Vinho e uma arte ele tem que ser respeitado como se respeita a uma mulher tem que ser valorizado como se valoriza uma mulher tem que ser guardado no lugar certo como se guarda uma mulher tem que ser bebido como se beija uma mulher e se você fizer tudo isso e um pouco mais você vai perceber o enorme prazer de ter tido paciência e respeito por esse que e uma experiência única, pois vinhos são como as mulheres se bem tratados se mostram com enorme formosura e elegância.
domingo, 28 de junho de 2015
Mais detalhes técnicos.......
O dióxido de enxofre, também conhecido como anidrido sulfuroso,
é produzido naturalmente pelos vulcões e em certos processos industriais.
É um composto químico constituído por dois átomos de oxigênio e
um de enxofre; a sua fórmula química é SO2.
Os fenóis das uvas estão compartimentados, ou seja,
não estão livres, dispersos no suco, mas dentro de
vacúolos no interior da polpa e também nas paredes
das cascas e das sementes. Para otimizar sua
extração, são necessárias algumas condições,
como um Ph adequadamente ácido (não mais do
que 3,7), a presença de um solvente, que é o
próprio etanol que se forma durante a fermentação
e, finalmente, de uma substância capaz de atuar
desestabilizando a integridade das membranas
celulares. É aqui que entra o anidrido sulfuroso. Ele
age de forma eficaz alterando a continuidade da
membrana, facilitando o escoamento dos conteúdos
vacuolares e, de certa forma, atuando também como
solvente, embora não seja possível extrair a totalidade
dos compostos fenólicos das uvas.
A quantidade total de SO2 no vinho é a soma de sua
forma livre com a forma combinada (ou molecular), ou
seja, aquela que por afinidade química se liga a outras
substâncias como açúcares, aldeídos, cetonas e até
mesmo o oxigênio. Somente a forma livre apresenta
ação tóxica. O suco de uva é um meio quimicamente
instável, que tende espontaneamente a se
transformar, sucessivamente, em um produto mais
estável. É assim que ocorre a fermentação
alcoólica, que transforma os instáveis açúcares em
um composto mais estável, o etanol. Finalmente,
tem lugar, a transformação acética do etanol em
ácido acético, último ponto de equilíbrio. Portanto,
entre o mosto e o vinagre encontra-se o vinho, uma
etapa intermediária que para ser preservado como tal,
deve ser estabilizado pela adição de uma substância
que impeça sua natural degradação. O SO2 é o mais
estável destes aditivos.
Leveduras influenciam a cor do vinho...
A cor dos vinhos tintos se deve à extração de pigmentos antociânicos, presentes na casca das uvas tintas, durante a fermentação. Vinhos tintos jovens possuem teores mais elevados de antocianas e os envelhecidos uma maior quantidade de pigmentos polimerizados por condensação. Pouco tem sido atribuído à Saccharomyces cerevisiae a participação na formação dos compostos relacionados com a cor e sua estabilidade.
O trabalho verificou a influência da linhagem de levedura sobre a cor do vinho tinto. Foi efetuada microvinificação com uvas Cabernet Sauvignon, utilizando S. cerevisiae Embrapa 20B/84 e S. cerevisiae 1VVT/97. Os vinhos foram analisados, com relação aos atributos de cor, seguindo um delineamento inteiramente casualizado, com cinco repetições. Os vinhos elaborados com a linhagem 1VVT/97 foram os que apresentaram os menores teores de pigmentos na forma incolor. Entre outras diferenças observadas, a concentração de pigmentos poliméricos (PPC) foi significativamente mais elevada nos vinhos elaborados com esta linhagem.
Fabricantes Mentem Sobre Teor Alcoólico Propositalmente.....
Um estudo da American Association of Wine Economists (Associação Americana de Economistas de Vinho) revelou que fabricantes da bebida anunciam em seus rótulos um teor alcoólico mais baixo de que o que a bebida tem. O estudo, finalizado em maio, foi realizado no Canadá e usou amostras de garrafas importadas das principais regiões produtoras de vinho do mundo.
Ao longo de 18 anos (entre 1992 e 2009), a pesquisa analisou o teor alcoólico de mais 129 mil amostras de vinhos de países como Argentina, Chile, França, Espanha e Estados Unidos, e revelou que os produtores "sistematicamente" minimizam o conteúdo alcoólico da bebida. O estudo não cita os vinhos produzidos no Brasil.
O teor alcoólico médio dos vinhos analisados foi de 13,9%, enquanto o teor médio anunciado pelos rótulos era de 13%. Este número inclui todas as amostras estudadas. No total, 57% dos vinhos traziam números de álcool maiores de que o anunciado nos rótulos. Apenas 10% da amostra avaliada trazia no rótulo a informação correta sobre o teor alcoólico da bebida.
Erro Proposital
A pesquisa alega que medir o teor alcoólico exato da bebida é fácil e importante no processo de produção do vinho, e que pode haver má-fé de muitas vinícolas ao rotular a bebida. "Os erros que encontramos não foram feitos de forma inconsciente", dizem os pesquisadores no texto final.
Os pesquisadores alegam que as vinícolas americanas têm incentivos indiretos para "distorcer deliberadamente" a informação sobre teor alcoólico, a fim de pagar menos impostos e até ter maior apelo de vendas.
Segundo o estudo, os vinhos do Chile, da Argentina e dos Estados Unidos foram os que demonstraram a maior diferença entre a quantidade de álcool anunciada e a que realmente estava presente na bebida. Os vinhos de Portugal e da Nova Zelândia foram os que tiveram a média de álcool encontrada na bebida mais próxima da média anunciada nos rótulos.
Os pesquisadores alegam que a motivação para realizar a pesquisa veio da observação que a quantidade de açúcar nas uvas colhidas na Califórnia havia aumentado 11%, o que naturalmente elevaria a quantidade de álcool na bebida após a fermentação deste açúcar.
segunda-feira, 22 de junho de 2015
Descoberta Vinícola mais Antiga do Mundo .......
Arqueólogos da Universidade da Califórnia descobriram uma vinícola de 6.100 anos em uma caverna onde hoje fica a Armênia, no Oriente Médio. No sítio arqueológico, foram encontrados um tonel para moer uvas, potes de fermentação e um cálice. A descoberta foi publicada na revista científica Journal of Archaeological Science.
A descoberta mostra que havia produção de vinho tinto 6.100 anos atrás.
Sementes da uva, restos de uvas prensadas, caules e resíduos de videiras também foram encontrados no local, e análises químicas indicam que vinho tinto era produzido na caverna.
"Esta é a mais antiga vinícola a ser encontrada", afirmou Patrick McGovern, diretor científico do Laboratório de Arqueologia Biomolecular do Museu da Universidade da Pensilvânia, que não estava no time de pesquisadores, em entrevista ao jornal The New York Times. "Os achados comprovam a habilidade na produção de vinhos", disse. Segundo McGovern, a produção em larga escala mostra que o povo da época já conseguia plantar uvas de maneira consistente.
O vinho produzido na caverna era provavelmente usado em rituais, como sepultamentos encotrados nas proximidades. "O vinho pode ter sido bebido para honrar os mortos ou talvez até jogado sobre os corpos", afirmou Gregory Areshian, da Universidade de California, co-diretor da escavação.
domingo, 14 de junho de 2015
Entenda como é feita a elaboração dos diferentes tipos de vinhos existentes.......
Espumantes
Método Champenoise
Este método de elaboração de vinho espumante chama-se, também, de tradicional, fermentação na garrafa e clássico.
O método champenoise foi desenvolvido na Região de Champagne, França. Ele também é utilizado em outras regiões vitivinícolas do mundo, com diferentes denominações: efervescente, cava e espumante.
Vinho Base: Geralmente é elaborado com uvas Pinot Noir e Chardonnay, mas, dependendo da região, também pode ser elaborado com outras variedades.
Licor de tiragem: Elaborado com vinho base adicionado de leveduras selecionadas e açúcar refinado na proporção necessária para atingir, na fermentação, pressão de 6atm (aproximadamente 24 gramas de açúcar por litro).
Engarrafamento: Uma vez adicionado o licor de tiragem, o licor é engarrafado. A seguir, coloca-se um opérculo plástico na garrafa para sedimentar as leveduras durante a remuage, fechando-a com uma tampinha de metal.
Fermentação na garrafa: É chamada de segunda fermentação, pois a primeira é a fermentação alcoólica que deu origem ao vinho base. A segunda fermentação é realizada em garrafa fechada e confere pressão ao espumante, cerca de 1,5% de álcool a mais que o teor existente no vinho base e dióxido de carbono responsável pela perlage e coroa do espumante. As garrafas devem ser colocadas em uma cave climatizada à 10ºC, durante um período de aproximadamente 60 dias, até concluir a fermentação. Terminada essa etapa, a garrafa tem uma pressão interna de aproximadamente 6atm e o espumante fica turvo devido aos sedimentos das leveduras que realizam a fermentação.
Envelhecimento e autólise: após a fermentação, as garrafas são colocadas em estivas, que são pilhas de garrafas deitadas umas sobre as outras e separadas por pipas de madeira. Essa etapa é realizada em cave climatizada com temperatura que varia de 15ºC a 18ºC. As leveduras que sedimentam entram em processo de autólise e vão liberando substâncias ao meio, responsáveis pelo carater desse tipo de espumante. O tempo necessário para o envelhecimento e a autólise é de no minímo oito meses, mas pode ser de vários anos.
Remuage: Após a autólise das leveduras e o envelhecimento do espumante, as garrafas são colocadas de pescoço para baixo, em estruturas chamadas pupitres, o que permite a decantação dos sedimentos. Esse período dura aproximadamente 20 dias, no qual as garrafas são giradas – aproximadamente ¼ de volta – uma a uma, todos os dias.
Dégorgement e licor de expedição: após a decantação dos sedimentos, retiram-se com cuidado as garrafas dos pupitres, colocando-as em caixas, de pescoço para baixo. Congela-se o pescoço da garrafa em máquina especial e, em outra máquina, retira-se a tampinha de metal. Dessa forma, em função da pressão interna da garrafa, o bloco de gelo contendo os sedimentos que se formam no pescoço é expulso. Imediatamente, adiciona-se ao espumante o licor de expedição, que geralmente é composto pelo próprio espumante e açúcar em quantidade específica que determina o tipo de produto. Tampa-se a garrafa com rolha de cortiça especial e gaiola de arame e, a seguir, pode-se rotular a garrafa. Para estabilizar a pressão dentro da garrafa, é importante deixá-la pelo menos um mês em repouso antes de ser comercializada
Método Charmat
Este método de elaboração de espumante se caracteriza pela segunda fermentação ser realizada em tanques de inox, ao invés da própria garrafa. Esses tanques, as autoclaves, são resistentes a pressão. O principio de elaboração do espumante é o mesmo do método champenoise, pois o vinho base fermentado em ambiente fechado produz pressão por meio do dióxido de carbono liberado na fermentação do mosto pelas leveduras. Após a tomada de espuma, o espumante é filtrado para eliminar sua turbidez. Isso é sempre realizado em condições isobáricas para que não haja perda de pressão.
O engarrafamento também é feito em máquina isobárica. Os licores de tiragem e expedição são semelhantes aos utilizados no método champenoise. A diferença entre os dois métodos de elaboração se deve ao fato que o champenoise a segunda fermentação ocorre na própria garrafa, e no Charmat, em autoclave. Além disso, o envelhecimento nesse método geralmente não se processa sobre as leveduras, o que propicia a elaboração do espumante jovem e frutado.
Método Asti
O espumante Asti surgiu na Itália, na região que leva esse nome, no Piemonte, e hoje é elaborado em poucas regiões fora do país. No Brasil, está começando a ser chamado de moscatel espumante. Esse produto, ao contrário de outros espumantes elaborados com duas fermenatações, é submetido a uma fermentação parcial. Para sua elaboração, parte-se do mosto da uva e não do vinho base.
Preparação do mosto: A uva utilizada é sempre do grupo das moscatéis. Após a extração do mosto, ele é filtrado e conservado em tanque dentro de câmera fria para não iniciar a fermentação. À medida que se deseja elaborar o espumante moscatel, utiliza-se mosto resfriado durante todo o ano. Esse procedimento é adotado na Itália e em outras regiões vitivinícolas, como, em parte, na Serra Gaúcha. No caso do Vale do São Francisco, não é necessário armazenar o mosto refrigerado por longos períodos, pois é possível programar a colheita da uva durante o ano inteiro. Portanto, pode-se elaborar espumante moscatel utilizando o mosto obtido diretamente após a colheita da uva, o que é uma grande vantagem.
Fermentação (tomada de espuma): Uma vez iniciada a fermentação alcoólica à temperatura de 10ºC, deixa-se a autoclave aberta até o mosto atingir 6% de etanol aproximadamente. A seguir, fecha-se a autoclave e inicia-se a tomada de espuma. Terminada essa fase, a pressão chega a cerca de 6atm, e o produto possui em torno de 7,5% de etanol. Esfria-se, então, bruscamente o mosto até -3ºC, o que provoca a paralisação imediata da fermentação alcoólica. Deve-se manter essa temperatura por aproximadamente 15 dias para que haja a precipitação quase total das leveduras que fermentam. Após esse período, o moscatel espumante é filtrado em condições isobáricas e imediatamente engarrafado. Como a fermentação alcoólica não é completa, ele torna-se doce e com baixo teor alcoólico. Por isso, esse tipo de vinho espumante deve ser consumido novo, de preferencia no mesmo ano de sua elaboração, para conservar seu aroma floral e frutado.
Entenda como é feita a elaboração dos diferentes tipos de vinhos existentes.......
Vinho Tinto
O vinho tinto é elaborado a partir de uvas tintas, pois é da película que, durante a maceração, são extraídas as antocianinas e os taninos. Esses compostos fenólicos conferem ao vinho cor, estrutura, corpo e originalidade.
Desengace e Esmagamento: A uva deve ser desengaçada de forma lenta para não triturar a ráquis, pois sabores indesejáveis presentes nela podem passar para o vinho. O esmagamento deve ser feito para liberar somente o mosto. Para evitar a produção de grande quantidade de borra, não se recomenda a trituração da película.
Fermentação Alcoólica e Maceração: Logo após a colocação da uva em tanques(encubação), ocorre o início da fermentação alcoólica e simultaneamente a maceração. Durante essa fase, há dissolução de pigmentos, que conferem cor ao vinho e taninos. Para facilitar essa dissolução, são realizadas remontagens – operações que consistem na movimentação das fases líquida e sólida- para manter a massa homogeneizada. O controle da temperatura é realizado de modo a mantê-la entre 24ºC e 30ºC, de acordo com o tipo de vinho a elaborar. Esse período pode ser de 6 a 20 dias, ou até mais, conforme a estrutura que se deseja dar ao vinho. Até esse período, ocorre a descuba – a separação das partes líquida e sólida que estão no tanque – e a prensagem da parte sólida.
Fermentação Malolática: Geralmente é feita nos vinhos tintos. Essa fermentação é realizada para deixar os vinhos mais complexos e com acidez mas baixa, feita com bactérias láticas e consiste na transformação do ácido málico em ácido lático.
Clarificação: O vinho novo é turvo, sendo clarificado com o tempo pela decantação nos tanques de inox ou barricas de carvalho. Se necessário, pode-se filtrá-lo.
Envelhecimento: O envelhecimento do vinho pode ser feito em tanque de inox, em barrica de carvalho e/ou garrafa. O tempo e a forma de envelhecimento do vinho dependem de seu processo de elaboração, da variedade de uva, tipo, estrutura do produto que se deseja, safra e valor agregado que o mesmo terá.
Entenda como é feita a elaboração dos diferentes tipos de vinhos existentes.......
Vinho Rosé
O vinho rosé propriamente dito é elaborado a partir de uva tinta e não por meio de corte de vinho branco com vinho tinto.
Em sua elaboração, a uva é desengaçada e esmagada, iniciando uma breve maceração a frio durante algumas horas, que são suficientes para extrair a cor desejada. Logo depois, a uva é prensada e o mosto é decantado. A partir desse momento, ocorre o início da fermentação alcoólica e o processo de elaboração do vinho rosé segue idêntico ao processo clássico de elaboração de vinho branco.
Entenda como é feita a elaboração dos diferentes tipos de vinhos existentes.......
Vinho Branco
Os vinhos brancos são geralmente elaborados a partir de uvas brancas, mas também podem ser produzidos com uvas rosadas e tintas. Para isso, é necessário separar imediatamente a fase líquida da sólida, que contém os pigmentos responsáveis pela cor. A elaboração de vinho branco a partir de uva tinta é uma prática muito utilizada na Região de Champagne, França, e em outros países que elaboram espumantes com vinhos à base de Pinot Noir. Atualmente existem vários processos de elaboração de vinho branco, e dois podem ser agrupados: clássico e fermentação em carvalho.
Processo Clássico
Recepção da Uva: A uva deve ser colhida no mesmo dia de seu processamento ou no máximo um dia antes, a não ser que a vinícola disponha de câmera fria para armazená-la por alguns dias antes da vinificação. Ela te, de chegar à vinícola em ótimo estado de sanidade e maturação.
Esmagamento: A uva é desengaçada e esmagada em máquina especial para a liberação do mosto. Deve-se ter cuidado para não triturar a semente, pois essa prática pode favorecer a passagem de substâncias desagradáveis ao mosto.
Prensagem: Após o esmagamento, a uva passa pela prensa pneumática para separar a parte sólida da parte líquida.
Deburbagem: O mosto deve ser decantado de um dia para o outro para a separação da borra, que são sólidos em suspensão. Isso é realizado antes da fermentação alcoólica.
Fermentação Alcoólica: É provocada por leveduras (Saccharomyces cerevisiae), que estão naturalmente na parte externa da película da uva, mas atualmente são adicionadas como leveduras selecionadas secas ativas. Elas transformam os açúcares da uva, frutose e glicose, principalmente, em etanol e dióxido de carbono. Para cada 17 gramas de açúcar por litro presentes no mosto no início da fermentação alcoólica, as leveduras produzem 1% de etanol. Para que não haja uma perda importante de aroma, durante todo o processo de fermentação a temperatura deve ser de 15ºC a 18ºC.
Trasfega: Terminada a fermentação alcoólica, o vinho é separado da borra através da passagem para outro recipiente, separando o resíduo que fica no fundo do tanque.
Clarificação e Filtragem: Após fermentação alcoólica, o vinho fica completamente turvo, mas durante sua conservação ele se clarifica pela própria decantação ou por meio de filtração.
Estabilização do Vinho: O vinho é rico em tartarato ácido de potássio, sal que se forma pela reação do ácido tartárico e do potássio presentes na uva. Esse sal é insolúvel à baixa temperatura, o que provoca a formação de cristais. Isso ocorre, por exemplo, quando se coloca o vinho no refrigerador. Para evitara formação desses cristais do vinho a -4ºC. Essa prática, realizada sempre antes do engarrafamento, provoca a formação, precipitação e eliminação de cristais de tartarato ácido de potássio por meio da filtração.
Engarrafamento: O vinho é engarrafado em máquinas especiais que impedem o contado com o ar, evitando oxidações e contaminações.
Processo de Fermentação em Carvalho
Os mostos fermentados em carvalho originam vinhos mais estruturados, complexos e suportam um maior envelhecimento na garrafa. Há diferença entre um vinho elaborado pelo processo de vinificação clássico e pelo de fermentação em carvalho. Neste processo, a maceração, que consiste no contato das partes sólidas antes da prensagem, é breve - de 5 a 8 horas – e realizada a uma temperatura de 10ºC aproximadamente. A fermentação geralmente é feita em barrica de carvalho novo, mas não se deve usar recipiente que anteriormente tenha sido utilizado para envelhecimento de vinho tinto, pois isso acarreta em coloração do vinho branco.
Na maioria dos casos, após a fermentação alcoólica, faz-se também a fermentação malolática para deixar os vinhos mais complexos e com acidez mas baixa. Essa fermentação é realizada por bactérias láticas e consiste na transformação do ácido málico em ácido lático. Esses vinhos devem ter um bom equilíbrio entre as características transmitidas pelo carvalho e o aroma da uva. Para isso, testam-se vários cortes com diferentes porcentagens de vinho fermentado em barrica de carvalho e com outros fermentados em tanques de inox. Esses cortes podem ser de 20% de vinho fermentado em barrica e 80% em tanque de inox, mas o vinho pode ser 100% fermentado em barrica de carvalho. Isso depende, região, safra e tipo de produto que se deseja elaborar.
Garrafas......
Antigamente, quando as garrafas eram feitas manualmente, era impossível manter um padrão de tamanho. Com a chegada da tecnologia de produção em massa, as garrafas ganharam padrões que variam conforme os países e as regiões. Uma garrafa de vinho, assim, pode nos dizer muitas coisas. Por isso, é preciso conhecer seus tamanhos e diferentes modelos.
Normalmente, as garrafas são feita no tamanho de 750 ml (ou 75 cl) e sua anatomia consiste em (1) gargalo, (2) pescoço, (3) ombros, (4) corpo e (5) base. A ela é adicionada uma etiqueta que traz informações que também variam conforme o país e a região onde o vinho é produzido, mas que normalmente dizem respeito ao produtor, região, variedade de uva, porcentagem alcoólica, safra e classificação regional.
A maioria dos formatos é ditada pelas garrafas clássicas européias da França, onde as leis ditam quase tudo. Nos países do Novo Mundo, os produtores costumam escolher a garrafa que melhor condiz com o vinho que produzem. Se seu vinho for feito de uvas características da região de Bordeaux (Cabernet sauvignon, Cabernet Franc e Merlot) então, sua garrafa será do modelo tradicional de Bordeaux.
As garrafas clássicas são:
1) Bordeaux: tem os ombros bem marcados e seu corpo é reto. A cor do vidro varia conforme a cor do vinho: verde para os tintos e transparente para os brancos. É um bom modelo para vinhos que irão envelhecer na adega e que, por isso, terão depósitos. Dessa maneira, os ombros bem acentuados ajudam a reter esses depósitos na hora de servir o vinho.
2) Borgonha: têm ombros mais tênues e seu corpo é mais largo. Tem cor verde, porém mais claro que o verde de Bordeaux. As garrafas dos vinhos do Vale do Loire são iguais às da Borgonha.
3) Alsácia: são mais compridas, sem ombros e geralmente de cor verde. As garrafas dos vinhos alemães costumam ter esse formato, sendo verdes as da região do Mosel e marrons as da região do Reno.
4) Champagne: é como uma garrafa da Borgonha de ombros mais acentuados. Tem o vidro mais espesso a fim de suportar a pressão do gás. Apesar de ser típico da região de Champagne, esse formato é utilizado por quase todos os vinhos efervescentes do mundo.
5) Francônia: típica da região da Francônia, na Alemanha, mas que também é utilizada por alguns vinhos portugueses verdes e rosés.
Apesar desses modelos, hoje em dia já encontramos tamanhos e formatos diferentes já que muitas regiões não regulamentam suas garrafas. Alguns produtores oferecem a opção da meia garrafa ou de um quarto de garrafa, respectivamente 375 ml e 187,5 ml. Além do tamanho, muitos produtores criam novos formatos.
A combinação do formato, tamanho, cor e etiqueta acabam, muitas vezes, por resultar em garrafas sedutoras. Por isso é preciso cuidar de escolher um bom vinho, não uma garrafa bonita.
Sobre o Tamanho das Garrafas
Uma curiosidade pouco comentada no mundo dos vinhos é que existe uma hierarquia no tamanho das garrafas, estruturada em torno do tamanho Standard. Assim, cada garrafa possui um nome específico e uma capacidade dada como um múltiplo da garrafa Standard, de 750ml.
Os nomes destas garrafas incomuns são uma curiosidade à parte: as garrafas são batizadas com nomes pomposos, solenes, em geral homenageando figuras históricas ou personagens bíblicos:
Capacidade Tamanho em Relação à Garrafa Standard (750ml) Nome
375ml 1/2 x Demi, “Meia”
750ml 1 x Standard, “Normal”
1,5L 2 x Magnum
3L 4 x Jeroboam, “Double Magnum”
4,5L 6 x Rehoboam
6L 8 x Matusalém
9L 12 x Salmanazar
12L 16 x Balthazar
15L 20 x Nabucodonosor
18L 24 x Melchior
20L 27 x Salomão
25L 33 x Soberano
27L 36 x Golias
30L 40 x Melquisedeque
Agência espacial usa tecnologia para melhorar cultivo da vinha,,.....
A Agência Espacial Europeia (ESA) informou ter desenvolvido um novo serviço que ajuda a melhorar o cultivo da vinha, com a finalidade de reduzir os custos de água, melhorar a eficácia do trabalho e diminuir custos.
Conhecido como "grapelook", o sistema começou a ser utilizado na última colheita, tem agora seu primeiro balanço. Ele usa uma tecnologia que combina dados sobre a observação da Terra e medidas do terreno.
A ESA explicou que para utilizar a água de maneira eficiente, os agricultores precisam de informações sobre a produção de suas colheitas e o consumo de água, tarefa facilitada pelo novo sistema.
A informação sobre umidade do solo é enviada em tempo real a um centro de processamento através de uma conexão via satélite. Segundo o comunicado, o aplicativo utiliza um sistema remoto de detecção para controlar quanta água é eliminada das vinhas, quanta biomassa é originada e a eficácia da irrigação.
Uma vez processada, a informação é disponibilizada na Internet para que os viticultores possam identificar as melhores práticas e reduzir o trabalho e os custos.
O "grapelook" foi testado em um grupo reduzido de viticultores na África do Sul, que se conectaram regularmente à rede para ver o estado de seus cultivos, além de receber previsões sobre a umidade do solo e os requisitos de irrigação de seus terrenos.
Os participantes, segundo a ESA, concordam que o sistema foi útil para controlar a irrigação e o crescimento das vinhas. A agência destacou que ele pode ajudar a incrementar a quantidade de uvas produzidas e a qualidade do vinho.
Segundo a agência, o próximo passo é estender o serviço a outras zonas e colheitas.
Europeus reagem sobre barreira imposta pelo Brasil........
Os produtores de vinhos europeus consideram que a eventual adoção, pelo governo brasileiro, de medidas de salvaguarda ao produto nacional seria "inaceitável" e afirmam que farão "tudo" para proteger os interesses comerciais das vinícolas do continente.
O governo brasileiro estuda a possibilidade de aumentar os impostos de importação de vinhos (que têm atualmente alíquota de 27%) ou limitar sua entrada no país por meio de cotas.
A possível adoção da medida "é totalmente injustificável", disse à BBC Brasil José Ramón Fernandez, secretário-geral do Comitê Europeu das Empresas de Vinho (CEEV), que diz representar 90% das exportações europeias da bebida.
"Estamos em contato com as autoridades europeias e faremos todo o necessário para impedir que o Brasil adote ações protecionistas", completa.
A Secretaria de Comércio Exterior abriu, em 15 de março, uma investigação para avaliar se o vinho brasileiro estaria ameaçado pela concorrência dos importados, que se tornaram mais competitivos com a valorização do real.
"O Brasil precisa ser sério e pensar duas vezes se deseja construir relações sérias com seus parceiros comerciais", diz o representante do CEEV, se referindo às negociações – que existem há anos - para a criação de uma área de livre comércio entre a União Europeia e o Mercosul.
Caso aplicadas, as medidas de salvaguarda do setor não afetariam os países do Mercosul por conta de acordos firmados, afirma o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
Segundo dados do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), o Chile continua na liderança no ranking dos maiores exportadores da bebida ao Brasil, com 26,7 milhões de litros vendidos em 2011.
O Chile e a Argentina (com 17,7 milhões de litros) representam sozinhos mais da metade do mercado de vinhos importados vendidos no Brasil em 2011, que foi de 77,6 milhões de litros.
Os produtores europeus, que também têm uma participação expressiva nas vendas de vinhos no Brasil, seriam os principais penalizados pela eventual medida.
Itália, Portugal, França e Espanha estão, respectivamente, no terceiro ao sexto lugar no ranking dos principais países exportadores de vinhos estrangeiros para o Brasil, segundo a Ibravin.
A Itália exportou 13,1 milhões de litros de vinho ao Brasil em 2011. Portugal totalizou 8,6 milhões de litros, com aumento de 6,2% no volume no ano passado.
Já a França e a Espanha tiveram um crescimento significativo em termos de volume em 2011: as vendas de vinhos franceses, que totalizaram 5,1 milhões de litros, aumentaram 20,4% e, a dos espanhóis (2,8 milhões de litros), subiram 31,7%, diz a Ibravin.
Os vinhos franceses, considerados mais prestigiosos, são os mais caros do mercado brasileiro, diz um estudo do Comitê Europeu do Vinho.
Em termos de faturamento, as vendas de vinhos franceses no Brasil, incluindo champanhes e outros espumantes, cresceram 161% entre 2002 e 2011, afirma Benoît Stenne, diretor-adjunto da Federação de Exportadores de Vinhos e Destilados (FEVS, na sigla em francês).
As vendas de vinhos franceses (incluindo champanhes) passaram de 14,2 milhões de euros em 2002 para 37,2 milhões de euros no ano passado, segundo a federação.
O mercado brasileiro ainda é minúsculo na comparação com as vendas globais de vinhos franceses (é apenas o 29° mercado do produto) mas "há um grande interesse das vinícolas da França em relação ao Brasil", afirma Stenne.
O porta-voz da entidade ressalta que o Brasil "é um dos países que registram maior crescimento nas vendas nos últimos anos".
As medidas em estudo pelo governo provocaram reações também no Brasil, com propostas de boicote ao vinho nacional para protestar contra as eventuais salvaguardas aos importados.
Ressonância Magnética para Identificar Terroir.......
Investagores da Universidade de Rioja, desenvolveram um método que usa a ressonância magnética nuclear (RMN) para distinguir os vinhos produzidos num terroir específico.
foram analisadas durante três anos cem amostras de mostos e vinhos Tempranillo provenientes das mesmas parcelas de nove adegas do DOC Rioja.
Os investigadores da Universidade de Rioja descobriram que os álcoois isobutanol e isopentanol, dois dos 60 componentes mais importantes que definem o vinho, são os biomarcadores que discriminam os vinhos DOC Rioja produzidos em parcelas próximas ou fronteiriças.
rolha de cortiça Como se faz uma ?
Já falamos, brincamos e polemizamos bastante a respeito da rolha de cortiça: em breve será um luxo reservado para poucas e caras garrafas. A oferta de cortiça não satisfaz a demanda da indústria vinícola e os preços sobem. As melhores rolhas, de 4/5 cm de comprimento e sem defeitos custam na Europa já mais que umas garrafas de vinho barato, mas garantem duração medível em décadas. Para todas as outras o destino está decidido: depois de 10 anos a rolha estraga, com tendência a se esfarelar com o uso do saca-rolha, ou então tem poros demais e conseqüentemente pouca resistência ao oxigênio.
Portugal produz 60% da produção mundial, seguido de Espanha e Itália. Pequenas parcelas procedem de Marrocos, Argélia e Tunísia
O problema, vocês já o conhecem: uma vez plantada a planta, é preciso esperar cerca de 25 anos para uma cortiça de boa qualidade. De fato, os sobreiros começam a produzir depois de 15/20 anos, mas a primeira cortiça (chamada de cortiça macho) que vem retirada é de péssima qualidade: ela volta a crescer depois de 9/12 anos, chegando a 5 cm de espessura, sem as irregularidades e defeitos do primeiro ciclo. Nesta altura a cortiça fêmea está pronta para ser cortada, operação que é efetuada manualmente, para evitar danos para a arvore.
Depois da devida introdução, vamos ao nosso know-how: como são feitas as rolhas de cortiça?
O ano de vida da planta é marcado no tronco, de modo que cada árvore não seja cortada na hora errada.
A fase do corte é a mais delicada. É retirado somente o felogênio, deixando intactos os extratos sucessivos para não prejudicar o recrescimento. A operação é feita rigorosamente à mão e golpes de machado.
Assim aparecem as cascas logo depois de serem cortadas. Em geral, as empresas maiores as guardam logo em um ambiente protegido para evitar a contaminação indesejada.
As cortiças passam em um fervedor, que, simultaneamente, as desinfeta, as limpa e as torna mais elásticas.
Depois da ebulição, as cascas, são prensadas, esticadas e submetidas a uma primeira seleção. As sobras da produção serão usadas para as rolhas técnicas: feitas de lascas de serragem coladas e prensadas.
É a hora da perfuração, a fase crucial: há que escolher as melhores partes da cortiça para "extrair" as rolhas.
A primeira seleção é feita com um leitor óptico. Um jato de ar vai dividir as rolhas conforme qualidade e medidas.
A segunda e final seleção é feita manualmente. As rolhas feitas de um único pedaço de cortiça são divididas por tamanho (altura), porosidade e eventuais pequenas lesões. Cada fabricante pode ter até cinco variedades diferentes no catálogo de uma rolha mono-peça variando de um custo mínimo de 0,20 centavos a 1,50 centavos de dólar por garrafas.
Usina do Gasômetro recebe feira de vinhos;;;;;;;
O evento, que integra as comemorações do Dia do Vinho 2014, contará com palestras e cursos gratuitos, com inscrição no local. Confira abaixo a programação:
29/5, quinta-feira, às 19h
Degustando Aurora - Tradição na ponta da língua
Enólogo André Peres Jr. - Vinícola Aurora
30/5, sexta-feira, às 19h
Degustação comentada de vinhos brasileiros
Enólogo Darci Dani - Diretor Executivo AGAVI - Associação Gaúcha de Vinicultores
31/5, sábado, às 17h
A História da Vinícola Guatambu
Valter José Pötter - Diretor Proprietário da Guatambu Estância do Vinho
31/5, sábado, às 19h
100 Anos do Espumante no Brasil
Enóloga e Consultora Maria Amélia Duarte Flores - Vinícola Peterlongo
Confira a programação das outras cidades no site www.diadovinho.com.br.
Crise "quebra" estoque global de vinhos......
Os estoques mundiais de vinho estão no nível mais baixo desde a década passada, segundo relatório divulgado na semana passada pelo Rabobank, uma das principais instituições financeiras do setor agrícola.
Alguns fatores contribuíram para a baixa nos estoques: o aumento do consumo em mercados emergentes como Brasil, China, Índia e Rússia; fatores climáticos; e a crise na zona do euro, que afetou a produção de uvas e de vinho na região.
A situação é pior na Europa. Em maio, na França, chuvas de granizo destruíram 6 mil hectares de vinhedos nas regiões de Côtes-de-Provence e Coteaux-Varois. Além disso, muitos produtores do Velho Continente têm diminuído a área de plantio em virtude da crise. Nos últimos três anos, a área dos vinhedos europeus encolheu 162 mil hectares. Essa redução foi de 4,3%, o que parece pouco. Mas essa quantidade de terra perdida é capaz de produzir cerca de 1,05 milhão de litros de vinho. Espanha, Itália, França e Hungria foram os países que mais diminuíram a área plantada.
Para o consumidor, a notícia é ruim, pois a baixa nos estoques pode elevar o preço da bebida.
Mudança Climática Ameaça Produção na França......
O aumento das temperaturas registado na França tem feito com que as uvas tenham menor acidez e mais teor de açúcar, produzindo vinhos mais frutados e mais alcoólicos.
Os produtores começam agora a sentir os efeitos da crescente concorrência de outros países e referem que "à medida que o consumidor fica mais velho não quer bombas de fruta extremamente alcoólicas", diz Juan Sanchez, proprietário do Le Derniere Goutte, uma loja de vinhos de Paris.
Na França, onde o vinho é uma parte importante da cultura social, “bombas de fruta alcoólica" estragam o paladar típico. Combinado normalmente com a comida, o vinho é geralmente destinado a acrescentar algo aos pratos em vez de dominar. "As pessoas não querem comer com esse tipo de vinhos, eles são como uma refeição em si", explica Sanchez.
A mudança ambiental está a começar a apertar um sistema que tem sido fundamental para o vinho europeu durante séculos. "A Europa está historicamente relacionada com as características regionais baseadas em variedades de vinhos e estilos particulares", diz Gregory Jones, climatologista que também é especialista no estudo da estrutura de clima e adequação para a viticultura."Aqueles que têm a capacidade de adaptação diante das mudanças climáticas vão ser muito mais capazes de se adaptar através de uma gama de futuros climáticos diferentes", acrescenta.
Vespas ajudam na fermentação do vinho,.......
Pesquisas mostram que a levedura pode alojar-se no estômago dos insetos, enquanto estes hibernam no inverno. Posteriormente, quando as vespas e zangões pousam nas uvas, libertam a levedura, ajudando o processo de fermentação.
Os cientistas descobriram ainda que há outros insetos e pássaros que também são capazes desta habilidade, contudo só as vespas transportam este fungo durante o inverno, sendo também capazes de transmiti-lo para os descendentes.
Curiosamente, as investigações apontam que, para além da levedura, estes insetos transmitem micro-organismos às uvas que adicionam sabor ao vinho.
De acordo com o professor de microbiologia da Universidade de Florença (Itália), que também é autor da pesquisa, Duccio Cavalieri, o vinho não tem o mesmo sabor sem esses micro-organismos.
Pesquisa Confirma: Vinho Faz o Casamento Mais Feliz. .......
A Universidade de Otago, na Nova Zelândia, refez uma polêmica pesquisa e confirmou: O consumo de vinho faz o casamento mais feliz.
Segundo a pesquisa, casais que bebem pelo menos uma garrafa da bebida por semana são mais felizes do que os abstêmios.
Na Primeira pesquisa os pesquisadores perguntaram a 1,5 mil casais sobre consumo de álcool e felicidade no relacionamento. As mulheres que bebiam pelo menos um dia na semana com os maridos tinham 4 vezes mais chances de mostrar satisfação com o casamento, em comparação com quem não bebia. A nova pesquisa confirmou. Entre os homens, a chance de ser feliz era 3 vezes superior a de quem nunca tomava vinho com o parceiro. Já no caso dos homens, a nova pesquisa aumentou para 4 vezes.
Ainda na nova pesquisa – 96% se disseram muito satisfeitos com a vida a dois. O grupo mais infeliz, claro, era aquele composto por um beberrão e outro abstêmio – só em 46% dos casos a vida era satisfatória. Já entre os casais que nunca bebiam nada, 61% das pessoas eram felizes.
Os pesquisadores ainda não sabem justificar a relação entre vinho e felicidade. Mas o que não falta é imaginação. Jantares a dois harmonizados com bons vinhos só podem acabar bem...
Quem aprecia vinho é mais saudável, nutre gosto pelas artes e, em geral, tem Q.I mais elevado - Diz Pesquisa .......
A mais recente pesquisa sobre vinho, realizada com jovens adultos na Dinamarca, mostra que aqueles que consomem vinho são, geralmente, mais inteligentes, nutrem gosto pelas artes e têm maior nível de instrução -
fatores que podem também ser associados a uma saúde melhor. "As pessoas com altos Q.I. (quocientes de inteligência), pertencentes a um alto nível sócio-econômico, e que têm bom nível de instrução são geralmente mais saudáveis do que aquelas que não possuem essas características", afirmou June Reinisch, uma das autoras da pesquisa e diretora do Kinsey Institute for Research in Sex, Gender, and Reproduction, da Univesidade de Indiana.
O estudo, publicado pela Archives of Internal Medicine, nos Estados Unidos, analisou 967 homens e 845 mulheres com idades entre 27 e 39 anos.
Os autores do trabalho compararam pessoas que bebiam vinhos com as que consumiam cerveja, e as que se abstinham com as que consumiam os dois tipos de bebida.
Cai o consumo de vinhos na França e preocupação entre produtores aumenta......
A queda no consumo de vinho na França nas últimas décadas vem gerando preocupação entre analistas e enófilos do país, que temem que a mudança seja um sinal da perda de valores considerados essenciais da identidade francesa.
Segundo dados do FranceAgriMer, um órgão de supervisão das políticas do Ministério da Agricultura e Pesca da França, em 1980 mais da metade dos adultos (51%) consumiam vinho diariamente ou quase todos os dias.
Atualmente este número caiu para 17%, e a proporção de franceses que nunca bebem vinho dobrou e chegou aos 38%.
Em 1965 a quantidade de vinho consumida per capita era de 160 litros por ano. Em 2010, a quantidade caiu para 57 litros e deve cair para não mais do que 30 litros nos próximos anos.
Em jantares na França, o vinho é a terceira bebida mais popular, depois da água de torneira e a água mineral. Por outro lado, refrigerantes e sucos de frutas estariam subindo rapidamente nas preferências.
Gerações
Segundo um estudo recente da publicação especializada International Journal of Entrepreneurship, as mudanças dos hábitos dos franceses podem ser percebidas claramente por meio das atitudes de várias gerações.
As pessoas com idades entre 60 e 70 anos cresceram com o vinho na mesa em todas as refeições. Para eles, o vinho continua uma parte importante de seu patrimônio cultural.
A geração seguinte, agora entre 40 e 50 anos de idade, acredita que vinho é algo que deve ser consumido ocasionalmente. Eles compensam o declínio no consumo, gastando mais com vinhos, pois, apesar de beberem menos, preferem um vinho de mais qualidade.
Membros da terceira geração, a geração da internet, nem mesmo se interessam por vinho antes dos vinte e poucos anos. Para eles, vinho é um produto como qualquer outro, e eles precisam ser convencidos de que a bebida merece o investimento.
Os autores do estudo, Thierry Lorey e Pascal Poutet, afirmam que o que está acontecendo é uma "erosão da identidade do vinho e de suas representações sagradas e imaginárias".
A queda no consumo também ocorreu em outros países como a Itália e Espanha, outros produtores tradicionais de vinho. Mas, não prejudicou as perspectivas da França em termos de exportação do produto.
Declínio da civilização?
Mas o que preocupa analistas na França são os efeitos da queda do consumo do vinho na vida do país, na civilização francesa.
Eles temem que os valores franceses de convivência, tradição e apreciação das boas coisas da vida sejam esquecidos.
"O vinho não é um produto-troféu, que usamos para comemorar grandes ocasiões ou para exibir nosso status social. É uma bebida que deve acompanhar a refeição e ser um complemento do que quer que esteja em nosso prato", afirmou o escritor especializado em gastronomia Perico Legasse.
"O que aconteceu é que (o vinho) passou de popular a elitista. É totalmente ridículo. Deveria ser perfeitamente possível beber moderadamente vinho de qualidade diariamente."
Para Legasse, parte do problema é a mudança na abordagem do país à alimentação e gastronomia como um todo.
"Durante muitos anos as pessoas vêm abandonando o que em nossa sociologia francesa chamamos de repas, ou refeição, (palavra) que significa reunião, convivência em volta de uma mesa, e não a versão individualizada e acelerada que vemos hoje em dia", afirmou.
"A refeição em família tradicional está desaparecendo. Em vez disso, temos um forma puramente técnica de nutrição, cujo objetivo é garantir que tenhamos combustível da forma mais eficaz e rápida possível."
Não se pode afirmar que os franceses sempre consumiram as grandes quantidades de vinho que consumiam há, por exemplo, 50 anos.
Na Idade Média, o vinho era uma bebida comum, pelo menos nas regiões produtoras, mas era uma mistura fraca e, ao contrário da água, era seguro para beber.
A revolução de 1789 acabou com a imagem aristocrática que o vinho tinha na época, e as mudanças econômicas do século 19 ajudaram a popularizar a bebida.
Denis Saverot, editor da publicação especializada La Revue des Vins de France, afirmou que a ascensão do vinho refletiu a ascensão da classe trabalhadora, e a Primeira Guerra Mundial (1914-1918) consolidou a posição da bebida, fazendo com que normandos e bretões aprendessem a beber "nas trincheiras".
"Depois disso, na França, generalizamos o consumo de vinho barato, então, na década de 1950, havia estabelecimentos para beber, cafés e bares em todos os lugares. Vilarejos minúsculos tinham cinco ou seis. Mas este foi o ponto alto. O declínio do consumo volta (nos anos seguintes) até a década de 1960."
Todos concordam com os principais fatores que causaram este declínio: menos pessoas trabalham ao ar livre, então menos pessoas precisam das “qualidades fortificantes” do vinho.
Os escritórios precisam que as pessoas fiquem acordadas, então os almoços geralmente não têm bebidas alcoólicas.
A maior minoria da França, os muçulmanos, não consome bebidas alcoólicas, e o vinho também precisa competir com a crescente popularidade das cervejas.
Saúde e carros
Denis Saverot aponta também outros responsáveis.
Um seria a "elite burguesa e tecnocrata com suas campanhas contra bebida e direção e contra o alcoolismo, colocando o vinho na mesma categoria de qualquer outro tipo de bebida alcoólica, ainda que (o vinho) devesse ser visto de uma forma totalmente diferente", disse.
"Recentemente, ouvi uma autoridade de saúde dizendo que o vinho causa câncer 'a partir da primeira taça'. Isto vindo de um francês."
Para Saverot, o lobby de saúde e do politicamente correto significa que as elites preferem manter o país à base de antidepressivos em vez de vinho.
"Apenas analise os números. Na década de 1960, bebíamos 160 litros de vinho cada um por ano e não tomávamos comprimidos. Hoje, consumimos 80 milhões de caixas de antidepressivos, e as vendas de vinho estão caindo."
"O vinho é o mais sutil, mais civilizado e nobre dos antidepressivos. Mas, olhe para nossos vilarejos, o bar foi fechado, substituído por uma farmácia", acrescentou.
Para Theodore Zeldin, escritor francês que mora na cidade de Oxford, no sul da Grã-Bretanha, e observador veterano da sociedade francesa, a cultura mais voltada para negócios substituiu "companheirismo por networking", entre outros problemas.
Mas ele ainda tem esperanças.
"A velha art de vivre francesa ainda está aqui. É um ideal. (...) Claro que os tempos mudaram, mas ainda sobrevive. É aquele sentimento que você tem na França de que, em relações humanas, precisamos de mais do que conduzir os negócios. Temos o dever de entreter, conversar (...) E o vinho é parte disto, pois, com o vinho, você precisa dispor de tempo", afirmou.
Bordeaux lança "Vinho-Cola".........
De olho nos mais jovens e nas mulheres, a vinícola francesa Haussman Famille, da prestigiada região de Bordeaux, lança o vinho-cola. De acordo com o jornal "Le Figaro", o Rouge Sucette, que significa "pirulito vermelho", leva 75% de uvas na composição e o restante é água com adição de açúcar e aromatizantes de cola.
O lançamento não é o primeiro vinho aromatizado da companhia, que já tinha versões branca e rosé com suco de maracujá e grapefruit, e vem atender uma demanda crescente por este tipo de produto. Ainda segundo dados do jornal francês, a categoria vendeu 15 milhões de garrafas no ano passado e a estimativa é dobrar esse volume este ano.
O Rouge Sucette tem 9% de teor alcoólico e sai por três euros, ou quase R$ 9, nos supermercados franceses. Apesar de parecer uma novidade chocante, é apenas a versão comercial de uma mistura já relativamente popular na região conhecida como País Basco, que inclui partes da França e da Espanha. Segundo o jornal americano "The New York Times" o drinque se chama Kalimotxo.
São Paulo dobra ICMS do Vinho......
As condições climáticas no Canadá resultarão em mais uma excelente safra de Icewines....
O sul do Canadá acaba de sofrer uma das piores tempestades de gelo da história recente, mas para os produtores do "vinho do gelo", as terríveis condições meteorológicas deste inverno são uma bênção.
"É realmente bom", comentou com um indisfarçável sorriso Klaus Reif, presidente da Adega Reif, uma empresa vinícola que fica às margens do rio Niágara, a poucos quilômetros das famosas cataratas, bem na fronteira com os Estados Unidos.
"Isto significa que não teremos que trabalhar durante o Natal ou o Reveillon", explicou Reif, o mais novo de uma família que produz vinho há 12 gerações, primeiro na Alemanha, seu país de origem, e agora no Canadá.
O principal produto da Adega Reif é o icewine, um vinho doce que nos últimos anos ganhou prestígio e mercado no mundo todo e do qual o Canadá, e especialmente Ontário, se transformou no principal produtor, tanto em quantidade como em qualidade.
"O Canadá produz alguns dos melhores icewines do mundo. Não é minha opinião. É a opinião de juízes no mundo todo. Em cada competição, o icewine canadense, e mais precisamente os vinhos de Ontário, sempre alcançam a máxima pontuação", conta Reif.
"Produzimos o icewine de melhor qualidade. Mas também produzimos a maior quantidade porque temos temperaturas frias garantidas. E a qualidade de um icewine depende da temperatura", acrescentou.
Embora também seja produzido em países como Alemanha (onde surgiu em 1794) e Áustria, o Canadá se transformou em sinônimo de icewine.
Segundo números da associação de vinicultores de Ontário, nos últimos cinco anos a produção média na província foi de cerca de 800 mil litros por ano. E grande parte dessa produção é exportada para a Ásia e, em menor medida para os Estados Unidos e para a Europa.
Reif explica que o sucesso da bebida canadense na Ásia se deve a suas características, especialmente a doçura.
Para poder produzi-lo, as uvas têm que ser colhidas congeladas a uma temperatura igual ou inferior aos 8 graus negativos. E têm que ser prensadas também a temperaturas negativas para que se mantenham naturalmente congeladas.
"O que fazemos em Ontário é deixar as uvas nas vinhas até que estejam congeladas naturalmente. Não podem ser congeladas em um refrigerador", acrescentou.
"As uvas contêm água, açúcar, ácido. Mas só a água está congelada. Quando são prensadas obtemos um suco concentrado e congelado que é entre 40% e 42% doce. E utilizamos esse suco concentrado para fazer o icewine", explica Reif.
Tradicionalmente a vindima é feita nas primeiras horas da madrugada em janeiro, quando as temperaturas ficam abaixo do zero no sul de Ontário.
No passado, a colheita era feita à mão, mas nos últimos anos, os produtores como Reif se renderam ao maquinário.
"Cada vez era mais difícil encontrar gente pronta para trabalhar de madrugada com temperaturas abaixo de zero a qualquer momento. Porque não podemos prever quando vão se dar as condições ideais para a colheita, portanto temos que estar em alerta durante semanas".
Este ano, a colheita se antecipou em várias semanas. E ela não só facilitou as férias natalinas de Reif e de seus empregados, mas também permitiu a colheita de uma quantidade recorde de uvas.
Em 2012, a Adega Reif produziu 60 mil garrafas de icewine. Este ano, com a chegada adiantada das baixas temperaturas e um verão especialmente propício, a adega canadense recolheu uvas suficientes para produzir o dobro dessa quantidade.
Sentado com uma taça de seu "vinho do gelo" na mão, Reif explica que "o icewine é muito viscoso, muito doce, com muito sabor. Cheira a damascos, pêssego, mel. Tem o mesmo percentual de álcool que um vinho normal, mas muito mais sabor e doçura".
"Pode ser bebido sozinho, depois do jantar. Não o beberia como um aperitivo, nem com a comida. É como uma sobremesa", conclui.
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