Vinho e uma arte ele tem que ser respeitado como se respeita a uma mulher tem que ser valorizado como se valoriza uma mulher tem que ser guardado no lugar certo como se guarda uma mulher tem que ser bebido como se beija uma mulher e se você fizer tudo isso e um pouco mais você vai perceber o enorme prazer de ter tido paciência e respeito por esse que e uma experiência única, pois vinhos são como as mulheres se bem tratados se mostram com enorme formosura e elegância.
domingo, 12 de novembro de 2017
Como comprar, como beber....
Reuni nove primitivos recém-chegados às prateleiras e convidei os sommeliers Marcos Martins, do Tête à Tête, e Renata Quirino, do Azulejo Pernambucano, para prová-los. Elegemos os cinco melhores, apresentados aqui. Pedi dicas de compra e serviço aos dois. O que eles recomendam é buscar safras recentes, pois o Primitivo não costuma ser um vinho de guarda. Lembram que é alcoólico por natureza, portanto, não se assuste com altos índices no rótulo ou se sentir um ardor no nariz. Não é defeito, mas característica.
A dupla define as regiões mais conhecidas. Os de Salento e Manduria serão mais elegantes; os da Puglia, mais quentes, com extração maior.
Por fim, divide os Primitivos em duas escolas: os tradicionais com muito corpo, fruta e álcool, que casam com a comida “da nonna”; e os mais modernos, elegantes e frescos, que vão bem com pratos mais leves.
A batalha judicial Primitivo x Zinfandel
A onda do Primitivo é tão grande no Brasil que as importadoras com portfólio forte em vinhos norte-americanos, caso da Winebrands, usam o apelo da versão italiana para vender a americana. O novo Motto Unabashed Zinfandel 2014 (R$ 98,10 na Winebrands) é um bom exemplo, um lançamento trazido para ser oferecido aos que procuram Primitivo. Mas o curioso é que as duas cepas (duas ou uma?) vivem em litígio.
Tudo começou nos anos 1970 quando desconfiou-se que o DNA era o mesmo. Produtores italianos passaram então a vender Primitivo nos EUA com o nome de Zinfandel, o que preocupou os americanos pois em sua visão poderia por o patrimônio centenário (e os esforços de marketing) da Zinfandel em risco no mercado. Entraram com um processo para proibir o uso do nome. Nos anos 1990, um estudo genético minucioso concluiu que as duas têm sim a mesma raiz. A partir daí, uma sucessão de recursos judiciais dos dois lados deixou a questão sem acordo até hoje.
Nos EUA, a Zinfandel se estabeleceu no fim do século 19 no norte da Califórnia, onde tornou-se uma queridinha dos viticultores pela alta produtividade. As melhores uvas cultivadas hoje vêm de vinhas velhas de Sierras ou no Dry Creek Valley.
Zinfandel. A uva cultivada em Napa,sua casa nos EUA Foto: LISA BAERTLEIN|REUTERS
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