Vinho e uma arte ele tem que ser respeitado como se respeita a uma mulher tem que ser valorizado como se valoriza uma mulher tem que ser guardado no lugar certo como se guarda uma mulher tem que ser bebido como se beija uma mulher e se você fizer tudo isso e um pouco mais você vai perceber o enorme prazer de ter tido paciência e respeito por esse que e uma experiência única, pois vinhos são como as mulheres se bem tratados se mostram com enorme formosura e elegância.
sexta-feira, 28 de dezembro de 2012
Super degustação brasil
Superdegustação traz a avaliação e notas de 117 vinhos nacionais e diferentes regiões produtoras das safras de 2005 e 2006, as últimas a chegar às lojas.
O resultado espelha a evolução do produto nacional, com número recorde de estrelas outorgadas pelos jurados e o estabelecimento de um novo patamar de qualidade para o vinho brasileiro
As vindimas na Serra Gaúcha, região naturalmente bastante susceptível às variações entre colheitas, têm sido generosas. Uma combinação de fenômenos climáticos, principalmente os El Niño (fase quente)/El Niña (fase fria), que alteram as temperaturas das massas de ar vindas do extremo sul tem permitido felizes combinações entre períodos de estiagem e seca.
Com isso, as uvas puderam ser colhidas em verões mais secos e cálidos, em condições de atingirem maiores graus de maturação fenólica. Assim, dispensam a chaptalização (aumento do grau alcoólico pela adição de sacarose ao mosto), valorizando o açúcar natural da uva; têm mais concentração, taninos mais maduros, mais cor e melhores aromas, com menos odores vegetais e herbáceos (falamos de vinhos tintos).
Isso aconteceu na Serra Gaúcha em 1999, 2002, 2004 e 2006, colheitas consideradas superiores, e que resultaram em vinhos cada vez melhores, de um patamar de qualidade até então inatingido na região.
Já a vindima de 2005 foi, isoladamente, ainda melhor. Sem citar números aborrecidos de médias pluviométricase dias de insolação, o conjunto desses fatores foi superior em 2005. Há quem acredite que tal combinação jamais tenha sido alcançada na região.
Assim, não hesite em comprar e guardar bons tintos da Serra Gaúcha de 2005.
A produção de espumantes, ao contrário, parece beneficiar-se dos anos em que a média de temperatura é mais fria, e há menos insolação no verão.
As uvas concentram mais acidez, requisito desejável para o frescor típico do espumante brasileiro.
Comprovação disso é que os espumantes secos do vale do rio São Francisco, região seca e ensolarada, não têm tido muito sucesso em nossas degustações às cegas, exceção feita, é claro, aos bem doces, estilo Moscatel espumante.
De qualquer modo, os enólogos brasileiros parecem sentir-se à vontade na elaboracão do espumante da Serra Gaúcha, e um padrão de qualidade crescente vêm se mantendo.
Esta degustação não inclui espumantes, pois a edição passada trouxe a avaliação de 104 exemplares.
Quanto aos brancos, continua válida a avaliação feita pelo sommelier e restaurateur italiano Dânio Braga, perante o público de uma avaliação de safra, há alguns anos: a indústria vinícola gaúcha parece tê-los deixado em segundo plano, optando por investir mais no desenvolvimento dos tintos. Afinal, cerca de 80% do consumo do brasileiro é de vinhos tintos.
As duas coisas, a desatenção e o baixo consumo são uma pena...
Há exceções, como os grandes brancos da Villa Francioni, o Salton Volpi Chardonnay e o Pinot Grigio Fortaleza do Seival, excelentes.
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