terça-feira, 20 de janeiro de 2015

O Vinho e a Saúde do Enólogo (e do Enófilo)......

Dr. Jairo Monson de Souza Filho jairo@monson.med.br
Tão importante quanto saber elaborar vinho é saber bebê-lo. O vinho é a bebida mais favorável para a saúde, se ingerido de maneira adequada.
De todos os componentes do vinho, um único existe em quantidade suficiente para causar dano à saúde: o álcool. Este é o grande problema do vinho e pode ser o do enólogo.
O álcool é quase totalmente absorvido pelo estômago e duodeno (porção inicial do intestino, que segue o estômago) e metabolizado fundamentalmente pelo fígado. A absorção do álcool é mais lenta na presença de alimentos, sobretudo os gordurosos, o leite e derivados. O jejum faz com que a assimilação pelo organismo seja mais rápida. O fato de ter alimentos no estômago pode dobrar o tempo de absorção do álcool. A presença de polifenóis, abundante nos vinhos, sobre tudo os tintos, também diminui a absorção do álcool.
A metabolização do álcool é muito individual e depende de muitos fatores. Costuma guardar uma relação estreita com o sexo, peso corporal, mais especificamente com o peso do fígado, quantidade de enzimas que fazem este serviço e constituição gênica de cada indivíduo. A velocidade média de metabolização é de 1 g de álcool por kg de peso por dia.
O álcool quando ingerido numa quantidade superior ao que o organismo consegue metabolizar pode causar dano orgânico, mental, social, familiar e profissional – não vale a pena!! Existem marcadores que identificam o dano orgânico causado pelo álcool. São exames feitos com o sangue. Os dois melhores são a dosagem de Transferrina com Deficiência de Carboidrato (CDT) e do Ácido Siálico (AS). Infelizmente estes exames são caros e não disponíveis no Brasil. Mas a dosagem de enzimas hepáticas, sobretudo da Gama-Glutil-Transferase, ou simplesmente Gama-GT, é também um bom marcador. Este exame é feito em qualquer laboratório de análises clínicas, é barato e tem cobertura dos convênios. Ele tem uma alta sensibilidade e uma baixa especificidade. Isso significa dizer que ele altera (aumenta) precocemente, mesmo quando os danos são ainda reversíveis e que quando alterado não indica necessariamente dano pelo álcool – ele pode estar aumentado por outras causas. O exame aumentado indica apenas a necessidade de uma avaliação mais criteriosa. Uma Gama-GT normal significa ausência de dano pelo álcool.
É altamente recomendável que pessoas que têm o hábito regular de tomar bebidas alcoólicas por prazer ou necessidade profissional, que evite faze-lo com o estômago vazio, que dê, sempre que possível, tempo para o organismo metabolizar o álcool e que faça uma dosagem semestral da Gama-GT.
Tão bom quanto elaborar e beber bons vinhos é ter saúde para desfrutar de todos os benefícios e virtudes que este néctar dos deuses pode proporcionar para o corpo e para a alma.
Saúde!!

Curso de Degustação Vinho.....

Conceito
Degustação é perceber, avaliar, definir e descrever sensações. É examiná-lo atentamente com o auxilio dos nossos sentidos para determinar suas características organolépticas, suas qualidades e seus defeitos.
Técnicas de degustação
1. Deve-se colocar uma quantidade de vinho correspondente a 1/3 do volume da taça.
2. Inclinar suavemente a taça para ter uma melhor visualização da superfície de vinho a ser observado.
3. Utilizar sempre um fundo branco para facilitar a observação da análise visual.
4. Exame Visual:
a. Avaliação da Limpidez
b. Qualidade da Cor: intensidade e tonalidade
5. Exame Olfativo:
a. Taça em repouso
b. Movimento giratório suave
c. Movimento giratório acelerado
6. Exame Gustativo:
a. Ataque
b. Evolução
c. Gosto final e persistência
d. Avaliação global
Etapas da degustação: ANALISE VISUAL
Cor: brancos, rosados e tintos.
Intensidade: Intenso, média intensidade e pouco intenso
Tonalidade: é diferente em vinhos brancos e tintos e em jovens e velhos.
Tintos jovens
Vermelho-violáceo-intenso Vermelho-rubi com reflexos violáceos Vermelho rubi
Tintos velhos
Vermelho rubi com reflexos laranja Vermelho-granada Vermelho-granada com reflexos laranjas
Brancos jovens
Branco com reflexos esverdeados Branco com reflexos dourados Branco com reflexos amarelos
Brancos maduros ou oxidados
Amarelo dourado Amarelo âmbar
Limpidez
Brilhante, límpido, claro, velado, opaco, turvo.
Viscosidade
observa-se imprimindo um movimento rotativo a taça, de forma a fazer com que o vinho escorra pelas bordas formando as chamadas lágrimas, ou arcos, os quais são avaliadas quanto a seu tempo de formação e velocidade de escorrimento. Quanto mais intensas e consistentes forem às lágrimas, ou arcos, maior o teor de álcool e glicerina do vinho.
Presença de gás
É observado em vinhos tranqüilos, frisantes e espumantes. Nos espumantes devemos analisar o “perlage” (denominação francesa para o gás carbônico) observando dois fatores, o tamanho da borbulha e a persistência da espuma. Quanto menor o tamanho da bolha e mais persistente, melhor a qualidade da elaboração do espumante.
ANÁLISE OLFATIVA
Qualidade: agradável ou desagradável. Intensidade: muito intenso, intenso, média intensidade ou pouco intenso.
Classificação dos Aromas:
Primários
são aromas provenientes das uvas. Não persistem muito no vinho, pois durante a fermentação formam-se muitas substâncias secundárias aromáticas que fazem com que os aromas da uva não sejam os únicos predominantes. Nas uvas aromáticas, como o moscato, são facilmente identificados.
Secundários
são provenientes da fermentação, uma vez que neste processo são formadas muitas substâncias. São distintos em brancos, roses e tintos: Nos brancos e roses - aromas frutados (maçã, abacaxi, pêssego, pêra…), florais (rosa, cravo, jasmim...), minerais, herbáceos (feno, grama) e adocicados (mel, compota).
Nos tintos - aromas de frutas vermelhas e negras (cereja, amora, groselha, cassis...), de frutas maduras ou secas (ameixa, avelã, amêndoa, nozes…) de especiarias, de vegetais ou herbáceos, de madeira, aromas animais (couro), adocicados (compota, mel, melado), químicos e etéreos (acetona, álcool, enxofre, fermento, pão, leite, manteiga,) e empireumáticos (torrefação, tostado, defumado, tabaco, café, chocolate).
Terciários
São provenientes do conjunto dos aromas anteriores, somados aos originados durante o amadurecimento do vinho na barrica e ao seu envelhecimento na garrafa. Obrigatoriamente é necessário um envelhecimento em garrafa para ser denominado terciário. Estes aromas constituem o chamado “buquê”, que estão presentes nos bons vinhos, e que também são chamados de aromas evoluídos.
ANALISE GUSTATIVA
Sabores
Doce: identificado na ponta da língua.
Ácido: identificado nas porções laterais da língua. É mais perceptível nos espumantes, nos brancos e nos roses que nos tintos.
Amargo: identificado parte posterior da língua. Em geral está presente nos vinhos, mas não deve ser muito intenso para não tornar o vinho desagradável.
Salgado: identificado na parte central e lateral da língua. Normalmente não existe no vinho, mas as vezes é confundido com sabores minerais ou metálicos que lembram o salgado.
PERCEPÇÕES TÁTEIS
Corpo: É a sensação de opulência provocada pelo vinho à boca. Vinhos de bom corpo ou ditos encorpados, são vinhos untuosos na boca e nos dão a sensação de que poderíamos mastigá-lo. Vinhos de pouco corpo ou "magros" são vinhos "aguados". O glicerol é um dos componentes do vinho que mais contribui para dar essa estrutura ao vinho.
Adstringência (Tanicidade): é a sensação que trava a língua, que seca a boca, é semelhante à comer uma banana ou um caqui verde. É provocada pelos taninos do vinho.
Gás Carbônico: é percebido nos vinhos espumantes e frisantes e causa na boca uma sensação de frescor, ou o chamado "efeito agulha", que é como se houvessem agulhas picando a língua.
Teor Alcoólico: é a sensação de calor que o álcool confere à boca. Quanto maior o teor alcoólico no vinho, mais intensa será a sensação de calor percebida.
Temperatura: é a sensação causada pela temperatura em que o vinho é servido.
Equilíbrio: é a sensação causada pelo equilíbrio entre os quatro sabores (acido, doce, amargo, salgado) a adstringência, ou tanicidade e o teor alcoólico, que gera uma sensação global complexa e agradável.
SENSAÇÕES COMPLEXAS
Retrogosto ou Aroma de Boca: É a sensação olfatória percebida ao aspirar o ar com o vinho ainda na boca, ou ao fungar depois de engolir o vinho, de modo que aromas desprendidos sejam levados da orofaringe até cavidade nasal onde serão sentidos na área olfatória.
Persistência: é o tempo que dura a sensação de retrogosto na boca. De 0 a 3 segundos curta, de 4 a 7 segundos média e acima de 8 segundos longa.
Ordem de serviço na degustação:
1. Vinhos brancos antes que os tintos 2. Vinhos jovens antes que os mais velhos, ou de guarda 3. Vinhos secos antes que os doces 4. Vinhos menos alcoólicos antes que os mais alcoólicos
Temperatura de serviço:
Vinhos brancos: suaves/doces: 8°C , secos: 10 a 12°C Vinhos tintos: jovens: 15 a 17°C, de guarda: 18 a 20°C Vinhos rosados: 12°C a 15°C Vinhos espumantes: 6 a 8°C Vinhos de sobremesa ou licorosos: 8 a 10°C
Maturação e Envelhecimento
Maturação: ocorre em barricas de carvalho, em presença de oxigênio (microoxigenação).
Envelhecimento: ocorre na garrafa, com ausência de oxigênio (redução).
Conservação do vinho:
1. Deve-se armazenar o vinho sempre na posição vertical, 2. A luminosidade deve ser nula, ou se necessária indireta e com luz fria, 3. A umidade deve ser observada, não ultrapassando 60%, 4. A temperatura não deve variar e o ideal é manter a 15°C.

A linguagem da degustação.....

O vinho é mais saudável, alegre e cordial das bebidas."
Fruto de uma sinfonia entre a natureza e o conhecimento de alguns homens, o vinho é um produto nobre que, igual a todas as matérias viventes, está submetido ao ciclo do tempo.
O ano de colheita (safra) é o ano do seu nascimento. No primeiro momento é jovem, e logo se torna adulto, alcança a maturidade, e segue até declinar e morrer. Neste último estado o vinho se qualifica de envelhecido ou decrépito. Participam principalmente quatro sentidos na degustação: visão, olfato, paladar e tato. E também a audição tem seu papel protagonista.
O Prazer dos Olhos
Em uma taça incolor, que é essencial para apreciar as distintas nuances do vinho, examinamos em primeiro lugar sua cor e seu aspecto. Se parece brilhante e resplandecente ou ao contrário, turvo ou velado.
A cor dos vinhos tintos muda com o passar dos anos, de um vermelho violáceo ou bordo em vinhos jovens para tons violetas, púrpura e rubi, em quatro ou cinco anos de idade. Logo se tornam âmbar, mogno ou atijolados, ao passar dos dez anos.
Os vinhos brancos podem ser de cor amarelo pálido ou mais sustentado com matizes de limão, ouro, ou quase verde. Ao envelhecer, os vinhos de longa guarda são de cor ouro velho ou cobre.
Ao girá-lo lentamente na taça, o vinho deixa na parede da taça as pernas ou lágrimas que afirmam a presença de álcool e glicerol (um constituinte natural), que proporciona untuosidade e redondez ao vinho, ou também do açúcar residual como nos grandes vinhos brancos de Sauternes ou Touraine.
Em uma taça “flute” de espumantes, os olhos brilham e se alegram perante os milhões de finas borbulhas que se desprendem e formam o colar de pérolas sobre o nível do líquido: a sedutora perlage.
É aconselhável evitar a sugestão da visão para antecipar juízos e decisões sobre a qualidade de um vinho. Deveríamos fechar os olhos para ler as cegas, o aroma e o sabor dos bons vinhos.
Aromas e Bouquet
Um vinho se descobre primeiro pelo seu "nariz" ou seja por seus aromas, florais ou frutados, em função dos perfumes dominantes. Nos brancos encontramos abacaxi, maçã, marmelo, manga, pomelo rosado, no caso do Sauvignon, e o odor de pão torrado e mel nos Chardonnays mais maduros. Nos tintos as vezes florais, violetas são geralmente frutados: bagas vermelhas ou negras caracterizam a juventude.
A videira foi pela primeira vez domesticada pelo homem, era uma hera selvagem de bosques e suas bagas negras eram de sabor ácido com seu típico sabor de frutas vermelhas silvestres, como mirtilos, cassis, framboesas e amoras. A passagem serena por barricas de carvalho lhe outorga complexos sabores de baunilha, caramelo, coco e especiarias.
O envelhecimento na garrafa, forma com o tempo, os sabores frutados e de madeira transformando-se em "bouquet", o encanto dos vinhos maduros na qual se encontra um notável aroma de nozes,tabaco, trufas, couro e de caça. Para descobrir todas essas sensações, a taça deve ser fechada em seu diâmetro superior como uma flor de tulipa.
As Revelações do Gosto
A estrutura, o vinho se qualifica de quente ou se diz que queima quando é muito alcoólico. A acidez e os taninos formam o nervo, o corpo que podem ser leves, caso freqüente dos tintos muito jovens ou amplo, rico, forte, generoso, ou harmonioso quando tudo se transforma em uma redondez agradável, típico das grandes safras ou dos vinhos muito maduros.
A duração em boca significa a persistência gustativa nas papilas. O sentido do tato registra a harmonia e a boa passagem do vinho pela boca. Os vinhos que se convém beber jovens são ligeiramente ácidos, frescos, leves, vivos e nervosos.
Os vinhos de guarda se qualificam de duros e adstringentes nos primeiros anos, para logo abrandarem-se e darem o melhor de si mesmos.
A fineza e a agradabilidade de um bom vinho é a somatória das sensações delicadas que são percebidas em cada um dos sentidos.
O retrogosto é a sensação final que define a qualidade do vinho, quando ela convida o provador ou degustador a repetir ou beber mais um gole. Quando o vinho não convida a um segundo gole, seguramente ele não é bom ou é medíocre.
A audição também é protagonista
No mundo dos gourmets que não dispõem da visão, a fina sensibilidade da audição lhes permite distinguir se o vinho que é servido na taça é branco ou tinto, pela intensidade do golpe sobre o cristal quando o vinho é servido.
Com o ouvido, também aprendemos os segredos da degustação, ao escutar um especialista em vinhos, quando nos ensina as etapas da degustação.
O som da abertura de uma garrafa nos permite distinguir a qualidade do produto em vinhos tranquilos ou espumantes.
Porém o mais excitante do ouvido é escutar o toque do cristal e o desejo de Saúde, em brindes antes de degustar um vinho em companhia de entes queridos.
Este ato sublime prepara-nos psicologicamente para desfrutar melhor esta bebida milenar, e os efeitos saudáveis de um consumo inteligente de vinhos.
O que aborrece nesse sentido, é a intensa subjetividade que predispõe, cada vez que um apressado amante do vinho, se adianta a emitir suas opiniões orais em cada estimulo do vinho, inclusive antes de degustá-lo. Isto sugestiona a todos da reunião, e muitas vezes conduzem a uma opinião generalizada sobre a qualidade do vinho, que às vezes não é real.
Portanto, a melhor degustação deve ser feito em silêncio, longe de pseudo-especialistas que estragam tudo. Só é um grande degustador aquele que define o vinho na segunda taça. Os que o fazem antes, são apenas amadores mal ensinados.

A Arte de espumatizar um vinho.....

religioso D. Pérignon não poderia imaginar que a sua descoberta faria tanto sucesso ao longo dos séculos.
Champagne, espumante ou cava, independente do nome atribuído a esta segunda fermentação, tornou-se sensação mundial.
Trata-se de um vinho para qualquer ocasião, clima ou harmonização. E neste clima de Festas de Fim de Ano, é inevitável mencionarmos este fantástico vinho.
Vinho Espumante
O Vinho Espumante tornou-se sinônimo de celebração. É um vinho para qualquer ocasião, clima ou harmonização. O espumante é um vinho que passou por duas fermentações, e resulta da perfeita combinação de uma eleção de variedades (naturalmente mais ácidas), que se destinarão a elaboração do "vinho-base" (primeira fermentação), que pode ser "cortado", ou seja, podem-se combinar diferentes tipos de vinhos-bases, e de diferentes safras, com o objetivo de equilibrar e harmonizar as características de cada variedade para resultar em complexidade do espumante.
Os métodos de elaboração mais utilizados e difundidos são o Champenoise e o Charmat.
O Champenoise ou Clássico é o método tradicional, onde a refermentação é feita a partir da eleção do vinho-base e da adição de açúcar e leveduras, que produzirão gás carbônico, que aprisionado na garrafa torna o vinho espumante.
O Charmat a segunda fermentação ocorre em autoclaves (tanques de inox ou fibra de vidro fechados), depois o vinho é resfriado, filtrado e transferido sob pressão para um segundo tanque, adoçado com o licor de expedição e engarrafado.
O nível de doçura do licor de expedição (mistura de espumante e açúcar) acrescentado ao espumante depois do "degorgement" no Champenoise, ou antes do engarrafamento no charmat, determina o grau de açúcar do espumante:
- Extra Brut: muito seco, até 6g/litro de açúcar,
- Brut: seco, menos de 15g/litro de açúcar,
- Séc ou Dry: de 16g a 35g/litro de açúcar,
- Demi-sec ou Médium-dry: de 35g a 50g/litro de açúcar.
O Asti é um dos métodos mais conhecidos e apreciados na Itália, produzido com uvas moscatéis é um vinho aromático e meio doce.
Este método consiste em fermentar o mosto uma única vez, em tanques de pressão e interromper o trabalho das leveduras, quando o resíduo de açúcar chegar a 20g/litro ou mais. Depois o vinho é decantado e centrifugado antes do engarrafamento. O resultado é um espumante leve, aromático, doce e de baixo teor alcoólico (7% a 10% de álcool).
Bem agora que você já teve uma noção básica sobre a arte de espumatizar um vinho,aprecie e divirta-se nas maravilhosas borbulhas do espumante e Boas Festas! Tim-tim!

O Serviço do Vinho....

Para um bom serviço do vinho é importante observar os seguintes critérios:
A Seqüência Dos Vinhos
Vinhos brancos antes que os tintos, Vinhos secos antes que os demi-sec ou doces, Vinhos jovens antes que os envelhecidos, Vinhos leves de corpo antes que os mais encorpados, Aperitivos: somente secos, seja vinhos ou espumantes, Sobremesas: demi-sec ou doces, seja espumantes ou vinhos.
A Temperatura Ideal
Espumantes Demi-Sec (doces) = 4 a 6ºC Espumantes Brut (secos) = 6 a 8ºC Vinhos Brancos Demi-Sec (suaves) = 6 a 8ºC Vinhos Brancos Secos = 8, 10 ou 12ºC Vinhos Rosados = 8 a 10ºC Vinhos Tintos Jovens = 14 a 16ºC Vinhos Tintos Envelhecidos = 16 a 18ºC
Momento da Abertura
Vinhos brancos ou tintos guardados por períodos superiores a 4 meses, sofre o efeito da ausência de oxigênio que provoca uma inibição de suas características aromáticas. Para ressaltar um vinho nessas condições é necessário oxigená-lo, para isso, basta abri-lo 1 ou 2 horas antes.
Para vinhos guardados há muitos anos o ideal é fazer uma decantação, ou seja, transferir o vinho da garrafa para uma jarra ou decantador.
Saca-Rolhas
Este fiel escudeiro é o responsável pela abertura da garrafa. Existem diversos tipos de saca-rolhas, dar preferência aos mais práticos, aos que não moem a rolha e escolher o que melhor se adapta a nós é fundamental.
Para abrir adequadamente uma garrafa deve-se primeiro remover a cápsula, logo abaixo da saliência do bico da garrafa, e após remove-se a rolha.

Breve história do Vinho.....

O cultivo da videira e a elaboração do vinho remonta a mais alta antigüidade. As viníferas tiveram origem na Ásia Menor, mais especificadamente entre a Pérsia e a Armênia, de onde se propagaram para o Egito. As inscrições encontradas nas tumbas egípcias nos dão certeza que este povo cultivava a videira uns 8 a 10.000 anos antes de nossa era. Do Egito a viticultura propagou-se para o norte da África, Grécia, Itália, França e Espanha. Por seu poder inebriante, o vinho sempre esteve associado a divindades e ao sobrenatural e, logicamente, envolvido em lendas. Dos costumes cartagineses e romanos e citados pela própria Bíblia, o vinho passou a fazer parte da vida do Homem. Devido à natureza seguir seu curso espontaneamente, originou a fermentação dos frutos, surgindo assim o vinho.Tido como um alimento, uma vez que era a forma de conservar a uva, preciosa comida na época, portanto a mais antiga bebida após a água. Em 1857 os memoráveis estudos de Paster davam a explicação científica da fermentação alcoólica, do envelhecimento dos vinhos e de suas enfermidades, abrindo uma luz para os primeiros processos enológicos. O início do cultivo da parreira no Brasil data de 1532, na capitania de São Vicente, introduzido por Martim Afonso de Souza que trouxe as primeiras mudas da Europa. No Rio Grande do Sul data de 1875, com a chegada dos primeiros imigrantes italianos, principalmente na Serra Gaúcha. Dos tempos de nossos ancestrais aos dias em que vivemos certamente vai uma gigantesca distância. Porém se analisarmos a agia que esta nobre bebida exerce sobre as pessoas, não encontraremos muitas diferenças. “ O vinho reúne, liberta e faz amigos, ontem, hoje e sempre.”

Vinhos brasileiros ganham destaque nas prateleiras de supermercados de seis estados.......

A partir deste mês 267 pontos de venda estão integrados na campanha que foca no incremento da visibilidade dos produtos nas gôndolas, na esteira do inverno e da Copa do Mundo no país
Os números da ação promocional desenvolvida pelo Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) junto aos pontos de venda, em especial nos supermercados, para aumentar a venda de vinhos brasileiros no inverno são superlativos. Entre os dias 1º de maio e 1º de julho, 18 redes e 261 lojas, além de três lojas especializadas e três de comércio online, darão espaço privilegiado para os produtos verde-amarelos nas suas gôndolas.
Amparado na estatística que aponta que de cada quatro garrafas de vinho, três são vendidas no off trade, e na visibilidade dos produtos brasileiros em função da realização da Copa do Mundo no país, o instituto deu a largada ao trabalho em conjunto com lojas de seis estados, em três regiões do país. O concurso cultural Beba Com Descontração e promoções de "compre e ganhe" impulsionam a imagem dos produtos e devem elevar a venda nos supermercados. A projeção do Ibravin é a de que, nas lojas em que a campanha foi ativada, a venda de rótulos verde-amarelos tenha um incremento de 30%.
"O objetivo é potencializar a performance dos vinhos brasileiros no ponto de venda, melhorando exposição, gerando venda e relacionamento com os consumidores finais. Em ações piloto realizadas no período de final de ano e carnaval, o desempenho foi excelente". O gerente de Promoção do Ibravin, Diego Bertolini, é quem traduz a meta até o mês de julho e que é um dos desdobramentos do acordo firmado entre o setor e as entidades que representam supermercadistas, distribuidores e importadores em 2012 para aumentar o espaço do vinho brasileiro no mercado interno.
A campanha envolve desde grandes redes nacionais e lojas especializadas a supermercados de abrangência regional. O Ibravin fornece materiais como régua de gôndola, stoppers e tag de garrafas, além de promover o concurso cultural em que os cinco melhores conjuntos de frase e imagem são premiados com uma viagem à Serra Gaúcha com acompanhante. As vinícolas também receberam os enxovais e puderam colocá-los diretamente em pontos de venda com os quais tem parceria comercial.
"Essas promoções, realizadas a menos de um mês do início da Copa e que coincide com um período de aumento sazonal de vendas, nos dá a certeza de que teremos um incremento ainda maior nos resultados de comercialização. A entrada dos vinhos brasileiros com força no festival Brasil Sabor completa essa estratégia de ampliar a exposição para incentivar o consumo", detalha Bertolini, numa referência à parceria firmada entre o Ibravin e a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) que levou os produtos vitivinícolas brasileiros para as cartas de cerca de 500 restaurantes, em todo o país, no maior festival gastronômico do mundo que ocorre durante este mês.
No total, 4,8 mil kits e 1,3 mil taças serão distribuídas nas promoções de compre e ganhe em lojas nos três estados da região Sul, em São Paulo e Minas Gerais, do Sudeste, e Ceará, no Nordeste. Nas lojas online são disponibilizados banner de divulgação nos sites e tags para as garrafas vendidas por e-commerce.
Concurso cultural Beba Com Descontração
A plataforma do concurso cultural Beba Com Descontração está disponível no site www.bebacomdescontracao.com.br. Os participantes são convidados a escrever uma frase que responda a pergunta: o que é para você beber com descontração os vinhos do Brasil? Após, deve selecionar uma foto de uma lista pré-determinada ou enviar a própria imagem que ilustre a frase criada. Os melhores conjuntos de frase e foto serão avaliados ao final do concurso por uma comissão julgadora e as cinco vencedoras serão premiadas com viagens com acompanhante para a Serra Gaúcha com hospedagem, passeios turísticos, visitas a vinícolas além de almoços e jantares harmonizados regados a vinhos brasileiros.

Vinhos brasileiros são degustados por enófilos de Nova York......

Cinco vinícolas integrantes do projeto Wines of Brasil participam do Around the world in 80 sips (Volta ao mundo em 80 goles), evento direcionado a apreciadores de vinhos em Nova York (EUA). É a quinta vez que o Brasil participa da programação, promovida pela Bottlenotes, empresa de mídia interativa com foco na elaboração de vinhos e cervejas artesanais, nos Estados Unidos. O Wines of Brasil é um projeto setorial de promoção de exportações realizado pelo Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) e pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil).
A mesa brasileira contará com 10 rótulos, entre vinhos e espumantes, das vinícolas Aurora, Basso, Miolo, Perini e Salton.
“O Around The World in 80 Sips é um evento direcionado a um público seleto de amantes de vinho e, neste ano, ocorre em 14 importantes cidades dos Estados Unidos. É muito importante a exposição dos vinhos brasileiros em eventos deste porte e conceito, agregando valor aos nossos produtos”, afirma Mônica Tartaro, analista de Promoção ao Mercado Externo do Ibravin, responsável pelo mercado americano no Wines of Brasil.
De janeiro a setembro de 2014, as vinícolas integrantes do Wines of Brasil exportaram para os Estados Unidos 79.263 litros de vinhos (USD 268.459,00).
Confira os rótulos participantes: - Basso Vinhos e Espumantes: Monte Paschoal Reserve Merlot e Monte Paschoal Reserve Cabernet Sauvignon - Miolo Wine Group: Miolo Family Vineyards Chardonnay 2013 e Miolo Cuvee Tradition Brut Rose N/V - Vinícola Aurora: Aurora Cellars Reserva Tannat e Carnaval Moscato White Sparkling Wine - Vinícola Perini: Frizzante e Macaw Cabernet - Vinícola Salton: Talento e Intenso
Fonte Ibravin: www.ibravin.org.br

Salton Reserva Ouro conquista a França.....

A Vinícola Salton recebeu, recentemente, distinção no concurso Effervescents du Monde, realizado na cidade de Dijon, na França. O espumante brut Salton Reserva Ouro conquistou a medalha de prata, no evento que reuniu 606 amostras oriundas de 24 países e avaliadas por 100 degustadores.
Fabricante Salton Local de produção Serra Gaúcha, Bento Gonçalves-RS (Brasil) Composição 60% Chardonnay, 20% Riesling e 20% Pinot Noir Graduação alcoólica 11,50% Sabor fresco agradável boa plenitude de boca e boa sensação após o consumo. O produto é elaborado pelo clássico método Charmat longo, ou seja, permanece em contato com as leveduras por, no mínimo, nove meses, tempo necessário para dar complexidade de aromas e sabor, além de proporcionar espuma e cremosidade. Para desenvolver o espumante, o diretor-técnico e enólogo da Salton, Lucindo Copat, e a equipe da vinícola, contaram com a assessoria do diretor-técnico do Institut Enologique de Champagne (IOC), o francês Jean Pierre Valade. O IOC é uma das entidades mais respeitadas do mundo com sede em Epernay – Região de Denominação de Origem (DOC) do Champagne. Assim, o já emblemático espumante, lançado em 1999 nas comemorações da virada do século, ganhou finas e persistentes borbulhas, além de estrutura e presença no paladar.
Conhecido pelo seu sistema rigoroso de avaliação, o Effervescents du Monde premiou mais 10 amostras brasileiras.

MICAELA LANÇA NOVOS DRINQUES.....

As noites do restaurante Micaela prometem ficar ainda mais animadas. Isso porque chef Fábio Vieira, com a ajuda do barman Frederico Santos, acaba de incluir novos drinques na carta da casa. São sete novidades, dentre elas, seis com toque brasileiríssimo, a cachaça. Para começar, o Suspiro Martini (R$28,00) leva cachaça branca (sem envelhecimento), vermouth dry, claras de ovos, sumo de limão, puxuri, açúcar de confeiteiro e é finalizado com tostado de maçarico. A Caipirinha de Pimenta Cheirosa ou Caipirinha de Cheiro (R$28,00) é feita com cachaça branca (sem envelhecimento), pimenta cheirosa do Pará, limão thaiti e redução de fava de aridã que vem em uma garrafinha a parte para ser adicionado a gosto. Já o Aperitivo Micaela (R$18,00) leva cachaça madeirada envelhecida nas opções carvalho, umburana, balsamo ou cerejeira, favo de mel e limão thaiti. Para os amantes de Blood Mary, a versão Micaela (R$28,00) é feita com cachaça madeirada envelhecida em carvalho, tomates cereja, manjericão, suco de tomate natural feito na casa temperado com noz moscada e aceto, finalizado com redução de pimenta dedo de moça e jamon grelhado. Um dos destaques é o Quentão de verão, um drinque batido com cachaça envelhecida no carvalho, limão, chá de capim santo, xarope de alecrim, gengibre e finalizado com uma canela em pau como incenso defumando o drinque. Outra novidade é a caipirinha de Cupuaçu com redução de Jabuticaba (R$28,00) que leva cachaça branca (sem envelhecimento), polpa fresca de cupuaçu, redução de jabuticaba e de mexerica. Para encerrar a carta, o Dandara Gin (R$ 28,00): redução de chá hibisco tônica, gin e espuma de laranja.

sábado, 17 de janeiro de 2015

Venda De Seu Antônio......

https://www.magazinevoce.com.br/magazinebaratoefacio/

As 7 coisas mais originais que apareceram, em Lisboa e no Porto, em 2015.....

Dá nisto, um ano inteiro a falar do que está acontecer numa cidade. O que mais gostámos de conhecer, o que mais gostámos de provar, o que mais gostámos de visitar e, sobretudo, o que mais gostámos que tenha vindo para ficar. Com eles, Lisboa e Porto ficaram a ganhar e nós também
LISBOA 1 - VILLAGE UNDERGROUND LISBOA
Uma "ilha" de criatividade Aberto em abril, o Village Underground Lisboa (VU), em Alcântara, tornou-se rapidamente num dos polos criativos da cidade. Ao todo são 14 contentores transformados em escritório e dois autocarros um convertido em cafetaria, outro em sala de reuniões, empilhados na extremidade do Museu da Carris, com vista para a Ponte 25 de Abril. E que podem ser alugados em exclusivo ou partilhados, com direito a eletricidade e internet. À frente deste laboratório criativo está Mariana Duarte Silva, que trouxe o modelo de Londres, onde viveu e trabalhou alguns anos como promotora musical (atividade que ainda mantém, na Madame Management). Entre os residentes, há um escritor português que, por estes dias, termina um programa de televisão sobre literatura. Um italiano e uma brasileira que pegaram numa carrinha Piaggo para vender as verdadeiras foccacias italianas, três amigos dinamarqueses que, ainda esta semana, se estrearam a vender café no Jardim da Estrela, entre outros projetos. No armazém de 150 metros quadrados mesmo ali ao lado, disponibilizado pela Carris, dá-se início no ano que aí vem à segunda fase do VU: uma programação cultural com concertos, exposições, teatro, cinema e conferências que quer trazer ainda mais pessoas a esta agradável "ilha" no meio da cidade. Museu da Carris, R. 1.º de Maio, 103, Lisboa T. 91 626 8941. Ter-dom 10h-18h 2 - RIBEIRA DAS NAUS
Um pedaço de rio devolvido à cidade O calor e os turistas em calção e biquíni já lá vão, agora é o sol de inverno que convida ao passeio ou a ficar a contemplar o rio. Removida a camada de esquecimento que cobriu a Ribeira das Naus durante décadas e concluídas as obras de requalificação em julho passado, Lisboa ganhou mais um troço de passeio ribeirinho e não demorou muito para que tanto os lisboetas, como os estrangeiros que visitam a cidade, se apropriassem deste pedaço à beira do Tejo, entre o Cais do Sodré e o bonito Terreiro do Paço. Se é agora uma Ribeira das Naus da qual podemos desfrutar, é também um lugar cheio de história que foi devolvido à cidade, evocada pelos dois relvados em ligeiro declive a lembrar as rampas para os barcos, e pela recuperação da antiga Doca Seca, posta a descoberto, e da Doca da Caldeirinha, destinada à reparação de embarcações, que hoje se atravessa por um passadiço em madeira. 3 - MERCADO DA RIBEIRA
Todos fomos ao mercado É quase impossível falar do que se passou em Lisboa em 2014 e não falar no Mercado da Ribeira. De portas abertas desde maio, nele convivem, agora, as frutas e os legumes do comércio tradicional com as tendências gastronómicas do momento. O projeto, da responsabilidade da revista Time Out, seguiu, à sua maneira, os caminhos que outras infraestruturas do género andavam a trilhar em Lisboa (guiadas por êxitos semelhantes noutras cidades europeias) mas conseguiu fazer mais e melhor. O Mercado da Ribeira é, hoje, uma incubadora de novos sabores e experiências, onde tanto podem degustar-se (em pequenos restaurantes e a preços acessíveis) as criações de chefes como Alexandre Silva, Miguel Castro e Silva ou Marlene Vieira como as propostas de locais de referência de Lisboa Prego da Peixaria (Sea Me), Pizza a Pezzi, Honorato, Santini, Café de São Bento, Pastelaria Aloma. Na Ribeira ainda é possível comprar enchidos e conservas, espreitar a loja d'A Vida Portuguesa, assistir a concertos e, como se isso não bastasse, ainda lá vimos os jogos do Mundial de futebol. Av. 24 de Julho, 49, Lisboa.
4 - CINEMA IDEAL A CONTRACORRENTE O que dizer quando se decide, nos dias que correm, renovar e abrir à exibição comercial uma velha sala de cinema de bairro? Que é iniciativa tão arrojada quanto louvável esta, empreendida por Pedro Borges, responsável pela Midas Filmes, e pela Casa da Imprensa, e que faz da reabertura do Cinema Ideal, na Rua do Loreto, junto ao Largo Camões, um acontecimento. É que se, em Lisboa, existia uma tradição de cinemas de bairro, a verdade é que estes fecharam quase todos e, no centro histórico, há uma "coroa" onde não existe uma única sala de cinema com programação regular. Inaugurado a 28 de agosto, a poucos dias de comemorar 110 anos, o Ideal vai marcando um cartaz que se quer diferente dos demais. Um misto de cinema de circuito comercial, sobretudo português, com cineclube, que cruza públicos diferentes e incentiva à descoberta, complementado pelo Salão Ideal (no primeiro andar do edifício, com entrada pela porta ao lado), para onde se mudou recentemente a livraria Fyodor Books, com boa literatura em segunda mão e o catálogo completo de DVDs da Midas Filmes e da Alambique para venda. No final de janeiro, abrirá finalmente a cafetaria. Com o saudoso cinema King, os lisboetas viram acontecer qualquer coisa de parecido R. do Loreto, 15-17 Lisboa T. 21 099 8295 5 - PHO-PU
As sopas que nos faziam falta Desde a sua abertura, em julho passado, que o restaurante Pho-Pu, no Intendente, já bem perto do Martim Moniz, não tem passado despercebido. O fenómeno não se explica com um chefe de cozinha prestigiado ou com uma decoração aprimorada, mas "apenas" na originalidade da ementa. É o primeiro e o único restaurante a servir sopa vietnamita pho (um tipo de massa produzida com farinha de arroz) por cá. Atenção que quem ali se senta tem de estar preparado para vencer a barreira linguística com as empregadas, de origem chinesa, que mal falam e entendem português. Mas o leitor não se preocupe: na verdade, meia dúzia de palavras são suficientes para que o seu pedido seja atendido. Para a mesa vem uma travessa com um quarto de limão, uma malagueta cortada às fatias, rebentos de soja e folhas de manjericão, hortelã e um molho picante, tudo isto em separado. E eis que a dúvida surge: o que fazer com todos estes ingredientes? Poucos minutos depois, é a vez de uma grande tigela (ideal para duas pessoas partilharem), com o caldo de carne a fumegar. Lá dentro vem a massa de arroz (pode escolher-se massa chinesa, massa de arroz vietnamita ou massa de arroz chinesa), a carne de vaca (em bolinhas e pedaços), os coentros e a cebola. Uma breve explicação responde à interrogação inicial: o conteúdo da travessa deverá ser adicionado à sopa (a ordem e a quantidade fica ao critério de cada um). Só mais um detalhe: Huang Yongjie, o proprietário, é de origem chinesa e nunca pisou solo vietnamita, mas que as phos estão à altura das que se comem no Vietname, lá isso estão. R. do Benformoso, 76, Lisboa T. 21 130 7473, 96 633 0198 6 - MANTEIGARIA
Um pastel de nata que é pastel de nata Quase nunca as melhores ideias são as mais extravagantes. Tãopouco as mais aparatosas. No caso da Manteigaria, que abriu no final de julho, chega a ser ridículo falar-se em "conceito" (para, com alguma irritação, utilizar uma palavra da moda). Tomou o nome e a imagem gráfica da antiga Manteigaria da União que ali existiu e, de há cinco meses para cá, vende pastéis de nata, cafés, chás, sumos e pouco mais. Tudo para comer ao balcão, que lugares sentados é coisa que ali não existe. Os pastéis de nata são muito bons (o segredo, diz Aristides Rocha Vieira, um dos sócios proprietários, está no facto de apenas utilizarem manteiga e nada de margarinas industriais), estão sempre a sair (nos melhores dias, vendem quatro mil) e não têm um preço escandaloso (€1). Além disso, numa cidade cheia de "conceitos" e de "espaços" (para utilizar outra palavra da moda igualmente irritante), a Manteigaria, no fundo, no fundo, é tão simples quanto isto: um balcão, bem localizado, e com bons pastéis de nata. Rua do Loreto, 2 T. 21 347 1492. Seg-dom 8h-24h 7 - ESPAÇO ESPELHO D'ÁGUA
Espírito de explorador Em 2014, o edifício construído, em 1940, para a Exposição do Mundo Português recuperou parte do seu esplendor quando, em setembro, voltou a abrir sob a orientação de um novo "explorador". Mário Almeida, nascido em Angola, mas criado em Lisboa, é o responsável por este novo Espaço Espelho d'Água, multicultural, inspirado nos Descobrimentos e nas culturas por onde os portugueses passaram. Agora, ir ao Espaço Espelho d'Água (projeto do arquiteto Duarte Caldas de Almeida e do ateliê de design Pedrita) é explorar o desenho do artista angolano Yonamine (presente na calçada portuguesa da entrada), o jardim vertical projetado por Michael Hellgreen (que envolve toda a zona da cozinha), o mural restaurado de Sol Hewitt (na parede da sala do restaurante) e os carrinhos de serviço recuperados de um antigo hotel intervencionados por Pedro Campelo. Mais: as exposições, a música ao vivo e a cozinha (com uma ementa baseada em receitas portuguesas, brasileiras, moçambicanas, cabo-verdianas ou são-tomenses). T-Club, paz à tua alma. Av. Brasília, Lisboa T.21 301 0510. Seg-dom 10h-1h PORTO 1 - RUA DAS FLORES
Uma rua devolvida às pessoa Bandeira do executivo de Rui Rio, o requalificado eixo Mouzinho da Silveira -Flores foi concluído já no mandato de Rui Moreira. Se na primeira artéria se fez a ligação à Rua Sá da Bandeira e disciplinou o estacionamento, nas Flores devolveu-se a cidade às pessoas e ao comércio. Mas não só. Cafés, restaurantes e gelatarias estenderam-se à esplanada à espera de turistas. Portugueses e estrangeiros. Desde junho, no seguimento desta alteração, o movimento e as vivências são outras. Por convocatória do município, cinco artistas fizeram das caixas da EDP objeto de intervenção artística, tornando aquela que é uma das mais antigas ruas do centro histórico no novo centro da arte urbana na cidade. Por um dia, ela fez-se palco, entre o Largo dos Loios e de São Domingos, a Praça das Cardosas e a Estação de São Bento, para acolher a terceira edição de A Festa é Aqui (em setembro). Performances artísticas, música, workshops e mercado urbano fizeram a rua marcar posição como um dos lugares mais animados da cidade, com centenas de pessoas a celebrarem o fim do verão, em ambiente vintage. Para uma volta, dois dedos de conversa na esplanada ou compras, a Rua das Flores já entrou no roteiro da cidade. 2 - ARTE URBANA
O Porto é uma tela O ano de 2014 vai ficar marcado a tinta. A figura de D. Quixote de La Mancha, acompanhado pelo inseparável e fiel escudeiro Sancho Pança, desenhada e pintada por três artistas do Coletivo RU+A, deixou de ser símbolo de uma utopia para se tornar um caso bem real. Um ano depois do licenciamento do primeiro mural legal da cidade, no cruzamento entre as ruas de Diogo Brandão e Miguel Bombarda, o Porto vive agora tempos menos cinzentos. A honra de abrir o caminho para uma liberdade nunca antes vista na arte urbana coube a Mesk, Fedor e Mots, os autores da pintura, mas o que se seguiu foi uma explosão de criatividade e cor. Hoje são vários os edifícios e as paredes que a autarquia permitiu transformar em tela gigante, como o parque de estacionamento da estação de metro da Trindade, assinado por Mr. Dheo e Hazul Luzah, dois dos mais conhecidos graffiters nacionais. Entre os vários momentos altos do ano, esteve, também, a exposição de dezenas de artistas no edifício AXA, que se estendeu a outras ruas da cidade (incluindo a Avenida dos Aliados, com as velhinhas, e cada vez menos usadas, cabinas telefónicas a ganharem nova e colorida roupagem), e o festival Push Porto, realizado pela organização cultural CIRCUS e que contou com workshops, palestras, conferências e exposições de pinturas do melhor que a cidade tem para oferecer. 3 - HOUVE LIVROS NO JARDIM
Literatura Sob o tema Liberdade e Futuro, a Feira do Livro do Porto foi organizada, pela primeira vez em 80 anos, pela Câmara Municipal do Porto, reunindo 107 stands. "Esta nova edição marca a abertura de um novo ciclo, que transformou a tradicional feira do livro num acontecimento que junta cultura, animação, lazer e gastronomia", disse Rui Moreira. O diferendo com a Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL) não impediu que o recinto os jardins do Palácio de Cristal esgotasse a lotação. Houve debates, ciclos de cinema, exposições, programação infantil, espetáculos de spoken word e animação de rua, sempre à volta dos livros, transformando a feira numa espécie de festival literário. O balanço final foi positivo, com mais de 200 mil visitantes e vendas superiores às das edições anteriores. Ainda que com alguns ajustes, o modelo de organização deverá manter-se no futuro. Em 2015, a Feira terá como tema a Felicidade e irá homenagear a Agustina Bessa-Luís. Jardins do Palácio de Cristal 4 - RIVOLI
E dançou! A sala de espetáculos foi "devolvida" ao Porto depois de anos sem produção própria e o público respondeu muito bem aos espetáculos apresentados neste último trimestre (os preços acessíveis do início ajudaram), no programa O Rivoli já Dança!. O nome traduzia a grande aposta na dança e nas artes do corpo, que na última década estiveram mais afastadas da cidade. "Este palco será o do desassossego", afirmou Paulo Cunha e Silva, o vereador da cultura da equipa de Rui Moreira. Começou em setembro, com uma criação de Anne Teresa De Keersmaeker, Mozart Concert Arias, interpretada pela Companhia Nacional de Bailado. Mas também passaram pelo palco do Rivoli as coreografias de Marcelo Evelin, Victor Hugo Pontes, Olga Roriz, Paulo Ribeiro, entre muitas outras, além das músicas de Sérgio Godinho e dos Dead Combo, as conferências do Fórum do Futuro e as sessões do novo festival de cinema documental Porto/ Post/Doc. Propostas entre o popular e o cosmopolita, para não alienar públicos. Em janeiro, será a vez de Tiago Guedes, o diretor artístico escolhido por concurso, revelar as linhas da sua programação. Teatro Municipal Rivoli, Pç. D. João I T. 22 339 2201 5 - GALERIAS LUMIÈRE
Um centro comercial "alternativo" O antigo centro comercial dos anos 80, onde muitos portuenses se recordam de ter assistido aos primeiros filmes, reabriu no último verão. As lojas, dotadas ao abandono durante anos, viram nascer novos inquilinos. Na sua maioria, jovens com sangue novo, vontade de contribuir para a revitalização da Baixa do Porto e de ressuscitar o "velhinho" centro comercial, "encaixado" entre as ruas José Falcão e das Oliveiras. Há agora mais de uma dezena de projetos de comércio e de restauração a funcionar (alguns em versão temporária, de porta aberta até meados de janeiro, como O Respigador e a Respigadora e o Porto Brands). À resistente e antiga livraria Poetria, juntaram-se lojas de cerâmica, de artigos e produtos para bebés e crianças, mercearias (uma luso italiana e outra japonesa) e vários projetos gastronómicos de sanduíches, crepes, croissants e gelados. Em breve, surgirá ainda uma loja de sapatilhas. Nas novas Galerias Lumière, não falta, sequer, um engraxador à moda antiga. Inês Magalhães, que esteve na génese da revitalização, acredita que "as bases estão lançadas". Agora, só falta que a cidade as agarre com unhas e dentes. R. José Falcão, 157 e R. das Oliveiras,72, Porto 6 - CASA DE CHÁ DA BOA NOVA
O regresso aguardado A "menina dos olhos" de Siza Vieira, uma das obras mais conhecidas do arquiteto português, projetada nos anos 50, reabriu, renovada, em julho. O monumento nacional, situado junto ao mar, em Leça da Palmeira, esteve dotado ao abandono durante longos meses. E este ano, tornou-se não só um exemplo de arquitetura, mas também da gastronomia. Ao chefe Rui Paula foi entregue a concessão do restaurante, onde, com o Atlântico aos pés, pode degustar cozinha de autor como lula gigante dos Açores, foie gras com marmelo ou pintada e a sua canja. Se agora quiser visitar a Casa de Chá da Boa Nova, terá de reservar antecipadamente através da Casa da Arquitetura, entidade que gere o monumento. As visitas individuais decorrem às quartas e sábados (10h e 16h) e custam 6 euros. Desde agosto que 750 pessoas visitaram a obra de Siza, a grande maioria estrangeiros (78%), oriundos da Noruega, Suíça, EUA, Itália, Austrália, Reino Unido, França e Áustria. Leça da Palmeira, Matosinhos 7 - CANTINHO DO AVILLEZ
E o chefe chegou ao Porto É um dos lugares mais movimentados do centro histórico do Porto. Um recanto cosmopolita onde José Avillez, o único chefe português com duas estrelas Michelin, sente a simpatia, o carinho e o saber receber da cidade. "É a maior surpresa", confidencia. Aberto desde agosto, o Cantinho, de versão mais apurada, mantém a ideia "de cozinha simples, mas sofisticada", para servir uma "experiência inesquecível". Por cá, admite ter encontrado "hábitos e gostos diferentes", a justificar "a ligação da carta à cidade". Às portuguesinhas e à alheira crocante vai juntar "uma espécie de francesinha", no primeiro trimestre de 2015. Certo é que o prato mais pedido continuam a ser as "vieiras com risoto de açafrão". "Ao contrário do que diziam, as pessoas gostam do que é diferente", comenta. A carta sofreu apenas pequenos acertos e, agora, tem sete pratos fixos ao almoço. Para quem não gosta de ficar à porta, o melhor mesmo é reservar no dia anterior durante a semana e uns dias antes no fim de semana.

Rosés 2014, qualidade e frescura.....

Adega de Borba rosé Alentejo 2014 ***/**** - €2,99
Bonito à vista, perfumado nos aromas, equilibrado no álcool (12,5% vol.), é um rosé a que faltará um pouco mais de acidez, que o torne mais fresco. O Aragonês e o Syrah moldaram-lhe a cor, estrutura e sabores frutados.
Herdade do Esporão Vinha da Defesa rosé Regional Alentejano 2012 ***/**** - €4,35
As mesmas castas do vinho anterior trouxeram um vinho diferente: cor de morango, sabores a framboesas e cerejas e com mais frescura apesar de ser mais alcoólico: 13,5 vol. álcool.
Monte da Ravasqueira rosé Regional Alentejano 2012 ***/**** - €4,80
Também neste rosé se mantém o Syrah (45% do lote final) a par da Touriga Nacional (dominante com 55%). Com 13% vol. álcool, exibe uma cor de cereja madura e oferece-nos sabores frutados correspondentes.

WWF leva Secretário de Estado da Agricultura ao encontro Ibérico 'Vinhos que Salvam Árvores' ....

Numa tentativa de promover o diálogo entre dois sectores fundamentais para a sustentabilidade dos montados de sobro portugueses e mediterrânicos - a cortiça e os vinhos, a WWF juntou-se à Revista dos Vinhos integrando na agenda do 'Encontro com o Vinho e Sabores 2013' um workshop relacionado com o tema inerente.
Num contexto em que as florestas e montados de sobreiro cobrem aproximadamente 2.7 milhões de hectares de Portugal, Espanha, Argélia, Tunísia e França, providenciando uma fonte vital de rendimento para mais de 100,000 pessoas, e apresentando altos valores de biodiversidade, sendo habitat natural de espécies em perigo de extinção como o Lince Ibérico, a Águia Imperial Ibérica ou o Veado do Norte de África. E porque mais de 15 biliões de rolhas de cortiça são produzidas todos os anos e vendidas à indústria vinícola. O uso da cortiça como vedante de garrafas representa quase 70% do valor total do mercado da cortiça. E ainda porque a indústria vinícola desempenha um papel vital na manutenção do valor económico e ambiental da cortiça e das florestas de sobreiro.
A WWF tem vindo a fazer um apelo ao sector dos vinhos no sentido de optar pela rolha de cortiça certificada FSC (Forest Stewardship Council) como vedante (que garante a sustentabilidade dos montados de sobreiro) e promovendo esta opção entre os consumidores. E foi neste contexto que a WWF lançou o desafio, a um conjunto de especialistas dos dois sectores - a produção, a transformação e a comercialização de vinhos e da cortiça, de aproximar os dois sectores tendo como base a oportunidade que a certificação florestal FSC que a WWF tem promovido em Portugal e no mundo pode representar.
A iniciativa tem como principais objectivos reunir os actores da fileira da rolha de cortiça para discutir os desafios do sector e as oportunidades que a certificação florestal FSC tem representado nos mercado internacionais e aproximar o sector dos vinhos da produção e indústria de cortiça favorecendo a rolha certificada FSC. E finalmente discutir o papel que o sector dos vinhos pode ter na conservação do montado de sobro pela opção da rolha certificada FSC, uma opção responsável que permite a conservação destes ecossistemas. A abertura do encontro estará a cargo do Secretário de Estado da Agricultura, de Angela Morgado da WWF Portugal e Elena Dominguez da WWF Espanha e João Geirinhas, da Revista dos Vinhos.
Segue-se o primeiro painel intitulado O Montado e a Importância das Rolhas com a participação de Miguel Bugalho da WWF, António Gonçalves Ferreira da UNAC, Pedro Borba do Grupo Piedade e Luis Neves Silva da GFTN WWF.
Na mesa redonda Os Vinhos na Conservação do Montado participam João Paulo Martins da Revista dos Vinhos, António Ventura, Presidente da Associação de Enologia, Manuel Botelho, Secretário-geral da Associação Portuguesa de Enologia, Fernando Ventura do Grupo Jerónimo Martins, Jorge Monteiro, Presidente da ViniPortugal e Pedro Baptista da Fundação Eugénio de Almeida.
A WWF, a UNAC e a Fundação Eugénio de Almeida (FEA), no final do evento, vão apresentar ainda o objectivo alcançado de certificar 100 000 hectares de montado de sobro pelo FSC em Portugal apresentando um vinho da FEA engarrafado com rolha certificada FSC (oriundo da propriedade com que se atingiu a marca dos 100 000 hectares de montado certificado pelo FSC) e a plataforma 'Vinhos que Salvam Árvores', um momento simbólico que pretende selar o compromisso do sector dos vinhos com a rolha de cortiça certificada FSC.
Para Angela Morgado da WWF "é evidente que a sustentabilidade das florestas de sobreiro repousa maioritariamente no mercado da rolha de cortiça certificada e que a indústria vinícola tem um importante papel a desempenhar. Se os dois sectores entenderem o repto lançado pela WWF, a biodiversidade de Portugal e do Mediterrâneo será preservada".

CNN fala de vinho português como o 'mais excitante' que os americanos não estão a beber....

O que é que Arinto, Baga, Castelão, Alfrocheiro, Rabigato, Códega do Larinho e Esgana-Cão têm em comum? A pergunta é lançada pelo especialista em vinhos da CNN num artigo cheio de elogios aos vinhos portugueses
Ray Isle , o editor executivo da CNN da secção Food & Wine (Alimentação e Vinhos) descreve Portugal como o vencedor "do prémio para o país vinícola mais excitante do mundo sobre o qual os EUA não sabem o suficiente", depois de dar ao seu artigo o título "O vinho mais excitente que não está a beber".
Realçando que Portugal é produtor de vinho há, pelo menos, uns milhares de anos, o especialista anuncia aos norte-americanos que há mais do que o Vinho Verde, o Vinho do Porto ou o Mateus.
"Há vinhos espetaculares a serem produzidos de norte a sul deste país, brancos e tintos", garante, antes de passar a enumerar as suas escolhas: do Alentejo, o João Portugal Ramos Vila Santa Reserva de 2010 e o João Portugal Ramos Vila Santa Loios branco de 2012; Do Douro o Tons de Duorum branco de 2012 e o Prazo de Roriz de 2011 tinto; Do Dão, o Casa de Mouraz Elfa de 2010 e o Álvaro Castro Dão tinto de 2009; E, para termininar, os verdes Soalheiro Primeiras Vinhas Alvarinho de 2012 e Anselmo Mendes Contacto de 2012.

Os três graus que fazem a diferença na Taylor's......

Empresa famosa pelo vinho do Porto desenvolveu um modelo de viticultura com base num sistema inovador de terraplanagem que contribui para a biodiversidade e sustentabilidade da região
Douro vinhateiro. A mais antiga região demarcada do mundo. O berço do vinho do Porto é uma das áreas agrícolas mais emblemáticas do país e para responder aos desafios modernos, tenta não perder o comboio da sustentabilidade. A Taylor's tem contribuído para a causa e destaca-se por um inovador método de plantação que mantém a qualidade dos seus produtos, sem perder de vista as preocupações ambientais. "A base do modelo é a construção de patamares estreitos, cada um dos quais com apenas uma fileira de vinhas", explica Ana Maria Morgado da Taylor's. "Os patamares são desenhados com muita precisão, usando máquinas de terraplanagem em que o operador é guiado por um sistema inovador de orientação a laser. Isso permite a inclinação dos patamares com exatamente três graus com a horizontal. Com esta inclinação, é possível atingir o equilíbrio entre a penetração da água da chuva no solo e o escoamento do excesso ao longo do patamar, evitando a erosão do solo", garante. Outro dos objetivos que guiam estas práticas biológicas prende-se com eliminar o uso de herbicidas no controlo da vegetação indesejável. Por isso, um caminho entre a linha de videiras e a base do talude permite o acesso de máquinas para não impedir crescimento natural das ervas no declive. Ao longo dessas linhas, realiza-se uma plantação temporária de um tapete de espécies selecionadas.
Clássico do mundo O coberto acaba por morrer naturalmente e pode ser cortado mecanicamente para formar um restolho (nome dado às folhas e caules de cereais que são deixados nos campos após as colheitas). Desse modo, reduz-se a perda de água ao mesmo tempo que se mantém a integridade das encostas e se proporciona um refúgio para os insetos com benefícios claros para a biodiversidade nas vinhas.
A ausência de herbicidas permite que a vegetação se regenere com facilidade e naturalmente em cada ano.
Ana Maria Morgado esclarece que foi "em 1992 que se começou a trabalhar para esta estratégia" e que prémios já atribuídos, como por exemplo o BES Biodiversidade, são um garante que o caminho trilhado está a ser o correto. Presente em 72 países e com um volume de negócios na ordem dos €59 milhões, a Taylor's sente-se na obrigação de ser parte integrante na preservação da região que é o seu sustento. "O futuro do Vale do Douro e do seu ambiente único é também o futuro do vinho do Porto, um dos grandes vinhos clássicos do mundo e uma parte insubstituível do património da humanidade", garante.
O novo modelo de vinha pode mesmo ser utilizado como base tanto para a viticultura sustentável como apenas para a produção biológica pelo que este exemplo se pode agora expandir para outros locais.

Laranjas com Guilherme Corrêa......

Ela será conduzida pelo sommelier Guilherme Corrêa, da importadora Decanter, um dos mais respeitados profissionais brasileiros. Ele apresentará uma seleção dos melhores vinhos "laranja" disponíveis no mercado brasileiro, que integram o portfolio da Decanter. Vinhos "laranja" (o nome foi dado pelos ingleses, mas sua cor, na verdade, apresenta diversas gradações) são brancos vinificados como tintos, ou seja, com períodos longos de contato das cascas com o suco da uva. Além disso, usam técnicas que remetem aos primórdios da vitivinicultura, como, por exemplo, o uso de ânforas de barro para conservar os vinhos. Serão degustados seis vinhos altamente representativos desse estilo, entre eles o Ribolla Anfora 2005, do produtor Josko Gravner, que praticamente reinventou essa forma de fazer vinho. Não perca!
Vinhos que serão degustados:
- Muscat Viejas Tinajas 2013 - De Martino (Itata - Chile) R$ 101,00
- Dettori Bianco Romangia IGT 2011 - Dettori R$ 151,40
- Nekaj 2010 - Damijan (Collio - Itália) R$ 298,00* lançamento da Decanter
- Vitovska Carso 2010 - Zidarich (Carso - Itália) R$ 249,50
- Rebula Opoka 2009 - Marjan Simcic (Brda - Eslovênia) R$ 312,20
- Ribolla Anfora 2005 - Josko Gravner (Collio - Itália) R$ 433,20
*A vaga será garantida somente mediante pagamento.
Observação: Para você que é nosso associado, no ato da inscrição se o sistema acusar o valor de não associado, pedimos a gentileza de entrar em contato conosco através do telefone (11) 3814-7853 ou e-mail luciano@abs-sp.com.br

TOP de Champagne....

Falar em top de Champagne é quase um pleonasmo, mas a seleção dos rótulos que degustaremos no próximo dia 3, às 20 horas (ver relação abaixo) realmente justifica o título.
Só tem bala!!! Por isso, mais uma vez este ano, também cabe se referir a essa degustação como imperdível. Mas é mesmo, ou melhor , quem perder vai morrer de inveja dos que forem. Só tem um jeito de evitar essa desagradável sensação: inscrevendo-se para participar o mais rápido possível !
- Pierre Gimonnet & Fils Champagne Fleuron 1er Cru Brut
- Pol Roger Brut Vintage 2002 (Pol Roger)
- Champagne Pierre Moncuit Blanc de Blancs Cuvée Millesimée Brut 1999
- Drappier La Grande Sendrée
- De Sousa Cuvee des Caudalies Brut Grand Cru
A vaga será garantida somente mediante pagamento.
Observação: Para você que é nosso associado, no ato da inscrição se o sistema acusar o valor de não associado, pedimos a gentileza de entrar em contato conosco através do telefone (11) 3814-7853 ou e-mail abs-sp@abs-sp.com.br

Reguengos de Monsaraz escolhida para Cidade Europeia do Vinho 2015......

Reguengos de Monsaraz, no distrito de Évora, foi hoje escolhida como Cidade Europeia do Vinho para 2015, pela Rede Europeia das Cidades do Vinho (RECEVIN), revelou o município alentejano.
Fonte da Câmara de Reguengos de Monsaraz disse à agência Lusa que a decisão foi tomada pelo júri reunido na assembleia-geral da RECEVIN, realizada hoje em Jerez de La Frontera (Espanha).
Além de Reguengos de Monsaraz, existiam, este ano, outras duas candidaturas portuguesas a esta distinção: uma da Bairrada, envolvendo os municípios de Cantanhede, Anadia, Mealhada, Águeda e Oliveira do Bairro, e outra das câmaras de Monção e Melgaço.
A Cidade Europeia do Vinho 2015 é uma iniciativa da RECEVIN e da Associação de Municípios Portugueses do Vinho (AMPV).

Monção e Melgaço querem ser Cidade Europeia do Vinho 2015.....

As câmaras municipais de Monção e de Melgaço, no Alto Minho, uniram-se em torno do vinho alvarinho e avançaram com uma candidatura conjunta ao título Cidade Europeia do Vinho de 2015
Pretendemos reforçar a aposta na promoção deste produto endógeno, o conceito de qualidade de vida e desenvolvimento económico, social e cultural de forma sustentável, como pilares de futuro para a região", explicam os presidentes das duas autarquias, Augusto Domingues e Manoel Baptista, respetivamente.
O título Cidade do Europeia do Vinho é atribuído pela Rede Europeia de Cidades do Vinho (RECEVIN), uma organização com sede em Barcelona, Espanha, que reúne cidades europeias com fortes ligações ao vinho e viticultores.
A candidatura vencedora da edição 2015 será conhecida dia 24 de novembro, em Jerez de la Frontera, cidade do sul de Espanha a que foi atribuído o título deste ano.
Monção e Melgaço deixaram para trás velhas rivalidades e decidiram "fazer todos os esforços" com o objetivo de vencer esse título, disse à agência Lusa, Augusto Domingues. Pretendem assim o seguir o exemplo de Palmela, que foi designada Cidade Europeia do Vinho 2012.
O autarca acrescentou que "seria importantíssimo" alcançar o galardão para a região, "para promover a excelência" de um território "lindíssimo, com gente simpática" e múltiplas mais-valias como são "a gastronomia, a paisagem e sobretudo o vinho".
Augusto Domingues referiu que a atividade vitícola em Monção e em Melgaço, que são casa-mãe da casta alvarinho, gera uma receita aproximada de "25 milhões de euros", sendo crucial para a economia local.
A região tem "mais de 60 empresas produtoras" de vinho alvarinho, "mais de dois mil produtores-engarrafadores" e produz "mais de quatro milhões de litros", destacou também.
Manoel Baptista, por seu lado, considerou que esta candidatura, apoiada, nomeadamente pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Região do Norte (CCDRN), permitiu "pensar em estratégias para o futuro para a sub-região, no seu todo, alicerçando-a no vinho alvarinho".
A obtenção do título Cidade Europeia do Vinho 2015 "será claramente decisivo para a sub-região e para os dois concelhos", sustentou ainda o autarca de Melgaço.
"Será à forma de nós promovermos e afirmarmos o nosso território naquilo que ele tem de qualidades, como a paisagem, a gastronomia ou o património construído", continuou Manoel Baptista.
O autarca disse que o título seria "importantíssimo para afirmar mais ainda" os vinhos locais, que têm sido "premiados em todo o mundo" e que são "o fator económico mais relevante para os dois municípios".
Os dois autarcas falavam no âmbito de uma visita organizada hoje à sub-região vitícola de Monção e Melgaço para dar a conhecer à comunicação social a candidatura e os seus grandes objetivos. A visita começou pelo Palácio da Brejoeira e passou ainda pela Quinta da Pedra e pela Quinta de Soalheiro, todos produtores de vinho alvarinho.
A iniciativa surge num momento em que se mantém a polémica sobre o eventual alargamento da denominação de origem Alvarinho a toda a região dos Vinhos Verdes, qual se opõe a generalidade dos produtores de Monção e Melgaço.
Portugal tem mais duas candidaturas ao título Cidade Europeia do Vinho 2015: Cantanhede, em conjunto com Anadia, Mealhada, Águeda e Oliveira do Bairro, e Reguengos de Monsaraz, no Alentejo.
A candidatura de Monção e de Melgaço tem quatro embaixadores: o arquiteto Siza Vieira, a artista plástica Joana Vasconcelos, o maestro Rui Massena e o `chef` Vítor Matos.

Parque da Uva está renovado para sua maior festa......

Em uma vistoria realizada nesta sexta-feira (16) no Parque Municipal Comendador Antonio Carbonari, que a partir da próxima semana sedia uma das maiores e mais tradicionais festas do País, o prefeito Pedro Bigardi destacou os esforços que resgataram a essência desse evento nos últimos anos. A estimativa deste ano é de que a 32ª Festa da Uva e 3ª Expo Vinhos de Jundiaí reúna 150 mil visitantes entre 22 de janeiro e 8 de fevereiro.
“É bastante visível o avanço de estrutura da festa desde 2013, quando voltou a contar com esse formato comunitário e passou a ser anual”, observou Bigardi.
CONFIRA AS FOTOS DA CORTE DA FESTA DA UVA 2015
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Mais de mil pessoas, entre profissionais e voluntários, estarão envolvidas diretamente na parte operacional da festa. São 160 expositores distribuídos pelo evento e mais de 140 atrações artísticas locais vão garantir a qualidade da festa para todos os gostos.
Os três pavilhões, que funcionam de forma integrada, estão recebendo desde casas cenográficas e exposições de fotos voltadas tanto para a uva e para a história de 80 anos dessa festa até a “vila das adegas familiares” e diversas outras surpresas aos visitantes, como as pinturas feitas com vinho.
Além dos dois coretos e do palco externo na área que também vai receber caravanas de cavaleiros, tratores, motocicletas e carros antigos, o parque conta com tendas dos artesãos do programa “Jundiaí Feito à Mão” e dos produtos do programa Empório Jundiaí, além de atrações levadas por entidades beneficentes em diversos pontos.
Existem áreas específicas para a minifazendinha e para os brinquedos infláveis do Espaço Criança. Esses espaços recebem atrações culturais fixas ou itinerantes ao longo dos dias de festa. O maior espaço coberto, entretanto, reúne as atrações de gastronomia do Degusta Jundiaí com as atrações das cozinhas levadas por comunidades ou festas tradicionais dos bairros de Jundiaí.
Uma novidade recente é também o espaço de estacionamento criado entre o Parque da Uva e o Centro Esportivo Dr. Nicolino de Lucca (Bolão), oferecendo uma alternativa adicional para os visitantes.
Expansão O secretário de Agricultura, Abastecimento e Turismo, Marcos Brunholi, destaca da importância da uva na história e na identidade da cidade. O foco não está mais na quantidade produzida no município, mas no fato de que o local abrigou o surgimento da variedade da uva niagara rosada, hoje espalhadas por todo o País. “É isso que nos tornou conhecidos como a Terra da Uva”, afirma Brunholi.
A Corte da Uva, que é uma espécie de rosto oficial da festa para todos os visitantes, também está pronta para levar os visitantes ao mundo rural. Com detalhes sobre o modo de tocar nos cachos ainda na videira ou sobre as podas que permitem cultivar uma segunda safra no ano, a rainha e princesas lembram que os portugueses já trouxeram o gosto pela uva e pelo vinho no século 17, mas o surgimento da variedade rosada teve o protagonismo italiano.
Mas foram jundiaienses de todas as origens que levaram o cultivo da uva para o interior paulista, para estados vizinhos e até para novas frentes de produção.