terça-feira, 22 de janeiro de 2013

ESPANHA RUEDA E SUA UVA ÍCONE A VERDEJO.

Rueda, uma província de Valladolid, mais ao sul de Ribeira Del Duero e Bierzo também possui vinhedos seculares. Banhada ao norte e oeste pelo rio Douro, tem na branca Verdejo sua uva ícone. Com vinhedos plantados no platô de 700 a 800 metros de altitude tem clima continental e, como deve ser, invernos muito rigorosos e verões quentes, secos e ensolarados.
Altura mais clima seco temos, no verão, uma diferença de temperatura bem grande, o que favorece, em especial a maturação lenta das uvas brancas. Chuvas escassas faz com que a videira busque água em grandes profundidades e passando por diversos tipos de solo. O tesouro de Rueda chama-se Verdejo. Uva branca trazida pelos mouros do norte da África. Até a década de 80 eram produzidos vinhos generosos com esta uva ao estilo do vinho da Andaluzia. Inclusive ainda há vinhedos de Palomino Fino, a uva chave da Andaluzia. A Bodega Marques de Riscal iniciou a produção de vinhos com a Verdejo ao estilo tranquilo, sem ser fortificado ou generoso.
A Verdejo adapta-se perfeitamente bem ao solo de cascalho, a altura dos vinhedos e a diferença de temperatura no verão entre o dia e a noite. O calor e o sol do dia favorecem a produção de açúcar e o frio noturno mantém a acidez da uva, perfeita combinação para esta casta. Os vinhos vindos da Verdejo são muito refrescantes, de corpo médio, aromas herbáceos e acidez marcada. Dependendo da localização dos vinhedos são bastante minerais. Esta uva, depois de um estágio no sul da Espanha encontrou em Rueda seu berço adotivo. Alcança totalmente seu esplendor aqui. Podem ser usados cortes de Sauvignon Blanc e de Viura, mas os melhores são os 100% Verdejo. São vinhos que pela leveza, frescor e mineralidade, parceiros ideais para frutos do mar, camarão (lembrem camarão é adocicado) portanto combina muito com a acidez deste vinho, peixes não gordurosos, frango e até mesmo porco, desde de que não muito condimentado. Ou simplesmente sozinhos. Nas tintas os destaques são para a Tempranillo e a Garnacha. Mas em segundo plano, porque o grande destaque, como disse é para a Verdejo. São vinho bons de médio corpo e bastante aromáticos. Notem que a Garnacha quanto mais para o sul (Mediterrâneo) mais força vai ganhar até se tornar a rainha das uvas do Mediterrâneo como veremos.

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