quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Seu vinho está estragado? 8 sinais ....

Como sabemos, o conteúdo de uma garrafa apenas aberta não necessariamente pode estar como queríamos, ou pior, pode estar estragado. E nunca falta o sommelier da vida que quer te convencer que você está enganado. Então, nestas horas, você sabe como reconhecer os defeitos? Don’t worry, o MondoVinho vem aí com mais um guia prático de sobrevivência, que vai te ajudar nos momentos duvidosos.
1) Alvenaria Tipo: a cor do seu Malbec 2010 vai de tijolo de barro para quadra de tênis do Roland Garros. Os tons naturais de cor de um tinto são: vermelho rubi/púrpura/alaranjado/granada. Já as nuances de um branco podem ser amarelo esverdeado/palha/dourado/âmbar. Quando ambos os tipos (tinto e branco) ficam em contato com o oxigênio, perdem parte do brilho e pegam uma cor tendente ao marrom. Isso é normal para vinhos de longa maturação, mas em garrafas e safras recentes é o seu primeiro sinal que o seu vinho está oxidado.
2) Borbulhas Tipo: o seu Sauvignon Blanc tem uma perlage na taça que nem Champagne. As leveduras não têm desenvolvido bem as próprias tarefas. Partículas de açúcar andam soltas pela garrafa. Com a chegada do primeiro calor, as leveduras voltam à ação e uma nova fermentação não desejada começou implacavelmente.
3) Au-au!!! Tipo: no restaurante pede um Barolo e vem com o cheiro do seu cachorrinho molhado. Mesmo se o seu vinho for um Conterno 1990 não necessariamente os aromas terciários devem ter licença para matar. Se o seu Rex domina na sua taça, isso tem uma explicação plausível: o TCA tem tomado posse de seu vinho. A sigla significa Tricloroanisol, substância química que é a maior responsável pelo cheiro de mofo, melhor conhecido como bouchonée (já passei por isso...) No caso o sommelier acima citado tentará fazer você mudar de opinião “é o típico aroma de papelão molhado”. Claro: uma garrafa desta tem que ser vendida a qualquer custo!
4) Muuuuu Tipo: o seu Syrah cheira a band-aid, ou pior, a celeiro. A levedura Brettanomyces, em pequenas doses pode até ser índice de tipicidade e tem seus apreciadores, mas se você sentir no nariz uma verdadeira transumância de gados, então não está perante de um bom vinho que mostra o próprio terroir, mas na frente de uma bela contaminação de Brett.
5) Salão de beleza Tipo: o seu Chianti tem cheiro de esmalte para unhas, ou pior, de vinagre. A evolução natural do vinho é de se tornar (antes ou depois) vinagre. Sinal que as bactérias do ácido acético estão trabalhando causando a chamada de acidez volátil (ou VA). Como pelo Brett, a VA pode ser indicador de boa qualidade, mas em excesso é um defeito. Se o seu vinho estiver deste jeito, use-o como condimento. A sua salada agradece.
6) Cobaia Tipo: pede um Cabernet Sauvignon e se lembra do laboratório onde a sua parceira bióloga te leva de vez em quando. Os ingleses o chamam de "mousey", eu o chamo fedor de rato. Mais uma vez os responsáveis são as bactérias. Mesmo assim, também tem uma delegação de adeptos, mas este “aroma” pra mim é bastante desagradável, o suficiente para me fazer feliz tomando água fresca.
7) Dentro do vulcão Tipo: pede um Pinot Noir e encontra sob o nariz um repolho cozido. Defeito causado pela indesejada formação de compostos sulfurosos (enxofre). Outro cheiro comum é de borracha queimada.
8) Não preciso de Tylenol Tipo: pede um Gewurztraminer e te trazem uma água natural sem gás. Se não estiver sentindo nenhum aroma não é necessariamente porque esteja gripado. O vinho pode ter sido servido a uma temperatura muito baixa, ou talvez precise de um pouco de oxigenação. Tente esquentar a taça com as palmas das mãos e rode-a novamente. Se nada acontecer é até provável que o vinho tenha um baixo nível de bouchonée, ou seja: o TCA já cancelou os bons aromas do vinho, mas ainda não chegou a desenvolver os cheiros desagradáveis acima citados.

Este vinho merece um monumento ..

Na Itália existem pelo menos 6 guias reconhecidos, que dão votos aos melhores vinhos do ano e, como é de se esperar, se encontram opiniões bastante contrastantes, pois obviamente, cada crítico tem os próprios gostos e métodos de avaliação. Mas parece que tem um único vinho que colocou a crítica de acordo, pois está no topo de todas as classificações: o Taurasi Radici Riserva 2004 Mastroberardino Este vinho merece um monumento Na Itália existem pelo menos 6 guias reconhecidos, que dão votos aos melhores vinhos do ano e, como é de se esperar, se encontram opiniões bastante contrastantes, pois obviamente, cada crítico tem os próprios gostos e métodos de avaliação. Mas parece que tem um único vinho que colocou a crítica de acordo, pois está no topo de todas as classificações: o Taurasi Radici Riserva 2004 Mastroberardino. Pois é, um vinho da Campania bateu a concorrência de Brunellos e Barolos cotados na Bolsa de Nova York. Esta notícia me enche de orgulho, primeiro porque é da minha região de origem, segundo porque sempre foi um dos meus vinhos preferidos: modestamente eu o bebia bem antes que o Mastroberardino se tornasse o fenômeno mundial que é agora (quando ainda morava na Itália) e fico feliz em saber que o meu gosto coincide com os dos maiores críticos do planeta. Inclusive o bebi desta safra e por quanto esteja ainda um pouco fechadinho ele é pronto para tomar agora ou daqui a 30 anos É um varietal 100% de Aglianico, maturado por 30 meses em barricas de carvalho e afinado 18 meses em garrafa antes de ser comercializado. Tem um complexo bouquet de aromas de frutas negras, tabaco e violeta. Quanto ao sabor tem retrogosto de ameixas, compota de morango, cereja e pimenta. Encorpado, de grande volume e profundidade, com taninos presentes, mas finíssimos e boa acidez. Perfeito com pratos de carnes. Ah, falei da crítica italiana, mas esqueci de citar o nosso amigo Parker, que senão fica chateado...este não é o estilo de vinho que o Robertinho prefere, mesmo assim lhe deu 95+. É um pouco caro, mas vale cada centavo. Um tinto monumental. Voto gringo: 9 ½ Vinho: Taurasi Radici Riserva Safra: 2004 Produtor: Mastroberardino País: Itália Região: Campania Uvas:100% Aglianico Teor Alcoólico: 13% Importadora: Mistral Custo médio: R$ 190,00

Eis o novo sócio do Robert Parker ..

Temos um nome e um rosto. De acordo com o blogueiro francês Vincent Pousson, o novo sócio da The Wine Advocate do Robert Parker seria este senhor com o fácil nome de Soo Hoo Khoon Peng, ex-diretor da Hermitage, importadora de Cingapura. De fato a notícia não é oficial, mas o nosso amigo do nome impronunciável deixou claros rastos: pediu demissão da empresa sem aviso prévio e pouco depois mudou a localização em seus “status” de Facebook para Baltimore, quartel general da The Wine Advocate e cidade de residência do querido Bobby Parker. Segundo a mesma fonte, o acordo teria sido intermediado por dois business-men sem nenhuma ligação ou interesse por vinho (um da Deutsche Bank e outro da Goldman Sachs), mas só para negócios, que encontraram um grupo de investidores para TWA. Valor da venda: U$ 15 milhoes. O Parker provavelmente embolsou 10 milhões e os dois intermediários devem ter divididos os restantes 5. O Soo Hoo vai controlar e comandar a The Wine Advocate, focando o interesse principal do grupo em inserções publicitárias, eventos e palestras, além de uma versão chinesa da famosa publicação americana. Como dizia uma velha canção: “Money makes the world go round”. And the wine world too.

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Avaliação de chocolates finos....

Provavelmente você já ouviu falar de terroir, principalmente se o assunto for vinhos. Agora, o mesmo conceito de terroir, aplica-se ao cacau? Pode parecer estranho, mas o terreno e o cuidado de certos mestres chocolatier também podem produzir maravilhas com o cacau. Se você puder provar uma dessas clássicas barras vai descobrir o verdadeiro sabor do chocolate. É verdade, não é só blah, blah, blah… Embora já tivesse provado ótimos chocolates dark, até já comentamos nos posts Antioxidantes naturais. Saiba o que o chocolate pode fazer pela sua saúde e Chocolate Escuro vs. Chocolate ao Leite, também tinha dúvidas quanto a superioridade de algumas marcas, e se de fato, o terroir do cacau impactava — assim como acontece no vinho e no café — na qualidade final do chocolate. Degustação realizada, chegamos a algumas conclusões.
Sim, o terroir de grandes crus de cacau como o Chuao, Madagascar, produz chocolates incomparavelmente melhores que as tradicionais barras “Dark” encontradas no mercado. E olha pessoal, vale cada dólar gasto nessas barras.
Onde podemos comprar os chocolates de connoisseur como a Amedei, Pralus, Bonnat e Slitti? No Brasil, infelizmente, não podemos. Essa é a má notícia. Desconheço quem importe regularmente esses produtos. Em todo caso, quem puder comprar lá fora fará um excelente negócio.
Dessa nossa lista matadora ainda ficou de fora Michel Cluizel e Pierre Marcolini que devem integrar a próxima degustação (espero que muito em breve). Outro detalhe, provar chocolates com alto percentual de cacau não é uma tarefa fácil (do ponto de vista técnico). Mesmo provando pedaços pequenos, a uma certa altura é muito fácil perder o paladar. Por outro lado, a experiência de reunir marcas ícones e degustá-las simultaneamente é fantástica. Gostei da brincadeira!
Relação de chocolates degustados em ordem de classificação: 1. Amedei Chuao 70% cacau
Produzido a partir do rei dos reis entre os Crus de cacau, o Chuao, na Venezuela, o Amedei Chuao 70% foi o campeão disparado na degustação e fez jus a fama que tem. A Amedei dispensa muitas apresentações, seus chocolates apresentam muita personalidade e um acabamento impecável. De cor menos escura que os demais, levemente avermelhado, o Amedei mostrou uma complexidade excepcional. Aroma assertivo e muito frutado; sabor que lembra ameixas, uvas passas e frutas vermelhas, com uma textura macia e incrível acidez. Final longo e bem equilibrado, sem amargor. Fazendo uma analogia com os vinhos, o “Chuao” seria o Romanée Conti do cacau. Preço: US$11,95 / 50g 2. Bonnat Chuao 75%
Outro excelente chocolate confeccionado com os grãos da cacau de Chuao. A francesa Bonnat, de Voiron, é um grande nome entre os chocolates finos, tradição que vem desde 1884. Nessa barra com 75% de cacau “Chuao”, a característica frutada também está presente. Não chega a ter a intensidade e o sabor da Amedei, mas impressiona por sua qualidade. No paladar é delicado, lembrando frutas vermelhas, acidez fina e ótima doçura. Preço: US$ 8,25 / 100g 3. Pralus Fortíssima 80%
O francês François Pralus é um competente e premiado artesão de chocolates. Desde 1991 busca extrair o máximo dos melhores crus das variedades Criollo, Trinitario e Forastero. O Fortíssima 80% leva cacau apenas do Equador; com um perfil diferenciado, seu aroma é intenso, lembrando frutas secas como figo, avelãs e nozes. Encorpado, porém não parece que o chocolate tem 80% de cacau, tendo em vista sua classe e equilíbrio. Preço: US$ 8,35 / 100g 4. Scharffen Berger Bittersweet 70%
Ótimo trabalho desenvolvido por essa jovem indústria fundada 1996, em Berkeley, na Califórnia. Em 2005 a empresa foi adquirida pela Hershey´s, mas acho que a qualidade não foi comprometida, pelo menos até agora. A cor é escura, mas não negra, o sabor é surpreendentemente frutado. Para a confecção do Bittersweet 70% foram utilizados nove tipos de grãos de cacau. Nessa barra predominam as notas de frutas vermelhas e citrinos. Na boca tem uma acidez viva, textura muito macia e saborosa, com um final longo e levemente adocicado. Excepcional relação qualidade/preço, por U$5 vale a pena comprar algumas barras. Preço: US$ 5 / 85g 5. Bonnat Asfarth Dark Milk Chocolate 65%
Quem gosta de chocolate ao leite vai se esbaldar com o Asfarth Milk 65%. O produto integra a nova linha de chocolates ao leite da Bonnat que utilizam grãos selecionados de diferentes ilhas da Indonésia: Asfarth, Java e Surabaya. Muito aromático, ao melhor estilo dos grandes chocolates ao leite. Textura cremosa e delicada, sem exageros de gordura ou traços excessivos de aromatizantes. Delicioso, difícil não devorar a barra de uma só vez. Preço: US$ 8,25 / 100g 6. Scharffen Berger Extra Dark 82%
O Extra Dark 82% mostrou complexidade e equilíbrio, mesclando aromas de cereja, café, tabaco e um agradável tostado. Muito saboroso e intenso, o Extra Dark 82% está longe de ser áspero. Assim como o Pralus, não parece que você está degustando um chocolate de mais de 80% de cacau. Preço: US$ 5 / 85g 7. Slitti Lattenero Milk Bar 70%
A italiana Slitti é outra pequena empresa que aposta nos chocolates ao leite com alto percentual de cacau (45%, 51%, 62% e 70%). Apesar de ser um ótimo chocolate, o Lattenero 70%, não chegou a me impressionar. Não identifiquei nenhuma característica que o destaca-se, salvo a sua cremosidade nitidamente superior aos demais chocolates de 70% de cacau. Preço: US$ 9,35 / 100g 8. Jubileu Extra Noir 70%
Não é tão complexo e rico quanto os anteriores, porém apresentou uma ótima relação qualidade/preço, isso aqui no Brasil, o que é o melhor de tudo. Em destaque as frutas secas como castanhas, avelãs e notas tostadas. O palato é bem agradável, com uma leve adstringência. Preço: R$7,80 9. Lindt & Sprüngli Dark Extra Fine 85%
Um bom chocolate na categoria com mais 80% de cacau. Mais tostado e tem pouca fruta, pesadão demais para o meu gosto. Achei o Scharffen Berger Extra Dark 82% e o Pralus Fortíssima 80% mais equilibrados e interessantes. Da Lindt ainda prefiro o 70% cacau, mais suave e amarra menos na boca. Preço: R$12 10. Hershey´s Special Dark 60%
Lastimável. Sem dúvida o pior de todos os chocolates degustados. Aliás, em relação aos artesanais, tivemos que deixá-lo de lado tamanho abismo de qualidade. Logo no primeiro contato revela a presença de aromatizantes artificiais (ao gosto do americano). Na boca é gorduroso e doce demais, enfim, muito sem graça. Preço: R$8

Álcool e Direção - Tolerância ZERO - Aplicação da Nova Lei ..

Amigos, clientes!!! Todos são testemunhas do quanto incentivo que vocês venham participar de nossos encontros de TÁXI. Não gosto nem de oferecer estacionamento e nem me importo se o lugar escolhido dispõe do mesmo. Quero vocês sempre felizes, que venham para este momento realmente se divertir e descansar. Neste intuito, não me apego nas multas, me apego na segurança de vocês. São acidentes que podem ser evitados, constrangimentos desnecessários. Aproveito e compartilho matéria disponível no Jornal Zero Hora, sobre os procedimentos de fiscalização / limites de álcool na direção. Boa leitura!! E venha de Táxi!
Contran endurece combate à mistura de álcool com direção Normatização determina que fiscalização seja "procedimento operacional rotineiro" dos órgãos de trânsito A tolerância zero no trânsito em relação ao consumo de bebidas alcoólicas agora é para valer. O motorista que for apanhado com qualquer concentração de álcool no organismo, mesmo causada por um simples bombom de licor, será autuado por infração gravíssima. Se o teor alcoólico estiver acima de 0,34 miligramas por litro de ar (ou seis decigramas por litro de sangue), o equivalente a seis latinhas de cerveja ou três doses de uísque, em média, além das penas administrativas, o motorista responderá a processo criminal, podendo pegar de seis meses a três anos de prisão, mais pagamento de multa e cassação da carteira de habilitação. As medidas estão previstas na Resolução 432 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), publicada nesta terça-feira no Diário Oficial da União, e serão aplicadas imediatamente pelos agentes de trânsito nas blitze de todo o País, inclusive no próximo feriado de Carnaval, período de maior concentração dos acidentes por embriaguez, segundo informou o ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro. — Sabemos que não se reduz os acidentes por decreto, mas é preciso dar um basta à violência do trânsito", disse ele. "O grande objetivo é mudar a postura da sociedade em relação ao risco do uso do álcool ao volante — explicou. A medida anunciada nesta terça acaba com a margem de tolerância de um décimo de miligrama (0,10) de álcool por litro de ar, permitida anteriormente pelo Decreto 6.488/2008, quando o condutor assoprava o bafômetro, e de no máximo duas decigramas por litro de sangue, no caso de exames. A Lei Seca (12.760/2012) impôs ao Contran determinar a nova margem de tolerância, definida agora pela Resolução 432. A penalidade após autuação fixa multa de R$ 1.915,30, recolhimento da habilitação, suspensão do direito de dirigir por 12 meses, além da retenção do veículo, até a apresentação de condutor habilitado. Em reincidência, dentro de um ano, o valor da multa será duplicado e poderá chegar a R$ 3.830,60. Na hipótese de o motorista se negar a fazer o teste do bafômetro, o agente de fiscalização poderá aplicar a autuação administrativa e preencher o questionário de "Sinais de Alteração da Capacidade Psicomotora", que será anexado à autuação. Nesse caso, o condutor também poderá ser encaminhado à delegacia. O questionário apresenta informações como aparência do condutor, sinais de sonolência, olhos vermelhos, odor de álcool, agressividade, senso de orientação, fala alterada, entre outras características. Fonte: Jornal Zero Hora http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/geral/noticia/2013/01/contran-endurece-combate-a-mistura-de-alcool-com-direcao-4026955.html

Redescobrindo o Piemonte ..

Vinhedos em Barolo com os Alpes de pano de fundo. Famosa pela produção de vinhos emblemáticos como o Barolo e o Barbaresco, a região do Piemonte apresenta um dos mais ricos patrimônios vitivinícolas da Itália. Com uma área de vinhedos de 70.000 Ha e uma produção anual de aproximadamente 4 milhões de Hectolitros por ano, o Piemonte desponta como a mais importante região italiana para a produção de vinhos de alta qualidade. E não é para menos, hoje essa região ocupa o primeiro lugar da Itália em vinhos protegidos pela mais alta chancela: são 16 DOCG (Denominazione de Origine Controllata e Garantita), e 42 DOC (Denominazione de Origine Controllata). Outro detalhe que impressiona é a elevada fragmentação das propriedades, são mais de 28 mil produtores de vinho! Sem dúvida, isso faz do Piemonte uma das zonas vitivinícolas mais complexas, e ao mesmo tempo, mais fascinantes para se descobrir.
Nebbiolo do vinhedo de Trinitá, em Roero, da Cantina Malvirà. Nesse território talhado pelo esforço de um povo trabalhador e orgulhoso de suas raízes e costumes, nasceu o vinho Barolo. Mas muito antes da fama, a Nebbiolo, uva que da origem ao Barolo, já era reconhecida por produzir excelentes vinhos. Documentos do ano de 1303, da localidade de Canale, em Roero, já faziam menção a una carrata de bono puro vino nebiolio. Apesar de representar não mais que 5% da produção de vinhos do Piemonte, Barolo e Barbaresco, projetaram mundialmente a imagem do vinho italiano. Isso se deu graças a pioneiros como Giacomo Bologna, Elio Altare e Angelo Gaja. Lembrando que este último, já em 1969, iniciou suas viagens, pesquisas, e implementou o uso de barricas para melhorar a qualidade de seu vinho. A partir dos anos 80, a região vivenciou um salto de qualidade. O controle no rendimento dos vinhedos e a adoção de técnicas modernas na vinificação, com um melhor controle na fermentação malolática da Nebbiolo, mudaram radicalmente a qualidade dos Barolos e Barbarescos.
Matteo Correggia: uso combinado de barricas e grandes cascos de carvalho da Slavônia. Durante muitos anos, o Barolo, também conhecido como o “Rei dos Vinhos”, era sinônimo de vinho potente, com taninos duros, que geralmente precisavam de mais de 15 anos para se tornarem bebíveis. Porém, isso já é coisa do passado. Hoje, podemos beber excelentes Barolos e Barbarescos relativamente jovens, sem fazer cara feia ou amarrar a lingua. Embora continuem profundos e complexos, os vinhos atuais estão mais acessíveis e macios, e o melhor de tudo, com a tipicidade marcante do terroir. Segundo a opinião de produtores, a disputa entre “tradicionalistas” e “modernistas” também está superada. O uso de longas macerações – podendo alcançar até 30 dias -, e maturação ao velho estilo (apenas em tonéis de 3 mil litros, mais neutros), não é mais uma regra nem mesmo para os tradicionalistas. Por outro lado, o estilo modernista com a implementação de fermentações ultracurtas em altas temperaturas (+30°C), e estágio exclusivamente de barricas novas pequenas, acabou por deixar muitos vinhos pasteurizados, sem o seu caracter típico. Por isso, o que de fato impera é meio termo. Atualmente, respeitando as diferenças de estilo de cada produtor, tanto tradicionalistas, quanto modernistas utilizam técnicas similares. Seja no maior controle da temperatura e duração das fermentações alcoólica e malolática; até o uso combinado de barricas novas de 225l ou 550l, com grandi botti de rovere di Slavonia ou tanques de aço inóx. O que todos os produtores estão buscando são vinhos de grande personalidade, porém mais equilibrados e prontos para beber.
A leste de Barbaresco, na região dos grandes Moscato D´Asti, a bela vila de Castiglione Tinella. Quando viajei para a Itália no mês de novembro pude conferir toda essa efervescência que o Piemonte está vivendo. Em resumo, o Langhe continua sendo a região vitivinícola que produz alguns dos melhores e mais originais vinhos da Itália e do mundo, porém o Piemonte reserva outros incríveis tesouros. Hoje, é possível encontrar vinhos fantásticos em lugares como Colli Tortonesi, Roero e Monferrato (ver mapa). Da mesma forma, as uvas também já não se restringem apenas a Nebbiolo, a Barbera, a Dolcetto, a Moscato e a Arneis. Produtores renomados estão trabalhando fortemente na valorização ou resgate de outras variedades autóctones como Albarossa, Brachetto, Timorasso, Nascetta, Cortese, Grignolino, Pelaverga, Prunent, Ruché entre outras. Não espere nada óbvio, são vinhos de personalidade única, que representam uma perfeita expressão do território.
Fantásticos representantes da Roero Arneis: Bricco delle Ciliegie e Malvirà Saglietto. Não há como negar que a vocação do Piemonte são os aristocráticos vinhos tintos, contudo fiquei impressionado com o bom desempenho das variedades brancas. As globalizadas Chardonnay e Sauvignon Blanc podem ser encontradas, e produzem ótimos vinhos, mas o grande destaque são as uvas autóctones. Na margem esquerda do rio Tanaro, em solos predominantemente arenosos e ácidos, a qualidade dos vinhos Roero Arneis DOCG é indiscutível. Produtores como Azienda Malvirà dos irmãos Massimo e Roberto, Giovanne Almondo e Matteo Corregia estão fazendo um trabalho incrível com as castas brancas. Outro caso de sucesso, que inclusive já ganhou os tre bicchieri do Gambero Rosso, foi a Timorasso, uma uva branca originaria de Colli Tortonesi que passou anos esquecida e, recentemente, foi resgatada pelo talentoso viticultor Walter Massa. A Cortese, que dá origem aos delicados e refrescantes Gavi DOCG, está ganhando cada dia mais espaço, graças a um consórcio de nove produtores, conhecido como Golden Gavi.
Gavi: Vinhedo de Cortese da Azienda La Mesma das irmãs Paola, Francesca e Anna. Claro, não poderíamos esquecer da queridinha da região, a Moscato. Essa uva que cobre grande parte das sweet hills do Langhe e Langa Astigiana é responsável por produzir o vinho com o maior volume de produção do Piemonte: o Asti DOCG. Ao passo que com as uvas selecionadas das melhores parcelas dos vinhedos, também é produzido o Moscato D’Asti DOCG, uma versão mais artesanal e de maior qualidade quando comparado ao Asti. Mas, se engana quem acha que essa região só produz vinhos brancos doces. A Alta Langa, uma das mais recentes DOCs, já aparece como uma região de destaque para a produção de espumantes secos de alta qualidade (método clássico). Os espumantes safrados produzidos pela vinícola boutique Giulio Cocchi, propriedade da familia Bava, confirmam o potencial dessa denominação.
Um dos tesouros do outono no Piemonte: Tartufo Bianco E como vinho e gastronomia andam juntos na Itália, comer muito bem é uma regra em todo o Piemonte. Para se ter uma ideia de como a gastronomia é levada a sério pelos italianos, basta lembramos que o movimento Slow Food, foi criado pelos piemonteses, em Bra. Imagine combinar vinhos tão excepcionais, com ingredientes locais, frescos e de alta qualidade? Bem-vindo ao Piemonte! Sem falar, que o outono além de proporcionar paisagens com um belíssima gama de cores, ainda reserva deliciosas surpresas, como as superperfumadas trufas brancas
O inesquecível sabor e perfume da Carne Cruda all´Albese con Tartufo Bianco. Na minha opinião, o Piemonte é a melhor região da Itália para se comer. A autenticidade dos pratos, garantida pela riqueza dos ingredientes e a valorização dos produtos locais, tornam as refeições piemontesas inesquecíveis. Em sua essência é uma cozinha muito simples, sem modernismos e pirotecnias, mas extremamente saborosa. Que tal começar com um café da manhã com mais de seis tipos de queijos? Tomas variadas como: Murazzano e Robiola di Rocaverano, além do clássico Castelmagno. Só de lembrar, é de dar água na boca! Os deliciosos Antipasti são um capítulo a parte, desde a tradicional Bagna Cauda e Vitello Tonnatto até a delicada Carne Cruda All’ Albese. As proximidades dos campos de Novara e Vercelli garante o melhor arroz para os risotos. As massas como o Ravioli e Tjarin al burro e salvia, assim como o Brasato al Barolo são outros clássicos da cozinha piemontesa.
Sem exageros de açúcar. Os tradicionais doces piemonteses: Panna Cotta e Bunet. Se você gostou desse post, aguarde os próximos. Vou comentar em mais detalhes sobre as localidades que conheci, começando por Acqui Termi e Strevi. Também vou recomendar os vinhos que mais gostei de toda essa viagem, além da dar dicas imperdíveis de onde se hospedar e comer. * Jackson Brustolin viajou para o Piemonte a convite de Paul Balke, expert em Piemonte e seus vinhos, autor do livro Piemonte Wine and Travel Atlas

Wine-Fresh: presente ideal para o Natal dos enófilos ..

O acessório tem design moderno, prático, resistente e ocupa pouco espaço na mesa. E o melhor: não molha a garrafa nem pinga na toalha e deixa o rótulo à mostra, bem ao contrário dos tradicionais baldes de gelo. É composto de duas peças: um cilindro de policarbonato transparente (material isolante, que evita a condensação de água em suas paredes) e uma cuba de alumínio, onde são colocadas as pedras de gelo. Tudo limpo, seco e capaz de preservar o gosto do vinho em sua plenitude.
Para utilizá-lo, basta retirar o vinho tinto da adega climatizada a 18 º C e colocá-lo sobre a cuba de alumínio, que fica no interior do cilindro de policarbonato. Então é só servir, lembrando sempre de devolver a garrafa ao cooler, para manter a temperatura. Com o uso de Wine-Fresh, a variação térmica é de mais ou menos 1°C, em uma hora. Se necessitar, é só colocar mais gelo na cuba e utilizar por mais uma hora.
“O Wine-Fresh veio resolver uma dificuldade para os apreciadores de vinho tinto. As temperaturas médias no Brasil são elevadas e não adequadas para o consumo deste tipo de bebida, inibindo-o em várias ocasiões. O Wine-Fresh mantém o vinho tinto na temperatura ideal de modo ecologicamente correto, sem o uso de energia elétrica ou eletrônica. A apresentação da garrafa é adequada, pois não fica encharcada de água e o rótulo permanece visível. O cilindro de policarbonato evita molhar a toalha; além disso, é um acessório bonito, que serve como uma peça de decoração. É uma ótima novidade para os enófilos e uma excelente opção de presente”, afirma o consultor de vinhos, Sergio Moerbeck Casadei. O produto é 100% brasileiro e está com a patente requerida. É disponibilizado em quatro versões:W-One, para uma garrafa de vinho; W-Bar 3 para 3 garrafas, W-Dec, para vinhos em um decanter, W-Bar 2 para 2 decanters. É importante ressaltar que o produto não foi desenvolvido para resfriar a bebida e sim para mantê-la na sua temperatura ideal. Onde encontrar: Rua Dante Carraro, 104, Pinheiros, SP, tel. (11) 3061.9977. Mais informações com o especialista: contato@w-fresh.com ou pelo telefone (11) 9 8147 7002. Preço final sugerido ao consumidor: W-One R$ 55,00 W-Bar3 R$ 327,95 W-Dec R$ 51,21 W-Bar2 R$ 262,74

Wine Enthusiast recomenda o Vale dos vinhedos como um dos dez melhores destinos enoturísticos do mundo..

Esqueça as praias com gatas de biquíni do Rio.
Forget about the sandy beaches and bikini-clad beauties of Rio de Janeiro, and instead picture the rolling hills of Italy’s Piedmont region. In the late 1800s, southern Brazil experienced a mass influx of Italian immigrants, primarily from northern Italy. The largest and most important wine region in the country, Serra Gaúcha and its Denominación de Origen, Vale dos Vinhedos, now account for almost 90% of Brazil’s fine wine production. These green hills, dotted with wineries, hotels and restaurants, attract approximately 150,000 visitors per year. Italian cuisine is prominent, and many aged residents speak an almost-lost Venetian dialect interspersed with Portuguese. Leia o artigo completo aqui : http://www.winemag.com/Wine-Enthusiast-Magazine/Web-2012/Wine-Travel-Destination-2013-Vale-dos-Vinhedos-Brazil/

domingo, 27 de janeiro de 2013

Os melhores vinhos"bons e baratos" do mundo.

Já faz algum tempo que venho garimpando vinhos de boa qualidade a preços mais acessíveis, sempre falei que para mim o melhor vinho bom e barato do mundo é o português. Menos famosos que seus “rivais” europeus, mas com uma qualidade acima de qualquer suspeita. As três principais regiões vinícolas de Portugal, o Douro, o Alentejo e o Dão possuem verdadeiros achados dos vinhos de baixo custo, veja abaixo algumas dessas preciosidades. Todos esses vinhos você encontra no Rei dos Whiskys (www.reidoswhiskys.com.br). Meia Pipa Tinto - R$ 47,00
Flor de Crasto Douro - R$ 32,65
Alandra Tinto - 19,90
Monte Velho Tinto - R$ 31,90
Porca de Murça - R$ 19,90
Quinta do Cabriz - R$ 25,90

Mercatto Fino Mangiare, belíssimo!

Passando pela rua Bom Pastor no Ipiranga, encontrei um pequeno empório chamado Mercatto Fino Mangiare,sua fachada me chamou a atenção, muito bonita, bem cuidada e com vitrines simples mas “convidativas”. Ao entrar para conhecer já me surpreendi, uma loja muito bem decorada, ambiente tradicional de um empório, mas aconchegante, fui muito bem atendido pelo Sergio, que me falou um pouco sobre a casa, seus produtos e serviços. O empório possui um segundo andar muito bonito e agradável, onde são realizados degustações e eventos, um bom lugar para um simples café ou um happy hour. Voltando ao térreo, você encontrará uma boa variedade de vinhos a preços acessíveis, além de azeites, massas, molhos, frios e queijos. Não deixe de visitar o Mercatto Fino Mangiare, um empório que certamente irá agradar! Para você apreciador dos vinhos bons e baratos, encontrará no local boas opções, destaco duas:
Tilia Malbec 2010
Urban Cabernet Sauvignon 2009 O Empório fica na Rua Bom Pastor, 2036 - Ipiranga - São Paulo - Tel. 11 2373-1502 www.mercattofinomangiare.com.br

Napa Valley: "The California dreaming of wine lovers".

Napa Valley engloba cinco importantes cidades vinícolas: American Canyon, Calistoga, Santa Helena, City of Napa e Yountville. A região tem cerca de 150 vinícolas, segundo o Califórnia Wine Institute, e boa parte produz excelentes cabernet sauvignon, chardonnay, merlot e pinot noir. Apesar da fama dessas variedades, outros tipos de uva começam a ganhar espaço na região, como Cabernet Franc, Sangiovese, Sauvignon Blanc, Syrah e Zinfandel. Parte da fama da região pode ser creditada ao esforço de Robert Mondavi (1913-2008), responsável pelo incremento da vinicultura no norte do Estado da Califórnia. Sua vinícola é parada obrigatória para quem vai à região pela primeira vez. O tour oferecido pela Mondavi Winery é um dos mais educativos e refinados de Napa. Marinheiros de primeira viagem também devem visitar vinícolas históricas, como Christian Brothers e Beringer, que ostentam construções de pedra, incomum nos Estados Unidos. Visitantes de segunda viagem devem experimentar a rota Silverado Trail, que abriga vinícolas de alto padrão e é um bom refúgio para quem quer evitar o tráfego da highway 29, estrada que corta a região de Napa nas direções Norte e Sul. Iniciantes e iniciados em degustação de vinho não podem deixar de visitar a região de Carneros, que fica entre Napa e Sonoma e tem alguns dos melhores chardonnay e pinot noir da Califórnia. Também é ótima região para experimentar espumantes. Quem quer fazer mais do que degustação deve visitar Calistoga, conhecida pelas "hot springs" (águas termais), spas, bons hotéis e restaurantes. Em Santa Helena, "The Culinary Institute of America" tem um ótimo restaurante e uma carta de vinhos californianos com cerca de 500 rótulos. A casa oferece cursos de formação para sommelier e chefe de cozinha. Também há programas rápidos, de uma semana a um mês, de culinária e vinhos para leigos. Napa Valley Convention and Visitors Bureau 1310 Napa Town Ctr, Napa Tel: 1 (707) 226-7459 www.napavalley.org Associação de vinicultores de Napa www.napavintners.com Algumas vinícolas de Napa Alpha Omega Hwy 29 in Rutherford, Napa Valley Tel: 1 (707) 963-9999 www.aowinery.com Anderson's Conn Valley Vineyard 680 Rossi Rd, Saint Helena. Tel: 1 (800) 946-3497. www.connvalleyvineyards.com Amicus Cellars 1405 Second St., Ste B, Napa Tel: 1 (707) 963-9999 www.xwinery.com Alpha Omega Hwy 29 in Rutherford, Napa Valley Tel: 1 (707) 963-9999 www.aowinery.com Robert Mondavi Highway 29, Oakville Tel: 1 (707) 258-2597 www.robertmondaviwinery.com Beringer Vineyards 2000 Main St, St Helena Tel: 1 (707) 967-4412 www.beringer.com Chateau Montelena Winery 1429 Tubbs Ln, Calistoga Tel: 1 (707) 942-5105 www.montelena.com Domaine Carneros 1240 Duhig Road, Napa Tel: 1 (707) 716-2788 www.domainecarneros.com Christian Brothers 4401 Redwood Rd., Napa Tel: 1 (707) 252-3810 www.christianbrosretreat.com Bighorn Cellars 3105 Silverado Trail Tel: 1 (888) 414-9463 www.bighorncellars.com Acacia Vineyard 2750 Las Amigas Road, Napa Tel: 1 (707) 226-9991 www2.acaciavineyard.com Clos Du Val 5330 Silverado Trl, Napa Tel: 1 (707) 261-5225 e 259-2200 www.closduval.com Cliff Lede Vineyards 1473 Yountville Cross Road, Yountville Tel: 1 (707) 944-8642. www.cliffledevineyards.com Oakville Ranch 7781 Silverado Trail, Napa Tel: 1 (707) 944-9665 www.oakvilleranch.com

A Alma do Vinho (poema de Charles Bauldelaire)

A alma do vinho assim cantava nas garrafas: “Homem, ó deserdado amigo, eu te compus, Nesta prisão de vidro e lacre em que me abafas, Um cântico em que há só fraternidade e luz! “Bem sei quanto custou, na colina incendida, De causticante sol, de suor e de labor, Para fazer minha alma e engendrar minha vida; Mas eu não hei de ser ingrato e corruptor, “Porque eu sinto um prazer imenso quando baixo À goela do homem que já trabalhou demais, E sei peito bastante é doce tumba que acho Mais propícia ao prazer que as adegas glaciais. “Não ouves retirar a domingueira toada E esperanças chalrar em meu seio, febris? Cotovelos na mesa a manga arregaçada, Tu me hás de bendizer e tu serás feliz: “Hei de acender-te da esposa embevecida; A teu filho farei a força e a cor E serei para tão terno atleta da vida Como o oleo e os tendões enrija ao lutador. “Sobre ti tombarei, vegetal ambrosia, Grão precioso que lança o eterno semeador, Para que enfim do nosso amor nasça a poesia Que até Deus subirá como uma rara flor!” Este post foi escrito por: Daniel Perches - que já publicou 1654 posts no Vinhos de Corte.

MAPA DO VINHO ESPANHA PRIORAT UMA DAS JOIAS DA COROA..

Este é o Mosteiro Cartuxo Scala Dei um ponto nevrálgico e importante no capítulo dos vinhos do Priorat. Os Monges da Ordem dos Cartuxos, de extremo isolamento e clausura, foram, com os da Ordem Cisterciense, as primeiras Ordens reconhecidas pelo Papa. Sempre se instalavam em locais de muita dificuldade de acesso para facilitar atingir o objetivo desta Ordem que era a clausura e a vida de eremita. Assim com os Cistercienses, Ordem religiosa de Dom Perignón, por exemplo, eram exímios enólogos e onde estavam desenvolviam a arte da vinha com maestria. Por exemplo, Cartuxa é o nome de um famoso vinho do Alentejo, e não é por nada. Pois, bem,os Cartuxos franceses instalaram-se perto de Barcelona, algo em torno de 100 e poucos quilômetros montanhas acima. Região até hoje de difícil acesso, imaginem por volta dos anos de 1.110 quando lá chegaram. Desde logo iniciaram o plantio das primeiras videiras. Dano vida ao que é hoje uma das joias da coroa. Priorat, junto com Rioja alcançam a qualificação máxima de origens qualificadas, na Espanha. Terreno extremamente montanhoso, solos de origem vulcânica, e pedra, muita pedra e pouco material orgânico na superfície. Videiras plantadas no sistema de socalcos, assim como no Douro, vejam a foto.
Cuidados com as videiras totalmente manual, impossível a mecanização. Clima de extremos, grande amplitude de temperatura, videiras esculpidas na pedra e voltadas para o sol, tendo como uvas mestras a Garnacha e a Cariñena, nas tintas e a Macabeo nas brancas, como coadjuvantes a Syrah e a Cabernet Sauvignon. Raízes que descem fácil 8 metros para buscar alimento e água, sofrem mas produzem um vinho de exceção. Lembrem-se, vinho bom é de videira que sofre. Não esquecendo que a altura dos vinhedos varia de 350 metros até 600 metros e pouquíssima chuva. Assim invernos rigorosos, verões ensolarados com grande amplitude térmica nos trazem vinhos tintos encorpados, densos, profundos em cor, aroma e paladar e brancos com grande elegância e personalidade, assim são os vinhos do Priorat.
Nas uvas tintas a Garnacha e a Cariñena tomam conta da cena. Rainhas absolutas do Mediterrâneo encontram por aqui clima e solo ideais. A Garnacha, já falamos em posts anteriores, adora clima quentes e ensolarados no final de sua maturação, produzem tintos encorpados, forte cor e aromas marcantes de ameixa madura. Já a Cariñena ou Carignan para os gauleses, tem como berço a região de Aragão, na Espanha. Levada para o sul espalhou-se pelo Mediterrâneo e é a uva mestra das ilhas da Córsega e Sardenha, bem como da região litorânea do Mediterrãneo. Entra no corte dos principais vinhos do Languedoc (França), Priorat faz dupla com a Tempranillo em Rioja e nos roses do sul da França e Espanha. Aqui no Priorat ganha ares de rainha e é essencial aos bons vinhos da região. Já a branca Macabeo é a nossa conhecida Viura do norte da Espanha e faz parte do corte das famosas Cavas espanholas. Em carreia solo alcança plenitude no solo pedregoso, árido e de difícil acesso do Priorat. Sempre que aprecio estes vinhos me vem na lembrança a música quente, densa, única e penetrante de Astor Piazzolla. E como estamos falando da dupla Cariñena Garnacha aqui vai outra dupla. Piazzolla e Yo Yo Ma.

sábado, 26 de janeiro de 2013Humor: Quando o assunto é vinho, nem sempre o cliente tem razão...

Como diria Cateano Veloso: "é a força da grana que abre e destrói coisas belas..." Não é à toa que o famoso quadro "O Grito", de Edvard Munch, compõe muito bem a cena... (by Doug Pike)

Wine Report do MW Tim Atkin lista os 100 melhores vinhos tintos e 50 melhores vinhos brancos da safra!

O Master of Wine (MW) Tim Atkin acaba de disponibilizar para acesso gratuito em seu site, o Wine Report elaborado por ele sobre a excelente safra 2009 na Borgonha. Além de fazer um diagnóstico completo sobre as características da safra, ele destaca os principais produtores e relaciona os 100 melhores vinhos tintos, os 50 brancos e ainda, os 50 vinhos de melhor relação preço x qualidade (algo raro na Borgonha). Leia o texto em PDF e/ou faça o download desta ótima fonte de pesquisa sobre a mais intrincada região produtora de vinhos do mundo: Tim Atkin Wine Report Burgundy 2009

Tim Atkin Wine Report Burgundy 2009 by

Dra. Ann C. Noble, do Departamento de Enologia da Universidade de Davis, na Califórnia.

Um ótimo programa para enófilos acontece em Punta del Este, Uruguai, neste fim de semana. Considerado um clássico da temporada, e um dos maiores do setor na América Latina, o aguardado Salón Del Vino Fino acontece entre os dias 25 e 26 de janeiro, no Conrad Punta Del Este Resort e Casino. Celebrando mais de uma década de sucesso, com seu estilo único de apresentar ao exigente público os melhores rótulos da nobre bebida, o Salón Conrad del vino fino, apresentará , em apenas dois dias, mais de 600 variedades de brancos, tintos, rosés e espumantes, de mais de 120 vinícolas. Harmonizando com a alta gastronomia do resort, e de seus renomados chefs, os rótulos de consagradas vinícolas uruguaias somam-se à prestigiados produtores da Espanha, França, Itália, Portugal e África do Sul, Austrália, Nova Zelandia e Estados Unidos.

E o que o NARIZ TEM A DIZER?

Alberto Giacometti é o escultor (ganhou exposição no MAM-Rio) e para ilustrar a postagem faço uso da imagem ``O Nariz`` ( de bronze). ``O que o vinho tem a dizer?`` `` Ele esta defeituoso?`` Só no nariz podemos perceber camadas de compostos aromáticos, complicados de classificar. AROMA LIMPO é o que ele deve ter apesar de outros cheiros, se direcionar para papelão úmido, ovo, vinagre ou mofo esta DETERIORADO. Eu nunca havia sido surpreendida com o ``azar`` de comprar ou abrir uma garrafa nesse estágio, mas para minha experiência eu provoquei essa situação. Realmente, é interessante o nível de deterioração. Saiba (os mais leigos) que ``Vinhos Fechados`` é aquele, cujo qual não te muito nariz, isso porque provável que na sua juventude quando passam armazenados antes de atinjir sua maturidade devessem respirar antes de serem degustados novamente. Breve explicação sobre ``Aroma`` ele é genericamente a discussão envolta do perfume, mas sim o cheiro de um vinho jovem. Buquê é o aroma do vinho maduro e isso engloba as mutações químicas cujo o envelhecimento esta propício. Mais difícies de descrever, os tintos sao mais pastosos e ganham aromas mais profundos, no brancos, desenvolvem o aroma e sabor de mel. Diz o meu amigo querido e sommelier da Casa valduga Daniel Místico, com quem aprendo sempre que ``Cheiro é odor, e aroma é odor nobre`` pois vinho é gastronomia ... A medida que vai se aprendendo logo se habilita a julgar a maturidade e e a idade do vinho. Uma dica para registrar os cheiros, para quem ja consegue por prazer detectar o café moído, o morango é cortar u pedado de pimentão por exemplo e registrar, e com isso vale para as flores e frutos, mas tambem registre outros cheiros como a fumaça de carvão, o couro velho, a grama cortada, dos eucaliptos e dias frios nos bosques. Treine! E´divertido, tem emoção nisso. Aromas de Frutas & Flores, naturais e vegetação provem da VARIEDADE DA UVA USADA. Portanto se achar que o vinho degustado é frutado, tente imaginar de quais frutas seriam esses aromas, tropicais, cozidas, citricas, vermelhas ? Quanto as flores, fica mais dificil detectar qual flor, mas por exemplo é comum o cheiro de rosas na uva gewurztraminer. Resultado do barris de carvalho, nos teremos o cheiros de madeira, cravo, canela, isso ressurge ou não de acordo com o tempo que esse vinho ficou estagiando nos barris. Refrescante e limpo, não descansou em barris de madeiras e sim em tanques de inox, isso porque os vinhateiros tem a intenção de preservar o frescor ... Mas para determinar a acidez do aroma fresco só sentido com a boca. Por fim, como descrever? Os comentários mais gerais que podem ajudar nessa descrição, são : ``Falta frutado``, não tem frutas. Subtende-se que ou é muito jovem ou velho, que perdeu o aroma. ``Pungente``, é forte e ardido como o Sauvignon blanc. ``Aromático`` quando um vinho esta marcado; tipicamente aflorado. ``Potente`` já diz, cheiro forte. Essa roda foi desenvolvida pela Ann Noble, desenvolvida para habilidades e vocabulário do degustador, embora isso seja pessoal conforme o tempo de litragem, mas me ajudou há alguns anos e pode ajudar a quem começa por hora.
Dra. Ann C. Noble, do Departamento de Enologia da Universidade de Davis, na Califórnia.

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

ESPANHA RUEDA E SUA UVA ÍCONE A VERDEJO.

Rueda, uma província de Valladolid, mais ao sul de Ribeira Del Duero e Bierzo também possui vinhedos seculares. Banhada ao norte e oeste pelo rio Douro, tem na branca Verdejo sua uva ícone. Com vinhedos plantados no platô de 700 a 800 metros de altitude tem clima continental e, como deve ser, invernos muito rigorosos e verões quentes, secos e ensolarados.
Altura mais clima seco temos, no verão, uma diferença de temperatura bem grande, o que favorece, em especial a maturação lenta das uvas brancas. Chuvas escassas faz com que a videira busque água em grandes profundidades e passando por diversos tipos de solo. O tesouro de Rueda chama-se Verdejo. Uva branca trazida pelos mouros do norte da África. Até a década de 80 eram produzidos vinhos generosos com esta uva ao estilo do vinho da Andaluzia. Inclusive ainda há vinhedos de Palomino Fino, a uva chave da Andaluzia. A Bodega Marques de Riscal iniciou a produção de vinhos com a Verdejo ao estilo tranquilo, sem ser fortificado ou generoso.
A Verdejo adapta-se perfeitamente bem ao solo de cascalho, a altura dos vinhedos e a diferença de temperatura no verão entre o dia e a noite. O calor e o sol do dia favorecem a produção de açúcar e o frio noturno mantém a acidez da uva, perfeita combinação para esta casta. Os vinhos vindos da Verdejo são muito refrescantes, de corpo médio, aromas herbáceos e acidez marcada. Dependendo da localização dos vinhedos são bastante minerais. Esta uva, depois de um estágio no sul da Espanha encontrou em Rueda seu berço adotivo. Alcança totalmente seu esplendor aqui. Podem ser usados cortes de Sauvignon Blanc e de Viura, mas os melhores são os 100% Verdejo. São vinhos que pela leveza, frescor e mineralidade, parceiros ideais para frutos do mar, camarão (lembrem camarão é adocicado) portanto combina muito com a acidez deste vinho, peixes não gordurosos, frango e até mesmo porco, desde de que não muito condimentado. Ou simplesmente sozinhos. Nas tintas os destaques são para a Tempranillo e a Garnacha. Mas em segundo plano, porque o grande destaque, como disse é para a Verdejo. São vinho bons de médio corpo e bastante aromáticos. Notem que a Garnacha quanto mais para o sul (Mediterrâneo) mais força vai ganhar até se tornar a rainha das uvas do Mediterrâneo como veremos.

ESPUMANTES LUIZ ARGENTA EM LOTES LIMITADOS .

O espumante é uma bebida que caiu no gosto do brasileiro, além de ser reconhecida internacionalmente. Hoje, a bebida está presente não somente em festas e eventos como também no cotidiano das pessoas que valorizam cada momento da vida. Entretanto, são nas festas de final de ano e na estação mais quente do ano que o espumante ganha ainda mais a preferência dos consumidores. Para celebrar o período, a Luiz Argenta Vinhos e Espumantes aposta em sua recém lançada constelação de estrelas, formada por quatro espumantes, todos elaborados pelo método tradicional (champenoise): Brut, Brut Rosé, Extra Brut e Demi Sec.
À primeira vista, os espumantes já chamam atenção pelo visual. Envasados em garrafas italianas, totalmente diferentes do que existe no mercado nacional, valorizam o design como diferencial de sofisticação. As garrafas, mesmo vazias, não são descartadas, passando a fazer parte da decoração de ambientes tamanha é sua versatilidade e estética. Mas os diferenciais não param por aí. Particulares e com exclusividade na dose certa, a alta qualidade dos espumantes é exaltada pelo limite de produção. São lotes de mil a 2,4 mil garrafas, apenas, por exemplar. Esse conjunto de características também resulta em uma excelente para presente de final de ano. Os lotes LA Extra Brut e LA Demi Sec, por exemplo, ambos da safra 2010, com 70% Chardonnay e 30% Pinot Noir, que tiveram uma maturação de 24 meses, chegam com apenas mil garrafas cada, mostrando a capacidade que a vinícola tem de colocar no mercado produtos especiais, praticamente feitos à mão. Já o LA Brut, com 70% Chardonnay e 30% Pinot Noir, também da safra 2010 e com uma maturação de 24 meses, chega com 2.300 garrafas. E o LA Brut Rosé Safra 2011, 100% Pinot Noir, vem com 2.400 garrafas.
Na linha LA Jovem, a Luiz Argenta Vinhos e Espumantes oferece outras três opções dee espumantes: LA Jovem Brut Charmat, LA Jovem Brut Rosé Charmat e o LA Jovem Moscatel. Todos os produtos podem ser encontrados na loja física da vinícola, na boutique virtual com entrega em casa, na boutique Luiz Argenta de Gramado ou nas principais lojas especializadas do país. O serviço Wine Delivery permite atender apreciadores da bebida de qualquer parte do país. Basta acessar www.boutiqueluizargenta.com.br e fazer o pedido. quinta-feira, 22 de novembro de 2012ESPUMANTES LUIZ ARGENTA EM LOTES LIMITADOS O espumante é uma bebida que caiu no gosto do brasileiro, além de ser reconhecida internacionalmente. Hoje, a bebida está presente não somente em festas e eventos como também no cotidiano das pessoas que valorizam cada momento da vida. Entretanto, são nas festas de final de ano e na estação mais quente do ano que o espumante ganha ainda mais a preferência dos consumidores. Para celebrar o período, a Luiz Argenta Vinhos e Espumantes aposta em sua recém lançada constelação de estrelas, formada por quatro espumantes, todos elaborados pelo método tradicional (champenoise): Brut, Brut Rosé, Extra Brut e Demi Sec. À primeira vista, os espumantes já chamam atenção pelo visual. Envasados em garrafas italianas, totalmente diferentes do que existe no mercado nacional, valorizam o design como diferencial de sofisticação. As garrafas, mesmo vazias, não são descartadas, passando a fazer parte da decoração de ambientes tamanha é sua versatilidade e estética. Mas os diferenciais não param por aí. Particulares e com exclusividade na dose certa, a alta qualidade dos espumantes é exaltada pelo limite de produção. São lotes de mil a 2,4 mil garrafas, apenas, por exemplar. Esse conjunto de características também resulta em uma excelente para presente de final de ano. Os lotes LA Extra Brut e LA Demi Sec, por exemplo, ambos da safra 2010, com 70% Chardonnay e 30% Pinot Noir, que tiveram uma maturação de 24 meses, chegam com apenas mil garrafas cada, mostrando a capacidade que a vinícola tem de colocar no mercado produtos especiais, praticamente feitos à mão. Já o LA Brut, com 70% Chardonnay e 30% Pinot Noir, também da safra 2010 e com uma maturação de 24 meses, chega com 2.300 garrafas. E o LA Brut Rosé Safra 2011, 100% Pinot Noir, vem com 2.400 garrafas. Na linha LA Jovem, a Luiz Argenta Vinhos e Espumantes oferece outras três opções dee espumantes: LA Jovem Brut Charmat, LA Jovem Brut Rosé Charmat e o LA Jovem Moscatel. Todos os produtos podem ser encontrados na loja física da vinícola, na boutique virtual com entrega em casa, na boutique Luiz Argenta de Gramado ou nas principais lojas especializadas do país. O serviço Wine Delivery permite atender apreciadores da bebida de qualquer parte do país. Basta acessar www.boutiqueluizargenta.com.br e fazer o pedido.
A Vinícola Luiz Argenta, que mantém um processo de vinificação por gravidade, integra o roteiro dos Vinhos dos Altos Montes, em Flores da Cunha, na Serra Gaúcha, que se prepara para sua Indicação Geográfica. Com o título de “vinícola design”, a Luiz Argenta Vinhos e Espumantes é reconhecida pela beleza arquitetônica e paisagística de suas instalações