Vinho e uma arte ele tem que ser respeitado como se respeita a uma mulher tem que ser valorizado como se valoriza uma mulher tem que ser guardado no lugar certo como se guarda uma mulher tem que ser bebido como se beija uma mulher e se você fizer tudo isso e um pouco mais você vai perceber o enorme prazer de ter tido paciência e respeito por esse que e uma experiência única, pois vinhos são como as mulheres se bem tratados se mostram com enorme formosura e elegância.
terça-feira, 17 de maio de 2016
"O espumante e o brasileiro nasceram um para o outro"......
O enólogo argentino radicado no Brasil Adolfo Lona destacou as ótimas condições para a elaboração e consumo da bebida no primeiro caso de sucesso apresentado no encerramento da Envase Brasil
A apresentação de quatro casos de sucesso e o mercado cada vez maior do espumante brasileiro foram destaques no encerramento da Envase Brasil, na tarde e início da noite de ontem (29), em Bento Gonçalves (RS). Temas como logística de distribuição e o cenário econômico que aponta retração no consumo das famílias também foram mostrados para contextualizar as perspectivas futuras do mercado de bebidas.
Com apoio do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), o tema Falando de vinho espumante, dentro do programa Envase Experience, foi introduzido pelo presidente da feira, Vicente Puerta, que enfatizou a parceria entre a feira e o setor desde o início, nos anos 1990. "Quando iniciamos a realidade era outra e hoje podemos acompanhar esta evolução do vinho brasileiro e apontar para um caminho ainda mais promissor, com tecnologia e qualificação cada vez maior dos produtos", disse.
Adolfo Lona, sócio e enólogo da Vinhos e Espumantes Adolfo Lona, fez um resgate histórico da elaboração de espumantes no Brasil. Argentino, radicado no Brasil há 43 anos, ele destacou as excelentes condições do terroir das principais regiões produtoras brasileiras e a consequente adaptação de variedades emblemáticas na elaboração da bebida: Chardonnay, Pinot Noir, Riesling Itálico e Merlot. "O brasileiro se identifica com o espumante por ser uma bebida alegre e descontraída. Nasceram um para o outro", enalteceu. Lona mostrou alguns dados estatísticos que apontam o crescimento de cerca de 10% ao ano, em média, na venda da bebida. "O brasileiro confia na qualidade do espumante nacional e o futuro é brilhante se continuarmos a elaborar ótimos produtos".
O empresário Valter José Pötter apresentou o case da Guatambu Estância do Vinho, localizada em Dom Pedrito, na região da Campanha Gaúcha. Pötter destacou que, no início do projeto, há cerca de uma década, o foco principal eram os vinhos tintos, que encontram ótima condição de solo e clima na Campanha, mas que a elaboração de espumantes com cortes (assemblages) diferentes, ótima qualidade da matéria-prima e cuidados na vinificação, formaram as condições ideais para a produção de espumantes. "Hoje, os espumantes representam mais de 50% das nossas vendas", ilustrou. O empresário citou ainda outros atrativos como o enoturismo e a preocupação com a sustentabilidade por meio do uso de energia solar.
Daniel Dalla Vale, diretor técnico de Enologia do Grupo Famiglia Valduga, fez uma apresentação mais técnica sobre a elaboração da bebida e finalizou com dados que mostraram a evolução da produção no grupo. Atualmente, 65% da produção do grupo é voltada para os espumantes. "É o que chamamos de consagração do terroir brasileiro. Vimos no espumante a possibilidade de termos um mercado melhor, com maiores volumes e maior valor agregado", destacou.
Philippe Mevel, diretor de produção da Chandon do Brasil, apontou a marca como o principal ativo da empresa que fincou pé no País há 40 anos, no município de Garibaldi, na Serra Gaúcha. Com produção voltada apenas à bebida desde 1998, Mevel deu ênfase à parceria com os viticultores que fornecem grande parte da matéria-prima como um dos trunfos para o obtenção de ótimos produtos. "Tudo começa no vinhedo. Se não tivermos uvas de qualidade as coisas não acontecem lá na frente", disse. Para isso, segundo ele, a empresa auxilia com financiamento de mudas e acompanhamento técnico, além de remuneração justa pela uva recebida.
O diretor de relacionamento da Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industrializados (Abad), Rogério Oliva, mostrou as oportunidades de negócios no canal indireto. Entre as vantagens apresentadas, Oliva citou a capilaridade, por ter representatividade em 27 estados. De acordo com o dirigente, são mais de 1 milhão de pontos de venda atendidos no País por meio de distribuidores e atacadistas.
No encerramento, Daniel Asp Souza, industry leader da Nielsen Brasil, apresentou as tendências do mercado de bebidas e as tendências do consumidor brasileiro. Ele apresentou dados que mostram a retração de 4% no consumo das famílias e o surgimento de um novo comportamento do consumidor no ponto de venda. "O bolso apertado pesa na tomada de decisão. Observamos que as pessoas têm ido menos ao supermercado o que mostra a relevância de novos tamanhos de embalagens, com maior custo-benefício, por exemplo", enfatizou. Souza mostrou, ainda, que 60% dos consumidores de vinhos têm reduzido o consumo em bares e restaurantes e que a categoria de sucos integrais cresce exponencialmente com outro índice apresentado: 57% da população está tentando emagrecer. "Estamos registrando uma queda acentuada na venda de refrigerantes, de cerca de 7% ao ano, e aumento significativo de produtos que tem apelo saudável, como o suco de uva", exemplificou.
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