Vinho e uma arte ele tem que ser respeitado como se respeita a uma mulher tem que ser valorizado como se valoriza uma mulher tem que ser guardado no lugar certo como se guarda uma mulher tem que ser bebido como se beija uma mulher e se você fizer tudo isso e um pouco mais você vai perceber o enorme prazer de ter tido paciência e respeito por esse que e uma experiência única, pois vinhos são como as mulheres se bem tratados se mostram com enorme formosura e elegância.
domingo, 6 de janeiro de 2013
MADEIRA – O VINHO FLUTUANTE
O vinho madeira é provavelmente, ao lado o do vinho do porto, o maior patrimônio vinícola de Portugal.
Este vinho, muito apreciado em todo mundo, e infelizmente não muito consumido no Brasil, faz parte da história do mundo. Há citações do vinho madeira na literatura, como na peça Henrique IV obra de Shakespeare, quando o personagem Falstaff é acusado de vender sua alma, em troca de um cálice de vinho madeira:
Henrique IV – Parte I – Cena II
“que acordo fizeste tu com o diabo, que lhe vendeste a alma na passada Sexta-Feira Santa por um cálice de madeira e uma coxa fria de capão?”
Outra passagem memorável do vinho madeira na história, foi a sua escolha como o vinho de celebração dos patriarcas da independência dos Estado Unidos da América. Em 1776, no dia 4 de julho, o madeira foi escolhido, talvez por influência de Thomas Jefferson, um assumindo admirador deste vinho, para brindarem a independência daquele país.
Mas de onde vem o vinho madeira, como ele é feito? Quais as suas peculiaridades?
A história do vinho madeira é quase que uma obra do acaso. Como o nome diz, o vinho é proveniente do arquipélago da Madeira, situado a oeste da costa africana, pertencente a Portugal.
A ilha da madeira fazia parte da rota marítima do Atlântico, para abastecer o novo mundo e a Índia. Assim, os vinhos eram embarcados nos porões dos navios e distribuídos aos parceiros comerciais.
Os vinhos eram fortificados com até 20% de álcool, como forma de preservá-lo até seu destino final. Ocorre, que as condições climáticas a bordo dos navios eram as piores possíveis, notadamente a elevada temperatura dos seus porões.
Com o tempo, notou-se que os vinhos chegavam aos destinos com qualidade superior a de quando eram embarcados.
Era o calor dos porões, que quase ao “cozinhar” os vinhos, acelerava o processo de maturação e desenvolvia aromas e sabores mais complexos. Em resumo, o vinho melhorava e muito!
A partir de então o vinho passou a ser disputado, e quanto mais tempo no mar, mais refinado era o produto.
Como lançar vinhos ao mar, apenas para amadurecê-los, não era uma ideia muito vantajosa (tempo perdido, naufrágios, pirataria etc) buscou-se imitar, artificialmente, as condições dos navios.
O vinho madeira pode ser ser encontrado nas seguintes categorias: Corrente, Madeira sem adjectivação, Reserva, Old ou 5 anos, Reserva Velha, Very Old ou 10 anos, 15 anos, 20 anos, 30 anos e 40 anos, podendo ira além (100 anos) com indicação da data de colheita.
Um bom vinho madeira não é um vinho barato, embora haja boas opções em conta, mas nem por isso deixe de experimentá-lo, pois com certeza irá desvendar novos sabores e aromas, que foram “descobertos” por acaso, nos porões dos navios.
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