Vinho e uma arte ele tem que ser respeitado como se respeita a uma mulher tem que ser valorizado como se valoriza uma mulher tem que ser guardado no lugar certo como se guarda uma mulher tem que ser bebido como se beija uma mulher e se você fizer tudo isso e um pouco mais você vai perceber o enorme prazer de ter tido paciência e respeito por esse que e uma experiência única, pois vinhos são como as mulheres se bem tratados se mostram com enorme formosura e elegância.
sexta-feira, 14 de julho de 2017
Malbec de R$ 2,3 mil pode envelhecer por até 30 anos, estima enólogo......
Vinho Cobos Chañares Vineyard Malbec 2014 é produzido pelo norte-americano Paul Hobbs com uvas cultivadas em altitude em Mendoza, na Argentina
O norte-americano Paul Hobbs foi um pioneiro da Malbec na Argentina e, nesta semana, lança seu Malbec ícone, o Cobos Chañares Vineyard Malbec 2014. Importado pela Grand Cru, o rótulo será vendido a R$ 2.349 após alcançar pontuações de 99 pontos por James Suckling e 95 por Robert Parker. Elaborado com uvas cultivadas em altitude, passou por estágio em carvalho durante 17 meses e está na garrafa desde novembro de 2015. Promete ser um novo objeto do desejo. Ainda assim, perguntei ao produtor, por que tão caro?
Leia abaixo a entrevista.
O enólogo Paul Hobbs Foto: Viña Cobos|Divulgação
O que faz de Viña Chañares tão especial e caro?
Os vinhedos de Chañares são muito pequenos (16 hectares plantados de Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc e Malbec), as vinhas mais antigas têm dez anos e é um dos mais ocidentais de Mendoza, localizado no vale de Uco, no departamento de Tunuyan, na vila de Los Arboles, a 1.200 metros de altura. É isolado e de difícil acesso. Inicialmente desenvolvido por três professores da Universidade de Mendoza, também conta com uma pequena quantidade de uvas Montepulciano. Plantado em círculos concêntricos e triângulos, tem seis bosques de vegetação natural intocada, incluindo as árvores chamadas chañares. Respeitamos a biodiversidade desse lugar selvagem, assim as vinhas são plantadas sem enxerto e cultivadas sem herbicidas. Preservamos a vegetação nativa dentro do vinhedo, o que inclui uma grande variedade de ervas como tomilho e alecrim, além de cactos e mato… Os solos são compostos por grandes pedras graníticas e rochas incrustadas com calcário extremamente bem drenadas. A água usada para irrigação vem de um poço de 165 metros de profundidade, puxando de um antigo aquífero que é quase tão intocado quanto a paisagem. O vinhedo fica no limite de fronteira com os Andes. Trata-se de uma produção mínima, de um frutado intenso, de estrutura excepcional e de taninos dulcíssimos. Eu envelheço o vinho em carvalho francês 100% novo por 17 a 19 meses. Prevejo um potencial de envelhecimento de 30 anos ou mais e acredito que seja um dos melhores Malbecs contemporâneos já feitos.
Alguns falam do fim da era Malbec, que estaria deixando de ser uma queridinha nos EUA e no Reino Unido graças a uma massificação do Paladar. Mas nós vemos grandes investimentos como o seu e de outras pessoas indo a França. O que acha da Malbec hoje?
A Malbec está viva e muito bem, com um futuro brilhante pela frente. Há 20, 25 anos, muitos especialistas previram o fim do Chardonnay da Califórnia. Formou-se até um grupo chamado ABC, Anything But Chardonnay (qualquer coisa menos Chardonnay). O que aconteceu? A Chardonnay, todos esses anos depois, está mais forte e continua dominando. Isso não significa que não há ameaças como as que você apontou, falta de alma em vinhos massificados e comerciais que podem prejudicar a categoria.
O que imagina do futuro da Malbec?
Nós temos que lutar, ela é uma casta nobre, fácil de se produzir, versátil, adaptável e que se transforma em vinhos complexos. E agora com Cahors em ascensão, e com outras regiões aumentando sua produção, a qualidade e a diversidade vão se elevar. Só há boas novas para a Malbec.
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