terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Direto das Serras Gaúchas: uma "peregrinação" vínica pelo Vale dos Vinhedos, Pinto Bandeira e Farroupilha - 2ª parte

Os bem cuidados vinhedos da Aurora em Pinto Bandeira No segundo dia de "peregrinação" pelas Serras Gaúchas, iniciamos o dia com uma visita aos vinhedos da vinícola Aurora, na promissora região de Pinto Bandeira
Como a safra deste ano foi adiantada em cerca de duas semanas, ainda foi possível encontrar alguns cachos de Chardonnay e verificar a Pinot Noir chegando a sua plena maturação, com colheita prevista já para a próxima semana do mês de janeiro. Percorrendo os vinhedos com o enólogo escalado para nos receber, pudemos percorrer uma boa extensão dos vinhedos de Pinto Bandeira e verificar o excelente trabalho realizado pela Aurora na região e, literalmente, testar o perfeito nível de maturação das uvas prestes a serem colhidas. As imagens a seguir dão uma boa ideia da qualidade e do esmero da Aurora na condução de seus vinhedos em Pinto Bandeira:
Vinhas de Pinot Noir aguardando o momento da colheita
Parcela de Chardonnay destinada para produção de vinhos secos
Pinot Noir "no ponto" para ser colhida Para finalizar a visita, seguimos para um delicioso brunch nos jardins da propriedade, seguido de um ótimo almoço com a equipe da Aurora, onde pudemos degustar exatamente os dois varietais produzidos nos vinhedos visitados, ambos da última safra produzida (2012), vinhos muito bem feitos, focados no frescor da fruta. Destaque para o Pinot Noir, um vinho leve e apto para agradar os mais distintos públicos. segunda-feira, 21 de janeiro de 2013Estrelas do Brasil: grandes espumantes com luz própria! Estrelas que brilham à luz do dia... Se você ainda não ouviu falar sobre esses espumantes, descubra agora o que você está perdendo... Apesar de eventualmente produzir vinhos tintos, o grande brilho do projeto Estrelas do Brasil está em seus refinados espumantes, sobretudo nestes dois aqui citados: o Brut e Nature 2007, ambos elaborados pelo método tradicional ou champenoise. O ambiente perfeito de degustação... Iniciada em 2005 através da parceria entre dois enólogos, um brasileiro e outro uruguaio, a Estrelas do Brasil está localizada numa área privilegiada (principalmente pela vista) da Serra Gaúcha, no distrito de Faria Lemos, não muito distante de Bento Gonçalves, focada em elaborar espumantes de alta qualidade. Seu nome é uma singela homenagem ao dito atribuído ao monge Dom Pérignon que, no ano de 1670, disse: "estou provando estrelas", diante da prova de seu primeiro champagne. Um brinde a paisagem e ao vinho... Assim que cheguei ao magnífico anfiteatro onde iríamos degustar os espumantes Estrelas do Brasil, me senti naquele piquenique do filme Sideways (se não lembra, basta ver a capa do DVD ou o cartaz do filme). O enólogo Irineo Dall'Agnol (o brasileiro da dupla) nos recebeu num clima absolutamente perfeito para uma degustação, à sombra de duas frondosas árvores, sentados em cadeiras rústicas ou mesmo na grama, diante de um visual que palavras são incapazes de descrever... Prosecco e Brut 2007 Mas vamos aos espumantes, iniciamos com um delicado mas intensamente fresco Prosecco (veja na primeira imagem), cheio de vigor e com uma mousse incrivelmente abundante. Abriu os trabalhos com louvor. Em seguida, passamos para um dos mais sublimes espumantes nacionais que já degustei: o Brut Champenoise 2007. Ele já se destaca pelo belo visual, levemente alaranjado (veja na foto abaixo) e uma perlage bem fina. No olfato, aromas complexos de passas brancas, fermento e castanhas assadas iam se esvaindo da taça com profusão. Chegando à boca, veio a confirmação da intensa complexidade oferecida pelas leveduras encapsuladas* por 48 meses na garrafa, trazendo um sabor fresco e cremoso, cheio da vivacidade que é a essência de um grande espumante. Realmente magnífico! Estrelas do Brasil Brut Champenoise 2007 Antes de continuar a degustação, seguimos para um passeio no meio de seus vinhedos, podendo observar e ouvir as explanações de Irineo sobre as técnicas de manejo necessárias para lidar com as dificuldades de cultivo da Serra Gaúcha, especialmente a alta pluviosidade. No retorno à "sala de degustação", mais uma bela surpresa, a versão Nature do champenoise 2007, muito semelhante ao Brut, mas com ainda mais frescor, fruto de sua quase absoluta ausência de açúcar residual. Outro espumante digno de figurar entre os melhores do Brasil. Para não ter dúvidas, levei garrafas dos dois para beber em outra ocasião. Estrelas do Brasil Nature Champenoise 2007 Por razões que Irineo bem explica em seu site, só ali você vai encontrar os 9 tipos (e safras) de espumantes disponíveis para venda. Recomendo que você visite a página, leia um pouco mais sobre os diferenciais de seus espumantes e, se desejar (eu recomendo), adquira algumas garrafas. *Para saber mais sobre a inovadora técnica de leveduras encapsuladas, acesse o site www.estrelasdobrasil.com.br. Postado por Luiz Cola às 19:05 2 comentários: Links para esta postagem Enviar por e-mailBlogThis!Compartilhar no TwitterCompartilhar no FacebookCompartilhar no Orkut Marcadores: Brasil, Espumantes, Vale dos Vinhedos Confirmado: Galvão Bueno torna-se sócio da Miolo Wine Group! Aliança consolidada: Galvão Bueno e Adriano Miolo Na semana passada, durante a minha visita a Serra Gaúcha, casualmente observei a presença do narrador esportivo da TV Globo Galvão Bueno, circulando pela cidade de Bento Gonçalves e me indagava sobre os motivos que o levaram até lá. Já sabia de sua parceria com a Miolo, que há alguns anos vinificava as uvas de sua propriedade na Campanha Gaúcha com o rótulo Bella Vista Estate. Rumores davam conta de sua associação com o grupo Miolo, algo que se confirmou hoje: ele é o novo sócio da Miolo Wine Group. A parceria, iniciada em 2009 com a elaboração de dois vinhos e um espumante, consolida-se com a participação da família Bueno no quadro acionário da empresa junto às famílias Miolo, Benedetti, Tecchio e Randon. O ingresso de Galvão no grupo proporcionará uma expansão nos negócios da empresa, que pretende chegar em 2020 com faturamento anual de R$ 500 milhões, consolidando sua posição como líder nacional na produção de vinhos finos e espumantes e visando estar entre os três maiores grupos de vinhos da América do Sul. Também para 2020, a empresa projeta um crescimento na produção destinada ao mercado internacional para atingir a meta estipulada de 30%. “Para nós é uma grande satisfação contar com o Galvão Bueno fazendo parte do nosso grupo. Tenho a certeza de que ele virá para fortalecer ainda mais nosso projeto de vinhos de qualidade e terá uma contribuição fundamental na construção da imagem e notoriedade que conquistamos até hoje”, diz Adriano Miolo, superintendente do grupo. O projeto Bella Vista Estate, de propriedade do narrador mais famoso do país, está localizado na região da Campanha (RS), local reconhecido como uma das regiões mais promissoras para o cultivo de uvas, o paralelo 31 – faixa do planeta onde se encontram as melhores regiões vitivinícolas do mundo. Hoje, o projeto conta com 30 hectares de vinhedos e seis rótulos, entre espumantes, vinhos brancos e tintos. “Conhecer a família Miolo foi para mim um acontecimento especial. Trabalhar em parceria com eles só me fez aumentar minha paixão pelos vinhos. Associar-me a eles é fazer parte de uma saga que se iniciou no século XIX e que me enche de orgulho”, disse Galvão Bueno. Fonte: Moglia Comunicação Foto: Ana Cris Paulus Postado por Luiz Cola às 17:07 Um comentário: Links para esta postagem Enviar por e-mailBlogThis!Compartilhar no TwitterCompartilhar no FacebookCompartilhar no Orkut Marcadores: Brasil, Celebridades, Miolo, Vale dos Vinhedos Em Busca da Elegância Perdida: Vinhos supermaduros e amadeirados demais estão com os dias contados na Argentina! O enólogo e consultor Edgardo del Pópolo, consultor da Santa Rita (Chile) em sua vinícola argentina (Doña Paula), afirmou em recente entrevista a publicação The Drinks Business, no South American Wine Workshop que a tendência que irá nortear os rumos do vinho argentino daqui para a frente, será a da busca por um maior frescor, equilíbrio e expressão regional. Porém, ele admitiu que as regiões mais quentes da Argentina ainda irão continuar a produzir os vinhos mais afinados com o estilo "Novo Mundo", frutas maduras e doces e maior concentração, no entanto, ele acredita que é viável torná-los mais frescos e equilibrados. "Eles estão mais confiantes em si mesmos, não estão mais tão preocupados em fazer vinhos como os consultores estrangeiros dizem que eles deveriam fazer ou o que os outros países estão fazendo." Ele também acredita que "o próximo passo do vinho na Argentina será o reflexo das diferenças de terroir e do uso mais contido do estilo dominante de vinhos cheios de álcool e maturação em barricas de carvalho." Pessoalmente, torço para que essa tendência se confirme e possamos encontrar a "elegância perdida" do vinho argentino... Postado por Luiz Cola às 13:28 2 comentários: Links para esta postagem Enviar por e-mailBlogThis!Compartilhar no TwitterCompartilhar no FacebookCompartilhar no Orkut Marcadores: Argentina, Enologia, Vinificação domingo, 20 de janeiro de 2013Direto das Serras Gaúchas: uma "peregrinação" vínica pelo Vale dos Vinhedos, Pinto Bandeira e Farroupilha - 2ª parte Os bem cuidados vinhedos da Aurora em Pinto Bandeira No segundo dia de "peregrinação" pelas Serras Gaúchas, iniciamos o dia com uma visita aos vinhedos da vinícola Aurora, na promissora região de Pinto Bandeira. Como a safra deste ano foi adiantada em cerca de duas semanas, ainda foi possível encontrar alguns cachos de Chardonnay e verificar a Pinot Noir chegando a sua plena maturação, com colheita prevista já para a próxima semana do mês de janeiro. Percorrendo os vinhedos com o enólogo escalado para nos receber, pudemos percorrer uma boa extensão dos vinhedos de Pinto Bandeira e verificar o excelente trabalho realizado pela Aurora na região e, literalmente, testar o perfeito nível de maturação das uvas prestes a serem colhidas. As imagens a seguir dão uma boa ideia da qualidade e do esmero da Aurora na condução de seus vinhedos em Pinto Bandeira: Vinhas de Pinot Noir aguardando o momento da colheita Parcela de Chardonnay destinada para produção de vinhos secos Pinot Noir "no ponto" para ser colhida Para finalizar a visita, seguimos para um delicioso brunch nos jardins da propriedade, seguido de um ótimo almoço com a equipe da Aurora, onde pudemos degustar exatamente os dois varietais produzidos nos vinhedos visitados, ambos da última safra produzida (2012), vinhos muito bem feitos, focados no frescor da fruta. Destaque para o Pinot Noir, um vinho leve e apto para agradar os mais distintos públicos.
Na sequência da passagem pelo distrito de Pinto Bandeira, tivemos o grato e bastante raro privilégio de visitar a excelente Cave Geisse na companhia de seu proprietário, o renomado enólogo chileno Mário Geisse.
Após uma esclarecedora explanação sobre os "diferenciais" e os "detalhes" que tornam os espumantes produzidos por ele tão procurados e bem avaliados, Mário Geisse nos convidou para visitar sua "casa nos vinhedos" e degustar dois de seus espumantes: o recém-lançado Blanc des Noir 2009 e o mítico Brut 1998 Magnum, provavelmente (eu tenho certeza...) o melhor espumante já produzido no Brasil
A "casa nos vinhedos"...
A maravilhosa vista de uma parte dos vinhedos Nesse belo cenário, iniciamos a prova do Blanc des Noirs 2009 e ouvimos mais alguns "detalhes" que fazem a diferença na elaboração deste novo vinho, feito exclusivamente com Pinot Noir vinificada em branco, de seu portfólio de espumantes.
Rodrigo Geisse e o "debutante" Brut 1998, cheio de vida após 15 anos de guarda... Finalmente, para encerrar com "chave de ouro", cercamos Rodrigo, filho de Mário, para apreciarmos a abertura e o serviço do magnífico Cave Geisse Brut 1998 Magnum (restam menos de 150 das 2000 garrafas produzidas).
O encantador tom dourado do Brut 1998... Foi bastante interessante observar a expressão de espanto (e de satisfação) daqueles que ainda não conheciam esta "joia borbulhante", cheia de vivacidade mesclada com uma agradável complexidade que somente a longa guarda de um espumante de alta qualidade pode oferecer. O grupo ficou tão empolgado com a qualidade do Brut 1998, que decidimos encomendar uma garrafa (R$500, na vinícola) para abrir no jantar de encerramento de nossa "peregrinação" pelas Serras Gaúchas.

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