domingo, 6 de janeiro de 2013

VISITA À CHAMPAGNE

Existem muitos espumantes, mas pouco podem ser Champagnes. Uma visita a Champagne, a terra dos mais famoso dos espumantes. Champagne é uma região no noroeste da França, que apesar de produzir vinhos tranquilos (não espumantes), é famosa por ser o berço do vinho espumante de mesmo nome. As grandes vinícolas encontram-se em Epernay (capital) e Reims. Reims possui muitas curiosidades, e umas delas é abrigar a Catedral de Notre-Dame de Reims, local de coroação de vários reis franceses, construída em 1225. A região, como um todo, foi povoada por romanos ainda no século VI D.C.. Os romanos cavaram vários poços, para obter argila necessária para suas construções. A saída dos romanos deixou vários legados, mas nenhum tão curioso quanto os poços de argila, abertos, profundos e abandonados. Estamos falando de poços de 30 metros de profundidade, e em grande quantidade.
Os franceses logo perceberam, que estes locais eram propícios para armazenarem seus champagnes, dado que a grande profundidade mantinha a temperatura ali embaixo, constante o ano todo, em torno de 10 graus, o que é perfeito para armazenagem de vinhos. A partir daí, muito produtores passaram a cavar túneis interligando os diversos poços, construindo verdadeiras “cidades”. Para se ter uma ideia, para se alcançar os túneis da casa Pommery, uma das mais tradicionais de Champagne, usa-se uma escadaria de exatos 116 degraus. Lá em baixo existe um verdadeiro mundo de garrafas armazenadas e sendo transportadas de um lado para o outro. Existem inúmeras casas que agendam visitas guiadas. Como dica, sugiro a Pommery, que apesar de não constar em seu site, possui uma guia que fala português, chamada Rita. No site não encontrará essa informação, mas basta ligar ou enviar um e-mail, e pedir a visitação com a guia Rita, uma portuguesa muito educada e que sabe tudo de Champagne.
Não teria graça alguma uma visita, sem degustar o precioso nectar. Na região encontram-se champagnes de todas as marcas, grandes ou pequenas. Deixo a dica do Pommery Millésime 2002, um champagne brilhante, com aromas tostados e evoluídos. Na boca uma cremosidade impressionante e uma persistência de deixar saudade. Sinceramente, deixou um Dom Perignon no chinelo. Ainda assim vale a pena experimentar outras opções.

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