segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Empresa japonesa cria vinho para gatos acompanharem os donos....


A empresa japonesa B&H Life criou, o Nyan Nyan Nouveau, um vinho feito especialmente para gatos. Segundo a empresa, a bebida foi criada para que as pessoas não se sintam sozinhas e tenham com quem compartilhar um vinho, mesmo que seja um gato.
A bebida não é alcoólica, ela é feita feito com cabernet (uva usada em vinhos) e nepenta, uma erva que possui um cheiro que atraem os gatos.
Uma garrafa de 200 ml do Nyan Nyan Nouveau custa quase R$ 10. Será que essa moda pega?

sábado, 16 de novembro de 2013

Concurso A Melhor Carta de Vinhos 2013.....

A Revista de Vinhos, em colaboração com a distribuidora PrimeDrinks, promove mais uma edição do Concurso Nacional de Cartas de Vinhos denominado «A Melhor Carta de Vinhos».
Este concurso, que já vai na sua 4º ediçao, pretende escolher e premiar, entre os Restaurantes estabelecidos em Portugal, aqueles que apresentam a melhor carta de vinhos disponível para os seus clientes, dentro das seguintes categorias:
• Melhor Carta de Vinhos (absoluta);
• Melhor Carta de Vinhos Regional;
• Melhor Carta de Vinhos Qualidade / Preço;
• Melhor Carta Vinho a Copo.
As inscrições decorrem até dia 30 de Agosto e os vencedores serão revelados em Novembro, no Encontro com o Vinho e Sabores 2013, que terá lugar no Centro de Congressos de Lisboa, na Junqueira.

Rota das Estrelas encerra edição de 2013.....

O restaurante Largo do Paço, da Casa da Calçada, em Amarante, recebe entre os dias 28, 29 e 30 de Novembro o último encontro da Rota das Estrelas da edição de 2013. A Vitor Matos juntam-se 14 Chefes nacionais e internacionais (9 dos quais com estrelas Michelin) que surpreenderão os comensais com sofisticados menus de degustação, numa experiência que combina sensações e sabores únicos.
Entre 28 e 30 de Novembro, o chefe Vitor Matos convida 14 chefes para 3 dias da mais requintada gastronomia gourmet no restaurante Largo do Paço.
Em 2013 o festival de alta gastronomia itinerante encerra o seu périplo nacional na Casa da Calçada, em Amarante, com três dias dedicados à mais exclusiva gastronomia nacional e internacional, na qual a excelência e frescura dos produtos regionais tomarão o protagonismo, isto depois de ter passado pelo Porto Bay Hotels & Resorts, Altis Hotels, Vila Vita Parc, Vila Joya, Fortaleza do Guincho e pelo The Yeatman.
Neste evento no restaurante Largo do Paço o anfitrião do 7º encontro da Rota das Estrelas 2013, o Chefe Vitor Matos, recebe nos dias 28, 29 e 30 de Novembro os Chefes Jose Antonio Campoviejo (El Corral del Indianu *Michelin), Fernando Agrasar (As Garzas *Michelin), Ricardo Costa (The Yeatman *Michelin), Marcos Moran (Casa Gerardo *Michelin), Serge Gouloumès, (Le Candille * Michelin), Benoît Sinthon, (Il Gallo d"Oro * Michelin), Ludovic Le Forestier (Domaine de la Bretesche * Michelin), Dieter Koschina (Vila Joya ** Michelin), Leonel Pereira (São Gabriel * Michelin), Mitch Stamm (Bakery Chef Johnson & Wales University, USA), Albano Lourenço (Quinta das Lágrimas), Pedro Lemos (Pêro Lemos), e Francisco Gomes (Confeitaria Colonial).
No dia 28, quinta-feira, o menu de degustação será preparado pelos chefes seguindo inspirações da mais típica gastronomia das Astúrias. Sexta-feira, dia 29, é a região portuguesa de Trás-os-Montes e no dia 30, os Açores.
Os interessados em degustar de uma refeição podem desde já fazer a sua reserva através do contacto 255 410 830 ou do e-mail reservas@casadacalcada.com.

Ramos Pinto edita livro......

O lançamento do livro “Adriano Ramos Pinto – Vinhos e Arte” decorreu no passado dia 8 de Novembro e contou com a presença dos autores Graça Nicolau de Almeida e José António Gonçalves Guimarães.
O livro, editado pela Casa Ramos Pinto e que estará disponível para venda ainda este mês nas lojas FNAC, é uma obra que pretende homenagear através do seu espólio o fundador da Casa Ramos Pinto. Tendo fundado a Casa Ramos Pinto em 1880, Adriano Ramos Pinto dedicou toda a sua vida à empresa com uma intensidade invulgar até à sua morte aos 66 anos. São cerca de 400 páginas que envolvem o leitor num mundo onde o Vinho e a Arte caminham lado a lado. Assim foi o jovem que com 21 anos fundou a sua empresa, produziu os seus vinhos e comercializou-os em todo mundo elevando a imagem do Vinho do Porto e da Casa Ramos Pinto a uma notoriedade que perdura desde então.
O livro está à venda nas lojas FNAC.

Que região produz mais em Portugal? ....

Em 2012 a fileira do vinho em Portugal produziu mais de 630 milhões de litros. A maioria é certificada como DOC (ou DOP) ou Regional (ou IG) mas ainda se produz muito vinho sem qualquer denominação de origem. Apenas se sabe que foi feito em Portugal….
(actualizado em 11 de Outubro de 2013)
Dos 630 milhões de litros, pouco mais de 200 milhões são chamados ‘vinhos de mesa’. Estes são ‘verificados’ e analisado pelo Instituto da Vinha e do Vinho (IVV); os vinhos DOC e Regional, pelo contrário, passam pela inspecção e certificação das respectivas Comissões Vitivinícolas Regionais (CVR), que avaliam a qualidade do vinho (através da Câmara de Provadores). Por exemplo, para ter o designativo de Reserva, ou Grande Reserva, ou Grande Escolha, um vinho tem que ultrapassar determinada pontuação. De outra forma passa a ser apenas colheita. Mas, se tiver defeitos notórios ou parâmetros fora das normas ou tradições da região, pode ser mesmo chumbado. Vem-nos à memória, por exemplo, um Pinot Noir, muito bom por sinal, que foi chumbado por duas vezes numa Câmara de Provadores, por “falta de cor”. Esta é uma característica da casta mas nada tem a ver com a qualidade intrínseca do vinho… Acabou a ser certificado pelo IVV como Vinho de Mesa, com a fúria do produtor e enólogo. As CVR’s verificam ainda se todos os outros parâmetros de um vinho (embalagem, rótulos, análises químicas, etc) estão correctos e conformes às normas da região e do país. Só então é emitido um selo que os produtores podem colocar na garrafa, atestando da sua qualidade e autenticidade.
Portanto, cerca de dois terços dos vinhos deste país passam pela certificação das CVR’s de cada região. Mas é o IVV que colige os dados e fornece as estatísticas nacionais. Pois bem, segundo os dados do IVV, a região que mais vinho produziu em 2012 foi o Douro, de forma destacada face aos concorrentes. Logo seguido da região de Lisboa e do Alentejo. Para muita gente isto parece estranho; quase toda a gente acha que o Alentejo será a região que mais vinho produz, porque é a região mais representada nas médias e grandes superfícies. E de facto assim é, mas apenas porque é a região que mais vende e a que é mais fácil de vender. Ou seja, ainda é a preferida dos consumidores. Mas não é a que mais produz…. Ainda uma outra nota curiosa: a maior cooperativa do Alentejo, a CARMIM, de Reguengos, produz à volta de 18 milhões de litros por ano, mais de um quinto de toda a produção do Alentejo! Junte-lhe a Adega Cooperativa do Redondo, a de Borba e o Esporão, e rapidamente ultrapassamos mais de metade do valor de todo o Alentejo…
Note ainda que uma parte da produção do Douro vai para Vinho do Porto; e que uma boa parte da produção da região de Lisboa nem sequer chega aos portugueses: dezenas de milhões de litros são vendidos a granel (em contentores) para a exportação, em especial para países da África de língua portuguesa. Não é à toa que Angola é o principal importador de vinho português. Não sabemos ao certo qual é a quantidade de vinho que Angola importa, mas o valor total anual não deverá andar longe dos 200 milhões de litros! (nem todo é português, note-se…)
Note-se ainda a pouca representatividade de algumas regiões, como Trás-os-Montes, Terras de Cister, Madeira, Algarve e Açores. A região de Terras de Cister faz fronteira entre o Douro e o Dão. Aqui se fazem os vinhos DOC Távora-Varosa (principalmente espumantes) e os vinhos Terras de Cister. São regiões de pequenos volumes, note-se. Existem vários produtores de vinho nacionais que produzem, eles próprios, mais do que qualquer uma destas regiões. A CARMIM (Reguengos) ou a Adega Cooperativa de Almeirim, por exemplo, fazem uma dúzia de vezes mais vinho que toda a região do Algarve!
Certificações por região
Dos dados do IVV podemos ainda deduzir que cerca de 68% do vinho português é certificado pelas próprias Comissões Vitivinicolas Regionais, como DOC ou Regional. Esta percentagem, contudo, varia bastante conforme a região: n’os Vinhos Verdes, por exemplo, quase todo o vinho é certificado (99,4%); outras regiões de grande tamanho – como o Tejo, Lisboa ou Trás-os-Montes - têm percentagens bem mais baixas. Note que o preço de uma certificação DOC é geralmente mais cara que a Regional. Todos os outros vinhos têm que passar pelo Instituto da Vinha e do Vinho, que certifica que o vinho está apto para consumo. Esta ‘certificação’ é, de todas, a mais barata por garrafa. Mas o preço médio por litro de um vinho DOC ou Regional é substancialmente mais elevado que o do vinho de mesa. Desde logo porque o consumidor percepciona a certificação pela CVR da região como uma certidão de qualidade. Por exemplo, um mesmo vinho valerá muito mais se for DOC Douro do que o mesmo vinho sem dizer a região.
Cooperativas produzem menos
Finalmente, podemos ainda fazer uma referência às estatísticas sobre a estrutura da produção. Segundo os dados do IVV, a produção de vinho em associação (leia-se cooperativas) tem vindo a diminuir ao longo dos anos, embora de forma suave. Os dados on-line existem apenas desde 2000 e, até 2004, a produção de vinho em associação foi sempre maior que a ‘privada’. Em 2005 a balança virou e a produção em não-associação foi responsável por 51% do vinho nacional. E a tendência continuou, imparável. Nos últimos dois anos, os valores foram de 60% (2011) e 58% (2012). Este fenómeno estará certamente relacionado, por um lado, com o fecho de muitas cooperativas e, por outro, com a fuga de muitos associados para produções próprias ou para outros produtores de vinho.

Encontro de Vinhos em Curitiba....

A melhor maneira de se conhecer vinho aumentando sua experiência sem gastar fortunas, especialmente em nosso Brasil baronil, é degustando e compartilhando emoções. Já dizia Alexis Lichine, “No que se refere a vinho, sempre recomendo que se joguem fora tabelas de safras e manuais investindo num saca-rolha. Vinho se conhece mesmo é bebendo! “. Nesse sentido, este mês de Novembro está repleto de ótimos eventos, vejam só:
Para começar os amantes do vinho em Curitiba já têm programa para Sábado dia 9/11. Tivesse eu por essas bandas e não perderia, pois sou fã desses encontros e admirador dos “promoters” (Beto & Daniel, a famosa dupla dinâmica!) deste evento que cresce ano a ano se espalhando pelo Brasil afora levando novas experiências sensoriais aos enófilos de plantão num clima sempre pra lá de agradável. Serão mais de 30 expositores, com uma participação da Wines of argentina com um grupo grande de produtores, que você pode checar clicando aqui .
Jà quem estiver dia 21/11 pela região de Piracicaba, uma grande degustação de Barolos será promovida pelo amigo Luiz Otavio no Enopira.
Lista dos vinhos:
Batasiolo Barolo 2006 Cantine Povero Barolo 2008 Cascina Ballarin Barolo Tre Ciabòt 2007 Cascina Ballarin Barolo Bussia 2005 Bruno Giacosa Barolo Falletto di Serralunga D’Alba 2005 Serio & Battista Borgogno Barolo Cannubi Riserva 2004 Após a degustação será servido: Brasato all Barolo. Custo R$180,00 e para reservas e mais informações, contate o Luiz Otavio através do telefone: (019 ) 3424-1583- Cel. ( 19 ) 82040406 ou pelo e-mail > luizotaviol@uol.com.br.
Dia 27/11 voltamos para Sampa, mais precisamente na Vino & Sapore (Granja Viana), onde realizarei uma apresentação sobre espumantes falando um pouco sobre suas origens, métodos e estilos terminando com uma degustação às cegas de OITO espumantes TOP, veja abaixo.
A partir das 20 horas, apresentação das principais regiões produtoras, estilos de vinhos, métodos de produção e finalizando com uma degustação ás cegas de espumantes Champenoise top escolhidos a dedo:
Ferrari Perlé Brut – Itália – Da região de Trento, um dos melhores espumantes italianos Vértice Gouveio – Portugal – Ícone da produção de espumantes do Douro e um dos melhores exemplares produzidos em Portugal, é um espumante marcante e surpreendente.
Adolfo Lona Orus Pas Dosé – Brasil – um ícone da produção nacional dos qual se produziram tão somente 628 garrafas! Cave Geisse Terroir Nature – Brasil – Cave Geisse é comprovadamente um dos mais conceituados produtores nacionais aclamado pela critica internacional, em especial por Jancis Robinson. Esse é seu rótulo topo de gama. Champagne Barnaut Gran Reserve Grand Cru – França – somente 5% das 319 comunas produtoras, possuem classificação Grand Cru. A Barnaut só produz espumantes Grand Cru em Bouzy, um degrau acima da maioria! Cava Juve Y Camps Nature Gran Reserva de Família – Espanha – Clássico produtor da região, produz alguns dos melhores Cavas sendo este um dos mais premiados. Junto a Franciacorta na Itália, os maiores rivais mundiais de Champagne. Franciacorta Lo Sparviere – Itália – Junto com as Cavas de Espanha, perfazem o trio de ouro da produção mundial de espumantes. Lo Sparviere Brut Millesimato é um dos 5 rótulos produzido por este pequeno produtor. INTRUSO – um espumante a mais totalmente ás cegas que poderá ser de qualquer origem, no mesmo patamar de qualidade. Será divulgado após a degustação.
Para acompanhar, queijo tipo Brie alemão Bergader Cremosissimo e salmão defumado Marithimus. Ao final, nossos já aclamados cafés do Ateliê do Café da Terra. Custo do investimento a ser pago no ato da reserva, R$95,00 (R$180 o casal) e um convite por participante (não transferível) para o Taste & Buy Espumantes no dia 30, Sábado, das 16 às 20 horas. Reserve já através do mail; comercial@vinoesapore.com.br ou pelo telefone (das 11 às 19 horas) (11) 4612-6343 ou 1433
Dia 30/11 ainda na Vino & Sapore, Taste & Buy Espumantes. Uma oportunidade de você conhecer mais de 15 rótulos de espumantes antes de finalizar suas escolhas para este final de ano.
Das 16 às 20 horas, presentes nas instalações da Vino & Sapore mais de 15 rótulos de espumantes Moscatel, Proseccos, Brut Charmat, Brut Champenoise, Cavas, Rosés, Nature, Extra Brut, toda a gama e estilos de espumantes para você conhecer e efetuar suas compras com mais certeza. Vinhos a partir dos 32 Reais até R$135,00 das mais diversas nacionalidades para degustação. Seu investimento, apenas R$35,00 pagos no ato da reserva com crédito de R$10 na compra de qualquer dos rótulos em degustação, e somente estamos disponibilizando 50 convites! Reserve já através do mail; comercial@vinoesapore.com.br ou pelo telefone (das 11 às 19 horas) (11) 4612-6343 ou 1433
Salute, kanimambo e não deixe para fazer sua reserva próximo às datas pois na maioria dos casos as vagas são limitadas.

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Que vinho tomavam os antigos romanos? A Sicília quer saber.....

Arqueólogos da Universidade de Catânia, na Sicília, conduzem um experimento inusitado: produzir vinho milimetricamente igual ao da Roma Antiga. A ideia é conhecer o que os romanos tomavam há 2 mil anos.
O uso de químicos modernos, por exemplo, não será permitido. As vinhas serão plantadas usando antigas ferramentas romanas e amarradas com bengalas e vassouras. A fermentação não será feita em barris, mas, como à moda dos velhos romanos, em grandes potes de terracota enterrados no solo e impermeabilizados com cera de abelha.
A equipe de pesquisadores sicilianos utilizou textos antigos para reproduzir as técnicas da época, entre eles as Geórgicas, de Virgílio, que tratam da vida rural do Império Romano. Há indícios de que essas técnicas de vinicultura tenham sobrevivido até a Sicília do século 17.
A primeira edição do vinho experimental terá 70 litros e deve estar pronta em quatro anos.

Pressão na cabine potencializa álcool....

Muita gente bebe para aplacar o medo de voar, mas vale um alerta. Especialistas divergem quanto ao número de vezes que o ambiente da cabine potencializa os efeitos do álcool, mas concordam que faz mais efeito. A sommelière Debora Alkimin utilizou a estratégia em sua última viagem à Itália. "Tenho pavor de avião. Devo ter tomado praticamente uma garrafa. Mas normalmente recomendo garrafinhas de 187 ou 375 ml, boa dose para uma pessoa." / F.M.

Tinto sofre mais, prefira o branco.....

É preciso levar em conta que a diferença entre classes pesa muito. As econômicas, cada vez piores, reduziram a oferta (quando há) à escolha entre um tinto e um branco. Estes vinhos nem sempre são ruins. O problema é que apenas não há escolha: é um tinto único e um branco único e acabou.
O maior erro, que pode ser evitado, é pedir o tinto. Peça sempre o branco, pois a comida de avião precisa, por razões de conservação, ter alto nível de acidez e bastante tempero. E os tintos ficam horríveis diante da cremosidade e acidez da comida, viram copos de puro tanino, mostram amargor, ficam agressivos. Os brancos sofrem menos diante da comida, são mais simples e não atrapalham tanto, cumprem o papel de matar a sede, com algum frescor e presença.
Vinhos sofrem sim no ambiente rarefeito das cabines de avião. Na verdade, não tanto o líquido, mas nossa percepção dele e a sua fruição. Lá nas alturas, pressurizados, amarrados e estressados, o olfato vai embora e o paladar perde muito de sua capacidade. Os vinhos tampouco estão na condição adequada, copos de plástico (taças de vidro ou cristal só nas classes superiores), temperatura alterada e sacudidelas de decolagens, pousos e turbulências. O problema se resume ao desencontro de vinhos um pouco maltratados e passageiros bebedores bem maltratados.
Na classe executiva a coisa muda bastante, há cartas de vinhos, servidos em garrafa, com alguns grandes rótulos. Vale tomar um Borgonha, um Bordeaux; mas insisto, estará menos expressivo, terá menos aroma. Se puder resumir meu conselho a um só, diria: não beba nada na ida, o álcool se potencializa no oxigênio minguado dos aviões e pode causar enxaqueca. Portanto, só suco e água para não correr o risco de estragar o primeiro dia da viagem. Deixe para beber na volta, pois aí está tudo bem, já viajou, já gastou, terá uma fatura de cartão de crédito te esperando, já terminaram as férias e pode relaxar.

O radical do vinho limpo: Paul Hobbs.....

Os franceses confundem falta de higiene com terroir. Eles sempre disfarçaram a contaminação microbiológica chamando-a de terroir. Mas o consumidor já não quer saber disso. A afirmação polêmica poderia parecer pura provocação de um enólogo americano - não fosse o enólogo americano em questão o célebre Paul Hobbs, um dos grandes da atualidade e defensor declarado dos "vinhos limpos". Esse foi um dos temas da entrevista exclusiva concedida ao Paladar, em recente visita a São Paulo. Hobbs apontou tendências, chamou a atenção para novas regiões vinícolas que merecem destaque e falou sobre os desafios de fazer vinhos numa época de enorme oferta.
- Divulgação Divulgação Ele já foi comparado a Steve Jobs pela revista Forbes. E não se constrange com isso: gosta de ser visto como um criador detalhista. De fato, assim como o célebre fundador da Apple fez no mundo da tecnologia, não é exagero dizer que Paul Hobbs revolucionou o mundo dos vinhos.
Respirando os ares criativos e empreendedores da Califórnia - Estado que escolheu para viver, embora tenha nascido em Nova York -, mostrou que é possível fazer vinho de ótima qualidade sem seguir cegamente o velho modelo europeu.
Filho de um pequeno fazendeiro, começou arrendando vinhedos e vinícolas de outros proprietários. E fez isso por muitos e muitos anos. Foi a campo trabalhar diretamente com os pés de uva, coisa que produtores de vinho faziam apenas ocasionalmente, e é um dos responsáveis pelo boom do vinho californiano.
Foi escolhido personalidade do ano por Robert Parker duas vezes, e seus rótulos já levaram a pontuação máxima do crítico - que, segundo Hobbs, foi mal compreendido pelo mundo do vinho e hoje não tem mais a relevância exagerada que já teve.
Mas talvez seu maior feito tenha sido colocar a Argentina no mapa dos produtores de vinho. Paul Hobbs enxergou o potencial da Malbec lá e luta para que o vinho argentino seja reconhecido como tão importante quanto um bordeaux.
Seu grande desafio pessoal tem sido produzir vinhos em lugares em princípio impossíveis. Começar do zero até extrair um vinho de alta categoria de regiões como a Armênia, país que abriga um de seus mais recentes investimentos.
Sem se amarrar a cânones, mas também sem se deixar levar por modismos, ele aposta na qualidade da uva como tendência. Sim, uma aposta um tanto óbvia, mas que faz sentido quando se ouve os argumentos de Hobbs sobre a forma desleixada com que tradicionais produtores franceses tratam a fruta, "confundindo falta de higiene com terroir". Porque para Hobbs, não há mais volta: também o mundo do vinho vai se importar não só com a qualidade da bebida, mas com o modo como ela foi feita - se é limpa, orgânica, biodinâmica.
Que história é essa de que os franceses confundem falta de higiene com terroir?
Muitos vinhos franceses são feitos em adegas contaminadas e então dizem que isso é terroir. Volte a 1982. Muitos daqueles vinhos de Bordeaux não eram bons... Foram destruídos por brettanomyces. Você não conseguia sentir nada da fruta, só o efeito do fungo que provoca uma doença e deixa o vinho com gosto de estábulo, suor de cavalo... Hoje, produtores estão entendendo que as pessoas querem fruta - a fruta está se tornando determinante, enfim, não o que acontece na vinícola.
O que é um vinho limpo?
Sem contaminação microbiológica. Para mim, a vinícola devia ser como uma grande cozinha - um lugar limpo e organizado. Até hoje você encontra "cozinhas" muito sujas na França. Em Cahors, onde trabalho, é impressionante a falta de higiene. Só que isso não vai mais ser aceitável. Consumidores não querem, querem vinhos limpos e ao mesmo tempo complexos. Esse é o novo grande desafio para o produtor: como fazer um vinho complexo sem que haja contaminação microbiológica.
O que as pessoas querem beber hoje?
Produtos honestos - bem feitos e naturais. Querem beber qualidade. Não só que tenha um bom sabor, mas que tenha sido feito direito. Em termos de estilo, vivemos uma mudança; essa coisa dos vinhos potentes foi longe demais e agora as pessoas não querem mais vinhos pesados. Querem complexidade, corpo, intensidade e também elegância, finesse.
Mais Robinson do que Parker... Mais elegância, menos potência?
Acho que não. As pessoas leram Parker de modo equivocado, ele adora elegância, finesse, mas também concentração e acidez. A indústria cometeu um erro ao tentar satisfazer um gosto que nem era o dele. Só que não vamos voltar a um momento pré-Parker. Porque Parker fez bem aos vinhos - os europeus estavam colhendo as uvas muito cedo, você não podia beber antes de dez anos, os taninos não estavam maduros.
Quais as novas regiões vinícolas para se prestar atenção?
Particularmente, estou interessado em Cahors, na França, uma região que ficou dormindo por muitos anos. Estou também trabalhando na Armênia. É um projeto pequeno do qual sou sócio, 18 hectares, estamos plantando. Vai levar dez anos para se fazer vinho ali.
Você geralmente não compra os vinhedos. Por que comprou na Armênia?
Não tínhamos escolha. Estamos saindo do zero. Quando cheguei à Argentina havia uma indústria. Ruim, mas havia. Na Armênia não há.
Se fosse começar de novo, faria do mesmo jeito, sem comprar vinhedos?
Eu só fiz assim porque não tinha dinheiro... Se pudesse teria comprado. Quando não tinha meu vinhedo era muito difícil. Na Argentina, alugamos uma vinícola. O dono não queria isso, ou aquilo, não concordava com o que eu sugeria... As pessoas não sabiam quem era Paul Hobbs. Hoje é fácil, mas antes não era assim. E também, no início dos 1990, enólogos eram raramente vistos nos vinhedos. Fui um dos primeiros a fazer isso.
Nos últimos 30 anos, o mundo do vinho mudou muito. Para um enólogo, qual foi a mudança mais significativa?
(Pede tempo para pensar.) Acho que é o foco no vinhedo. Na Califórnia, no Novo Mundo, o foco mudou para o vinhedo. Antes era na tecnologia e tinha de ser assim. Mas agora é na qualidade da uva. Nos anos 1980, 1990 só se falava em tecnologia. Mas é a qualidade da matéria-prima que importa.
Ainda há lugar para modas de uvas especificas?
As modas vêm e vão. Agora Moscatel está em baixa. Mas daqui a pouco pode subir. Sempre haverá tendências. Mas não sou um produtor de moda. Gosto dos clássicos.
Qual é o papel dos críticos de vinho hoje?
Não é fascinante como o mundo muda? Hoje é muito mais difuso, antes era fácil: faça Parker feliz e não se preocupe com mais nada... Quem vai liderar isso? Não sei. Acho que escritores locais vão ganhar importância. Blogs? Não têm significância, não presto atenção. Não haverá um novo Parker, o mundo não precisa mais de alguém como ele.
Mas nunca foi tão difícil escolher um vinho, é tanta oferta... Quem pode ajudar o consumidor na escolha?
Acho que não será uma voz única. Aliás esse foi o erro de Parker, ele não era capaz de provar tudo e começou a delegar a outros críticos. Spectator, Decanter, publicações como essas vão continuar. Mas vai ter mais boca a boca. As pessoas viajam, provam coisas diferentes, formam suas opiniões. Estamos num momento de transição, não sei de onde as pessoas vão tirar informação
Quem são os novos enólogos que merecem atenção?
Sou relutante em apontar nomes, mas posso mencionar Bibiana Gonzáles, que trabalha com Pahlmeyer, na Califórnia. Mas há uma geração boa vindo por aí. A diferença é que eles não querem só trabalhar o tempo todo.
E os desafios para o futuro?
Acho que o trabalho é um ponto crucial. A produção de vinhos é um ramo muito intensivo em trabalho, e me pergunto de onde virá a mão de obra nos próximos anos. A tecnologia ainda está longe de ter o mesmo resultado de, por exemplo, uma colheita manual. Daqui a 50 anos, talvez restem apenas alguns pequenos produtores que façam tudo à mão, como eu faço.

Endereços de histórias (e tours) assustadores....

Enredos e personagens arrepiantes desafiam a lógica e instigam a curiosidade de turistas mundo afora. Confira aqui cinco passeios espantosos
Pode soar estranho, mas o medo é uma sensação que tem o seu quê de atraente. Tanto que o sobrenatural, o desconhecido e o inexplicável são temas recorrentes no cinema e na literatura. Ilha das Bonecas, no México: dizem que elas se viram na direção dos visitantes... - Divulgação Divulgação
Ilha das Bonecas, no México: dizem que elas se viram na direção dos visitantes... E também no turismo. Histórias e lendas de horror têm o estranho poder de atrair visitantes para os locais onde supostamente ocorreram. Na época do Halloween – o popular Dia das Bruxas dos Estados Unidos – hordas de visitantes seguem para tais endereços. A lotação é garantida. Visitas emocionantes, também.
Lá mesmo nos Estados Unidos, a cidade de Salem, nos arredores de Boston, fica praticamente inacessível na data do Halloween, 31 de outubro – a tal ponto que as estradas de acesso já chegaram a ser fechadas por horas. O Museu das Bruxas de Salem (salemwitchmuseum.com; entrada a US$ 9,50 ou R$ 20) narra a história de obscurantismo e matança que rolou por lá. Veja outros lugares pelo mundo dos quais você vai querer voltar vivo para contar a história.
BONECAS MACABRAS
Medo na ilhota mexicana
Ao sul da Cidade do México, nos canais de Xochimilco, um estranho cenário atrai diariamente a atenção de centenas de pessoas: bonecas penduradas em árvores de uma pequena ilha. O aspecto mutilado dos brinquedos reforça o ar macabro. Especialmente à noite, a vista é perturbadora. São comuns os relatos de que elas costumam se virar na direção dos visitantes que se aproximam. Segundo a lenda, uma menina morreu afogada ali há mais de 50 anos. O zelador Julián Santana Barrera, único morador do local, encontrou, pouco tempo depois, uma boneca flutuando. Decidiu pendurá-la em uma árvore como símbolo do espírito da criança.
Habitantes da região chegaram a trocar bonecas por alimentos cultivados por Barrera. Dizem que o zelador foi encontrado morto no mesmo lugar em que a garota se afogou. A viagem de barco dura de duas a três horas. Custa US$ 20 (R$ 43): isladelasmunecas.com.
DOMÍNIOS DO CONDE DRÁCULA
Castelo medieval na Transilvânia
Não foi à toa que o Castelo de Bran (bran-castle.com) ganhou a alcunha de Castelo do Drácula. A construção mais famosa das histórias de horror, imortalizada pelo conto de Bram Stoker, é um dos marcos históricos da Romênia. Ali se conserva o lar de uma sanguinária figura histórica: o príncipe da Valáquia Vlad Tepes, também conhecido como “o empalador”. Atualmente, os largos espaços da edificação abrigam um museu de armas medievais e um restaurante, o Club Count Dracula. É a oportunidade perfeita para refazer os passos de Jonathan Harker e conhecer o conde de perto. O enredo do livro é narrado durante a visita, além de informações sobre como surgiram os contos de vampiros. Prepare-se para relembrar o memorável trecho da obra que descreve o local do castelo, no centro histórico de Sighisoara, na Transilvânia, como “um dos lugares mais selvagens e menos conhecidos da Europa”. Todos os detalhes do castelo remetem ao tempo em que foi construído, no século 14, seja pela imensa porta de carvalho, as inscrições em letras góticas, ou mesmo os túneis secretos. Peças da época estão expostas no museu (brancastlemuseum.ro), além de uma árvore genealógica da família de Vlad. As entradas custam 6 euros (R$ 18). Para fotografar ou filmar, é cobrada uma taxa adicional de 20 euros (R$ 60).
MISTÉRIO EM NIAGARA
No subterrâneo, o Túnel do Grito
A visita às Cataratas do Niagara, no Canadá, pode parecer apenas um passeio lindo de cair o queixo, com um ou outro toque radical nas trilhas e tours de barco. Mas é nas imediações que o mistério se encontra. Em um túnel construído no subsolo de linhas férreas abandonadas repousam lendas que deram ao local o nome de Túnel do Grito. O cenário fez parte do filme A Hora da Zona Morta (The Dead Zone, 1983), adaptação da obra homônima de Stephen King. Há diferentes versões. Uma delas diz que ali habita o fantasma de uma jovem que morreu com as roupas em brasa. Dizem que quem acender um palito de fósforo entre as paredes do Túnel do Grito será capaz de sentir a presença da menina. Pior: ouvirá seus lamentos. A empresa Canada Turismo oferece um pacote que inclui também visitas a Montreal, Quebec, Tremblant, Ottawa e Toronto, por um período de 10 dias, a partir de US$ 2 mil.
ESTRANHOS BARULHOS
Durma se puder
Não se espante se, ao repousar num dos quartos do Ballygally Castle, no condado de Antrim, na Irlanda do Norte, você for abordado pelo fantasma de Madame Nixon. A mulher viveu por lá no século 19 e costuma caminhar pelo hotel usando um longo vestido de seda. Se ouvir batidas assustadoras à sua porta, pode ser o espírito de Lady Isabel Shaw, mulher de James Shaw, responsável pela construção do castelo no século 17. Conta-se que ele a trancou em um quarto abandonado. Em poucos dias, ela morreu de inanição e o quarto ficou conhecido como “The Ghost Room”. Outra versão diz que Isabel foi envenenada pelo marido por não conseguir gerar um filho homem. No hotel há uma placa que atenta para a presença do fantasma de Isabel, mas o retrata como um “espírito de amizade”. Mesmo o mais cético que pise em suas dependências, como a senhora Olga Harry, ex-proprietária, assume que há algo estranho por ali. Ela relata casos de visitantes que ouviram ruídos de crianças em vários quartos. O cenário macabro, fruto de dezenas de lendas irlandesas, forma o pano de fundo de um dos castelos mais antigos e conhecidos da Irlanda do Norte. Fica a 40 minutos do centro de Belfast. A diária custa a partir de R$ 340 em quarto individual.
CORREDORES DA TENSÃO
Nas locações de 'O Iluminado'
Dois hotéis têm suas histórias cruzadas com o sucesso cinematográfico de Stanley Kubrick, O Iluminado. O Hotel Stanley, na cidade de Estes Park, no Colorado, trouxe inspiração ao filme. Sua estrutura, criada há um século, soma mais de 2.230 metros quadrados e chama a atenção por si. Não bastasse o histórico de visitas ilustres, como a do político Theodore Roosevelt, o lugar conquistou fama quando estranhos acontecimentos se sucederam por ali.
Conta-se que os sons de crianças se divertindo em corredores onde não havia ninguém e as portas fechando e abrindo sozinhas eram situações constantes ali. Mesmo o site oficial do hotel (stanleyhotel.com; diárias desde US$ 159 ou R$ 350) narra episódios misteriosos, como as aparições do fantasma da governanta Elizabeth Wilson, que morreu em uma explosão de gás no local.
Há boatos de que o escritor Stephen King, responsável pela obra literária que deu origem ao filme de Kubrick, encontrou a inspiração para o livro após um pesadelo com seu filho sendo perseguido nos corredores daquele imenso casarão. Ele estaria no quarto 217, que se tornou o mais requisitado do Hotel Stanley. Até hoje são realizados tours fantasmas pelo local.
Já o hotel Timberline Lodge fica em uma estação de esqui em Hood River, no Oregon, e foi usado nas filmagens externas do filme, fachada que deu vida ao Overlook Hotel da trama. O lugar não conta com roteiros relacionados ao livro, mas compensa por sua história, além de oferecer aconchegantes chalés. As diárias podem chegar a US$ 300 (R$ 658), em quarto duplo. Mais: timberlinelodge.com.

Degustando Napa Valley a baixo custo....

Assim como um robusto vinho zinfandel degustado com delicadas ostras, Napa Valley e viagens econômicas não são exatamente uma combinação óbvia. Ou, pelo menos, assim eu pensava. Apesar da reputação de Napa de destino caro para os amantes do vinho, durante dois dias no pico da colheita da safra consegui visitar sete vinícolas, provar cerca de 30 vinhos e aprender mais sobre a bebida do que jamais imaginara. Tudo isso sem morrer de fome e sem ter de vender minha casa.
A chave para o sucesso de uma visita de baixo orçamento a Napa está em escolher as adegas com cuidado. Elimine várias apenas pelo preço: muitas degustações chegam a US$ 50 ou mais por pessoa. Tente manter-se naquelas entre US$ 10 e US$ 15, das quais algumas oferecem ofertas "pague um, leve dois".
Baixe o aplicativo localizador de vinícolas em napatouristguide.com/napa-on-a-budget. Ou pegue cupons de desconto no Napa Valley Welcome Center (visitnapavalley.com/welcome_centers.htm). Só não seja demasiado mesquinho. A degustação na Tres Sabores (tressabores.com) foi a mais cara que eu fiz: US$ 25 por pessoa. Uma pechincha, dado o nível do que provei.
Meu próximo conselho: seja flexível, especialmente ao receber uma dica de alguém. Na primeira noite jantei no bar Il Posto Trattoria (ilpostonapa.com), um elegante prato de espaguete com almôndegas de porco e molho de tomate (US$ 12). O barman, Miguel, sugeriu que que eu subisse as colinas para conhecer as pequenas vinícolas de Pride Mountain. Foi ótimo. Nada disso quer dizer que você deva pular as vinícolas maiores - basta escolher bem.

NAPA VALLEY ...

Com um pouco de informação e persistência você verá que dá para conciliar ótimos vinhos e refeições com preços razoáveis em Napa. Eu mesmo vivi essa experiência no restaurante dirigido por Thomas Keller, talvez o chef mais famoso da América. Não foi, infelizmente, no French Laundry, onde o menu degustação com duas modestas taças de vinho custaria US$ 325. Na verdade, esse foi o custo total com degustações, refeições e alojamento durante meus dois dias pelas vinhas da Califórnia.
A minha sorte virou ao encontrar o Ad Hoc Addendum (adhocrestaurant.com), pequena cabana – também comandada por Keller – atrás do seu festejado restaurante Ad Hoc, e que serve lanches por US$ 16,50 de quinta-feira a sábado. Almocei o suculento frango frito, que veio com pão de milho, salada de batata e repolho. O jantar foi bem mais barato: tacos de bochecha de boi por US$ 1,50 no Tacos Chávez, que funciona há décadas num caminhão, na Coombs Street, 75.
Outra memorável surpresa aconteceu durante uma visita à adega Tres Sabores (tressabores.com), onde nos perguntaram se queríamos nos lançar em algum trabalho. Acabamos participando da maceração das uvas.
Mesmo que você não saiba nada sobre vinho – e eu sei pouco –, pode aprender muito pela simples escolha de vinícolas de pequeno porte. Recomendo a compacta Nichelini Winery (nicheliniwinery.com). Com um cupom, a degustação sai por US$ 15 para duas pessoas.
Na Pride (pridewines.com; US$ 15), a guia Nikki Lamberti começou por um viognier 2012 com notas de madressilva e frutas tropicais. Ela nos levou para ver um trabalhador enfiar cachos cabernet sauvignon numa máquina que tritura e tira os caroços. Depois, a um labirinto de cavernas, onde nos fez provar um merlot 2012. Achei muito tânico, incomum para merlot – resultado de cultivar uvas em altas altitudes. Pelo jeito eu já estava entendendo um pouco do riscado.

Viña Falernia 2009 Vinho de quinta-feira:

Para ficar no tema das uvas fora do lugar, um Pedro Ximénez (que no Chile se chama Pedro Jiménez) vinificado como branco seco, e não como os escuros e viscosos (e dulcérrimos) vinhos da mesma uva em Jerez na Espanha. A uva é bastante comum no Chile para a feitura de pisco. O Viña Falernia Pedro Jiménez 2009 (R$ 52, Premium Wines, tel. 2574-8303) – já indiquei anteriormente o Pinot da mesma vinícola – custa pouco e oferece muito, é austero e versátil à mesa, combinando até com carnes brancas.

Molinos de Rodríguez

Caçador. Telmo Rodríguez procura velhos vinhedos e recupera estilos e uvas perdidos.
Acho que estou sob influência do livro Wine Grapes, com suas 1.368 castas. A coluna de hoje seria a primeira de uma série sobre uvas, eu ia escrever sobre a Moscatel vinificada como vinho seco. Provei dois da Andaluzia, o Botani, de Jorge Ordoñez, e uma versão seca dos Molino Real, de Telmo Rodríguez; ambos de Málaga. Mas gostei tanto do Mountain Blanco que resolvi falar dos vinhos do Telmo. As uvas brancas da Andaluzia, como Palomino Fino, Pedro Ximénez e a Moscatel de Málaga (que é a mesma Moscatel de Alexandria, espalhada pelo mundo), são mais usadas nos vinhos de Jerez, fortificados. Alguns enólogos atrevidos resolveram testá-la em vinhos de mesa. Nos últimos anos venho provando curiosidades, como o Ovni da Equipo Navazos, que já foi coluna, um Pedro Ximenez branco seco. E o ótimo Navazos-Niepoort, um branco seco de Palomino Fino, nascido de um desafio feito por Jancis Robinson a Dirk Niepoort e Jesus Barquín. A Moscatel na região sempre foi usada para vinhos licorosos, quase gosmentos, com traços oxidativos intensos.
Moscatel é uma uva peculiar que merece um enólogo fora do convencional. Uva falsa simples, confundida com banal, é a vinífera limítrofe, com características perigosamente próximas das uvas de mesa, da família Vitis labrusca. Tem um traço de suco de uva, que os ingleses chamam pela bela palavra “grapey”, algo que traduziria como uvoso. Resulta em vinhos muito aromáticos e para os quais cabe o elogio, caso dos que são feitos em Setúbal.
Sempre acreditei que o musca do seu nome vinha de mosca, já que os romanos a chamavam de Vitis apiane por conta da atração que exercia sobre as abelhas e insetos em geral. Coisas de Plínio, o Velho, o verdadeiro homem que comeu (e bebeu) de tudo lá pelo primeiro século d.C. Nada disso. O musca vem de musc, de almíscar, pelos aromas meio de bicho que desprende. Na perfumaria é descrito como cheiro animálico e aparece, perguntei ao especialista, em inúmeros perfumes. Mas quem quiser senti-lo bem nítido, basta cheirar o Muscs Kublai Khan de Serge Lutens ou o Narciso Rodriguez for Her.
Telmo Rodríguez, até a última vez que o vi, ainda não tinha sede própria, apesar de fazer vinhos na Espanha inteira e fora dela (tem parceria com Niepoort, os Omlets). Viaja pela península, recupera estilos e uvas esquecidos. Foi assim com os três Molinos. Os vinhedos de Moscatel de até 80 anos de idade (o Molino Real) e esse estilo mais frutado, com bebibilidade e deixando a uva se expressar. Pois para poucos vinhos é um elogio dizer: é como morder um bago de uva gelado. Porque o que menos se deseja na bebida é gosto de suco de uva, o que separa o garrafão (feito de Labrusca) e o fino (feito de Vitis vinifera).
O branco de mesa completou a trilogia. O Molino mais intenso, doce e concentrado de uvas velhas, o M. R. intermediário, doce, mas menos concentrado, e agora o Mountain Blanco, encorpado e seco, fazendo lembrar os solenes Marsannes e Rousannes do Rhône sul, com acidez vivaz. Bom com coisas díspares quanto queijo curado e terrine de foie.

sábado, 2 de novembro de 2013

'Spa do vinho' tem tratamento com bebida e sementes de uva na França

Hotel de luxo fica ao lado de vinícola premiada no sul do país. Massagens e terapias são à base de uva e vinho.
Mulher passa sementes de uva em tratamento no spa do vinho Caudalie, na França (Foto: Jean Pierre Muller/AFP)
Hóspedes de um hotel de luxo próximo a uma vinícola no sul da França podem provar as uvas plantadas na região não só tomando vinho, mas sentindo-as na própria pele. O "Les sources de Caudalie", na cidade de Martillac, tem um spa temático em que todos os produtos são à base da fruta. Eles são desenvolvidos pelo laboratório Caudalie, que afirma utilizar pesquisas da Universidade de Bordeaux para criar os cosméticos.
Empresa japonesa cria vinho para gatos acompanharem os donos
A empresa japonesa B&H Life criou, o Nyan Nyan Nouveau, um vinho feito especialmente para gatos. Segundo a empresa, a bebida foi criada para que as pessoas não se sintam sozinhas e tenham com quem compartilhar um vinho, mesmo que seja um gato. A bebida não é alcoólica, ela é feita feito com cabernet (uva usada em vinhos) e nepenta, uma erva que possui um cheiro que atraem os gatos. Uma garrafa de 200 ml do Nyan Nyan Nouveau custa quase R$ 10. Será que essa moda pega?

domingo, 15 de setembro de 2013

Os surpreendentes vinhos do Novo Mundo

Muito se tem falado nos últimos tempos sobre os vinhos do Novo Mundo, ou seja, vinhos originados no Brasil, Uruguai, Argentina, Chile, Estados Unidos, Austrália, Nova Zelândia, África do Sul e Estados Unidos. Sensação do mercado durante muitos anos, os vinhos produzidos em países pouco tradicionais têm conquistado cada vez mais admiradores, seduzidos pela riqueza de aromas e sabores desses vinhos, sempre muito focados na fruta e pouco ligados em aspectos tradicionais, especialmente no que diz respeito ao conceito de terroir. Entende-se por terroir o microclima do local onde está plantada a videira, englobando solo, clima, exposição do vinhedo ao sol, e outras variáveis que interferem diretamente na qualidade da fruta produzida. Classificado como imprescindível pelos produtores do chamado Velho Mundo, em especial França, Itália, Espanha, Portugal e Alemanha, o conceito de terroir foi, em princípio, pouco valorizado pelos produtores do Novo Mundo, onde a procedência da uva pouco interessava aos enólogos, desde que sua qualidade fosse indiscutível. Os críticos dos vinhos do Novo Mundo destacam que, em sua maioria, os vinhos não têm personalidade e caráter, sendo muito parecidos entre si e desprovidos de charme. De certa forma, esse tipo de comentário até pode ser pertinente, especialmente para vinhos de gama baixa, que são despretensiosos, acessíveis, muito baratos e de consumo imediato. No entanto, hoje encontramos vinhos excepcionais na gama média e alta, o que revela a preocupação dos enólogos em produzir vinhos diferenciados, que sejam a verdadeira expressão do terroir. Um passeio pelos países do Novo Mundo do vinho pode nos ajudar a entender melhor o atual estágio de evolução dos vinhos ali produzidos, e também identificar as tendências futuras e as regiões em ascensão em cada um deles. Brasil, um país que se rende à Merlot O assunto dominante hoje em nosso país é a diversidade de regiões. De fato, impressiona o número de novas regiões vinícolas que estão aparecendo no Brasil e melhor, com alguns vinhos muito interessantes. Antes concentrada na Serra Gaúcha, a produção de vinhos hoje se dá em diferentes locais, como Santa Catarina e Vale do São Francisco se estendendo para Minas Gerais e Goiás. No Rio Grande do Sul, além da Serra Gaúcha, bons vinhos estão sendo produzidos com uvas da Campanha e da Serra do Sudeste (Pinheiro Machado e Encruzilhada). Em Santa Catarina, os vinhos surpreendem pela diversidade, com bons exemplares de Sauvignon Blanc (da cooperativa SANJO), Chardonnay (Villa Francioni), Pinot Noir (Quinta da Neve) e vinhos criativos como o Villagio Grando. No Vale do São Francisco, preste atenção nos ótimos espumantes produzidos com a uva Moscatel. Na Serra Gaúcha, reina absoluta a Merlot, sem dúvida a uva de maior potencial no Brasil. Experimente o Storia Casa Valduga, Pizatto DNA Merlot, Lídio Carraro e tire as suas conclusões. Outra vertente interessante na Serra Gaúcha é a representada pelos vinhos de corte (mescla de várias uvas), dos quais Casa Valduga, Don Laurindo, Perini, Miolo, Lídio Carraro são alguns dos melhores representantes e de SC temos Villa Francioni e Villagio Grando. De modo geral, os vinhos brasileiros são melhores quando mais jovens, onde sua fruta se expressa de modo mais incisivo. Os espumantes brasileiros têm sido muito elogiados. Um dos mais consistentes e de boa relação preço/qualidade é o Chandon Excellence, mas não deixem de provar Case Geisse Nature, Casa Valduga 130 anos, Maria Valduga, Angheben,Ponto Nero Gran Reserva, Valontano e TerraNova. Alguns espumantes mencionados acima, em degustações às cegas, são muitas vezes confundidos com Champagne. No Paraná temos vinícolas que também representam muito bem os vinhos nacionais, são elas: Franco Italiano em Colombo, que tem o conceito de buscar uvas dos melhores terroirs do Brasil e Dezem em Toledo. Uruguai, a terra da Tannat Nosso vizinho ao sul, o Uruguai tem sua produção centrada na uva Tannat, originada do sudoeste da França, mais especificamente de Madiran. Vinhos difíceis e de caráter mais rústico, os Tannat são potentes e pedem a companhia de carnes suculentas e gordurosas. Algumas das melhores e mais conceituadas vinícolas são: Familia Deicas, Pisano, Bouza , H Stagnari e Carrau. Tannat é a uva que mais tem concentração de resveratrol. Essas uvas são utilizadas na elaboração de vinho tinto que servem como escudo protetor contra as doenças. Essa substância é normalmente encontrada nas camadas mais externas de frutas e vegetais e protege contra doenças causadas por agentes patogênicos, juntamente com outros benefícios. Recomenda-se a degustação de vinhos da uva Tannat mais envelhecidos, mais macios que tenham aporte de madeira em sua maturação.

sábado, 3 de agosto de 2013

Circuito Brasileiro de Degustação leva as vinícolas nacionais à região Centro-Oeste.....

Circuito Brasileiro de Degustação leva as vinícolas nacionais à região Centro-Oeste O Circuito Brasileiro de Degustação chega à região Centro-Oeste no dia 12 de agosto. Após reunir mais de 2,7 mil pessoas nas três capitais da região Sul, no Rio de Janeiro e em Belo Horizonte, chegou a vez de Goiânia receber o evento. No total, 21 vinícolas de diferentes regiões produtoras do país, além do Projeto Suco de Uva 100% do Brasil, estarão apresentando seus produtos para o público.
Circuito Brasileiro de Degustação leva as vinícolas nacionais à região Centro-Oeste O Circuito Brasileiro de Degustação chega à região Centro-Oeste no dia 12 de agosto. Após reunir mais de 2,7 mil pessoas nas três capitais da região Sul, no Rio de Janeiro e em Belo Horizonte, chegou a vez de Goiânia receber o evento. No total, 21 vinícolas de diferentes regiões produtoras do país, além do Projeto Suco de Uva 100% do Brasil, estarão apresentando seus produtos para o público. leia mais ››
Vinum Vinhos brasileiros chegam à capital federal
Seguindo com a estratégica de ampliar a divulgação e abrir novos mercados para o vinho brasileiro, o Ibravin apoia a sexta edição da VinumBrasilis, que ocorre nos dias 14 e 15 de agosto, em Brasília (DF). Apontada como a maior feira exclusiva de vinhos brasileiros do país, será realizada junto ao 25º Congresso Nacional da Abrasel.
WineIn – O vinho tinto brasileiro em debate
Nos dias 22 e 23 de agosto, técnicos, jornalistas, profissionais e dirigentes do setor vitivinícola estarão em São Paulo debatendo a potencialidade dos vinhos tintos elaborados no Brasil. Com temáticas agrupadas em seis palestras e seis degustações, o Wine In busca ajudar na criação de parâmetros de avalição do produto nacional.
http://newsletter.vinhosdobrasil.com.br/ext.php?t=view&id=16&sid=17&mid=62529&mhash=36029d8ebbb1f0da079d745bdc53050b

sábado, 13 de julho de 2013

Argentina declara o vinho "bebida nacional" e o mate "infusão nacional"....

BUENOS AIRES - O Senado argentino aprovou e converteu em lei os projetos que declaram o vinho "bebida nacional" e o mate "infusão nacional", o que pretende impulsionar sua promoção no mundo. No caso do vinho que já havia sido declarado por decreto em 2010 "bebida nacional", mas sem a força de lei, a aprovoação foi feita por unanimidade do Senado e significará um impulso ao Plano Estratégico Vitivinícola 2020. A lei estabelece que o logotipo "Vinho argentino" figure nos rótulos das garrafas de produção nacional. Na mesma sessão, foi aprovada outra lei que declara o mate "infusão nacional" e garante o rótulo com a definição 'Mate Infusão Nacional'.

sábado, 15 de junho de 2013

Bolinho de bacalhau com salada de feijão fradinho....

Aprenda a preparar esta deliciosa receita do renomado Chef Gilberto Azambuja!
Ingredientes
- 700g de postas de bacalhau Dias - 700g de batatas - 200g de feijão fradinho - 100g de cebola - 50g de cebola picada - 4 dentes de alho - 3 ovos - sal - molho de salsa - pimenta do reino - um fio de azeite extra virgem Paganini
Modo de preparo dos bolinhos:
1. Cozinhe o bacalhau em água, coloque dentro de um guardanapo de pano e amasse de forma que o bacalhau fique bem desfeito.
2. Cozinhe as batatas com a casca em água e sal. Depois de cozidas, faça um purê.
3. Pique a cebola, o alho e a salsa e junte à batata. Acrescente o bacalhau e os ovos e envolva tudo, temperando com sal e pimenta.
4. Molde os bolinhos com a ajuda de duas colheres de sopa e frite em óleo bem quente. Modo de preparo do feijão:
1. Coloque o feijão de molho em água por 6 horas. Mude de água e leve ao fogo para cozinhar. Depois de cozido, escorra o feijão e deixe esfriar.
2. Pique a cebola e a salsa e junte ao feijão em uma panela, regando com um fio de azeite. Acompanhe com os bolinhos de bacalhau. Bom apetite!

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Lembre sempre o tempo que você leva para resolver seus problemas pode diminuir com o tempo de reação de sua atitude...

Revista Caras, Junho/2013 – Wine Gourmet Show em São Paulo....

A união dos grandes Chefs: Giancarlo Bolla, Erick Jacquin e Emmanuel Bassoleil se encontram durante a segunda edição do Wine Gourmet Show em São Paulo, e brindam o sucesso da feira. E é claro que a Porto a Porto marcou presença no evento!

Revista Ana Maria Braga – Edição 14, Junho de 2013....

Produtos Porto a Porto marcaram presença na última edição da revista Ana Maria Braga! Na seção Piquenique – Seleção de queijos e vinhos de qualidade, destaque para o Emilia Chardonnay Viognier. E na seção Ana garimpa gourmet – Sugestão de tempo especial, o Sal do Chipre, Comptoirs & Compagnies.

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Sanhaçu - cachaça orgânica.....

Alguém já tomou chá de capim santo gelado com cachaça?! É uma mistura sensacional... Aprendemos com a chef Elzinha Nunes, do restaurante Dona Lucinha. As quantidades? Fica a critério do seu paladar.
É um drink leve, fácil de fazer e ótimo para servir para os seus convidados antes de começar a petiscar!
Sanhaçu harmoniza com muita coisa... alguém já experimentou regar cerca de 20ml de Sanhaçu em cima do sorvete de creme?! Fica uma delícia!!!!
Nessa sobremesa da foto ainda tem uma bananinha caramelizada no fundo da taça... hmmmmm !!!

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Região sul-africana tem primeira colheita em 150 anos...

Pela primeira vez em mais de 150 anos, a área de Newlands, na África do Sul, realizou uma colheita. A colheita das uvas aconteceu dentro da propriedade de um hotel e spa vinícola. divulgaçao Proprietária do hotel, Kitty Petousis, durane a colheita
Foram colhidos aproximadamente 120 kg de uvas, que serão usadas para produzir vinho para o hotel, com um rótulo próprio. Newlands é famosa por seus estádios desportivos - existem dois caterings para críquete, rugby e futebol - e por sua forte ligação com a produção de cerveja desde 1658. Isso ajudou a extinguir a produção de vinhos na região, que voltou com a produção do hotel em 2009.
Em fevereiro de 2009, o hotel convidou cinco produtores de vinho de renome para ajudar a restabelecer uma vinha privada ao longo das margens do rio Liesbeek, contendo três fileiras de Sauvignon Blanc e duas de Sémillon.
"Estamos muito felizes com a nossa colheita. O processo de vinificação será completado no meio do ano, e será realizada por nossos parceiros", disse o diretor geral do lugar, Roy Davies.

Segundo estudo, 90% dos vinhos franceses contém resíduos de pesticidas....

Uma pesquisa francesa descobriu que 90% dos vinhos pesquisados contêm resíduos de pesticidas. Foram testados 300 vinhos de propriedades diferentes no país.
Pascal Chatonnet e o laboratório EXCELL em Bordeaux, testaram vinhos das safras de 2009 e 2010 de Bordeaux, Rhône, e de toda a região da Aquitânia, incluindo as denominações como Madiran e Gaillac. Foram testadas 50 diferentes moléculas encontradas que poderiam ter residuos de tratamentos das videiras, tais como os pesticidas e fungicidas.
Alguns vinhos continham até nove moléculas infectadas com fungicidas, o ​​mais comumente encontrado. Já que estes são muitas vezes aplicadas no final da estação de crescimento.
"Apesar disso as moléculas individuais estão abaixo do nivel de toxidade", disse Chatonnet. "Existe uma preocupante falta de investigação sobre o efeito da acumulação de moléculas atingidas, e como as moléculas interegem umas com as outras. É possível que a presença de várias moléculas combinadas sejam mais prejudiciais do que uma só molécula com altos niveis", explica.
Desde 2008, o plano nacional Ecophyto (envolvendo o estudo das formas pelas quais os organismos estão adaptados ao seu ambiente) tem procurado reduzir o uso de pesticidas em 50% até 2018. "Em 2012, não houve redução em tudo, mas cerca de 2,7% mais propriedades diminuiramo uso entre 2010 e 2011", disse Stéphane Boutou, também do EXCELL.

Loja italiana comercializa vinhos com imagens de ditadores...

Quem anda pelas ruas da capital da Itália em busca de vinhos, especialmente na via príncipe Amadeo, que fica a poucos metros da principal estação de trens de Roma, pode ter uma surpresa desagradável: em uma das lojas do bairro há uma série de garrafas rotuladas com o rosto de alguns dos mais cruéis ditadores do século XX, como Adolf Hitler, Benito Mussolini e Joseph Stalin.
Há poucos dias, um jornal local detalhou o assombro de algumas pessoas que passaram pelo lugar. Uma turista francesa, por exemplo, afirmou ter ficado, num primeiro momento, surpresa de encontrar tais rótulos, sentimento que depois se transformou em raiva e vergonha.
O dono do local se defende, afirmando que não há apenas produtos com rótulos de ditadores, mas também de outras figuras importantes, como Che Guevara e João Paulo II. "A política não tem nada a ver com isso. Aqui há igualdade de condições nos produtos". Além disso, o proprietário pontua que os vinhos de Hitler são os mais vendidos. "Quem os compra? Principalmente os estrangeiros alemães. Lá a venda está proibida, então eles vêm até aqui".
Em 2012, um órgão fiscalizador abriu uma investigação contra um supermercado onde se podia comprar diversas garrafas de vinhos estampadas com o rosto de Hitler.

Almaviva celebra sua 15ª safra em evento no Brasil....

Para comemorar o lançamento da 15ª safra de Almaviva, a empresa, joint venture entre o Château Mouton Rothschild, na França, e a chilena Concha y Toro, está organizando uma festa única no Brasil (além do Chile, apenas o mercado brasileiro terá esta comemoração).
Marcada para 14 de março, em São Paulo, a celebração contará com a presença da Baronesa Philippine de Rothschild, e de seus filhos, Philippe de Rothschild e Julien de Beaumarchais de Rothschild, futuros "comandantes" do Grupo Rothschild. Além do clã francês, Alfonso Larraín, presidente da Concha y Toro, e seu filho Felipe também estarão presentes.
O evento iniciará com uma degustação vertical das safras 98, 99, 2001, 2003, 2007, 2009 e 2010, dirigida à imprensa especializada e conduzida pelo enólogo chefe da casa, Michel Friou. Em seguida, um jantar de gala, onde haverá a apresentação de trechos da ópera "O Barbeiro de Sevilha".
O cardápio, elaborado para a ocasião, fica a cargo do chef Emmanuel Bassoleil, do Hotel Unique.

Arqueólogos encontram possível "fábrica de vinhos" milenar em Tel Aviv...

A Autoridade de Antiguidades de Israel anunciou há pouco que arqueólogos descobriram o que pode ser parte de uma fábrica de vinhos de mais de 2.500 anos debaixo de uma rua da antiga cidade de Jaffa, agora parte de Tel Aviv, em Israel.
Os pesquisadores acreditam que a instalação seja parte de construções da segunda metade do período Bizantino, entre 600 e 700 a.C. As superfícies lisas e em mosaico do local indicam que ele foi usado para a produção de alguma bebida. "Devido à impermeabilidade do mosaico, tais superfícies são comumente encontradas em instalações de prensa da época, onde o líquido era extraído das uvas", explicou o diretor das escavações da AAI, Yoav Arbel, adicionando: "Cada unidade foi conectada a um tanque. A prensagem foi realizada na parte de mosaico e, o liquido, então, drenado para esses tanques".
Apesar de esse tipo de construção ser frequentemente indicada como um lagar, onde as uvas são prensadas, Arbel diz que há chances de não se tratar de uma fábrica de vinhos, pois estas geralmente têm tanques maiores do que o encontrado. "É bem possível que a instalação tenha sido usada para produzir bebidas alcoólicas, mas talvez seja a partir de frutos menores que os da uva, como romãs ou figos, por exemplo".
O diretor das escavações também pontuou que a descoberta pode ser uma pequena parte de algo muito maior, e que apenas quando as ruas interligadas a essa forem escavadas é que poderá ter certeza do que se trata.

Cinco filmes que todo enófilo deve assistir....

Para os amantes do vinho que também são entusiastas da sétima arte, há muitos filmes que abordam, direta ou indiretamente, o assunto. Seja uma história que é toda contada saboreando-se uma taça de vinho, seja uma história em que o vinho é a personagem central. A seguir, cinco dos melhores filmes que divulgam uma das bebidas mais antigas e amadas do mundo. Cena do filme "Um Bom Ano"
Sideways: Talvez o filme mais lembrado quando o assunto é vinho, Sideways conta a história de dois amigos, um deles em sua despedida de solteiro, que fazem uma viagem pelas vinícolas californianas. Foi este filme que ajudou a Pinot Noir a se transformar numa das estrelas dos EUA.
Mondovino: O documentário, uma produção conjunta de Argentina, França, Itália e EUA e dirigido por Jonathan Nossiter, faz uma investigação sobre a globalização, tendo o vinho como plano de fundo. Narra a "guerra" entre as famílias produtoras de vinhos, especialmente na Califórnia e Borgonha. Foi exibido em Cannes, indicado à Palma de Ouro, e indicado ao Cesar na categoria filme europeu.
Um Bom Ano: No longa, estrelado por Russel Crowe, o protagonista se vê obrigado a voltar para a França após a morte de seu tio, que não tinha herdeiros. Na tentativa de vender os vinhedos do tio e voltar aos EUA, Max vai, aos poucos, redescobrindo os valores da vida.
Vicky Cristina Barcelona: Apenas por ser um filme de Woody Allen já merece um lugar na lista. Nele, o vinho poderia ser indicado ao Oscar de melhor ator coadjuvante, pois está presente, como acompanhante, do trio estrelado por Javier Barden, Scarlet Johanson e Penélope Cruz, em suas peripécias pela cidade espanhola.
O Julgamento de Paris: A degustação mais famosa do mundo moderno foi reproduzida por Randall Miller no filme homônimo, que narra a história do dia 24 de maio de 1976, quando, numa degustação às cegas, os vinhos californianos foram mais bem avaliados que os franceses. Épico.

Magnata do vinho compra 50% do Château d´Issan....

Nas mãos da família Cruse desde 1945, o Château d'Issan está prestes a ganhar mais um dono, o magnata francês Jacky Lorenzetti.
Lorenzetti, que é dono do Château Lilian Ladouys, em Saint Estephe, e do 5th growth Château Pédesclaux, em Pauillac, adquiriu 50% do capital do d'Issan, segundo a revista Decanter.
Emmanuel Cruse, atual diretor da vinícola, afirmou que mesmo após a venda continuará a desempenhar suas funções. Porém, como parte do acordo com Lorenzetti, e depois de passar os últimos dois anos como consultor do magnata, também estará à frente dos negócios no Lilian Ladouys e no Pédesclaux, comprados em 2008 e 2009, respectivamente.
"Nada vai mudar no dia-a-dia do Issan, mas esse negócio foi muito positivo, pois vai me permitir trabalhar ao lado de um acionista que acredita em minhas estratégias e que tem uma visão de levar os negócios adiante, não apenas para o Issan como para todas as suas propriedades", declarou Cruse, que dirige os negócios da família há 15 anos.
Lorenzetti, que é dono do time de rugby parisiense Racing Métro 92, tem fortuna estimada em 245 milhões de euros, de acordo com a publicação francesa Challenges.

Nova categoria de Chianti é anunciada...

Foi anunciada pelo conselho regulador da DOCG Chianti Classico a nova classificação, acima dos vinhos Riserva, denominada Gran Selezione
Para que se encaixem nessa nova categoria top, os vinhos da apelação terão que ser produzidos exclusivamente a partir das uvas já pré-definidas pela região e só poderão entrar no mercado 30 meses após a colheita, com um mínimo de três meses de envelhecimento na garrafa.
Sergio Zingarelli, presidente do Consórcio de Chianti Clássico, afirmou que "o Gran Selezione não ofuscará a grandeza dos Riserva, apenas dará mais ênfase nos vinhos de grande qualidade que já são produzidos na denominação de Chianti Clássico". No entanto, alguns consumidores classificaram a categoria como algo burocrático.
O Consórcio de Chianti Clássico ainda espera a aprovação final do Ministério da Agricultura, mas garante que a denominação entra em vigor ainda esse ano, e os vinhos da safra de 2010 já poderão ser rotulados com a nova denominação.

Três novos Master of Wine são anunciados...

O Instituto de Masters of Wine anunciou ontem os três mais recentes classificados da entidade, sendo um australiano e dois norte-americanos.
Alison Eisermann Ctercteko, de Sydney, e Adam Lapierre de San Francisco, receberam um título de Master pela primeira vez, enquanto Eric Hamer, da Flórida, é o quarto membro do Instituto a ostentar a qualificação de Master of Wine e Master Sommelier - os três outros "double master" são Gerard Basset, Doug Frost e Ronn Wiegand.
Penny Richards, diretor executivo do Instituto, parabenizou os novos membros: "É com muita satisfação que damos as boas vindas aos três Masters of Wine no ano de nosso 60º aniversário".
Gerard Basset é eleito o Homem do Ano pela Decanter
Um dos maiores profissionais de sua geração, o sommelier Gerard Basset foi eleito pela revista Decanter como o Homem do Ano. O francês foi descrito como uma "joia" de homem, muito humilde.
Basset acumula uma série de títulos vinícolas - é Master of Wine, Master Sommelier, Officer of the Order of the British Empire e MBA Wine honours -, além de ter sido eleito o melhor sommelier do mundo em 2010.
Dono do Hotel TerraVina, em New Forest (Reino Unido) e do Hotel Du Vin, também no Reino Unido, Basset é sempre lembrado por ter sido o mentor de jovens sommeliers e profissionais de restaurante mesmo depois de ter atingido o sucesso.
"O que eu mais gosto em Gerard é o fato de ele demonstrar a mesma humildade e curiosidade que tinha quando era garçom no Chewton Glen, nos anos 80", declarou a MW Jancis Robinson. Já o produtor Etienne Hugel descreve Basset como uma "joia de homem, cujo coração é maior que a soma de todos os seus títulos".
Nascido em St-Etienne, na França, Basset passou a juventude sem nenhum interesse a mais pelo vinho. Apenas depois de entrar para o Chewton Glen, um SPA-hotel de luxo em Hampshire, é que tomou gosto e tornou-se o sommelier-chefe do local. "Nós, sommeliers, somos também embaixadores: do restaurante, do produtor e certamente do vinho", afirmou em certa ocasião.

domingo, 2 de junho de 2013

Selfridges inaugura a maior loja de bebidas do mundo .....

Maior e mais luxuosa loja de departamento do mundo, a Selfridges expandiu em um terço sua loja de bebidas e vinhos e, com isso, inaugurou a maior loja do mundo.
Localizada na Oxford Street, em Londres, a loja conta com um novo bar e 200 novas linhas de produtos. Chamada de Wine Shop, a parte dedicada à bebida de Baco está aberta há duas semanas. Entre os novos rótulos disponíveis estão vinhos vindos da Turquia e da Virgínia. Os administradores da loja pontuam que há 330 vinhos por menos de £ 60 e 900 por £ 7.99, além de 300 Champagnes, 200 cervejas, 30 gins e 15 tequilas diferentes.
No departamento de vinhos, a área destinada à Austrália, África do Sul e EUA foi expandida, e novas regiões podem aparecer nas prateleiras, como a China, por exemplo. "Nós temos algo para qualquer pessoa. Desde bebidas de oito libras até conhaques de 18 mil", explica Dawn Davies, sommelier da loja.

China proíbe produtores nacionais de usar o termo "Champagne" em seus espumantes...

Na última semana o Champagne se tornou a mais nova categoria de bebida a ganhar status protegido na China, o que significa que, a partir de agora, os produtores chineses estão proibidos de usar a denominação "Champagne" em seus espumantes.
A notícia foi recebida com entusiasmo pelo Comitê Interpofissional do Vinho de Champagne (CIVC), que tem no país asiático o importador que mais cresceu nos últimos anos. Em 2003, menos de 75 mil garrafas de Champagne foram enviadas à China. Porém, em 2012, o número bateu a casa dos dois milhões, fazendo do mercado o quinto maior fora da UE.
Com a proteção declarada, os produtores domésticos de espumantes, que antes pegavam o termo "Champagne" empresado, não poderão mais usá-lo, e deverão encaixar seus vinhos nas categorias já existentes.
A China já ofereceu tal proteção a outras bebidas, como os vinhos do Napa Valley, o Cognac e o Scotch Whisky.

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Governo arrecada R$ 1,9 mi com leilão de vinho .....

O Estado de S.Paulo Em época de crise, o Palácio do Eliseu, sede da presidência francesa, fez um leilão, no fim da semana passada, de 1,2 mil garrafas de vinho, conhaque e champanhe. O evento arrecadou R$ 1,94 milhão - o dobro do valor estimado. O Eliseu decidiu leiloar parte da adega criada em 1947 para prosseguir com sua renovação, segundo a chefe sommelier do palácio. Por causa da crise. o Eliseu afirma que quer reinvestir os recursos do leilão em vinhos mais modestos, e que o excedente "será entregue ao orçamento do Estado".

A degustação que abalou o mundo.....2 parte

Spurrier selecionou alguns dos melhores vinhos franceses para contrapor com os americanos e também selecionou jurados de renome para avaliá-los
Os bastidores do Julgamento de Paris contados pelo único jornalista presente à degustação de 1976 que opôs alguns dos mais clássicos vinhos franceses com vinhos californianos e cujo resultado transformou a maneira como o vinho era visto no mundo No dia 24 de maio de 1976, em Paris, ocorreu um pequeno evento que é hoje considerado a degustação mais importante do século XX. Pela quantidade de coisas contraditórias ao mesmo tempo, aquilo não deveria ter acontecido. Menos de 20 pessoas apareceram, incluindo os garçons que serviram os vinhos. A pessoa que organizou tudo isso foi um britânico que possuía uma loja de vinhos em Paris. Um britânico com uma loja de vinhos em Paris? A degustação ocorreu numa sala emprestada, em que os participantes tiveram que se apressar na saída por conta de uma festa de casamento que viria logo depois. O evento opôs vinhos desconhecidos da Califórnia e os mais famosos vinhos franceses. Somente um jornalista estava lá para cobri-lo. Eu.
O organizador era Steven Spurrier, um britânico apreciador de vinhos, de 35 anos. Uma norte-americana que trabalhava para ele na época teve a ideia da degustação e Spurrier aceitou, imaginando que traria alguma publicidade para seu negócio. O britânico era um homem respeitado no meio do vinho e um frequente juiz nas competições de vinhos. Sua meta era simplesmente mostrar aos franceses o que estava acontecendo com os vinhos californianos. Na primavera de 1976, Spurrier foi ao Napa Valley selecionar alguns vinhos Chardonnay e Cabernet Sauvignon para opor aos franceses. Chegando lá, encontrou somente duas dúzias de vinícolas e conseguiu facilmente escolher aqueles vinhos de que gostou.
De volta à Paris, Steven retirou de sua loja alguns vinhos franceses que tinha certeza que iriam ofuscar os californianos. Ele escolheu o melhor da França: Château Haut-Brion como um dos Cabernets, e o Puligny-Montrachet Les Pucelles da Domaine Leflaive's nos Chardonnays. Ninguém jamais acusou Spurrier de ter sido tendencioso na escolha dos franceses.
Quem aceitaria ir?
Após a seleção, o britânico convidou alguns amigos para serem juízes. Novamente escolheu os melhores, incluindo o co-proprietário do Domaine de la Romanée-Conti, Aubert de Villaine, e sommeliers de restaurantes três estrelas como Tour d'Argent e Taillevent. Como indicativo do machismo da época, havia apenas uma mulher no júri: Odette Kahn, editora da revista La Revue du Vin de France, a mais famosa publicação francesa do assunto.
Cerca de metade dos jurados já tinham experiência com os vinhos do Napa Valley. Aubert de Villaine morou por algum tempo na Califórnia e era casado com uma norte-americana. Os sommeliers já haviam provado alguns vinhos do Napa antes. Outros nunca haviam provado, o que não era de se surpreender devido à escassez de vinhos californianos de qualidade na França na época.
Mas, então, por que os juízes apareceram para a degustação? Ninguém sabe responder isso com certeza, mas penso que a presença da maioria se deu pela reputação de Spurrier. Alguns provavelmente ficaram curiosos com os vinhos californianos, e outra grande parte deles estava lá pelo convite de seu amigo Steven.
E por que eu apareci, tendo em vista que nenhum outro jornalista se preocupou em cobrir o evento? Steven convidou todos os jornalistas norte-americanos, franceses e britânicos que estavam na França,e todos recusaram o convite. Qualquer pessoa minimamente "esperta" saberia que os vinhos franceses iriam ganhar e que tal fato não seria capaz de sustentar um artigo sobre a disputa. Spurrier chegou até a oferecer ao guia gastronômico GaultMillau exclusividade na cobertura, mas os editores também não estavam interessados.
Da primeira vez em que fui convidado, também não aceitei o convite. Mas duas semanas antes da degustação e ainda sem nenhuma cobertura do evento que seria realizado exatamente para atrair publicidade para sua loja, Spurrier ficou desesperado. Sua funcionária norte-americana então se lembrou de que eu havia feito um curso na instituição que Steven coordenava. Eles me ligaram e fizeram o convite novamente. Eu disse que, se não tivesse nada mais importante para fazer naquele dia, tentaria ir, e como sou natural da Califórnia, o assunto me era um pouco mais atrativo. Felizmente não tive nada mais importante naquela tarde e fui à degustação.
Nenhum outro jornalista se mostrou interessado em cobrir um evento que parecia ter um resultado mais do que óbvio
Sozinho
Quando entrei naquela sala, no InterContinental Hotel, no centro de Paris, me deram a lista dos vinhos e a ordem em que cada um deles seria degustado. O corpo de jurados sabia apenas que haveria Cabernet Sauvignon e Chardonnay, e que eram ou franceses ou californianos. A ordem da degustação foi determinada através de um sorteio.
Naquela época, eu estava trabalhando em Paris há três anos e já tinha passado pela Bélgica e Suíça, onde também falava francês, então consegui entender o que os juízes conversavam ou falavam a si mesmos sobre os vinhos degustados.
Como eu era a única pessoa da imprensa presente, ninguém tentou controlar o que eu fazia. Eu podia andar ao redor da mesa de degustação e escutar o que eles diziam. Se outros jornalistas estivessem comigo, os organizadores iriam, sem dúvida, colocar-nos num canto e nos fazer esperar o evento acabar para dar os resultados.
Confusão
Os vinhos brancos foram degustados primeiro, o que é uma espécie de regra nas competições de vinho. Essa foi a minha primeira competição e eu não me dei conta de que alguma coisa bastante incomum iria acontecer. Mais tarde, as pessoas me disseram que nesse tipo de evento os juízes falam bem pouco e concentram toda a sua atenção no trabalho a ser feito. Mas naquele dia estavam falantes. Rapidamente percebi que eles estavam ficando confusos. Os juízes de um lado da mesa diziam ter certeza que tinham provado um vinho francês, enquanto o outro lado jurava que o vinho em questão vinha da Califórnia.
Chegou um momento em que Raymond Oliver, dono e chef do restaurante Grand Véfour, levantou uma taça de vinho branco, admirou sua cor amarelo-palha e depois o provou. Após alguns instantes, disse, para ninguém em particular, mas alto o bastante para que eu ouvisse: "Ah, voltamos para a França".
Naquele momento, olhei para a minha lista e percebi que Oliver havia acabado de degustar um Chardonnay do Napa Valley, o Freemark Abbey Winery 1972. O que estava acontecendo? Esses grandes jurados franceses não conseguiam diferenciar um vinho francês de um norte-americano.
Surpresa Spurrier tinha originalmente planejado anunciar os resultados no fim do dia, mas os garçons eram lentos para servir os vinhos e limpar as taças, então o evento foi se atrasando. Ele decidiu, então, anunciar a ordem em que os vinhos brancos terminaram. Steven começou com o primeiro: Chateau Montelena. Apesar de seu primeiro nome, que sugere origem francesa, o vinho era, na verdade, um Chardonnay da Califórnia.
Depois foram para os tintos. Os ânimos já estavam diferentes. Os juízes já não falavam tanto e seus comentários eram acertados. Chegou um ponto em que Christian Vannequé, sommelier do Tour d'Argent, degustou um vinho tinto e disse em seguida: "Este é um Mouton ou eu não sei o que estou fazendo aqui". Eu olhei na minha lista e vi que ele tinha acertado. Ele acabara de degustar um Mouton Rothschild 1970.
Enquanto provavam os vinhos, os degustadores se mostraram confusos e acabaram, muitas vezes, por confundir um vinho francês com um americano. No final, Odette Kahn (com a taça na mão, ao lado de Spurrier e Patricia Gallagher) reclamou do resultado
As notas da degustação de vinhos tintos foi um pouco estranha. O júri estava dando notas ou muito altas ou muito baixas. Na escala de 0 a 20 que estava sendo usada, houve um vinho que recebeu nota 2, fato muito incomum. Até mesmo os vinhos ruins, que são um pouco melhores que vinagre, ganham pontuação maior do que 2 simplesmente por estarem lá. Robert M. Parker Jr., com seu sistema de 100 pontos, dá a quase todos os vinhos publicados, salvo algumas exceções, pelo menos 80 pontos. O vinho em questão foi o Heitz Martha's Vineyard Cabernet Sauvignon, que tem um sabor único, com toques de eucalipto. Especialistas suspeitavam que isso era devido às arvores que cresciam perto do vinhedo. Esses respeitáveis juízes franceses facilmente saberiam reconhecer isso e dar notas baixas. Em outros casos, parecia que eles davam notas mais altas para vinhos que achavam que eram da França.
Após o resultado dos brancos, os jurados passaram a degustar os tintos com medo de dar nova vitória aos americanos
Nova surpresa
Quando Spurrier anunciou os resultados da degustação dos tintos, a Califórnia mais uma vez saiu vencedora, com o vinho 1972 Stag's Leap Wine Cellars. Tanto na competição de brancos como na de tintos, o Napa Valley ficou com o primeiro lugar. Isso foi o Julgamento de Paris.
Após o termino da degustação, todos ficaram no espaço por mais algum tempo para marcar, com Champagne, o final do evento. Isso possibilitou que eu entrevistasse seis dos nove juízes antes de eles irem embora. Para um deles, houve uma certa condescendência com os vinhos californianos, apesar de Odette Kahn reclamar que a Califórnia estava claramente copiando os franceses por usarem barris de carvalho para envelhecer os vinhos. Todos eles disseram, também, que os tintos franceses da lista eram muito jovens e que estariam prontos para o consumo depois de 12 ou mais anos.
Prova dos 9
Essas conclusões foram repetidas por muito tempo. Spurrier escutou essa desculpa tantas vezes que decidiu, no aniversário de 30 anos do Julgamento de Paris, realizar outra degustação. No dia 24 de maio de 2006, jurados europeus e americanos, simultaneamente em Napa e em Londres, degustaram exatamente os mesmos vinhos de 30 anos antes. O resultado foi a vitória ainda maior da Califórnia: os cinco vinhos mais bem pontuados eram de Napa. O vencedor foi o Ridge Monte Bello, que havia ficado em quinto lugar em 1976. Stag's Leap, o vencedor da primeira degustação, ficou em segundo. Os franceses ficaram da quinta à nona colocação e, em décimo, um californiano. Os vinhos do Napa conseguiram passar pelo teste do tempo. Mais uma vez, foi o Julgamento de Paris.

Julgamento de Paris completa hoje 37 anos.......

Julgamento de Paris completa hoje 37 anos Neste dia, uma tarde primaveril em Paris, 11 degustadores se reuniram para uma avaliação que tinha tudo para ser boba. Naquela época, os vinhos franceses representavam o suprassumo do mercado e os californianos sequer eram conhecidos pelos juízes.
Clique aqui e relembre o especial de ADEGA sobre o Jolgamento
Entre os rótulos franceses estavam Mouton Rothschild , Montrose e Haut-Brion de 1970, enquanto os californianos eram representados por Stag's Leap 1973, Ridge Monte Bello 1971 e Heitz 1970, por exemplo.
Após os juízes darem suas notas numa degustação às cegas, as avaliações foram apuradas e o resultado chocante: Château Montelena, um Chardonnay da Califórnia, havia conquistado o primeiro lugar entre os brancos. Nos tintos, mais um choque: o vinho 1972 Stag's Leap Wine Cellars, do Napa, saiu vencedor.
Depois disso, nos anos seguintes, uma série de degustações com as duas regiões foram realizadas, sempre com resultados similares. O evento, então, ficou conhecido como o "Julgamento de Paris" e marcou, de certa forma, o fim da hegemonia francesa no mundo do vinho. A partir dos resultados, o mundo começou a se dar conta de que havia outros rótulos, de outras regiões, tão bons quanto os franceses.

Indústria do vinho cria jogo online para atrair jovens....

Disponível a partir de setembro para PCs, smartphones e tablets, o jogo é uma espécie de Sim City do vinho, no qual o participante monta sua vinícola e lidera todas as etapas da produção de vinho, desde a plantação de parreiras até o engarrafamento, passando por estratégias de marketing e etc.
Durante o ciclo de produção, alguns obstáculos precisarão ser vencidos, como o ataque de mofos nas plantações, o mau funcionamento dos tratores, entregas em tempo recorde e etc.
O projeto, que custou cerca de 200 mil euros, espera que o contato com o "mundo virtual dos vinhos" atraia os jovens jogadores e desperte o interesse deles em entrar para a indústria vinícola.

segunda-feira, 20 de maio de 2013

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Branco de Paulo Laureano vence prova de harmonia com pastel de bacalhau....

Para acompanhar um pastel de bacalhau, o que beber? Segundo um painel de prova composto por especialistas (e não só), uma boa opção é o Paulo Laureano Premium branco 2011. Aconteceu na Semana do Pastel de Bacalhau de Cascais.
O vinho Paulo Laureano Premium branco 2011 (com um preço a rondar os 8 euros) foi eleito como a melhor harmonização com o pastel de bacalhau, numa prova cega inserida no evento “Semana do Pastel de Bacalhau em Cascais” que decorreu de 21 a 27 de Abril no concelho de Cascais. Este evento que foi uma iniciativa da Câmara Municipal de Cascais, organizado pela Chefs Agency, pretendendo dinamizar a gastronomia do concelho.
O painel de jurados que elegeram o melhor pastel de bacalhau foi composto pelo Chef Vitor Sobral, Maria de Lurdes Modesto, Tomoaki Kanazawa, considerado o melhor Chef Japonês em Portugal, Miguel Gameiro, músico e compositor agora também dedicado à culinária, e Fernando Ferreira Marques da Câmara Municipal de Cascais. Foi à equipa de bloggers especializados em vinho “E tudo o vinho levou” que coube, a pedido da organização, coordenar a prova para vinho que melhor “casa” com o pastel de bacalhau. Numa primeira eliminatória foram seleccionados 5 de 13 vinhos e no dia 27, após a eleição do melhor pastel coube aos jurados e a alguns membros do blogue a eleição do vinho, de onde resultou a vitória do vinho de Paulo Laureano.
“Os meus vinhos pretendem estar em sintonia com os sabores nacionais, são vinhos para acompanhar uma refeição, ou não estivéssemos aqui a falar vinhos baseados de castas nacionais. O pastel ou bolinho de bacalhau é sem duvida um dos nossos icones culinários, dos mais enraizados na nossa cultura e fico muito satisfeito com este reconhecimento”, afirma Paulo Laureano.

Enólogo da Embrapa ensina receita caseira para produção de vinho...

Teor alcoólico de um vinho artesanal varia de 10% a 12%. Unidade fica na Serra Gaúcha, principal produtora da bebida do Brasil.
As duas parreiras de Haroldo da Silva, de Botelhos, em Minas Gerais, dão muita uva. Para aproveitar a produção, ele está com a ideia de fazer vinho artesanal. A Embrapa Uva e Vinho, principal centro de pesquisas do país voltado para essas atividades, tem uma receita simples para preparar a bebida.
A história da Serra Gaúcha, principal produtora do Brasil, sempre foi ligada a história da bebida no país. A região, muito marcada pela imigração italiana a partir do final século 19, abriga centenas de fabricantes, de famílias que produzem vinho caseiro, com receitas antigas, ou empresas modernas que elaboram vinhos famosos em escala comercial. A maior parte das vinícolas da serra se concentra no Vale dos Vinhedos, na região de Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul. Com colinas suaves, fazendas bonitas, hotéis e pousadas, o lugar atrai turistas o ano todo. Não por acaso fica na Serra Gaúcha a Embrapa Uva e Vinho, principal centro de pesquisas do país voltado para essas atividades. “É possível fazer vinho em casa. A uva tem que ser sadia, madura e sã. Uva niágara é uma uva de mesa muito utilizada no Brasil e também pode ser usada pra elaboração de vinho. A uva niágara rende em torno de 70% a 75% de vinho. Então, teoricamente 15 quilos de uva para obter dez litros de vinho”, explica Irineo Dall’Agnol, produtor de vinho, enólogo e responsável técnico do laboratório da Embrapa.
A uva usada na Embrapa é a isabel, mas as etapas da receita são as mesmas para qualquer variedade. Primeiro, as bagas devem ser colocadas em um tacho ou panela. Depois, tudo deve ser espremido. A higiene é fundamental durante toda a receita. Panelas, tachos e mãos precisam estar lavados e limpos.
O suco de uva que vai surgindo é o que os técnicos chamam de mosto. O líquido doce e melado vai entrar em processo de fermentação. Isso ocorre graças ao contato do açúcar das uvas com alguns tipos de fungos que se desenvolvem naturalmente nos vinhedos. Os fungos invisíveis a olho nu também são conhecidos como leveduras. Alguns dos fungos que vivem na natureza não são bons para o sabor do vinho. Por isso, o enólogo da Embrapa recomenda a utilização de um tipo de sal para fazer uma seleção.
O metabisulfito de potássio pode ser comprado em farmácias de manipulação. Ele elimina os fungos indesejáveis e mantém vivos no mosto apenas as melhores leveduras para a fermentação do vinho. A dosagem recomendada é de um grama do produto para dez quilos de uva. “Dissolve no próprio mosto e logo a seguir adiciona à massa de uva”, explica o enólogo.
O material deve ser bem mexido. Em seguida, o líquido e a casca são transferidos para um garrafão de vidro. Nessa etapa, o enólogo aproveita para dar outra dica importante: não é em qualquer panela ou tacho que se presta pra fazer vinho. “Áço inoxidável é o indicado. Vidro também é muito bom. Não é aconselhável usar madeira”, diz. Para que a fermentação ocorra de maneira equilibrada, o pessoal da Embrapa tampa o garrafão com uma rolha de silicone que contém uma mangueira que fica mergulhada numa garrafinha de água para permitir a saída do gás carbônico que se forma com a fermentação e, ao mesmo tempo, impedir a entrada de oxigênio. Quem for fazer o vinho em casa pode usar uma rolha comum. O fundamental é fazer um furo e colocar uma mangueira, seguindo esse mesmo modelo. Durante os primeiros cinco dias da fermentação é importante revirar o material duas vezes por dia para misturar a casca e líquido.
No quinto dia é hora de descartar o material sólido que fica boiando e transferir apenas a parte líquida para outro recipiente. Com o líquido já separado, dois cuidados são fundamentais: manter o garrafão sempre bem cheio e a cada dez dias transferir o líquido para um novo recipiente. A medida tem o objetivo eliminar a borra, que é a pasta que se forma fundo do vidro. O pessoal da Embrapa recomenda que a mangueira para a saída de gás carbônico seja mantida durante pelo menos 40 dias. Quando a água da garrafinha parar de borbulhar o garrafão já pode ser vedado com uma rolha comum, sem furo. Nesse momento, aos 40 dias, outra medida importante é adicionar a segunda dose de metabisulfito de potássio. Dessa vez, a quantidade usada deve ser de um grama do produto para cada dez litros de vinho. A partir daí começa a etapa de envelhecimento, que pode durar de seis meses a um ano. Nesse período, o vinho deve ficar fechado em um garrafão ou garrafa comum e mantido em ambiente fresco para desenvolver aromas e apurar o sabor. Passada essa fase, é só servir.
O teor alcoólico de um vinho artesanal varia de 10% a 12%. A Embrapa preparou duas publicações com mais informações sobre o assunto: uma sobre vinho tinto e a outra sobre vinho branco. Cada livreto custa R$ 10 já com as despesas de Correio. Os interessados devem escrever para:
Embrapa Caixa Postal 130 Bento Gonçalves – RS CEP.: 95.700-000