Vinho e uma arte ele tem que ser respeitado como se respeita a uma mulher tem que ser valorizado como se valoriza uma mulher tem que ser guardado no lugar certo como se guarda uma mulher tem que ser bebido como se beija uma mulher e se você fizer tudo isso e um pouco mais você vai perceber o enorme prazer de ter tido paciência e respeito por esse que e uma experiência única, pois vinhos são como as mulheres se bem tratados se mostram com enorme formosura e elegância.
sexta-feira, 25 de abril de 2014
A ótima da Sicília....
Prova de vinhos com a uva Nero D'Avola revela: Rótulos mais caros recebem notas altas. Mas diferença não é grande em relação àqueles de preço médio.
A expressão virou lugar comum, mas é irresistível: o vinho com a uva Nero d’Avola exprime a alma da Sicília. E há muito tempo.
Credita-se aos fenícios o início do plantio de videiras na grande ilha ao sul da Itália, mas sabe-se com certeza que os gregos e depois os romanos expandiram essa cultura baseados na boa receptividade do solo e do clima locais, inclusive nas terras negras em torno do vulcão Etna.
Se o doce vinho Marsala também faz as honras da ilha, sobretudo a partir do século 18, a dócil Nero d’Avola traz uma certidão de nascimento inequívoca, embora não se consiga determinar a data com precisão. Os historiadores indicam com certeza que nos anos 800 o vinho feito com ela era exportado para a França, onde era usado para dar cor e corpo aos produtos locais menos vigorosos.
Esse estigma – servir apenas como vinho de corte – perseguiu a Nero d’Avola pelos séculos seguintes e, somente a partir da década de 1970, viticultores e vinicultores passaram a dar maior importância ao seu cultivo e a explorar suas virtudes. Hoje, cerca de 12 mil hectares são plantados na ilha, principalmente na província de Siracusa, em Eloro, Pachino e Noto. O clima quente realça a concentração de açúcar na Nero d´Avola e é comum, como pudemos observar nessa nossa degustação, um volume em álcool de 14% ou mais.
Isso determina vinhos com boa estrutura e frutados, mas sem taninos agressivos e acidez correta. Para a prova, reunimos 14 opções em que a presença da Nero d’Avola era obrigatória. A maioria é 100% com essa uva, mas há cortes com Syrah e pelo menos um que também recebe a companhia da Cabernet Sauvignon. GULA contou, para a agradável tarefa, com a colaboração dos enófilos Luiz Alberto de Carvalho e Ilton Magalhães, aos quais agradecemos. A pontuação média dos três degustadores (até 100) mostrou ao final que, embora os mais caros predominem nos primeiros lugares, a diferença não é tão grande em relação àqueles de preço médio.
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