Vinho e uma arte ele tem que ser respeitado como se respeita a uma mulher tem que ser valorizado como se valoriza uma mulher tem que ser guardado no lugar certo como se guarda uma mulher tem que ser bebido como se beija uma mulher e se você fizer tudo isso e um pouco mais você vai perceber o enorme prazer de ter tido paciência e respeito por esse que e uma experiência única, pois vinhos são como as mulheres se bem tratados se mostram com enorme formosura e elegância.
domingo, 12 de novembro de 2017
Um novo vinho ícone sul-americano de olho na China.....
A uruguaia Garzón não dá ponto sem nó. Lançou neste ano seu vinho ícone, o Balasto em uma referência à pedra granítica que marca seu solo em Maldonado, litoral leste uruguaio. É um corte de Tannat, Cabernet Franc, Petit Verdot e Marselan fermentado em tanques de cimento e com estágio de 20 meses em barricas e barris de carvalho francês. Essa combinação leva à boca um vinho explosivo, cheio de energia que faz imaginar uma longevidade de pelo menos uma década e meia.
Mas o ponto sem nó é outro. O lançamento foi há um mês em Bordeaux, com pompa, circunstância e churrasco do chef-estrela Francis Mallmann. Com uma produção de 8.888 garrafas, número cabalístico superatraente para a Ásia e que vem estampado nos rótulos, o vinho entrou na bolsa dos négociant em Bordeaux, carminho certeiro para atingir o coração (e as carteiras) dos chineses. Tem dado certo, já é o terceiro vinho sul-americano mais vendido no país.
Vinho foi lançado em Bourdeaux e já chegou ao Brasil Foto: Garzón
No Brasil, chegou faz pouquíssimo e foi apresentado em jantar privê no Fasano nesta terça-feira (17) para clientes VIP da World Wine, importadora que traz os vinhos da Garzón ao Brasil. É vendido a R$ 490 na World Wine.
Germán Bruzzone, o enólogo residente que assina o vinho com o consultor italiano Alberto Antonini e o engenheiro agrônomo Eudardo Felix, responsável pelos vinhedos, apresentou o vinho: “A Tannat é a espinha dorsal; a acidez vem da Cabernet Franc; a Petit Verdot dá o caráter de especiarias e a textura em boca; e a Marselan o toque frutado, que o marca”.
Na próxima safra, a 2016, pode ser que o vinho fique mais bordalês, com a entrada da Merlot, que se saiu bem na vindima. “O Balasto não tem uma receita, usaremos sempre as melhores uvas e aí o corte pode variar”, explica Bruzzone.
Os campeões da Grande Prova de Vinhos do Brasil.....
A diversidade de vinícolas marcou o resultado da 6ª edição da Grande Prova Vinhos do Brasil, realizada na última semana no Rio de Janeiro. A prova reuniu 827 amostras de 125 produtores nacionais para o escolher os melhores de 33 categorias que perfilavam diferentes estilos de espumantes, brancos, rosés e tintos. Três vinícolas se consagraram como as melhores em mais de uma categoria: Cave Geisse (três categorias), Casa Perini e Lidio Carraro (ambas em duas categorias). Os vinhos foram eleitos por uma comissão de 23 jurados comandados por Marcello Copello. Confira os resultados a seguir:
Espumante Brut Branco Champenoise: Espumante Cave Geisse Brut
Espumante Brut Branco Charmat: Espumante Casa Galiotto Brut
Espumante Brut Rosé Champenoise: Espumante Casa Valduga Arte Brut Rose
Espumante Brut Rosé Charmat (EMPATE):
- Espumante Dunamis Ar Brut Rosé
- Espumante Cave del Veneto Brut Rosé, Adega Chesini
Espumante Extra-Brut, Nature Branco: Espumante Victoria Geisse Extra Brut 2017
Espumante Extra-Brut, Nature Rosé: Espumante Victoria Geisse Extra Brut Rosé 2016
Espumante Prosecco/Glera: Espumante X Decima Prosecco
Espumante Moscatel Branco: Espumante Giaretta Moscatel
Espumante Demi-Sec Branco: Espumante Casa Perini ICE Demi-Sec
Espumante Moscatel e Demi-Sec Rosé: Espumante Monte Paschoal Moscatel, Basso
Branco Chardonnay: Pizzato Legno Chardonnay 2016
Branco Sauvignon Blanc: Dom Pedrito Obelisco Sauvignon Blanc 2016
Branco Gewurztraminer: RAR Collezione Gewurztraminer 2011
Branco Riesling: Aurora Varietal Riesling Itálico 2017
Branco Moscato: Monte Paschoal Moscato Frisante, Basso
Branco de Outras Castas e Cortes: Miolo Quinta do Seival Alvarinho 2016
Rosé: Cattacini La Sagrada Familia 2017,
Tinto Cabernet Sauvignon (EMPATE):
- Angustifólia Cabernet Sauvignon 2012, Vinícola Araucári
- Panizzon Celebrando Gerações Cabernet Sauvignon 2015
Tinto Merlot (EMPATE):
- Monte Paschoal Dedicato Merlot 2013, Basso
- Barão de Petrópolis Reserva Merlot 2012
Tinto Tannat: Almejo Tannat 2012, Família Bebber
Tinto Sangiovese: Cave Antiga Sangiovese 2012
Tinto Syrah: Vista da Serra Syrah 2015, Guaspari
Tinto Pinot Noir: Monte Paschoal Dedicato Pinot Noir 2014, Basso
Tinto Tempranillo: Lendas do Pampa Tempranillo 2015, Guatambu
Tinto Cabernet Franc: Barão de Petrópolis Reserva Cabernet Franc 2012
Tinto Marselan: Casa Perini Marselan 2014
Tinto de Outras Castas: Lidio Carraro Singular Teroldego 2010
Tinto Cortes: Lidio Carraro Quorum Grande Vindima 2008
Doces e Fortificados: Boscato Licoroso
Suco de Uva Integral Branco: Suco de Uva Integral Zanrosso
Suco de Uva Integral Tinto: Suco de Uva Integral Galiotto
Como comprar, como beber....
Reuni nove primitivos recém-chegados às prateleiras e convidei os sommeliers Marcos Martins, do Tête à Tête, e Renata Quirino, do Azulejo Pernambucano, para prová-los. Elegemos os cinco melhores, apresentados aqui. Pedi dicas de compra e serviço aos dois. O que eles recomendam é buscar safras recentes, pois o Primitivo não costuma ser um vinho de guarda. Lembram que é alcoólico por natureza, portanto, não se assuste com altos índices no rótulo ou se sentir um ardor no nariz. Não é defeito, mas característica.
A dupla define as regiões mais conhecidas. Os de Salento e Manduria serão mais elegantes; os da Puglia, mais quentes, com extração maior.
Por fim, divide os Primitivos em duas escolas: os tradicionais com muito corpo, fruta e álcool, que casam com a comida “da nonna”; e os mais modernos, elegantes e frescos, que vão bem com pratos mais leves.
A batalha judicial Primitivo x Zinfandel
A onda do Primitivo é tão grande no Brasil que as importadoras com portfólio forte em vinhos norte-americanos, caso da Winebrands, usam o apelo da versão italiana para vender a americana. O novo Motto Unabashed Zinfandel 2014 (R$ 98,10 na Winebrands) é um bom exemplo, um lançamento trazido para ser oferecido aos que procuram Primitivo. Mas o curioso é que as duas cepas (duas ou uma?) vivem em litígio.
Tudo começou nos anos 1970 quando desconfiou-se que o DNA era o mesmo. Produtores italianos passaram então a vender Primitivo nos EUA com o nome de Zinfandel, o que preocupou os americanos pois em sua visão poderia por o patrimônio centenário (e os esforços de marketing) da Zinfandel em risco no mercado. Entraram com um processo para proibir o uso do nome. Nos anos 1990, um estudo genético minucioso concluiu que as duas têm sim a mesma raiz. A partir daí, uma sucessão de recursos judiciais dos dois lados deixou a questão sem acordo até hoje.
Nos EUA, a Zinfandel se estabeleceu no fim do século 19 no norte da Califórnia, onde tornou-se uma queridinha dos viticultores pela alta produtividade. As melhores uvas cultivadas hoje vêm de vinhas velhas de Sierras ou no Dry Creek Valley.
Zinfandel. A uva cultivada em Napa,sua casa nos EUA Foto: LISA BAERTLEIN|REUTERS
Primitivo é a uva da vez e faz um vinho fácil de beber, macio e encorpado.....
Rótulos a base da casta na Itália têm invadido o mercado brasileiro. A maioria vem da Puglia e tem bom preço
Nem da Califórnia, nem da Puglia, vem da Croácia a nova namoradinha do Brasil, a Primitivo. Essa cepa de clima quente, que faz um vinho encorpado e de taninos redondos e sedosos nasceu Tribidrag. Na Puglia, o primeiro registro de que se tem conta é de 1799, quando foi descrita como primativus – que significa “a primeira a amadurecer”, uma de suas características mais marcantes.
Por aqui, veio pegar o trono que até bem recentemente foi da Malbec, um dos maiores cases de recall na hora em que o sommelier se materializa ao lado da mesa e que invariavelmente dá aquele branco sobre o que pedir. Diferentemente da casta francesa, no entanto, é mais vinho de consumidor – que pede e repete – do que de connoisseur – que tem certa má vontade com a variedade e torce o nariz para ela. (O que é explicável, de certa forma, porque com a fama da cepa chega de tudo no Brasil, dos achados aos que queremos que se percam).
Puglia. Não é o berço, mas é onde a Primitivo fez fama e deitou na cama Foto: World Wine
O fascínio do brasileiro é explicado por um conjunto de predicados: faz um vinho fácil de beber e democrático, encorpada e com poucas arestas; e, acima de tudo, tem bom preço, mostrando-se uma alternativa europeia a chilenos baratinhos.
Para o mercado, o resultado desse “bem-querer” é a corrida de importadoras por novos rótulos. Em um mês, o Paladar reuniu uma dezena de amostras de lançamentos com a cepa. O importador que não tem um varietal de Primitivo está em busca de seu primeiro, e quem já tem quer mais.
“Era uma uva pouco explorada no Brasil, um País que gosta muito de varietais, mas que se restringe um pouco às castas francesas. O vinho encanta por ser encorpado, mas muito equilibrado, com taninos suaves. Agrada facilmente a muitos tipos de paladar”, diz André Chicau, da Adega Alentejana, especializada em vinhos portugueses, mas que expandiu seu portfólio de países com a inclusão de italianos da Colle Petrito, produtora do sul da Itália.
Celso La Pastina, que comanda La Pastina e World Wine, talvez seja o maior importador da cepa no Brasil, com 15 rótulos. A simpatia por ela é explicada pela origem da família, que veio da Puglia, lugar que define como “horta da Itália”. Escolheu um varietal mais trabalhado, o Dal 1947 Primitivo de Manduria DOP (R$ 240) para ser o vinho de aniversário da La Pastina e tem três outros em sua linha própria da World Wine, a Terra Rossa, feita em parceria com a vinícola italiana Vinosia.
“A Primitivo caiu no gosto, tem o DNA do brasileiro. E uma das paixões locais é o churrasco. Se preparado só no sal, fica muito bom com a Primitivo”, defende. Ele destaca ainda o preço. “Seus vinhos top custam R$ 240, enquanto os de outras regiões vão a R$ 800.”
Produção europeia de vinho cai ao seu mínimo histórico em 2017....
O retrocesso se explica pela crise nos três países que mais produzem vinho na Europa: Itália (-21%), França (-19%) e Espanha (-15%)
Vinhos: com 40 bilhões de litros, a Itália segue sendo o principal produtor do continente (foto/Thinkstock)
A produção europeia de vinho, afetada pelo clima, cairá 14% em 2017 se comparada ao ano anterior, um mínimo histórico, informou a organização pública francesa FranceAgriMer, que toma como base números fornecidos pela Comissão Europeia.
O retrocesso se explica pela crise nos três países que mais produzem vinho na Europa: Itália (-21%), França (-19%) e Espanha (-15%).
A Comissão estima em 145 bilhões de litros a produção referente ao ano de 2017 nos 28 países da União Europeia, uma queda de 14% em comparação com o ano anterior, mas também em relação a média dos últimos cinco anos.
Com 40 bilhões de litros, a Itália segue sendo o principal produtor do continente, seguido da França (36,9 bilhões) e Espanha (36,8 bilhões).
Na Espanha, “assim como na França, quando a colheita é menor, a qualidade em geral é melhor”, o que faz com que os especialistas aguardem uma safra de “alta qualidade”, contou à AFP José Luis Benítez, diretor-geral da Federação Espanhola de Vinho.
Na região de Ribera del Duero, a produção caiu cerca de 50% e em La Rioja, 25%.
Produção global de vinho deve recuar para menor nível desde 1961....
O resultado virá em resposta ao clima ruim que assolou a Europa danificou vinhedos da maior região produtora do mundo
A queda global reflete uma diminuição acentuada na produção da União Europeia (iStock/Thinkstock)
Paris – A produção global de vinho deste ano deve recuar para o menor nível desde 1961, uma vez que o clima ruim que assolou a Europa danificou vinhedos da maior região produtora do mundo, disse a Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV) nesta terça-feira.
A produção geral deve cair para 246,7 milhões de hectolitros em 2017, uma queda de 8 por cento em relação ao ano passado, disse a OIV, sediada em Paris, em suas primeiras estimativas para o ano.
Um hectolitro equivale a 100 litros, ou cerca de 133 garrafas de vinho padrão de 750 ml.
A queda global reflete uma diminuição acentuada na produção da União Europeia, onde os três maiores países produtores do mundo –Itália, França e Espanha– projetam uma decaída considerável.
A Comissão Europeia, o Executivo da UE, estima que a safra de vinho do bloco recuará para seu menor patamar em 36 anos em 2017 devido a fenômenos climáticos adversos como geadas de primavera e ondas de calor no verão.
Na França, o clima afetou a maior parte das principais regiões de cultivo, incluindo Bordeaux e Champagne, e o governo projetou que a produção será a menor em décadas.
As projeções da OIV, que excluem suco e mosto (vinho novo), mostram a produção de vinho italiano diminuindo 23 por cento, para 39,3 milhões, a francesa recuando 19 por cento, para 36,7 milhões, e a espanhola caindo 15 por cento, a 33,5 milhões.
A produção global reduzida pode reduzir o excedente de produção sobre a demanda visto nos últimos anos, quando o consumo foi freado pelos efeitos da crise financeira mundial de 2008.
A OIV disse estar presumindo inicialmente uma média de consumo de 240,5 milhões a 245,8 milhões de hectolitros com base em tendências de médio e longo prazo, mas que ainda não tem dados sólidos da demanda para 2017.
Mas o impacto da produção reduzida no suprimento do mercado e nos preços depende do nível dos estoques de anos anteriores e da qualidade do vinho nas regiões que servem de referência.
Na França, a maior exportadora do mundo por valor, os produtores apontaram para a perspectiva de vinhos de boa qualidade.
Fora da Europa, os Estados Unidos, quarto maior produtor mundial e o maior consumidor da bebida, devem ver pouca alteração na produção, com 23,3 milhões de hectolitros, uma queda de 1 por cento, segundo a OIV.
Internet das coisas busca safra perfeita em vinícola canadense
Cabernet Sauvignon de um lado e sensores high tech de outro. Como a internet das coisas busca a safra definitiva em uma vinícola canadense
Vinhos: tecnologia trabalha em busca de safra definitiva em vinícola canadense (hypedesk/Thinkstock)
Sopra um vento forte na vinícola Henry of Pelham, em Niagara, Ontário, enquanto um fazendeiro inspeciona sensores das videiras de Cabernet Sauvignon em preparação para a temporada de vinho de gelo (icewine).
Os sensores fazem parte de um projeto-piloto da Bell Canada, pertencente à BCE, da gigante chinesa de telecomunicações Huawei Technologies e da empresa de software BeWhere, com sede em Toronto, para buscar a safra definitiva em uma das principais regiões vinícolas do Canadá.
Os sensores, um pouco maiores do que um iPhone, são carregados por painéis solares. Podem coletar informações, por exemplo, sobre temperatura, níveis de água e umidade para melhorar as operações do vinhedo e ajudar a prevenir a doença da videira. A tecnologia engloba sensores da BeWhere, chips da Huawei e a nova rede sem fio da Bell, a “LTE-M”, uma rede de baixa potência e amplo alcance.
“Não podemos controlar a natureza, por isso temos que trabalhar com a natureza”, disse Paul Speck, presidente da Henry of Pelham, na quinta-feira, no vinhedo. “Quanto mais entendemos o que a natureza está fazendo, mais podemos reagir. Essa tecnologia faz isso, e de forma muito barata.”
Se bem-sucedido, o projeto voltado à Internet das Coisas sairá dos vinhedos e será expandido para outros setores da agricultura. A Internet das Coisas se refere à conexão de ferramentas do cotidiano — de automóveis a eletrodomésticos — a sistemas informatizados para que sejam mais funcionais.
Muitas fabricantes começaram a levar esses aparelhos ao mercado e empresas como Hitachi e Dell Technologies têm investido fortemente nessas plataformas.
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