores da Cunha, a 120 quilômetros de Porto Alegre, a paisagem escondida no nevoeiro, revela quilômetros de parreirais. É de lá que sai o vinho que nesta época descansa nas barricas de carvalho.
As vinícolas da região abrem as portas para quem quer saber como os vinhos são elaborados. Uma delas, no interior de Bento Gonçalves, convida os turistas pra uma degustação às cegas. Em outra, a própria natureza inspira o passeio, já que nessa época do ano os parreirais se preparam para dar novos frutos, que se transformarão em novos vinhos. São justamente eles que se transformam em cenários para experiências bem diferentes, como degustar uma refeição romântica, em uma tenda, com um edredom e, claro, regada a vinho. Em uma vinícola de Pinto Bandeira, o turista pode ficar em um casarão de 1930. Tem até banheira de hidromassagem com vista para os vinhedos. Para distrair os visitantes, há opção de passeios de jipe e de bicicleta pelos parreirais.
Não é só o clima da região que lembra a Europa. Nos restaurantes coloniais, a sopa, as massas e o galeto acompanham o vinho. Tudo com muita música italiana para encerrar o passeio.
http://glo.bo/1noWMTw

terça-feira, 16 de setembro de 2014

Degustando vinhos brancos portugueses.....

Dos países históricos produtores de vinho, Portugal é o mais negligenciado
De todos os países históricos produtores de vinho, Portugal é o mais negligenciado.
Outros países que há 25 anos eram pouco reconhecidos por sua produção passaram a fazer parte da economia globalizada do vinho: Grécia, Áustria, uma Hungria revigorada. França e Itália sempre foram destaque, mas regiões menos conhecidas dentro de ambos os países têm sido elogiadas. O mesmo acontece com a Espanha.
Mas Portugal? O vinho do Porto sempre vai ter o seu nicho, assim com o vinho da Madeira. Porém, quando o assunto são os vinhos regulares, Portugal continua a ser amplamente negligenciado, e muitas vezes de maneira injusta.
De certa forma, isso acontece porque os portugueses costumam se recusar a dar destaque a uvas internacionais populares, como cabernet sauvignon, chardonnay, merlot e sauvignon blanc, priorizando suas inumeráveis ofertas nativas.
Essa internacionalização, infelizmente, foi outrora uma fórmula de eficácia comprovada para atrair atenção em escala mundial. Mas o foco passou a ser aquilo que é distintamente local, e, felizmente, os entusiastas americanos do vinho podem ter passado do ponto de caírem nas graças de um cabernet de 100 pontos de Portugal.
Pode ser também que a língua portuguesa coloque alguns obstáculos para os americanos, que podem compreender intuitivamente que, digamos, o "bianco" da Itália e o "blanco" da Espanha são os vinhos brancos, mas talvez não consigam dar o mesmo salto linguístico quando confrontados com "branco". Frequentemente, quem é confrontado com tais termos não familiares costuma continuar a buscar algo mais reconhecível.
Entre os vinhos portugueses, duas exceções cativaram a imaginação dos americanos, mas são casos especializados. O primeiro é o Vinho Verde, o vinho branco vibrante de preço acessível do noroeste de Portugal, que parece ter adentrado o zeitgeist associado a um clima quente, vendendo muito bem nos Estados Unidos nos últimos anos. Mas ele não passa de um prazer inócuo, visto geralmente como uma bebida refrescante de verão.
O segundo é o vinho de Colares, um dos mais fascinantes do mundo, mas produzido apenas em quantidades mínimas. As videiras crescem em solos arenosos e, portanto, são imunes à filoxera, o voraz afídeo que ataca as raízes das videiras europeias clássicas, fazendo com que quase todas tenham que ser enxertadas em porta-enxertos americanos. Em vez disso, as videiras dos vinhos de Colares crescem sobre suas próprias raízes. São vinhos verdadeiramente maravilhosos, elegantes, mas intensos, com potencial para envelhecer por décadas. Mas as vinhas têm travado uma difícil batalha pela terra com os bairros residenciais dos arredores de Lisboa, e em breve podem se extinguir.
Os especialistas em vinho da minha equipe de degustação não ignoram Portugal. Fazemos incursões regulares, ainda que não muito frequentes, pelos seus vinhos tintos - sendo que a mais recente foi pelos tintos do Douro, a histórica região portuária, em 2012. Mas nunca tinha me ocorrido fazer uma degustação de vinhos brancos portugueses. Antes de eu pensar realmente a respeito, essa degustação não me parecia tão interessante.
Mudei de ideia depois que Matt Kramer, colunista do Wine Spectator, rasgou elogios a alguns vinhos brancos que tinha encontrado em Portugal. Um deles, escreveu Kramer, poderia ser facilmente confundido com um Chassagne-Montrachet caso ele o tivesse provado em uma degustação cega; um erro, ressaltou ele, que teria sido "quase que um insulto ao caráter de um vinho".
Já tinha ouvido algumas outras pessoas louvando a qualidade dos vinhos brancos portugueses recentemente, e concluí que valeria a pena investigá-los. Assim, convoquei minha equipe, que se reuniu para provar 20 vinhos de safras recentes, na esperança de fazer bons achados entre os rótulos.
Na degustação, Florence Fabricant e eu fomos acompanhados por Pascaline Lepeltier, diretor de vinhos no Rouge Tomate e mestre sommelier recém-formado que viajou recentemente a Portugal, e Todd Wernstrom, distribuidor de vinhos cuja empresa, a Ice Bucket Selections, não trabalha com vinhos portugueses.
Não posso dizer que chegamos a sentir a emoção de uma descoberta, embora eu tenha achado os vinhos agradáveis e intrigantes. Como acontece frequentemente no caso dos vinhos tintos portugueses, todos os brancos foram feitos a partir de uvas portuguesas nativas, mas nenhum nos pareceu especialmente distinto ou único, como o carricante do Monte Etna ou o furmint da Hungria. Um bom número dos vinhos de nossa lista foi feito à moda moderna, fermentado em tanques de aço e engarrafados ainda jovens para preservar o frescor e os aromas.
Nossa primeira garrafa, um vinho Luís Pato, da região de Beira Atlântico, de 2012, tinha seguido esse estilo. Produzido com a Maria Gomes, a mais comum uva branca de Portugal, também conhecida como Fernão Pires, ele estava delicioso, acidulado, picante, herbáceo, bom para se beber quando ainda é cedo. Custando apenas 13 dólares, foi o vinho de melhor relação custo/benefício de nossa degustação. Vai muito bem como companheiro neste verão aqui nos Estados Unidos.
Outros vinhos passaram algum tempo em barris e se prestam mais facilmente ao envelhecimento, como a nossa terceira garrafa, do branco da Quinta de Foz de Arouce, de 2012, que descobri ter sido o vinho que chamou a atenção de Kramer. O que ele havia provado, porém, era o de 2010, com dois anos a mais de envelhecimento, o que sugeriu a comparação com os vinhos da Borgonha.
O vinho da safra de 2012, feito exclusivamente com a uva cerceal (que não têm relação com a sercial, ingrediente dos vinhos Madeira), nos pareceu vivaz, frutado, complexo, com sabor herbáceo e o tipo de textura convidativa proporcionada pelo processo de envelhecimento em barris – principalmente barris antigos, que não conferem sabores. Fiquei ansioso para beber esse vinho daqui a alguns poucos anos. Tendo custado 37 dólares, ele também foi um dos mais caros da degustação.
Outras garrafas dignas de nota foram a segunda, do rico e carnudo Quinta do Sagrado do Douro de 2012, uma mistura de quatro uvas fermentadas em tanques de aço; a quarta, do Vadio, de Bairrada, na região próxima ao litoral Atlântico, de 2012, um vinho pouco rústico, agradavelmente amargo; e a quinta, de um refrescante Casa de Mouraz do Dão, do interior de Bairrada, também de 2012, feito exclusivamente da uva encruzado.
Eu não me atreveria a oferecer conclusões definitivas após essa degustação, já que esses vinhos certamente nos convidam a continuar pesquisando. Não tenho dúvidas de que vão motivar mergulhos mais profundos, especialmente nas regiões mais promissoras para os vinhos brancos, que parecem ser as áreas costeiras de Bairrada e Beira Atlântico, além do Douro.
Posso dizer que se você gosta dos mais conhecidos vinhos brancos italianos, muitas das garrafas menos caras dessa degustação vão lhe proporcionar uma sensação semelhante de fresco seco e frutado. Se você gosta de tipos mais complexos de vinho, como, atrevo-me a dizer, o Borgonha branco, uma garrafa de vinho envelhecido em barril, como o Foz de Arouce, pode se mostrar intrigante.
É justo dizer que a indústria portuguesa do vinho está passando por uma transição, buscando se concentrar em vinhos que podem ser comercializados em todo o mundo. O que isso significa para os vinhos brancos do país? Ainda vamos descobrir.
Resumo da degustação
Luís Pato Beira Atlântico Maria Gomes 2012 (Melhor relação qualidade/preço)
2 1/2 estrelas
Sabores cítricos acidulados, com notas herbáceas e picantes e uma textura convidativa. 13 dólares.
Quinta do Sagrado Douro 2012
2 1/2 estrelas
Rico e carnudo, com aromas de damasco, pêssego e melão. 16 dólares.
Quinta de Foz de Arouce Vinho Regional Beiras Branco 2012
2 1/2 estrelas
Vivaz e texturizado, com sabores prolongados de melão, frutas cítricas e ervas. 37 dólares.
Vadio Bairrada 2012
2 1/2 estrelas
Agradavelmente rústico, com sabores prolongados de frutas cítricas, ervas e frutas tropicais com um leve amargor.
17 dólares.
Casa de Mouraz Dao Encruzado 2012
2 1/2 estrelas
Refrescante e pouco complexo, com sabores cítricos picantes. 17 dólares.
Niepoort Douro Redoma 2012
2 estrelas
Não é particularmente aromático, mas é suculento, substancioso e tem uma textura agradável. 28 dólares.
Quinta do Perdigao Dão Encruzado 2011
2 estrelas
Acidulado, com um amargor intrigante. 20 dólares.
Álvaro Castro Dão Encruzado DAC 2011
2 estrelas
Equilibrado, com sabores de frutas tropicais. 25 dólares.
Duorum Douro Tons 2012
2 estrelas
Leve, agradável e refrescante. 13 dólares.
Quinta do Passadouro Douro Passa 2011
2 estrelas
Aromas e sabores de ervas, especiarias e melão. 15 dólares.
O que significam as estrelas:
As classificações, de até quatro estrelas, refletem a reação da equipe aos vinhos, que foram degustados com os nomes e as datas ocultos. Os vinhos representam uma seleção que costuma estar disponível em boas lojas do ramo e restaurantes, bem como na internet. Os preços são os praticados por lojas da região de Nova York.
Coordenador da degustação: Bernard Kirsch

Consumo de um cálice de vinho por dia só é benéfico acompanhado de exercícios....

Pesquisa apresentada durante o Congresso da Sociedade Europeia de Cardiologia desfaz mito sobre propriedades da bebida
Considerado fonte de saúde por antigas civilizações, o vinho teve suas propriedades reforçadas nos últimos anos por pesquisas que apontavam o consumo moderado da bebida como aliado no combate ao câncer e a problemas cardíacos. Pois é de um estudo científico da República Checa que vem uma má notícia aos apreciadores da bebida — ou, pelo menos, aos que são sedentários.
Apresentada durante o Congresso da Sociedade Europeia de Cardiologia, que se encerra hoje, em Barcelona, na Espanha, a pesquisa sustenta que beber quantidades moderadas de vinho não traz benefícios para a saúde do coração, a não ser que o hábito esteja associado a uma rotina de exercícios físicos.
Leia mais notícias sobre vinho em Zero Hora
Ao longo de um ano, pesquisadores do Hospital Universitário de Olomouc estudaram os efeitos de beber tanto vinho tinto quanto branco em 146 pessoas que apresentavam risco de desenvolver doenças cardiovasculares. Cada indivíduo tinha de manter um diário de seus hábitos de consumo, uso de medicamentos e quantidade e tipo de exercício que realizava. Os cientistas compararam os níveis de colesterol HDL (considerado o colesterol bom, que age eliminando depósitos de gordura no interior das artérias) nos participantes. O aumento do índice é um forte sinal de maior proteção contra doenças cardíacas.
— O vinho não teve qualquer impacto sobre os participantes como um todo, já que os níveis de HDL permaneceram os mesmos. O único resultado positivo e contínuo foi no subgrupo de pacientes que se exercitaram durante o período — explicou o cardiologista Milos Taborsky, autor do estudo.
O grupo que realizou atividades físicas apresentou aumento no colesterol HDL e queda no colesterol LDL. Quando este último está alto, pode gerar o acúmulo de placas de gordura no interior das artérias e, consequentemente, aumenta o risco de doenças cardiovasculares.
Este é o primeiro estudo a longo prazo que comparou os efeitos do consumo moderado –segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), consumo moderado de vinho equivale a 200 ml para mulheres, 300 ml para homens, 5 vezes por semana, no máximo – de vinho tinto e branco sobre o colesterol e outros marcadores de aterosclerose, doença caracterizada pelo acúmulo de material gorduroso nas paredes das artérias.
— Combinar consumo moderado de vinho e exercício regular melhora marcadores de aterosclerose, sugerindo que somente esta combinação é protetora contra doenças cardiovasculares — concluiu Taborsky.
Chefe do serviço de Cardiologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Luis Eduardo Rohde explica que a crença de que o vinho traria benefícios vem de pesquisas metodologicamente limitadas. O especialista alerta ser preciso levar em consideração todos os riscos relacionados à ingestão de álcool:
— Esse estudo sugere que tomar vinho não aumenta o colesterol HDL e que não necessariamente a combinação entre exercício e vinho tem esse efeito. Pode ser reflexo apenas do exercício. Seria preciso presquisas posteriores.
Alerta a jovens acima do peso
O congresso também apresentou um alerta a jovens acima do peso. Uma equipe de pesquisadores alemães descobriu que crianças obesas enfrentam risco até seis vezes maior de desenvolver hipertensão do que aquelas com peso saudável. A pesquisa acompanhou 22 mil crianças e adolescentes por meio de medições de pressão, índice de massa corporal (IMC) e circunferência abdominal.
Peter Schwandt, professor da Ludwig Maximilians University e líder da pesquisa, explicou que a prevalência de hipertensão arterial e obesidade em jovens continua a aumentar na maioria dos países de renda alta e média. Ele destacou a importância de exames simples e baratos que podem indicar os índices de gordura abdominal e alertar sobre os riscos de doenças.
Outras pesquisas sobre os benefícios (ou não) do vinho
Em 2006 Foi publicado o livro The Red Wine Diet (A Dieta do Vinho Tinto, em tradução livre), que indicava os benefícios de antioxidantes presentes na bebida para combater o envelhecimento das células.
Em 2012 Uma pesquisa da Universidade Estadual de Oregon, nos Estados Unidos, apontou que beber uma ou duas taças de vinho por dia torna a mulher menos propensa a desenvolver osteoporose.
Em 2014 Estudo da Faculdade de Medicina da Universidade Johns Hopkins (EUA) não encontrou provas de que o resveratrol, antioxidante polifenol presente no vinho tinto, faz bem ao coração.

Festival de audiovisual ambiental exibe 62 filmes sobre meio ambiente....

Veja relação de filmes e documentários, nacionais e internacionais, apresentados na quarta edição do Festival Internacional do Audiovisual Ambiental (Filmambiente), que aconteceu no início do mês, no Rio de Janeiro.
Virunga (2014, Reino Unido), de Orlando vonEinsiedel –Nas profundezas das florestas do leste do Congo fica o Parque Nacional de Virunga, um dos lugares mais ricos em biodiversidade do mundo, que abriga os últimos gorilas da montanha. Neste ambiente selvagem, mas encantado, uma pequena equipe de guardas florestais protege esse patrimônio mundial da Unesco. Em maio de 2012 um grupo rebelde declara guerra e um conflito ameaça a vida e a estabilidade de tudo o que trabalharam duro para proteger. O filme é a história verídica de um grupo de pessoas corajosas arriscando suas vidas para construir um futuro melhor em uma parte esquecida da África.
Bidder 70 (2012, USA), de Beth e George Cage – Narra o ato extraordinário, engenhoso e eficaz do estudante de economia da Universidade de Utah, Tim Christopher, que comprou ilegalmente, em um leilão em 2008, um grande terreno em estado selvagem para salvá-lo da exploração de petróleo programada por empresas presentes no evento. O ato exigiu prestação de contas do governo e da indústria e redefiniu o patriotismo em nosso tempo, acendendo um espírito de desobediência civil em nome da justiça climática.
Bom dia, Taranto (2014, Itália), de Paolo Pisanelli – Uma viagem tensa e apaixonada por uma região onde nuvens de fumaça da fábrica ILVA envenenam o ar, a terra e a água. ILVA é a maior fábrica de aço da Europa, nos arredores dos subúrbios de Taranto. Uma rádio nômade e intermitente acompanha os rancores e os sonhos de seus habitantes, como num cine-digital, marcando o ritmo do filme, documentando acontecimentos surreais, barulhos alienantes, fumaça irrespirável e revelando a beleza da região.
Síndrome de Veneza (2013, Alemanha, Áustria, Itália), de Andreas Pichler – Veneza é puro romance, aquela cidade com a qual todos sonham e querem conhecer, mas está se tornando inabitável. O filme mostra o que sobrou da vida veneziana: uma subcultura de serviços turísticos, um porto para navios gigantescos e venezianos que se mudam para o continente para fugir dos preços absurdos de moradias. Urânio Drive-In (2013, USA), de Suzan Beraza – As propostas de trabalho feitas por uma usina de urânio trazem esperança para uma comunidade inteira do Colorado, pela primeira vez em décadas. Quando ambientalistas aparecem para parar a usina, seus defensores ficam furiosos. Uma importante questão se coloca, tornando a preservação da saúde e do meio ambiente locais, antagônica à geração de empregos. Deserto Verde (2013, Argentina), de Ulises de laOrden – O uso de produtos químicos na produção agrícola tem uma história de mais de um século, sempre escondendo seus efeitos prejudiciais à saúde. Mas existem maneiras de criar riqueza, produzir alimentos e exportar para o mundo sem ser intoxicado. É preciso apenas conhecimento e informação para agir.
A origem do SlowFood (2012, Itália), de Stefano Sardo – É um conto sobre um grupo de amigos do interior, uma história de brincadeiras e paixões políticas, de restaurantes e ritos camponeses redescobertos, de vinho e de viagens e apostas, umas ganhas e outras perdidas, mas todas com a mesma imutável ironia ranzinza. É a história de uma revolução; uma revolução lenta, que vem acontecendo ao longo de 25 anos e ainda não mostra sinais de parar. Seu líder é Carlo Petrini, mais conhecido como “Carlin”. Ele é o homem que inventou o SlowFood e Terra Madre. Sem nunca sair de sua terra natal, Bra, uma pequena cidade de 27 mil habitantes, ele criou um movimento que agora se estende por 150 países e transformou a gastronomia para sempre.
Naquela época e Hoje (2014, Brasil), de Luiz Adelmo Manzano – Estrelado por Márcio Atala, mostra que, em plena era da informação, a saúde das pessoas é preocupante, apesar das evoluções tecnológicas e científicas.
Fonte: http://www.portaldomeioambiente.org.br/

Primeiro Dia do Vinho do Porto é celebrado esta quarta-feira com provas e debates.....

IVDP lança o Port Wine Day, para que todos os anos seja assinalado o dia em que nasceu a primeira região demarcada do mundo. Foi há 258 anos e ainda não existiam os EUA.
Mais antigo que os Estados Unidos da América, o vinho do Porto celebra esta quarta-feira aquele que é considerado como o acto fundador da sua institucionalização. Foi em 10 de Setembro de 1756, reinava então D. José I e governava Sebastião José de Carvalho e Melo, o famoso Marquês de Pombal, quando foi instituída a Companhia Geral das Vinhas do Alto Douro, através da qual passou a ser delimitada e regulamentada a produção dos vinhos que viriam a tornar-se mundialmente apreciados como vinho do Porto.
São precisamente 258 anos que hoje se completam sobre a data em que assim nasceu a primeira região demarcada do mundo. Ou seja, duas décadas ainda antes da declaração de independência dos EUA, acto que, como se sabe, foi celebrado com vinho português. Uma garrafa de vinho da Madeira, já que por aquela altura a fama dos Porto não teria cruzado ainda as águas do Atlântico.
E foi preciso esperar ainda mais de um século para que surgisse o primeiro automóvel e ainda mais meio para que levantasse voo aquele que seria o protótipo do primeiro avião, mas já então o gosto pelo vinho do Porto se tinha espalhado um pouco por todo o mundo. Descendo o Douro nos heróicos barcos Rabelos até aos armazéns de Gaia e daí navegando depois para os mais diversos destinos através da barra do Douro. É no emblemático edifício da Alfândega que o Instituto dos Vinhos do Douro e Porto assinala hoje essa data histórica, uma iniciativa que decidiu apelidar como Port Wine Day e que pretende ver doravante repetida todos os anos. O programa deste primeiro dia dedicado à celebração do vinho do Porto está aberto ao público e inclui um seminário com a participação de especialistas de vários cantos do mundo, seguindo-se um almoço comemorativo. O debate é de inscrição gratuita enquanto o repasto tem um custo de 45 euros e incluindo, claro, a degustação de diversos Portos.
Reservada a convidados e especialistas de várias origens haverá também, no período da tarde, uma prova de vinhos da primeira década do Séc. XXI. É apresentada pelo enólogo Bento Amaral, que é chefe da câmara de provadores do IVDP, e vão estar em apreciação78 Vintage representando 30 da mais afamadas e reconhecidas casas produtoras do Douro.
No encontro da manhã serão debatidos temas ligados à distribuição e consumo de vinhos no emergente mercado asiático e ao futuro da harmonização de gastronomia e vinhos. No primeiro destaque para a participação e Debra Meiburg, uma Master of Wine que foi considerada como a sétima mulher mais influente no mundo do vinho, de Dadid Chow, responsável por uma das mais activas e distinguidas empresas de distribuição no mercado chinês, e ainda o espanhol Jordi Franch, director comercial da Miguel Torres.
Para análise das questões ligadas à harmonização, o painel conta com aquele que foi o Sommelier nos últimos tempos do lendário El Bulli, de par com Sebastién Gaudard, tido como o “pequeno príncipe” da pastelaria francesa, e ainda os portugueses Victor Claro e Pedro Araújo. O jornalista Manuel Carvalho, do PÚBLICO, vai moderar o primeiro painel, ficando no segundo a tarefa a cargo de Miguel Pires, o Master Sommelier português com percurso consolidado no mundo britânico.
Além de “uma grande festa para celebrar a denominação de origem”, o presidente do IVDP, Manuel Novaes Cabral, quer que o Port Wine Day passe a realizar-se todos os anos e seja também “um momento de homenagem aos produtores, aos comerciantes e a todos os intervenientes que ao longo da história consolidam o vinho do Porto como embaixador da região, da cidade e do país”.
E nem é preciso que participe no programa oficial. Basta saborear um bom Porto para assim celebrar um vinho único e já mais velho que os EUA.

Guatambu Estância do Vinho lança rótulo em parceria com Associação da raça Angus....

Durante a programação da Expointer, a Guatambu Estância do Vinho, de Dom Pedrito, RS, lançou, em parceria com a Associação Brasileira de Criadores da raça Angus, o rótulo 2014 do vinho Angus.
O produto, um varietal Tannat, safra 2014, foi produzido nas dependências da vinícola. As parreiras que dão origem ao fruto se situam em uma área de reserva legal, de campo nativo do Bioma Pampa, onde somente o pastoreio do gado é realizado.
Segundo a sommelier e uma das proprietárias da Guatambu, Isadora Hermann Pötter, o terroir da Campanha Gaúcha é perfeito para a produção de uvas tintas, como a Tannat, o que garante a colheita de uma fruta em plena maturação, o que garante mais polifenóis na bebida.
Em 2013, a Guatambu produziu 1000 garrafas sob encomenda da instituição, que esgotaram em dois meses. Este ano, comemorando os 51 da Associação, um lote limitado de garrafas foi produzido. Segundo o Diretor Geral da Associação, Reynaldo Titoff Salvador, a escolha da Guatambu para a produção do vinho Angus foi pela harmonização da uva com a carne: “Unir a carne de qualidade Angus com um vinho Tannat como o da Guatambu é garantir a harmonização perfeita”.
Os vinhos podem ser adquiridos diretamente na vinícola pelo valor de R$33,00, com preço especial para sócios Angus.
Saiba Mais
Associação Brasileira de Criadores da raça Angus
Com 51 anos de existência, a Associação Brasileira de Criadores da raça Angus reúne mais de 500 associados e mais de 7000 criadores em todo território nacional. Sua Missão é Congregar criadores e fomentar a utilização da Raça Aberdeen Angus na pecuária, através do apoio técnico e promocional, buscando a excelência e a valorização do trabalho do associado e dos usuários da raça. Saiba mais em www.angus.org.br
Sobre a Guatambu
A Guatambu Estância do Vinho é uma vinícola boutique de Dom Pedrito, RS. Seu trabalho é realizado através de administração familiar, em pequena escala, somente com uvas próprias, lotes limitados e garrafas numeradas desde 2003. A vinícola já conquistou diversas premiações importantes, entre elas o TOP TEN Expovinis 2014, com o vinho Rastros do Pampa Tannat. Mais informações, acesse o site: http://www.guatambuvinhos.com.br/

Depardieu diz beber até 14 vinhos por dia....

O ator francês diz que bebe quando se aborrece e nesses dias pode chegar a esvaziar 14 garrafas de vinho. "Começo em casa, com champanhe ou vinho tinto antes das 10.00. Depois mais champanhe e a seguir "pastís", talvez meia garrafa. O almoço é acompanhado de duas garrafas de vinho. À tarde, champanhe, cerveja, outra vez "pastís" até às 17.00 para acabar a garrafa. Mais tarde, vodka e/ou whisky". A rotina dos dias em que bebe é contada pelo próprio numa entrevista à revista "Sofilm".
Depardieu admite que quando começa a beber não consegue parar. "Posso beber 12, 13, 14 garrafas de vinho. Justificação: "Quando me aborreço, bebo".
O francês, que se mudou a sua residência para a Rússia por motivos fiscais, garante que nunca fica "completamente bêbedo, só um pouco alegr". E dá ainda a receita para evitar ficar ébrio. "Tudo o que é necessário é dormir uma sesta de dez minutos e já está. Um pouco de vinho rosé e ficas como uma rosa".
O ator, conhecido pelos papéis de Obélix, Cyrano de Bergerac e, mais recentemente, Dominique Strauss-Khan, tem protagonizado vários episódios relacionados com o consumo excessivo de álcool, nomeadamente ao volante. Ja foi operado para pôr um bypass por causa do colesterol "e outras coisas", adiantou.
Gérard Depardieu anunciou recentemente a intenção de vir a produzir vodka biológico. Além de representar, o ator é proprietário de adegas e restaurantes.

Vinho de R$ 11,50 é eleito um dos melhores do mundo no Reino Unido....

Um grupo de especialistas elegeu um vinho vendido em um supermercado popular por apenas 3,59 libras (cerca de R$ 11,50) como um dos melhores do mundo.
O vinho espanhol Toro Loco Tempranillo, de 2011, da marca do próprio supermercado, ganhou a medalha de prata em competição internacional no Reino Unido. Ele foi fabricado na região de Utiel-Requena, na província espanhola de Valencia.
Segundo a imprensa britânica, nos chamados 'testes cegos' a bebida superou outras que custam até dez vezes o valor.
A Competição Internacional de Vinhos e Destilados foi criada em 1969.
Estudo sugere que vinho caro é desperdício De acordo com uma pesquisa feita na Escócia, os consumidores têm dificuldades de perceber diferenças no gosto de um vinho barato e de outro caro. O experimento foi realizado com mais de 400 pessoas que degustaram às escuras bebidas durante o Festival Internacional de Ciência e o acerto ficou na casa dos 50%.
"Os resultados são notáveis", afirmou o psicólogo da Universidade de Hertfordshire, Richard Wiseman. "Nestes tempos de dificuldade financeira a mensagem é clara: os vinhos baratos que nós testamos têm o mesmo sabor que seus semelhantes mais caros".
As bebidas mais em conta custavam menos do que 5 libras (R$ 12,85)*, enquanto que os que tinham preço mais elevado custavam entre 10 e 30 libras (R$ 25,70 e R$ 77,11)*. Os pesquisadores ofereceram vinhos tintos e brancos de vários países, incluindo Sauvignon, Blanc, La Rioja, Claret e Champagne

SEMINÁRIO VINHO E MERCADO 16/09/14 - RIO WINE & FOOD FESTIVAL.....

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