sexta-feira, 29 de março de 2013

InícioProgramaçãoBrasil Agenda de Cursos - (Brasil) Ano Letivo 2013

WSET® - Qualificação Nível 3 em Vinhos e Destilados
Dias 01, 02, 03, 04, 05 e 06 de abril de 2013. Local: Hotel Tivoli - Alameda Santos, 1437 - Cerqueira Cesar - São Paulo/SP. Horário: 09h às 18h. Investimento: R$ 4.000,00 (Desconto para depósito à vista). VAGAS ESGOTADAS!! WSET® - Qualificação Nível 1 em Vinhos Dia 16 e 17 de abril de 2013. Local: Bon Vivant Vinhos - Rua Duque de Caxias, 1036 – Lídice. Uberlândia/MG. Horário: 19h às 23h. Investimento: R$ 800,00 (Desconto para depósito à vista). Inscrições até o dia 29/03/2013. WSET® - Qualificação Nível 1 em Vinhos Dia 20 de abril de 2013. Local: Enoteca Decanter Porto Alegre – Avenida Cel. Lucas de Oliveira, 935 – Bela Vista. Porto Alegre/RS. Horário: 09h às 18h. Investimento: R$ 800,00 (Desconto para depósito à vista). Inscrições até o dia 02/04/2013.
Maio
WSET® - Qualificação Nível 1 em Vinhos Dia 04 de maio de 2013. Local: à definir. São Paulo/SP. Horário: 09h às 18h. Investimento: R$ 800,00 (Desconto para depósito à vista). Inscrições até o dia 15/04/2013. WSET® - Qualificação Nível 2 em Vinhos e Destilados Dias 06, 07 e 08 de maio de 2013. Local: à definir. São Paulo/SP. Horário: 09h às 18h. Investimento: R$ 2.200,00 (Desconto para depósito à vista). Inscrições até o dia 15/04/2013. WSET® - Qualificação Nível 1 em Vinhos Dia 11 de maio de 2013. Local: à definir. Curitiba/PR. Horário: 09h às 18h. Investimento: R$ 800,00 (Desconto para depósito à vista). Inscrições até o dia 22/04/2013. WSET® - Qualificação Nível 1 em Vinhos Dias 14 e 15 de maio de 2013. Local: à definir. Brasília/DF. Horário: 19h às 23h. Investimento: R$ 800,00 (Desconto para depósito à vista). Inscrições até o dia 23/04/2013. WSET® - Qualificação Nível 1 em Vinhos Dia 18 de maio de 2013. Local: à definir. Florianópolis/SC. Horário: 09h às 18h. Investimento: R$ 800,00 (Desconto para depósito à vista). Inscrições até o dia 29/04/2013. WSET® - Qualificação Nível 2 em Vinhos e Destilados Dias 20, 21 e 22 de maio de 2013. Local: Hotel Fasano – Avenida Vieira Souto, 80 – Ipanema Rio de Janeiro/RJ. Horário: 09h às 18h. Investimento: R$ 2.200,00 (Desconto para depósito à vista). Inscrições até o dia 01/05/2013.
Junho
WSET® - Qualificação Nível 1 em Vinhos Dia 15 de junho de 2013. Local: Hotel Fasano – Avenida Vieira Souto, 80 – Ipanema Rio de Janeiro/RJ. Horário: 09h às 18h. Investimento: R$ 800,00 (Desconto para depósito à vista). Inscrições até o dia 27/05/2013. WSET® - Qualificação Nível 1 em Vinhos Dia 22 de Junho de 2013. Local: à definir. Belo Horizonte/MG. Horário: 09h às 18h. Investimento: R$ 800,00 (Desconto para depósito à vista). Inscrições até o dia 05/06/2013. WSET® - Qualificação Nível 2 em Vinhos e Destilados Dias 24, 25 e 26 de junho de 2013. Local: à definir. Porto Alegre/RS. Horário: 09h às 18h. Investimento: R$ 2.200,00 (Desconto para depósito à vista). Inscrições até o dia 06/06/2013.
Julho
WSET® - Qualificação Nível 1 em Vinhos Dia 20 de julho de 2013. Local: à definir. Recife/PE. Horário: 09h às 18h. Investimento: R$ 800,00 (Desconto para depósito à vista). Inscrições até o dia 01/07/2013. WSET® - Qualificação Nível 1 em Vinhos Dia 27 de julho de 2013. Local: à definir. São Paulo/SP. Horário: 09h às 18h. Investimento: R$ 800,00 (Desconto para depósito à vista). Inscrições ainda não estão abertas.
Agosto
WSET® - Qualificação Nível 2 em Vinhos e Destilados Dias 17, 24 e 31 de agosto de 2013 (SÁBADOS). Local: à definir. São Paulo/SP Horário: 09h às 18h. Investimento: R$ 2.200,00 (Desconto para depósito à vista). Inscrições ainda não estão abertas. WSET® - Qualificação Nível 1 em Vinhos Dias 20, 21 e 22 de agosto de 2013. Local: à definir. Salvador/BA. Horário: 19h às 22h. Investimento: R$ 800,00 (Desconto para depósito à vista). Inscrições até o dia 02/08/2013. WSET® - Qualificação Nível 1 em Vinhos Dias 28 e 29 de agosto de 2013. Local: à definir. Blumenau/SC. Horário: 19h às 23h. Investimento: R$ 800,00 (Desconto para depósito à vista). Inscrições até o dia 09/08/2013.
Setembro
WSET® - Qualificação Nível 1 em Vinhos Dias 02, 03 e 04 de setembro de 2013. Local: Restaurante Praça São Lourenço - Rua Casa do Ator, 608 - Vila Olímpia São Paulo/SP. Horário: 19h às 22h. Investimento: R$ 800,00 (Desconto para depósito à vista). Inscrições ainda não estão abertas. WSET® - Qualificação Nível 1 em Vinhos Dia 14 de setembro de 2013. Local: Hotel Fasano – Avenida Vieira Souto, 80 – Ipanema Rio de Janeiro/RJ. Horário: 09h às 18h. Investimento: R$ 800,00 (Desconto para depósito à vista). Inscrições ainda não estão abertas. WSET® - Qualificação Nível 1 em Vinhos Dias 16 e 17 de setembro de 2013. Local: à definir. Porto Alegre/RS. Horário: 19h às 23h. Investimento: R$ 800,00 (Desconto para depósito à vista). Inscrições ainda não estão abertas. WSET® - Qualificação Nível 1 em Vinhos Dia 28 de setembro de 2013. Local: à definir. Florianópolis/SC. Horário: 09h às 18h. Investimento: R$ 800,00 (Desconto para depósito à vista). Inscrições ainda não estão abertas.
Outubro
WSET® - Qualificação Nível 2 em Vinhos e Destilados Dias 28, 29 e 30 de Outubro de 2013. Local: à definir. São Paulo/SP. Horário: 09h às 18h. Investimento: R$ 2.200,00 (Desconto para depósito à vista). Inscrições ainda não estão abertas.
Novembro
WSET® - Qualificação Nível 2 em Vinhos e Destilados Dias 04, 05 e 06 de novembro de 2013. Local: Hotel Fasano – Avenida Vieira Souto, 80 – Ipanema Rio de Janeiro/RJ. Horário: 09h às 18h. Investimento: R$ 2.200,00 Desconto para depósito à vista). Inscrições ainda não estão abertas.

Recife recebe curso de vinho em julho

Nos dias 06 e 07 de julho, o Recife recebe a edição 2012 do Curso de Introdução ao Conhecimento do Vinho. Esta é a primeira vez que a capital pernambucana entra no roteiro do evento, que tem como proposta transmitir conhecimentos fundamentais desde os processos de plantio e colheita até a elaboração do vinho, apreciação e benefícios da bebida. As inscrições estão abertas e devem ser feitas de segunda a sexta-feira, das 14h às 20h, e aos sábados, das 8h às 12h, na Aliança Francesa do Recife, na Rua Amaro Bezerra, 466, Derby. O valor é de R$ 360,00 e pode ser pago à vista ou no cartão de crédito. No programa do curso serão trabalhados os temas vitivinicultura e uvas viníferas; vinificação; técnica de degustação; vinho e saúde; compra e guarda de vinhos; e enogastronomia. O evento ainda promoverá degustação de vinhos nos dois dias e ao fim será entregue certificado. Com duração de 10 horas/aula, o curso será ministrado pelo vice-presidente da Associação Brasileira de Sommeliers (ABS), o médico José Luiz Alvim Borges. Membro fundador da secção Paulista da ABS, bem como da ABS-Brasil, dr. Borges dedica-se à enofilia desde 1980 e já realizou viagens de estudos às regiões vitivinícolas de várias partes do mundo. O Curso de Introdução ao Conhecimento do Vinho é uma realização da Ingrid Farias Eventos e Jornalismo, em parceria com a Aliança Francesa do Recife, e tem o apoio da Jupiter, Personalize-se Design, Juliana Lombardi Fotografia, AmplaTur, Dom Vinho e Cantu Importadora. Serviços Evento: Curso de Introdução ao Conhecimento do Vinho Local: Aliança Francesa do Recife – Rua Amaro Bezerra, 466, Derby Datas/Horários: ü Dia 06/07 – Das 19h às 22h ü Dia 07/07 – Das 9h às 12h e 14h às 18h Duração: 10 horas/aula Valor: R$360,00

Começa temporada de cursos de vinhos no Recife

O Club du Vin vai abrir a temporada 2011 de cursos de vinhos no Recife. Trata-se de uma atividade introdutória que acontecerá no próximo dia 21, na unidade de Boa Viagem, e no dia 22, na unidade do Parnamirim. As aulas serão ministradas pelo sommelier Ângelo Miranda, formado pela Associação Brasileira de Sommeliers (ABS/SP), começando sempre às 19h. No curso, os participantes aprenderão sobre a história do vinho, tipos de uvas, regiões vinícolas, informações de compra e armazenagem de rótulos, entre outros assuntos. Além das informações teóricas, os alunos também participarão de degustações de vinhos tintos, brancos, doces e espumantes. O investimento é de R$ 98,00. Há condições especiais de pagamento para os que trouxerem mais alunos. As vagas são limitadas. Serviço: Club du Vin Boa Viagem - (81) 3326-5719 Parnamirim - (81) 3267-3667

quinta-feira, 21 de março de 2013

Reflexões sobre o mercado de vinhos no Brasil....

A imensa polêmica causada pelo pedido de salvaguardas à importação de vinhos no Brasil, ou seja, a imposição de barreiras à importação de vinhos europeus e de países fora do Mercosul, com a possibilidade de medidas como o aumento do imposto de importação e/ou adoção de cotas de importação, merece uma análise mais detalhada, técnica e livre de paixões.
É evidente que nada no mundo do vinho é isento de paixões e por esta razão tanta discussão está acontecendo em todos os ambientes onde o vinho é o principal protagonista.
Estamos falando de importadoras, lojas especializadas, restaurantes, escolas de sommeliers, supermercados e milhares de pequenos comércios por todo o país, onde se vende vinho brasileiro e importado. Estamos falando, inclusive, dos próprios produtores nacionais, pois, ao que se sabe, mesmo entre eles não existe unanimidade a respeito das medidas propostas por algumas de suas entidades representativas.
Uma medida como a que estão propondo as entidades gaúchas, ou seja, o Instituto Brasileiro do Vinho (IBRAVIN), a União Brasileira de Vitivinicultura (UVIBRA), a Federação das Cooperativas do Vinho (FECOVINHO) e o Sindicato da Indústria do Vinho do Estado do Rio Grande do Sul (SINDIVINHO), pode desorganizar todo o setor, causando o desemprego de milhares de pessoas, especialmente no Estado de São Paulo, onde se concentram, segundo dados atuais, cerca de 50% do mercado brasileiro de vinhos. Moderna loja de vinhos, em São Paulo
Isso sem se considerar o alto investimento feito por muitos empresários, que nos últimos anos se voltaram para o mercado de importação de vinhos, abrindo centenas de novas importadoras, e por consequência, novos empregos, acreditando que o Brasil estaria no caminho do livre mercado, sem as restrições e privações vividas num passado não muito distante.
Realmente, quem viveu os últimos anos da euforia propagada pelo governo, vendendo a ideia de um país livre, crescendo de forma saudável, com livre economia de mercado e com melhoria no poder aquisitivo da população, jamais poderia imaginar que alguém cogitasse uma medida desse teor, daí a surpresa e a indignação de todos aqueles que acreditaram no cenário otimista e investiram num negócio que parecia ser muito promissor.
Também seriam duramente penalizados os jovens que investiram ou estão investindo tempo e dinheiro para se preparar para entrar na carreira de sommelier ou consultor de vinhos, visando trabalhar em restaurantes, importadoras ou lojas especializadas.
Certamente o mercado de trabalho será drasticamente reduzido para eles, frustrando expectativas e projetos de vida. Será que ninguém pensou nisso? Por outro lado, quem, como nós, acompanha o dia-a-dia do vinho nos últimos 15 anos, só tem boas notícias sobre o vinho brasileiro, com a conquista de novos mercados, vultosos investimentos em marketing, notas favoráveis nas publicações nacionais e internacionais, além de sinais inequívocos de prosperidade, dando mostras de se tratar de uma indústria saudável e em plena evolução.
Os sinais de prosperidade do negócio do vinho no Brasil
Quem visitou o Bento Gonçalves há 15 anos e repete a visita hoje, não vai acreditar que a indústria do vinho brasileiro possa estar passando por sérias dificuldades. Pelo menos é isso que os investimentos em novas e modernas instalações, como Miolo, Salton e Valduga, só para citar as mais conhecidas, mostram de forma cabal e inequívoca. Vale registrar também que, ano passado, a Miolo, uma das maiores vinícolas nacionais, adquiriu a antiga Almadén, que pertencia a um grupo multinacional.
Miolo, no Vale dos Vinhedos
Modernos projetos de vinícolas-boutique começam a surgir, alguns com grande destaque, como é o caso de Almaúnica e Luiz Argenta, que fariam sucesso em qualquer lugar do mundo. Nada que sugira dificuldade ou decadência, muito pelo contrário.
Luiz Argenta, moderna vinícola em Flores da Cunha, na Serra Gaúcha
Além disso, se estabeleceu na Serra Gaúcha uma próspera indústria do Eno-Turismo, que a cada ano se desenvolve ainda mais, levando milhares de turistas brasileiros e de outros países para conhecer nossa principal região vinícola, hoje dotada de modernos hotéis e ótimos restaurantes para receber os visitantes.
Almaúnica, vinícola-boutique no Vale dos Vinhedos
Jornalistas, entre os quais me incluo, do Brasil e de todo o mundo foram e são convidados a conhecer os vinhos brasileiros em suas regiões de produção, por meio do Projeto Imagem, patrocinado pelo IBRAVIN, conhecendo as diferentes vinícolas e desfrutando da exemplar hospitalidade gaúcha.
Almaúnica, vinícola-boutique no Vale dos Vinhedos
Jornalistas, entre os quais me incluo, do Brasil e de todo o mundo foram e são convidados a conhecer os vinhos brasileiros em suas regiões de produção, por meio do Projeto Imagem, patrocinado pelo IBRAVIN, conhecendo as diferentes vinícolas e desfrutando da exemplar hospitalidade gaúcha.
Salton, em Tuiuty
As variáveis do consumo de vinho no Brasil
Uma das soluções que está sendo proposta para escoar um hipotético excesso de estoque das vinícolas brasileiras seria uma ampla campanha para aumentar o consumo de vinho do Brasil.
Evidentemente, todos nós que de alguma forma trabalhamos nesse mercado, entendemos que esta seria uma medida salutar e muito bem vinda. Por um lado atrairíamos o consumidor de destilados, com evidentes repercussões favoráveis à saúde, pois é comprovado que este benefício pode se gerado pelo consumo moderado e regular de vinhos e por outro, traríamos o vinho para o centro das preferências do consumidor brasileiro, o que agradaria a todos os elos da cadeia do negócio do vinho.
Esse seria o cenário dos sonhos de todos, especialmente se nesse sonho estivesse previsto que os consumidores dariam preferência, de livre e espontânea vontade, para o vinho produzido no Brasil.
Mas será que isso já não está ocorrendo? Segundo dados do próprio IBRAVIN, publicados pela revista IstoÉ (ver gráfico), se considerarmos o mercado nacional como um todo, ou seja, incluirmos todos os vinhos vendidos no Brasil, de mesa, finos e espumantes, os brasileiros abocanham nada menos que 77,40% do mercado, ficando os importados com a menor fatia, ou seja, 22,60%. Estamos falando de 265,2 milhões de litros contra meros 77,6 milhões de litros por ano.
Os números reais do mercado de vinho no Brasil, com e sem manipulação
No entanto, por razões inexplicáveis, tanto os vinhos de mesa, preferência da maioria da população brasileira e nossos conceituados espumantes ficaram de fora da conta. Por qual razão? Não são vinhos? Claro que são. Estes dados, manipulados indevidamente, viraram o placar a favor dos importados, pois quando se excluem os vinhos de mesa e os espumantes, os nacionais ficam com 21,20% do mercado (19,5 milhões de litros/ano) e os importados com 78,80% (72,7 milhões). Dados manipulados, retrato fora de foco do mercado, conclusões erradas, medidas indevidas - eis a fórmula do desastre certo, no caso, líquido e certo.
As razões do sucesso dos vinhos importados
Deveríamos perguntar aos maiores interessados, ou seja, os consumidores, quais as razões da preferência pelos vinhos importados, quando o assunto são os vinhos tranquilos, ou seja, não espumantes, de uvas viníferas, tintos e brancos, pois é exatamente disso que se trata. Note que estamos falando de uma pequena parcela do mercado.
Poderíamos, com base em muitos anos de contato direto com o consumidor brasileiro, citar algumas razões deste fato.
De modo geral, o brasileiro que não é iniciado em vinho, e bebe por puro prazer (a imensa maioria, diga-se de passagem), prefere vinhos produzidos com uvas não viníferas e aqueles com um pouco mais de informação, preferem os vinhos de viníferas com leve teor de doçura, ou pelo menos que transmita essa sensação, sem amargor e com pouca ou nenhuma sensação de adstringência, ou seja, de boca seca.
Em outras palavras, vinhos fáceis de beber, sem precisar de grandes malabarismos mentais e/ou conhecimentos específicos sobre o assunto. Para se conseguir esse tipo de vinho, em se tratando de uvas tintas, é necessário um clima adequado, que propicie perfeitas condições de amadurecimento das uvas, o que certamente resultará na perfeita maturação dos taninos, o que se traduzirá em vinhos macios, sem amargor e sem adstringência.

quarta-feira, 20 de março de 2013

Boa notícia: preço do vinho pode baixar Comissão aprova medida para expandir mercado de vinho....

A Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio aprovou na quarta-feira (3 de setembro) o Projeto de Lei nº 5.743/05, do deputado Paulo Pimenta (PT-RS), que dá ao vinho o status de alimento natural. O objetivo é estimular a expansão do setor vitivinícola nos mercados nacional e internacional a partir da redução de tributos da bebida, o que ocorreria se ela deixasse de ser considerada um produto industrializado.O relator da proposta, deputado Renato Molling (PP-RS/ foto), considera que ela traz um forte estímulo para o desenvolvimento do setor, "não apenas pelo lado da oferta, ao reduzir os custos de produção, como também pelo lado da demanda, visto que a classificação do vinho como alimento deve estimular seu consumo". Hoje se ingerem no Brasil cerca de dois litros de vinho per capita por ano. "Em países como Espanha, Itália, França e Portugal o consumo é de cerca de 60 litros per capita, e na Argentina e no Chile, entre 30 e 40 litros" compara o deputado. Molling destaca que, com a aprovação do projeto, o Brasil estaria seguindo o exemplo da Espanha, que, em 2003, passou a considerar o vinho como alimento funcional, o que produziu impacto profundamente positivo sobre o setor vitivinícola.
Importados
O parlamentar ressalta que, em 2005, os importados participaram com quase 60% do mercado brasileiro de vinhos finos. Segundo ele, essa situação pode ser explicada pela carga tributária incidente sobre o setor. Os impostos sobre uma garrafa de vinho de mesa, em 2005, estavam entre 36,5% e 47,2% do preço ao consumidor. Para os vinhos finos, a proporção seria de 38,1% a 47,9%, enquanto para os espumantes ficaria entre 38,1% e 49,2%.Dados apresentados por Molling dão conta de que o setor vinícola responde pela geração de cerca de 140 mil empregos no Brasil e detém PIB da ordem de 3 bilhões de dólares (cerca de R$ 5,02 bilhões). "Esses números mostram a relevância econômica do setor, que possui enorme potencial para crescer e ocupar o mercado interno", destaca.
Bebida saudável
Na opinião de Renato Molling, "o vinho é a bebida mais favorável à saúde" e sua nova classificação, além de contribuir para a economia brasileira, vai aumentar o bem-estar da população.De acordo com ele, estudos recentes mostram que os polifenóis contidos no vinho combatem os radicais livres, reduzindo a incidência de mais de 60 problemas clínicos - de cânceres e reumatismos a cataratas e envelhecimento. Na pele, conforme o deputado, os polifenóis bloqueiam a ação da colagenase e da elastase (que atacam o colágeno), deixando a pele mais elástica e consistente. "Além disso, eles melhoram a microcircualação e a vascularização", afirma.Molling acrescenta que, "como são potentes varredores de radicais livres", essas substâncias melhoram a circulação. Com isso, pessoas com hábito de beber vinho moderadamente teriam 20% menos cegueira. O vinho também reduz em entre 40% e 60% os riscos de aparecimento de doenças cardíacas e respiratórias, segundo o parlamentar.
Paradoxo francês
Molling relata que os benefícios do vinho começaram a ser conhecidos no início da década de 90, a partir da observação do "paradoxo francês". Conforme lembra, sabe-se que comer gorduras saturadas, fumar e ser sedentário aumenta os riscos para doenças cardiovasculares. "Os franceses, comparados a outros povos do mesmo nível socioeconômico-cultural, são mais sedentários, fumam mais e comem mais gorduras saturadas. No entanto, têm a metade dos problemas cardiocirculatórios", diz Molling. Intrigado, o pesquisador Serge Renaud concluiu, em 1991, que o desempenho francês deve-se à ingestão moderada de vinho.

O estilista dos vinhos portugueses da moda....

Luís Pato é dono de uma das principais grifes da vinicultura portuguesa. Antenado com as tendências, ele anuncia que a nova onda será a dos vinhos com menor teor alcoólico
O vinho segue a moda? Pode apostar que sim. Se pensarmos em moda como o lado mais externalizado de um conjunto de crenças, hábitos e comportamento adotados numa certa época por um certo grupo, maior ou menor, de pessoas, sim, podemos dizer com certeza que não só o vinho, mas a gastronomia e tudo o que a ela se relaciona também vivem seu momento fashion.
Carnes, por exemplo, no passado das cortes medievais, eram servidas quase pútridas. O mau odor disfarçado por uma gama de especiarias. Hoje, associamos qualquer coisa que entra boca adentro, necessariamente, com frescor. Não apenas frescor na sua origem, mas também o frescor dos ingredientes que não são mascarados por outros ingredientes. Antigamente, tomava-se vinho em pesadas taças de estanho, desconhecendo-se, contudo, que a corrosão desse material pela acidez do vinho levava uma quantidade não recomendada do metal para a corrente sanguínea, muitas vezes com resultados fatais.
O português Luís Pato, engenheiro químico e vinicultor, é um senhor que adora uma moda. À frente da vinícola que já está com sua família desde o século 18, ele não se conforma em apenas produzir um dos melhores vinhos do mundo: ele o quer diferente. Novidadeiro, mantém em sua propriedade dois hectares cultivados com pés francos. Na linguagem dos “enoentendidos” isso significa dizer que essas parreiras nunca foram enxertadas com espécimes norte-americanos, medida de prevenção em todo o mundo depois que a Europa viu todos os seus vinhedos dizimados por um fungo chamado filoxera. Ests área, correspondente a dois campos e meio de futebol, é toda plantada com a uva de sua preferência, a autóctone baga (entenda-se por autóctone aquela que é originária e específica de uma região, neste caso, Portugal ), e produz apenas duas pipas, ou 1.500 garrafas, por colheita. É o mesmo que dizer que um pé de uvas rende uma taça.
Voltando à comparação com o mundo da moda, no seu métier, Luís Pato é um estilista e, como tal, é na originalidade e no perfecconismo que ele cavou seu espaço entre os grandes. Os seus vinhedos, localizados na região das Beiras, dá duas colheitas por ano, como no Vale do São Francisco, e, no final de agosto, quando os cachos já estão maduros o suficiente para confeccionar um espumante, alguns deles são retirados e enviados à produção dessa bebida e os outros são mantidos no pé para que, com menos concorrência, produzam um tinto melhor. Mister Baga, como é conhecido, diz que não quer fazer uma cópia daquilo que é produzido na região de Champanhe, França, e que, com a insolação maior em Portugal, obtém uma bebida menos ácida e mais aromática. “A vantagem de Portugal é ter uvas que os outros não têm. Temos que vender nossa diferença, mas vender bem. Temos mais de 300 uvas diferentes, 10% delas são muito boas, vamos divulgá-las”, defende.
Segundo Luís Pato, a nova geração de enólogos portugueses vem criando vinhos mais limpos e mais apelativos ao novo consumidor, em contraposição a uma geração mais antiga, que se espelhava na França ao elaborar a bebida. Ao lado de condições de vinificação mais apuradas, o resultado é que os vinhos brancos portugueses, na opinião de Luís Pato, deram um grande salto qualitativo. Ele mesmo exporta 90% dos brancos que produz para todo o mundo, inclusive para países que têm forte tradição nesse tipo de vinhos, como a Austrália.
Para ele, os vinhos portugueses começaram a “entrar na moda” na década de 90, quando passaram por uma grande reestruturação tecnológica e conceitual. “Antes, os vinhos portugueses eram amados pela crítica especializada, mas desprezados pelo consumidor. Hoje, as duas pontas se uniram”, diz. Se o mundo da moda pede novidade o tempo todo, ordena sintonia com os novos tempos quase a cada segundo, o mundo do vinho, defende ele, também não pode viver do passado. “Não sou tradicionalista, a uva é minha tradição”, arremata.
E ele anuncia a próxima onda que não tardará a vir – vinhos com menores teores alcoólicos - e faz uma cronologia daquilo que já se andou “usando” nas taças. “Primeiro, a moda era o butterscotch, o vinho amanteigado, amansado à custa do uso da madeira, um vinho que pode ser chamado de Coca-Cola wine porque tentava se amoldar ao gosto universal. Depois foi justamente o contrário, vinhos que aliviavam na madeira e mais alcoólicos. A próxima leva deve trazer vinhos com menos álcool (algo em torno de 12%), macios na boca e com nariz intenso”, profetiza. Num universo tão disputado quanto o da moda, aqueles que produzem vinho com estilo captam as necessidades contemporâneas e procuram engarrafá-las. Para Luís Pato, Portugal tem tudo para ser ponta-de-lança de tendências que se mostrarão universais. As uvas touriga nacional e tinto-cão são, desde já, o que ele acha que vai “pegar” na próxima estação.

Campo da Serra recebe confraria do Vinho Club Premium....

Hoje à noite (20/03) acontece mais uma confraria especial do Vinho Club Premium. Desta vez o evento é realizado em parceria com a loja Campo da Serra, capitaneada pela empresária Vitória Barros. Na ocasião, o jantar – assinado pelo chef francês Jean Louis Ferrari, do restaurante La Provence, em Pipa (RN) – será combinado com vinhos da Decanter.E, no próximo mês, no dia 27/04, a confraria será na loja de Gravatá Serão degustados os vinhos Intis Chardonnay 2011, Bossa N°1 Brut e Intis Sauvignon Blanc 2011, que serão harmonizados com o seguinte menu: Entrada 1: Veloute de potiron aux ecailles de reblochon (Creme de jerimum e suas cascas de reblochon) Entrada 2: Pomme de terre samba gourmande au gruyere (batata samba goulosa recheada com gruyere) Prato principal: Supreme de poulet farçi au brie er sa salade (Peito de frango com recheio de Brie e sua salada) Dessert: Torte aux pommes ET fromage Blanc (torta de maçã com queijo branco) A loja do Campo da Serra fica no Brennand Plaza (Av. Boa Viagem, 5.354, com acesso pela Rua Verdes Mares). Informações: (81) 9750-7926 / (81) 97561666

Recife recebe primeira edição do curso “Mulheres Enófilas”...

Em homenagem ao mês da mulher, a consultoria em vinhos Trium - novidade no mercado local comandada por três profissionais mulheres, irá realizar um curso voltado somente para o público feminino, no dia 19 deste mês, a partir das 19h30, no restaurante Chiwake, no Espinheiro. A atividade será ministrada pela sommelier Amanda Loyo, e contará com um jantar harmonizado com rótulos da Dom Vinho e pratos do cardápio do chef Biba Fernandes, especialmente preparados para a ocasião (ceviche de pescado com salada de batata, atum selado em salsa de mel e gengibre com legumes crocantes, carré de cordeiro grelhado sobre risoto de quinua com shitake e shimeji em salsa de redução de vinho Malbec e, para a sobremesa, delícia de chocolate). O CURSO - A atividade envolve noções básicas sobre uvas, estilos de vinhos, como servir e armazenar a bebida, como escolher o vinho e dicas de harmonização, além de outros assuntos. Ao final, as participantes terão uma demonstração prática durante o jantar, que envolve a degustação de um espumante e três vinhos, sendo um deles de sobremesa. A participação custa R$ 160 por pessoa e as inscrições podem ser feitas pelo fone (81) 9715-6830.
TRIUM – Consultoria em vinhos nascida em 2013, capitaneada por Amanda Loyo (sommelier e administradora de empresas), Fabiana Gonçalves (sommelier e jornalista) e Mariana Lôbo (executiva de marketing e jornalista). O trio tem como foco o mercado Nordeste, com a proposta a realização de cursos na área de vinhos, treinamentos, eventos de promoção, elaboração de cartas de vinhos e assessoria em montagem e gerenciamento de adegas. SERVIÇO: CURSO MULHERES ENÓFILAS QUANDO: 19/03/13 (terça-feira), às 19h30 ONDE: Restaurante Chiwake. Rua da Hora, 820, Espinheiro, Recife. QUANTO: R$ 160 (por participante) INSCRIÇÕES: (81) 9715-6830 ou pelo e-mail: trium.vinhos@gmail.com

Com a mão na massa, ou melhor, no Vinho.....

Gabriel Pisano da Viña Progresso preparando o surpreendente Tannat Open Barrel desse ano...sugerimos a todos que conheçam esse e os outros rótulos desse jovem e promissor produtor do Uruguai. Tivemos o prazer de conhecer seu trabalho em recente viagem com os Winefreaks e ficamos muito impressionados com o que vimos e, sobretudo com o que degustamos.

sábado, 16 de março de 2013

Os encantos e os vinhos de La Rioja.....

A paisagem é deslumbrante, os vinhedos serpenteando pelo vale, em plena Rioja Alta, com a majestosa moldura dos Montes Obarenes ao fundo (foto acima). Foi nessa região que se instalou, em um prédio hoje bicentenário, a Bodegas Muga. Em seus 200 hectares próprios e mais 150 hectares de produtores associados, são cultivadas variedades como Tempranillo, Garnacha, Mazuelo, Graciano, Viura e Malvasia, aproveitando o solo em que argila e calcário são predominantes.
O clima colabora, oferecendo longos períodos favoráveis ao crescimento das uvas e surpreendendo com duas ou três nevascas anuais. Os barris de carvalho franceses e americanos, utilizados criteriosamente para cada variedade, são produzidos lá mesmo, com madeiras selecionadas. Os resultados de todo esse trabalho estão disponíveis no Brasil e em outros 52 países, para os quais a Muga exporta parte do 1,5 milhão de garrafas produzidas anualmente.
Uma amostragem desses vinhos foi apresentada ao colunista semana passada, em degustação organizada pela consultoria Winexcellence, de Porto Alegre. Começamos por uma cava Conde de Haro, agradabilíssima ao paladar, com insuspeitados 12,5% de teor alcoólico. É uma champenoise, com 90% de Viura e 10% de Malvasia e tem o preço sugerido de R$ 103,00. O branco e o rosé da linha Muga (ambos cotados a R$ 50,00 a unidade) vieram a seguir. O rosé (de 2010) impressiona desde sua cor, pendendo para o salmão cheio de brilho, mais ao estilo que impera no verão da Côte d’Azur. Com 13% de teor, tem 60% de Garnacha, 30% de Viura e 10% de Tempranillo. Foi o rosé mais pontuado (90/100) por Robert Parker dentre os da safra 2006.
O enfrentamento dos tintos começou pelo Reserva 2007 (R$ 95,00), com 30 meses de passagem por carvalho e pelo menos um ano repousando na garrafa. Tem 14% de teor alcoólico, com 70% de Tempranillo, 20% de Garnacha, 10% de Mazuelo e Graciano. O Selección Especial 2005 aproveita idêntico percentual de cada uva, tem 13,5% de teor, mas provém de vinhedos mais antigos especialmente selecionados (preço sugerido de R$ 164,00). Essa safra mereceu 93 pontos de Robert Parker e, para o colunista, foi a melhor relação entre preço e qualidade da degustação.
Faltava o Torre Muga (R$ 367,00), um dos orgulhos da bodega, elaborado apenas em safras especialíssimas como a de 2006. Tem 14% de teor, 75% de Tempranillo, 15% de Mazuelo e 10% de Graciano. É um vinho com grande potencial de guarda, claramente ainda em evolução, daqueles para se armazenar uma ou duas caixas e acompanhar como fica ano a ano. A importação para o Brasil é da Épice, e, em Porto Alegre, esses rótulos estão, por enquanto, na Banca 38 do Mercado Público Central, nos restaurantes Pampulhinha, Orquestra de Panelas e Atelier das Massas. Doses
Alternar provas de vinhos em terra e a bordo de um A330 foi a forma de selecionar a nova carta de vinhos da TAP para sua classe executiva. Calcula-se que cerca de 30% das capacidades olfativa e gustativa sofram alterações na altitude, o que foi considerado pelo júri encarregado das escolhas. Em 2012, a TAP serviu 700 mil e vendeu outras 800 mil garrafas de vinhos portugueses a bordo de seus aviões.
Vinícolas de Santa Catarina estão produzindo espumantes pelo método champenoise. O enólogo Jean Pierre Rosier e o presidente da Acavitis Leônidas Ferraz acompanharam a vinificação das uvas Chardonnay da Monte Agudo nas instalações da Quinta Santa Maria, de São Joaquim. Além delas, Casa Pisani, Abreu Garcia e Villaggio Grando também começaram a produzir seus champenoise.
Carrinhos da Miolo como o da foto circularam até depois do Carnaval em Jurerê Internacional (SC), Maceió (AL) e em praias do Rio. Vendiam espumantes da linha Terranova, em garrafas de 250ml ou em taças de acrílico, a partir de R$ 10,00. “Com grande sucesso”, informa Adriano Miolo. A ideia é ótima, o retorno para a marca certamente também.
Seu bar: o predileto de Barack Obama
Dizem que o evento reunia, em Washington, nomes importantes da política e algumas celebridades. O presidente Obama, questionado na ocasião pelos roqueiros do Goo Goo Dolls sobre seu drinque favorito, respondeu: “The American”. Exatamente o que está na foto, preparado com uma parte de soda, uma parte de vermute tinto e uma parte de Campari, composição bem popular na capital e em seus arredores. A preparação é simples: servir as três bebidas em um copo com gelo, decorar com uma fatia de laranja e um twist de limão.

Uma promissora safra de 2013....

O volume deve ficar em torno de 630 mil toneladas, quase 10% a menos do que na safra anterior, redução localizada principalmente nas variedades viníferas como Chardonnay e Pinot Noir. A boa notícia, segundo divulga o Ibravin, é que a qualidade deve ser excelente, a julgar pelas condições de sanidade e desenvolvimento dos vinhedos da Serra gaúcha.
As altas temperaturas registradas na fase de maturação das uvas contribuíram para essa elevação na qualidade e desencadearam a antecipação da colheita entre 10 e 20 dias. No Vale dos Vinhedos, há duas semanas Adriano Miolo dava por quase concluída essa etapa: “O pouco que ainda não colhemos de uvas brancas está reservado para receber participantes do Wine Day aqui na Miolo”.
Na Salton, a expectativa é de receber 9,7 mil toneladas de uvas brancas (61%) e 6,2 mil de uvas tintas (39%). Além da produção de seus fornecedores habituais - Serra gaúcha, Campos de Cima da Serra e Fronteira Sul - a vinícola terá as primeiras uvas provenientes de 108 hectares, de um total de 700 hectares de terras adquiridas em Santana do Livramento. Estima-se que totalizem 200 toneladas de Chardonnay e Pinot Noir, a serem utilizadas principalmente para a elaboração de espumantes, aproveitando o terroir da Fronteira-Oeste.
Entre os vinhedos carregadinhos de Pinot Noir em Altos Montes (Flores da Cunha e Nova Pádua), caminham Daiane e Deunir Argenta (foto acima), diretores da Vinícola Luiz Argenta. Também ali a colheita começou mais cedo, e o entusiasmo é grande com o potencial da safra, especialmente com os espumantes que possibilitará produzir. “Preparem os cálices, eles receberão produtos de altíssima qualidade”, prometem.
Que assim seja. No tempo do charleston
O filme The Great Gatsby, que deve chegar aos cinemas ainda neste primeiro semestre, inspirou o Claridge’s a celebrar os anos 1920. Aulas de charleston e black bottom e um coquetel da época estão disponíveis aos hóspedes do famoso hotel londrino. Como haveria certa dificuldade para ensinar as danças aos leitores, o colunista sugere o coquetel, oportuno em noites quentes de Carnaval.
As outras duas receitas têm coco à vontade e nada de álcool. Enviadas pela Ducoco, são recomendáveis para compensar eventuais exageros nos folguedos, ou mesmo para quem só ficou olhando pela tevê.
The Flapper
Ingredientes (uma taça)
15ml de creme de Cassis 3 morangos 1 colher de gelo batido champagne ou espumante
Modo de preparo
Bater os ingredientes no liquidificador, servir em taça com metade de um morango na borda.
Smoothie de coco com figos frescos
Ingredientes (um copo)
200ml de água de coco 2,5 figos frescos descascados ½ xícara (café) de leite de coco light 1 colher (sopa) de sorvete de coco
Modo de preparo
Misturar os ingredientes em um liquidificador ou usando um mixer. Passar a uma taça e decorar com metade de um figo.
Smothie de água de coco e iogurte
Ingredientes (três copos)
100 ml de água de coco 3 copos de iogurte integral 5 morangos 3 copos (americanos) de gelo
Modo de preparo
Bater os ingredientes em liquidificador na velocidade máxima. Após dois minutos, ou quando a bebida estiver bem espumante, despejá-la em três copos e servir. Dizem os autores que acompanha bem pratos muito apimentados. Doses
Flórida e Nova Iorque serão as portas de entrada nos Estados Unidos para a linha Macaw, dentro de algumas semanas. São quatro varietais demi-sec desenvolvidos para exportação pela Vinícola Perini, de Farroupilha: Moscato, Merlot, Cabernet Sauvignon e Tannat. Eles também estarão disponíveis no mercado brasileiro, em garrafas de 750ml, com tampa-rosca. Salton recebe grupos ou visitantes individuais para visitação, cursos de degustação e jantares harmonizados, estes de março a novembro. Foram 85 mil turistas participando em 2012. Dia 16 de março acontece o primeiro curso de 2013, com o tema “Vinhos e Chocolates”. Informações: tels. (54) 2105-1000 e (54) 9964-7500. Edição de janeiro da revista Prazeres da Mesa listou os melhores vinhos degustados por alguns especialistas - e apreciadores, entre eles este colunista - ao longo de 2012. Belo trabalho coordenado por Horst Kissmann. Não perca! Maufer coloca no mercado sua linha de espumantes Celebration. São apenas 2,7 mil garrafas do brut, elaborado pelo método Charmat e 1 mil do Moscatel, de uvas Moscato Giallo e Bianco, pelo processo Asti. A empresa iniciou suas atividades no ano passado.
A Vinícola Aurora leva às arquibancadas do Carnaval de São Paulo o seu Saint Germain Branco Suave em embalagem com inspiração carnavalesca. A comunidade da escola Vai Vai o escolheu como vinho oficial na categoria branco aromático.

Bar: Caipirinhas com vinho.....

As caipiras começaram com cachaça, chegaram à vodca e agora aparecem associadas aos vinhos. Esta foi a novidade dos Applebee’s de Porto Alegre para o verão, oferecida nos restaurantes da rua Padre Chagas e do BarraShoppingSul. São cinco sabores, todos trazendo sugestões de harmonização com pratos do menu.
A caipirinha de morango com hortelã e vinho rosé pode ser degustada com queijos leves e massas suaves. A de uva rubi, hortelã e vinho rosé vai bem com bruschetta de frango; a de abacaxi, hortelã e vinho branco é sugerida para a happy hour, ou acompanhando pratos com frutos do mar. A de uva Itália, hortelã e vinho branco casa com frango grelhado e shiitake à Dijon. A quinta caipirinha tem lichia, gengibre, morango, hortelã e vinho branco – a ideia é bebê-la degustando camarões asiáticos. Doses
Sheraton Social Hour é uma degustação que acontece de terças-feiras a sábados, no bar do lobby do hotel, em Porto Alegre. Entre 17h e 21h, pode-se passar por ali e degustar duas taças de vinhos, ao estimulante preço de R$ 15,00. A programação atual tem dois espumantes brut: Miolo Terra Nova e Marson. Fichas de avaliação são fornecidas aos participantes e não há necessidade de reserva. Rua Olavo Barreto Viana, 18, tel. 2121-6060.
O branco Aparados, 14º rótulo da Villa Francioni, de São Joaquim (SC), tem predominância de Chardonnay e um raro corte com Sauvignon Blanc, que na análise do enólogo, o gaúcho Orgalindo Bettú, resultou em “um vinho com ótimo complexo aromático e equilíbrio perfeito entre corpo e acidez”. Sem passar por barricas de carvalho para manter aromas e seu frescor, traz 11,9% de teor alcoólico e a promessa de mais de quatro anos de evolução na garrafa. Um desafio, sem dúvida.
Revista americana Wine Enthusiast aponta cinco harmonizações de comidas e vinhos brasileiros: pão de queijo com espumante Moscatel Aurora; coxinha com Salton Brut Reserva Ouro; feijoada com o espumante brut Casa Valduga 130; bacalhau à Gomes de Sá (nem tão brasileiro assim) com Casa Perini Merlot; e churrasco com Lidio Carraro Quorum Grande Vindima.
Miolo anuncia que em abril estará no mercado o novo Lote 43, elaborado apenas em safras consideradas excepcionais.
Adriano Miolo avalia que “a de 2011 foi histórica, com condições climáticas favoráveis que, somadas a modernas práticas de manejo, nos permitem apresentar grandes vinhos”. O Lote 43 é um corte de Merlot (60%) e Cabernet Sauvignon, e a caixa com seis garrafas está em pré-venda por R$ 564,00 até dia 28, somente pelo tel. 0800 9704165.

Novidades, de vinhos a capirinhas......

Uma boa notícia é que está pronto o Lote 43, safra 2012, um dos ícones da Miolo. Em Porto Alegre, restaurantes de uma rede americana criam caipirinhas a partir de vinhos. Para quem estiver no Litoral (ou em qualquer lugar) e tiver salmão e espumantes na geladeira, uma ótima sugestão de como fazer bom uso deles. E aos que entendem que vinho branco tem que ser jovem, o desafio de um enólogo gaúcho e da catarinense Villa Francioni: um raro corte de Chardonnay e Sauvignon Blanc para evoluir pelo menos quatro anos na garrafa.
Bons brindes, boa leitura!
Para comemorar um bom final de veraneio
Então você está prestes a encerrar sua estada no Litoral e aqueles filés de salmão permanecem no freezer, intocados. Na porta do refrigerador, garrafas de bom espumante, em refrescante repouso, previnem a chegada de visitas inesperadas, ou um daqueles almoços da tarde inteira. Se é assim, tudo se encaminha para uma óbvia harmonização com a receita abaixo, enviada pelo Vilaró Parrilla Lounge (Rua Fernando Gomes, 140). Outra possibilidade é degustar no restaurante, onde a iguaria custa R$ 43,00.
Salmón del Verano (foto acima)
Ingredientes (uma porção)
2 unidades de vagem cardamomo amassadas ½ colher (cafezinho) de sementes de cominho suco de um limão siciliano suco de meia laranja raspas de um limão siciliano 3 colheres (sopa) de molho de soja light 3 colheres (chá) de mel claro 300g de filé de salmão sem pele 2 folhas médias de alface americana ½ xícara (chá) de rúcula 3 folhas médias de radichio Verona 2/3 de xícara (chá) de cubos de manga descascada ½ laranja descascada em gomos sal e pimenta do reino
Modo de preparo
Aquecer uma frigideira pequena, raspar as sementes de cardamomo e as de cominho. Torrá-las por alguns segundos, até liberarem o aroma e reservá-las em um prato raso, não metálico. Levar ao mesmo prato suco e raspas de limão, suco de laranja, molho de soja, mel e misturar às sementes reservadas. Temperar com sal e pimenta.
Dispor nesse prato o filé de salmão, revirando-o para cobrir bem com o tempero. Cobrir e deixar marinando por 30 minutos no refrigerador.
Preaquecer o forno, passar apenas o salmão para uma fôrma e assar por 10 minutos. Enquanto isso, aquecer a marinada em uma panela. Quando levantar fervura, desligar. Dispor as folhas verdes ao centro de um prato, espalhar cubos de manga, gomos de laranja e sobre eles colocar o salmão. Finalizar com colheradas da marinada quente e servir.

Chope e cerveja......

JOSÉ DAMBRÓSIO/DIVULGAÇÃO/JC
Em Curitiba o Saint Patrick’s Day será comemorado sábado (16) no Clube do Malte (tel. 41 3014-9313), voltado a cervejas especiais. Essa da foto é a nova chopeira da casa, que na festa também irá servir o clássico chope verde – em dobro, das 17 às 19h – além de variedades como o Way Irish Red e o Fuller’s. Para quem não sabe, o chope verde é um Pilsen com toques de menta e figo. Há quem simplesmente adicione gotas de corante ao chope, mas não é a melhor forma.
Amazon Beer, que há 13 anos produz cervejas artesanais, resolveu reunir um fruto característico da floresta tropical amazônica ao sabor de uma boa cerveja. O resultado é a Stout Açaí, de cor escura, encorpada, com teor alcoólico de 7,2%. Preço sugerido: R$ 12,00. Mais informações: www.amazonbeer.com.br.
Para acompanhar: Um tinto enquanto não vêm os pescados
Antes que se aproxime a semana em que os brasileiros se lembram de comer pescados, aqui vai uma receita em que, apesar do nome, o nosso charque é o personagem principal. Vem do Plaza Blumenau Hotel, onde é destaque no menu de março de seu Terrace Restaurante. Aproveitando que o calor nos concedeu uma trégua, talvez nem precise refrescar algum Cabernet Sauvignon de sua adega, sugestão do colunista para chegar à mesa com o prato. Sim, os ingredientes incluem vinho branco, mas a regra de mantê-lo nos cálices nem sempre se deve aplicar. Boa degustação!
Risoto à Moda Baiana
Ingredientes
300g de carne seca 1/2 cebola média picada 100g de arroz cozido 1 colher (sopa) de vinho branco seco 1/2 maço de tempero verde picado 30ml de azeite de oliva 50g de nata 500g de abóbora 30g de manteiga 30g de Parmesão ralado
Modo de preparo
Manter o charque em um recipiente com água fria por 24 horas. Cozinhar a carne em uma panela por cerca de 30 ou 40 minutos. Quando esfriar, desfiá-la e reservar. Cozinhar a abóbora por 15 minutos, amassar em forma de purê e temperar com sal. Reservar. Aquecer azeite em uma frigideira, refogar cebola, acrescentar carne, arroz cozido, vinho e nata, mexendo sempre. Passar a uma travessa aquecida, salpicar tempero verde, Parmesão e servir em seguida, escoltado pelo purê de abóbora.

O que há de novo no mundo dos vinhos

Há vezes em que falta espaço para o comentário habitual deste colunista: é que as novidades – preferencialmente boas – tomam conta da página, e a sabedoria impõe que elas sejam priorizadas. Como hoje: as notícias do vinho estão em Doses, as do mundo cervejeiro em sua seção respectiva e a sugestão de um tinto que acompanha uma receita de charque, enquanto os pescados não vêm. Até mais!
SILVIO WILLIAMS/JC
Na próxima quarta-feira, dia 20, jantar harmonizado no Pampulhinha. O restaurante é famoso pelos frutos do mar, mas também pela preciosa adega que mantém. Dela sairão vinhos alentejanos Monte da Raposinha, a serem harmonizados com lulas e camarões grelhados (com o branco Athayde Reserva), bacalhau à moda da casa (com o tinto Furtiva Lágrima) e outros dois tintos para degustação solteira. Estarão presentes Nuno Athayde, proprietário e enólogo da vinícola e - claro - o connaisseur Jaime Pinheiro (foto), também responsável pelo menu. A promoção é da Gran Cru Importadora, o custo é de R$ 195,00 (água, sobremesas e gorjeta incluídas). Inscrições: núbia_poa@grancru.com.br.
Uma promissora safra de 2013. Essa é a avaliação de enólogos da Casa Venturini, detentora de 12 rótulos, com destaque para o Chardonnay Reserva. A vinícola localiza-se em Flores da Cunha e tem capacidade para produzir oito milhões de litros anuais de vinhos espumantes e tranquilos.
Dinamarca: de tantos países que já visitei é o que possui as mulheres mais lindas. Para lá a Vinícola Aurora começou a exportar em 2011 e vem aumentando suas vendas. Ano passado começou a embarcar também o Chardonnay Pinto Bandeira e o Millésime Cabernet Sauvignon.
Nos Estados Unidos cachaça será apenas o produto genuinamente brasileiro. Em contrapartida, o Brasil tem 30 dias para formalizar o reconhecimento dos whiskeys (não whiskies, que são outra coisa) dos tipos Bourbon e Tennessee como produtos genuinamente americanos. Nada mais justo e verdadeiro.
Juarez Valduga é o novo presidente da Aprovale. A entidade congrega mais de 30 vinícolas e outros 39 estabelecimentos entre restaurantes, artesãos, produtores coloniais, hotéis e pousadas, todos do aprazível Vale dos Vinhedos. Uma das propostas da nova direção é preparar a região para a Copa de 2014.
Bodegas Carrau recebeu visitantes sábado para celebrar a safra 2013. Os vinhos oferecidos à degustação, durante o almoço: Sauvignon Blanc Cepas Nobles 2012; Castel Pujol Rosé 2012; Tannat de Reserva 2010; Vivent de Petit Manseng 2010.

Estudo inédito relaciona tipos de vinho à enxaqueca

O vinho sempre foi considerado como um deflagrador de enxaqueca. Estudo inédito mostra que a bebida não é tão culpada no que diz respeito às crises de dor de cabeça como se pensava. A pesquisa, coordenada pelo neurologista brasileiro Abouch Krymchantowski e apresentada no 54.º Congresso Americano de Cefaleia, há duas semanas, mostra que apenas 33% das pessoas que tomam vinho frequentemente têm deflagrada a crise. E algumas variedades da bebida têm potencial maior de provocar os sintomas do que outras.
Especialista em cefaleia, Krymchantowski selecionou 40 pacientes que estavam em tratamento para enxaqueca, que apreciavam vinho e relatavam crises após a ingestão da bebida. Cada um deles foi convidado a tomar meia garrafa de vinho das variedades Malbec, Tannat, Cabernet Sauvignon e Merlot, todos da América do Sul, e com intervalo mínimo de 4 dias entre eles - 33,4% relataram ter tido enxaqueca em todas as ocasiões; 54% sentiram-se mal em duas ocasiões; e 87% tiveram dor ao menos uma vez.
Ao comparar o efeito gatilho entre os pacientes que sentiram-se mal ao menos duas vezes depois de beber o vinho, o Tannat e o Malbec foram as variedades que desencadearam a enxaqueca com maior frequência, 51,7% e 48,2% respectivamente. Cabernet Sauvignon e Merlot causaram dor em menos de 30% das vezes em que foram ingeridos.
Krymchantowski explica que Tannat e Malbec são variedades que têm mais tanino, radicais flavonoides responsáveis pela cor escura do vinho. "É esse composto que faz o vinho ser saudável para o coração, mas também provoca uma mobilização súbita da serotonina que desencadeia a enxaqueca", diz o neurologista.
A pesquisa foi tão bem recebida que, 24 horas após a apresentação no congresso, foi reproduzida por 549 sites médicos dos EUA. Krymchantowski está ampliando o estudo - vai comparar o efeito do Cabernet Sauvignon francês com o produzido na América do Sul. "Ao que parece, o francês tem mais tanino."
Para o Krymchantowski, as pessoas que sofrem de enxaqueca não devem abandonar o vinho. "O importante é não combinar fatores que trazem a crise, como beber de estômago vazio, após um dia de estresse", diz.
A enxaqueca é uma doença que afeta neurotransmissores e atinge 15% da população do País, de acordo com estimativa da Sociedade Brasileira de Cefaleia. O cérebro fica mais sensível a estímulos, o que desencadeia crises de dor, que pode vir acompanhada de outros sintomas. A doença não deve ser confundida com a dor de cabeça ocasional e deve ser diagnosticada e tratada por especialista. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.