O copo influencia o sabor do café?.....
Será que o copo em que se toma café influencia a percepção do sabor da bebida?
O sommelier do Tête à Tête, Marcos Martins, apaixonado por café, costuma reunir outros aficionados e especialistas para degustações informais, não científicas. A ideia é aprender sobre grãos, métodos, recipientes e outros elementos sobre o quais se tenha curiosidade.
O Paladar foi convidado para um desses encontros, em que a pergunta do início do texto seria posta à prova. Além de Martins, Noemi Cawabata, gerente de relacionamento do Martins Café, Paulo Filho, do King of the Fork, e André Santos, da equipe do Tête à Tête e um entusiasta da bebida, participaram da prova.
A primeira parte do painel testou grãos, coados no filtro Hario V60 e degustados na taça ISO. Entraram na concorrência Pilão, Yaguara, Martins e Isso é Café, o escolhido. O rótulo usado foi o Carmem Miranda (R$ 35/250g), frutado, floral e doce.
A segunda parte foi a prova do café eleito em diferentes recipientes: taças, xícaras e copos de diferentes materiais. Veja os resultados:
Xícara grande
É extremamente confortável e a melhor para conservar o calor da bebida. Mas o aroma se dissipa mais rapidamente pela abertura larga.
Shot de vodca
O nariz fica de fora, prejudicando os aromas. A experiência acontece majoritariamente na boca, sem sutileza, com o café chegando de uma vez. Sente-se mais acidez.
Copo americano
É funcional, bom para beber rápido, mas não destaca sabor ou aroma.
Taça Bordeaux e de Borgonha
As taças ressaltam os aromas, mas o café esfria mais rápido. O café escorrega para o fundo da boca e destaca a acidez. Curiosamente, os diferentes formatos ressaltam os atributos pelos quais seus vinhos são conhecidos. Na Borgonha, aromas delicados de caramelo se sobressaíram. Na Bordeaux, destaque para a potência do café: o ataque foi rápido e ressaltou os aromas de fumo e de corda.
Copo de papel
Achatou todas as nuances e derrubou o café.
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