Vinho e uma arte ele tem que ser respeitado como se respeita a uma mulher tem que ser valorizado como se valoriza uma mulher tem que ser guardado no lugar certo como se guarda uma mulher tem que ser bebido como se beija uma mulher e se você fizer tudo isso e um pouco mais você vai perceber o enorme prazer de ter tido paciência e respeito por esse que e uma experiência única, pois vinhos são como as mulheres se bem tratados se mostram com enorme formosura e elegância.
segunda-feira, 7 de março de 2016
Para enólogo português o Brasil quer vinhos mais consensuais.....
Luis Duarte, enólogo português, criou mais de 300 vinhos e ajudou a colocar a região do Alentejo no mapa dos vinhos
Luis Duarte comanda a Rapariga da Quinta, sua vinícola própria, a Herdade dos Grous, de que é diretor-chefe, e faz consultoria para um punhado de casas. Tudo no Alentejo, região que ajudou a moldar e onde está há trinta anos Foto: Divulgação
Ao fazer tantos vinhos, se preocupa em dar diferentes identidades a eles?
É preciso ter respeito ao que temos: o solo da fazenda, a escolha das uvas. Não posso fazer vinhos iguais com diferentes cepas. Não posso fazer em um solo com um tipo de exposição ao sol o mesmo que faço com a exposição contrária. É preciso respeitar, não tento mudar. O que sei fazer melhor, com toda modéstia, é trabalhar com as condições dadas.
Consegue manter sua marca e respeitar essas características?
Acho que existe a marca de enólogo. E eu, como enólogo, não posso permitir que o vinho seja sujo. Isto é duro, fechado, com muito enxofre. Tenho que pensar que a madeira A, com a altitude B e a característica de terroir C pode fazer um vinho limpo, bem feito.
O Brasil é seu principal mercado hoje. Tem uma avaliação sobre o gosto dos brasileiros?
O Brasil está passando por uma fase diferente atualmente. Em tudo na vida quando há uma moda, há também a antimoda. A gastronomia tem isso: uma boa comida japonesa é, muitas vezes, a antítese da gastronomia tradicional europeia. E o Brasil está em busca de algo diferente, algo distante do que se produz no Novo Mundo, na Argentina, vinhos mais consensuais, que todos gostamos, fáceis de degustar – o que explica tanto sucesso de italianos e portugueses. Os brasileiros andam em busca de vinhos mais elegantes. Não querem marmelada, goiaba, e então eu tento fugir disso, embora esteja no baixo Alentejo, que é a região mais quente que há em Portugal, o que favorece notas como essas.
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