Vinho e uma arte ele tem que ser respeitado como se respeita a uma mulher tem que ser valorizado como se valoriza uma mulher tem que ser guardado no lugar certo como se guarda uma mulher tem que ser bebido como se beija uma mulher e se você fizer tudo isso e um pouco mais você vai perceber o enorme prazer de ter tido paciência e respeito por esse que e uma experiência única, pois vinhos são como as mulheres se bem tratados se mostram com enorme formosura e elegância.
terça-feira, 15 de março de 2016
Na gastronomia basca, 'pintxos' são servidos com vinhos e chope.....
A costa basca tem 250 quilômetros de praias pontilhadas por vilas de pescadores –algumas delas com boas ondas para surfe. Já os vales e montes têm regiões onde predominam a agricultura, o pastoreio e o cultivo da vinha. E então, com ingredientes do mar e do campo, a criativa gastronomia basca é leve e inventiva. Em todos os bares nas cidades maiores, as estrelas são os "pintxos", pequenos petiscos, similares a canapés, por € 3 ou € 4 (até R$ 20), costumam vir acompanhados por um chope ou uma taça de vinho –em geral brancos leves, como o txakoli e o verdejo, ou tintos mais encorpados.
Os endereços também servem croquetes de cogumelo e de presunto cru, tigelinhas com comidinhas que podem ter como ingredientes bacalhau, atum, camarões, pimentão, queijos de cabra etc. O normal é fazer uma ronda entre esses bares, que por vezes ficam um ao lado do outro, provando os aperitivos expostos sobre os balcões. Essa espécie de "via-sacra do bem" é uma das marcas, por exemplo, de Logroño –para os padrões da região, já uma cidade grande, com 150 mil habitantes, na província de La Rioja. Trata-se, fundamentalmente, de uma cidade para devorar, a começar pela visita a seu mercado de San Blas.
Depois, de bar em bar, o tour por entre comidinhas típicas, "pintxos" e vinhos deve passar pelos bares da calle del Laurel, com destaque para o Soriano (travesía de Laurel, 2), o Pasión por Ti (calle del Laurel, 5) e o Letras de Laurel (calle del Laurel, 22). Mas há tantos locais que chega a ser ocioso recomendar, pois a dinâmica da gastronomia basca passa pela "inspeção" pessoal: o importante é ver em cada bar o que há para comer naquele dia. Depois, como que para se redimir do pecado da gula, Logroño tem igrejas que são monumentos, como a de Santa María de la Redonda, do século 16, a de São Bartolomeu, do século 13, e a de Santiago El Real, do século 16, ao lado da fonte do peregrino.
VINHOS EM LA RIOJA Mas, além da gastronomia boêmia dos "pintxos", o País Basco também abriga bistrôs chiques, especialmente nas cidades maiores, como Bilbao. E só San Sebastián (leia mais aqui) tem seis estreladas casas no guia "Michelin". Para acompanhar os pratos, as opções mais típicas são a sidra (bebida de maçã tradicional, feita desde muitos séculos) e o vinho. Este é talvez o principal monumento da pequena cidade de Haro, banhada pelo rio Oja –que tem, além de seu casario permeado de pracinhas, importantes edificações barrocas, como a imensa basílica de Nossa Senhora de Haro e o palácio dos Condes. O lugar, de 11,4 mil habitantes, atrai muitos turistas com uma festa chamada de "Batalha do Vinho", anualmente realizada no dia 29 de junho (ainda que alguns digam que jogar vinho fora seja um rematado desperdício).
Vocacionada para a enograstromia, Haro é sede de restaurantes típicos e populares. Um deles tem nome que soa atípico para um estabelecimento basco, o Beethoven (beethovenharo.com). Aliás são três, e todos servem os aperitivos "pintxos": há especialidades como as batatas riojanas, carnes assadas e as minestras à base de cordeiro, que os proprietários dizem ser pratos com receitas que vêm desde o século 16. Aliás, nem precisa ser no Beethoven. Em toda Haro, é uma tradição às quintas-feiras: sair para comer um "pintxo" e tomar uma pequena taça de vinho, ou "copa" –elas valem € 1,50 (R$ 7).
Produção de sidra na região data do século 13 A região de Sagardoaren Lurraldea (território da sidra, em euskera), tem em Astigarraga um museu (sagardoetxea.com) que conta a história da bebida. Lá, depois de entender rudimentos da fabricação, prova-se a sidra, bebida a dez graus, e o suco não alcoólico de maçã. Há registros da produção das bebidas de maçã na região, hoje demarcada, que datam do século 13.
Exportada pelo porto de San Sebastián, a sidra era levada por baleeiros no século 16, porque evitava que marinheiros adoecessem de escorbuto, causada pela carência de vitamina C –cada indivíduo tomava cerca de 2 litros por dia. Amarga e ideal para ser consumida no ano que foi produzida, a sidra basca dura no máximo dois anos após engarrafada. Também é possível visitar, em Astigarraga, o Petritegi (petritegi.com), estalagem que fabrica sidra desde 1527; hoje, são 900 mil litros por ano. No rústico salão são servidos pratos como omelete de bacalhau, embutidos, suculentas bistecas e queijo com marmelada. A sidra é servida diretamente de barris.
ABC DOS VINHOS Para vivenciar as colheitas no País Basco, o ideal é viajar entre agosto e outubro. Em La Rioja, que reúne 400 produtores, as visitas devem ser agendadas e vale contratar serviços como o Enobus (thabuca.com). Veja abaixo uma relação de boas vinícolas para visitar R. LÓPEZ DE HEREDIA Tradicional e algo antiquada, a vinícola faz um tour por túneis subterrâneos cavados à mão MAIS lopezdeheredia.com
MARQUÉS DE CÁCERES Contemporânea, produz tintos que podem custar até € 300 MAIS marquesdecaceres.com MARQUÉS DE RISCAL A produtora, que remonta a 1862, inaugurou em 2006 em meio aos vinhedos um hotel projetado por Frank Gehry. Recebe 60 mil visitantes por ano MAIS marquesderiscal.com
MUGA Moderna, apesar de tradicional e familiar, a Bodegas Muga jacta-se de produzir 'vinhos de caráter' MAIS bodegasmuga.com TALAI BERRI A produtora familiar faz, em região de clima temperado e solo arenoso, os vinhos do tipo txakoli MAIS talaiberri.com
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