segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Precisamos acreditar em Rudolf Steiner ?

Estou lendo o blog de Stuart Smith, chamado Biodynamics is a Hoax. Acho divertido e bem escrito. Só posso imaginar o que o levou a fazer essa verdadeira campanha contra viticultura biodinâmica. Provavelmente a ideia, em mídia e propaganda, que os vinhos biodinâmicos seriam mais autênticos e prestigiosos, o levou a defender a viticultura tradicional.
De uma certa maneira dá para entender, ele está perto de vinícolas biodinâmicas competindo contra ele em Napa Valley. Michael Benziger em Sonoma declarou que biodinâmico é o ‘Roll’s Royce’ da viticultura, um fato que com certeza irritou Stuart Smith. Mas o que fez ele entrar em uma briga contra biodinâmico, foi as declarações de Kevin Morresey da Ehler Estate declarando que ‘claro que os vinhos biodinâmicos são melhores’, e tratando outra viticultura como industrial,o que Stuart Smith acha um insulto para outros viticultores sérios. Agora com tantas prestigiosos vinícolas como Domaine de la Romanée-Conti e Domaine Leroy sendo biodinâmicas também, penso que a preocupação dele é que o público vai achar que biodinâmica é igual a grandeza nos vinhos. Penso que ele tem razão que não é o fato de ser biodinâmico o determinante fator para ser um vinho de excelência. Algumas preparações biodinâmicas parecem para um não iniciado um pouco estranho, enterrando chifres de vaca com esterco, bexigas de veados preenchidos com mil-folhas. Não é fácil de entender para um que não seja adepto da escola. Muitos são céticos ouvindo da influência cósmico e lunar com dias de raiz, (ligado aos signos Virgem, Capricórnio e Touro) e dias da folha, dias de floração, dias de fruta, todos com influência lunar e associado a signos astrológicos. Mesmo se biodinâmico pode ser considerado menos científico e mais filosófico, talvez até místico, penso que o que conta é o resultado. Realmente eu não acho que precisamos ter uma posição acreditando ou não nas teses de Rudolf Steiner, mas se os viticultores conseguem um ambiente saudável sem pesticidas, só pode ser uma coisa boa. Se o vinho tem um sabor agradável e gostamos, então melhor ainda brindar se foi feito de um jeito saudável. Se não gostamos, penso que é melhor provar um outro vinho ou o que for, e evitar opiniões polarizadas, pode ser, biodinâmico, natural, orgânico, bio-lógico, convencional ou viticultura como chamado 'lutte raisonée'.

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